Laura Martins:Meu tronco apoiado sobre essa enorme mesa de vidro, onde, daqui alguns minutos, acontecerá um reunião de suma importância. Mas nesse instante, a única coisa que importa é o calor emanando de nós dois, a intensidade do desejo, a adrenalina pelo perigo de sermos vistos correndo em nossas veias ateando ainda mais fogo.Minhas pernas bem abertas e a calça do meu uniforme caída no meu tornozelo, os dedos de Fernando provocando a minha intimidade com movimentos de vai e vem dentro de mim, atingindo exatamente o ponto mais sensível de meus nervos fazendo-me estremecer e arfar com apenas dois de seus dedos, me induzindo a ansiar por algo muito maior, mais grosso e muito mais gostoso.Sentir os lábios, os dentes, a respiração quente conta o meu pescoço, aumentando minha ansiedade e desejo pelo o que estar por vir, enquanto uso todas as minhas forças para conter os gemidos que querem sair sôfregos de mim desesperadamente. Até que finalmente eu recebo, de uma só vez, num impulso b
Laura Martins:Suas mãos seguram com firmeza a minha cintura, enquanto seus lábios devoram os meus com intensidade, ferocidade, uma urgência que me faz incendiar por dentro.Fernando me levanta com facilidade e me senta sobre a mesa, usa seu quadril para me abrir e se posiciona entre as minhas pernas. Envolvo seu pescoço com meus braços, puxando-o para mais perto de mim. Nesse momento, minha mente fica em branco, me entrego apenas a sensação de língua quente e macia contra a minha. Um fogo se espalhando por todo o meu corpo e se concentrando e pulsando bem no meu centro.As mãos de Fernando apertam a minha cintura, e começam a deslizar lentamente, explorando cada curva por cima do meu uniforme, com toque firmes e decididos, diria que até possessivos pela maneira que me apertam me fazendo arfar contra seus lábios que em nenhum momento param de me devorar.Seus dedos encontram o cós da minha calça, um instante depois, enquanto seus lábios exigem de mim, ele se infiltra por baixo do teci
Maya Martins:Estou sentada numa cadeira bem grande. Minhas pernas balançam no ar porque elas não alcançam o chão. A sala é colorida e cheia de brinquedos, mas eu não quero brincar. Sei que a mamãe e a tio Fernando estão no corredor, elas disseram que iam me esperar lá para que eu pudesse me sentir mais a vontade com uma psicóloga. Eu nem sei direito o que é isso, mas a mamãe disse que eu seria muito corajosa se falasse com ela, então aceitei.A porta atrás de mim se abre devagar e uma moça entra. Ela sorri pra mim, um sorriso grande e bonito. Acho que ela é a tal psicóloga.— Oi, Maya! Eu sou a Dra. Sophie. Posso me sentar aqui com você? — Ela aponta para a cadeira ao lado da minha.Eu aceno com a cabeça. Ela se senta e coloca um ursinho de pelúcia no colo.— Esse é o Teddy. Ele adora ouvir histórias. Você gosta de contar histórias, Maya?Eu olho para o ursinho e depois para a Dra. Sophie, volto a olhar para o ursinho amarelo.— Gosto... — respondo baixinho.— Que bom! — Diz ela, ent
Laura Martins:— Quando terminamos, vamos beber? — Mike convida, me assusto, estava tão entretida observando o ensaio que não o vi se aproximar.— Claro que não, idiota, esqueceu que dia é amanhã? — Olivia responde, revirando os olhos, Mike estreita os olhos, sorrio quando a compreensão recai sobre seu rosto.— Esqueci — admite, seu rosto ficando triste. — Tem certeza que não quer que eu vá também?— Se você puder nos buscar, ficarei feliz — digo, com um sorriso, seu semblante suaviza. — Como ficarei muitas horas lá, só vou sair umas cinco da tarde, ai aproveito a sua carona e pegamos Maya na creche, que tal comermos uma pizza lá em casa? — Convido.— Fechado então, vou buscar vocês — Mike sorri e se afasta, o dever o chamando.— Ei, tragam água — ouço um voz gritar, pego a garrafinha e entrego a Olivia que leva.Fernando e Artur tiveram ondem uma reunião e retornaram a parceria, mas ao invés de um desfile, será o ensaio fotográfico, o qual está acontecendo agora. No domingo, acontece
Fernando Duarte: Mesmo sendo informado do ocorrido, não consigo me impedir de sentir a vontade de arrancar cada membro que aquele modelo ousou encostar nela, a intenção em seus olhos era nítido. Preciso me controlar, eu não sou um possessivo controlador, mas porra, é pedir demais que homem nenhum toque na minha mulher? Me aproximo de Laura, meu olhar fixo no dela. — Senhor Duarte — ela diz, quando paro a sua frente, observo sua garganta engolir em seco enquanto seus olhos desviam para todas as direções. — Eu posso explicar, é... a modelo passou mal e o fotografo me pediu para cobri-la, foram só algumas fotos. Não digo nada, apenas continuo a encara-la, percebo o quão desconfortável ela se sente. — Você está linda — digo, quebrando o silêncio, Laura solta a respiração em um alivio visível. — Obrigada — ela diz, agora com um sorriso tímido em seu rosto, realmente, muito linda. — Senhor Fernando, não pensei que iria supervisionar o ensaio, estou surpreso — Marcos aparece, o homem
Laura Martins: Depois que Mike buscou eu e Olivia no hospital, compramos pizza e depois pegamos Maya na creche. Mike e Olivia ficaram de queixo caído quando viram a transformação que aconteceu dentro da minha casa. Eles elogiaram Fernando, e quando eu disse que achava errado, Olivia e Mike falaram em unisom: “Melhor ele gastar tu, do que com outra”. Pensei, pensei e ainda não me sinto a vontade, e nem irei me sentir enquanto ainda estiver presa com esse contrato de “aluguel”. Mas enfim, isso foi na quarta-feira, hoje já é sábado, vamos focar no presente. Como descrever a emoção de pisar em shopping onde todas as lojas estão esperando exclusivamente você entrar? Quando Fernando contou que fechou o shopping inteiro, com a desculpa que assim seria mais rápido, fiquei boquiaberta. Cara, aqui é enorme, deve ter sido uma fortuna. — Vamos naquela primeiro! — Maya aponta, para uma das lojas. — Podem ir na frente, vou atender aqui, não demoro — Fernando me dá um selinho e atende o telefone
Mike Silva: — Vamos, Mike. Você está só o pó da rabiola, como depois de tantos anos você ainda é fraco para bebida? — Oliver pergunta, eu acho, enquanto me apoia em suas costas. — Cara, só foram três latinhas de cerveja. — Eu... é.. naum tou mal — tento dizer, mas minhas palavras não fazem sentindo nem para mim mesmo. — Mike, você é pesado demais, ganhou ainda mais músculos desde a ultima vez que tive que te carregar — Oliver reclama. Realmente, ultimamente ando treinando ainda mais, muitas coisas acontecendo e muita preocupação e confusão dentro da minha cabeça, pelo menos lá, eu podia me concentrar em algo que não fosse apenas mental. — Simm — minha voz sai arrastada. Mesmo Oliver sendo tão pequeno e magrinho, sempre me surpreendo em sua força. Ele me carrega nas costas como se eu fosse o mais fraco entre nós e não o contrário. Pisco os olhos, e, quando dou por mim, meu corpo está sendo jogado para dentro do meu carro. Minhas pálpebras ficam pesadas, sinto que palavras saem por
Laura Martins:— Olivia? — Abro a porta e a encontro do outro lado, com a roupa amarrotada e um semblante triste. Seus olhos parecem deprimidos. — O que aconteceu? — Pergunto, puxando-a gentilmente para dentro de casa. — Entre, vemos para o quarto.— Tio Oli, o que aconteceu? — Maya pergunta, em pé no sofá.— Só cansaço, querida — Olivia responde.— May, não fique em pé no sofá, sabe que não pode — a repreendo, ela faz carinho de cachorro sem dono e senta comportada. — Boa menina, continue assistindo.Deixo Maya assistindo TV na sala e levo Olivia para o meu quarto. Fecho a porta atrás de nós e a guio até a cama. Sentamo-nos lado a lado, não digo nada.— Você já comeu? — Pergunto, ela nega com a cabeça. — Vou pegar algo para tomarmos café.Faço menção de me levantar, mas Olivia segura meu braço, seus olhos cheios de lágrimas, sento novamente na cama. Fico em silêncio, esperando-a desabafa. Será que algo aconteceu com a mãe dela?— Ontem à noite... — Olivia começa, depois de longos seg