Fernando Duarte:Meus pais se casaram quando tinham vinte e cinco anos, depois de um ano, eu nasci. Quando completei treze anos, as brigas dos meus pais ficaram cada vez mais e mais intensas, até que o meu pai saiu de casa. Por conta da empresa, eles não assinaram o divorcio, então entraram em acordo, cada um vivia a sua maneira, mas na frente dos outros, fingiam-se de casal perfeito. E foi assim até os meus quatorze anos, quando a minha mãe apareceu grávida da minha irmã, Fernanda.Artur se mudou para a casa da minha mãe, eu não gostava dele, o culpava pela separação dos meus pais. E, eu achava que a minha mãe era a única culpada porque o meu pai nunca apareceu com outra mulher, enquanto um ano depois, minha mãe ficou grávida e colocou outro homem dentro de casa.Meu pai foi ficando cada vez mais distante de mim, minha mãe queria o divorcio para poder se casar com o Artur, mas o meu pai se recusava a dar. Essa briga durou até eu completar dezoito anos e Fernanda quatro. Apesar de tud
Fernando Duarte: — Essa foi a notícia mais incrível que eu recebi desde que havia me casado. Uma lágrima escorre de meu rosto, ao lembrar da felicidade sem tamanho que explodiu em meu peito ao saber que teria um filho. Trato de secar a lágrima, engulo o bolo na minha garganta e então continuo a contar. — A minha família ainda não sabia do divórcio, então apenas deixei esse assunto para lá e voltamos ao casamento de aparências. Eu não havia acreditado que o bebê era meu, mas ela me mostrou um exame e a data batia com a vez que transamos, então aceitei. Eu nunca mais a procurei, nunca mais tentei puxar conversas que não fossem relacionadas ao bebê, apenas fiz meu papel para ser um bom pai, a acompanhei em todas as consultas e montei o quartinho eu mesmo quando soube que era uma menina. O tempo foi passando, Alana foi ficando cada vez mais triste e falando menos, passava o dia inteiro no quarto. Nesse tempo, nenhuma
Fernando Duarte: Nossa respirações entrecortadas se misturam, e eu sinto cada fibra do meu ser se concentrar na mulher maravilhosa que tenho em meus braços. Seus lábios já carnudos estão bem mais inchados contra os meus, seus dedos acariciam a minha nuca com movimentos carinhosos do seu polegar sobre os fios. — Maya! — Laura exclama, aflita, mesmo sem a luz ligada, sei que os olhos delas estão arregalados que nem os meus. Estavamos tão imersos um no outro que esquecemos que tinha uma criança pequena bem no quarto da frente. Laura sai apressada de cima de mim, se eu não a segurasse, ela teria caído de cara do chão. Ligo a luz do abaju e também me levanto da cama. Pesco minha cueca do chão, e quando vou vesti-la, o que vejo me faz congelar. Sangue. Sangue seco por meu membro e virilha. — Por que tem sangue no meu pau? — Questiono alto, a aflisão evidente em minha voz. Olho atentamente, segurando e mexendo-o para analisar cada centímetro do meu cumprimento, verificando o que foi que
Laura Martins:— Está bem — Fernando cede, com um suspiro pesado, seus ombros caindo. — Vou ao psicólogo.Sorrio, uma mistura de culpa e aliviada dentro de mim.“Me desculpa, Fernando, meu ogrinho fofo”— peço em pensamentos. Sentindo o nó em minha garganta. Propor isso a ele, em parte é porque é uma das tarefas que Cristiane me incubio, faze-lo começar a se tratar para curar seus traumas. Mas, a maior parte é porque eu realmente quero que ele consiga seguir em frente, que ele volte a ser o homem de antes de tudo de ruim ter acontecido com ele.Saio dos meus desvaneios ao sentir o calor de seus dedos fechando-se sobre os meus e me puxando de volta para o seu quarto. O local onde ele me mostrou como ver estrelas sem precisar olhar para o céu. Com tanto cuidado e carinho que me sinto um lixo...Eu não
Fernando Duarte:Acordo cedo, com os primeiros raios de sol filtrando pelas cortinas do quarto. Espreguiço-me, sentindo cada músculo do corpo despertar lentamente, como se estivesse emergindo de um sonho. O frescor da manhã salgada entra pela janela semiaberta, misturando-se ao aroma suave do corpo de Laura ao meu lado.Olho para o rosto de Laura, adormecida ao meu lado de bruços. Queria ter ficado mais tempo com ela em meus braços, mas a mulher se remexe muito dormindo e só para quieta quando fica de bruços. Uma fofa, penso, sorrindo.Deslizo para fora da cama, tentando não fazer barulho. O sono de Laura é precioso, especialmente depois da noite intensa que tivemos. Ainda consigo sentir o calor de seu corpo, a forma como ela se moldava ao meu, seu entusiasmo e a naturalidade com que assumiu o controle, montando em mim. A lembrança me faz arrepiar. Ela é uma delícia, em todos os sentidos.Visto uma camisa e um bermuda, calço as sandálias e saio do quarto, tentando não fazer nenhum ruí
Laura Martins:— Quer casar comigo por que ontem você tirou a minha...Paro de falar, minhas palavras presas na garganta. Sei que isso é o que toda mulher quer ouvir, que um homem como Fernando que se casar com você. Mas, eu não posso, não agora. Preciso me livrar de muita merda primeiro.Fernando dá um passo à frente, suas mãos buscando as minhas novamente.— Não, Laura — ele responde, me olhando nos olhos. — Não é por isso. Não é porque eu fui o seu primeiro homem. Mas garanto que serei o primeiro e o único, pois nunca deixarei você infeliz e garantirei que nunca irá precisar conhecer nenhum outro homem além de mim.Respiro fundo, o modo como ele está falando, parece que tem receio que eu faça a mesma coisa que sua falecida esposa, que mesmo casada com um homem maravilhoso, preferiu outros. Oh, céus, nem consigo ficar com raiva, pois eu sei o medo que dá de entregar sua confiança de novo e te machucarem de novo.— Laura, eu gosto de você. Gosto de você de verdade, de todo o meu cora
Laura Martins:Meu tronco apoiado sobre essa enorme mesa de vidro, onde, daqui alguns minutos, acontecerá um reunião de suma importância. Mas nesse instante, a única coisa que importa é o calor emanando de nós dois, a intensidade do desejo, a adrenalina pelo perigo de sermos vistos correndo em nossas veias ateando ainda mais fogo.Minhas pernas bem abertas e a calça do meu uniforme caída no meu tornozelo, os dedos de Fernando provocando a minha intimidade com movimentos de vai e vem dentro de mim, atingindo exatamente o ponto mais sensível de meus nervos fazendo-me estremecer e arfar com apenas dois de seus dedos, me induzindo a ansiar por algo muito maior, mais grosso e muito mais gostoso.Sentir os lábios, os dentes, a respiração quente conta o meu pescoço, aumentando minha ansiedade e desejo pelo o que estar por vir, enquanto uso todas as minhas forças para conter os gemidos que querem sair sôfregos de mim desesperadamente. Até que finalmente eu recebo, de uma só vez, num impulso b
Laura Martins:Suas mãos seguram com firmeza a minha cintura, enquanto seus lábios devoram os meus com intensidade, ferocidade, uma urgência que me faz incendiar por dentro.Fernando me levanta com facilidade e me senta sobre a mesa, usa seu quadril para me abrir e se posiciona entre as minhas pernas. Envolvo seu pescoço com meus braços, puxando-o para mais perto de mim. Nesse momento, minha mente fica em branco, me entrego apenas a sensação de língua quente e macia contra a minha. Um fogo se espalhando por todo o meu corpo e se concentrando e pulsando bem no meu centro.As mãos de Fernando apertam a minha cintura, e começam a deslizar lentamente, explorando cada curva por cima do meu uniforme, com toque firmes e decididos, diria que até possessivos pela maneira que me apertam me fazendo arfar contra seus lábios que em nenhum momento param de me devorar.Seus dedos encontram o cós da minha calça, um instante depois, enquanto seus lábios exigem de mim, ele se infiltra por baixo do teci