Laura Martins:— Está bem — Fernando cede, com um suspiro pesado, seus ombros caindo. — Vou ao psicólogo.Sorrio, uma mistura de culpa e aliviada dentro de mim.“Me desculpa, Fernando, meu ogrinho fofo”— peço em pensamentos. Sentindo o nó em minha garganta. Propor isso a ele, em parte é porque é uma das tarefas que Cristiane me incubio, faze-lo começar a se tratar para curar seus traumas. Mas, a maior parte é porque eu realmente quero que ele consiga seguir em frente, que ele volte a ser o homem de antes de tudo de ruim ter acontecido com ele.Saio dos meus desvaneios ao sentir o calor de seus dedos fechando-se sobre os meus e me puxando de volta para o seu quarto. O local onde ele me mostrou como ver estrelas sem precisar olhar para o céu. Com tanto cuidado e carinho que me sinto um lixo...Eu não
Fernando Duarte:Acordo cedo, com os primeiros raios de sol filtrando pelas cortinas do quarto. Espreguiço-me, sentindo cada músculo do corpo despertar lentamente, como se estivesse emergindo de um sonho. O frescor da manhã salgada entra pela janela semiaberta, misturando-se ao aroma suave do corpo de Laura ao meu lado.Olho para o rosto de Laura, adormecida ao meu lado de bruços. Queria ter ficado mais tempo com ela em meus braços, mas a mulher se remexe muito dormindo e só para quieta quando fica de bruços. Uma fofa, penso, sorrindo.Deslizo para fora da cama, tentando não fazer barulho. O sono de Laura é precioso, especialmente depois da noite intensa que tivemos. Ainda consigo sentir o calor de seu corpo, a forma como ela se moldava ao meu, seu entusiasmo e a naturalidade com que assumiu o controle, montando em mim. A lembrança me faz arrepiar. Ela é uma delícia, em todos os sentidos.Visto uma camisa e um bermuda, calço as sandálias e saio do quarto, tentando não fazer nenhum ruí
Laura Martins:— Quer casar comigo por que ontem você tirou a minha...Paro de falar, minhas palavras presas na garganta. Sei que isso é o que toda mulher quer ouvir, que um homem como Fernando que se casar com você. Mas, eu não posso, não agora. Preciso me livrar de muita merda primeiro.Fernando dá um passo à frente, suas mãos buscando as minhas novamente.— Não, Laura — ele responde, me olhando nos olhos. — Não é por isso. Não é porque eu fui o seu primeiro homem. Mas garanto que serei o primeiro e o único, pois nunca deixarei você infeliz e garantirei que nunca irá precisar conhecer nenhum outro homem além de mim.Respiro fundo, o modo como ele está falando, parece que tem receio que eu faça a mesma coisa que sua falecida esposa, que mesmo casada com um homem maravilhoso, preferiu outros. Oh, céus, nem consigo ficar com raiva, pois eu sei o medo que dá de entregar sua confiança de novo e te machucarem de novo.— Laura, eu gosto de você. Gosto de você de verdade, de todo o meu cora
Laura Martins:Meu tronco apoiado sobre essa enorme mesa de vidro, onde, daqui alguns minutos, acontecerá um reunião de suma importância. Mas nesse instante, a única coisa que importa é o calor emanando de nós dois, a intensidade do desejo, a adrenalina pelo perigo de sermos vistos correndo em nossas veias ateando ainda mais fogo.Minhas pernas bem abertas e a calça do meu uniforme caída no meu tornozelo, os dedos de Fernando provocando a minha intimidade com movimentos de vai e vem dentro de mim, atingindo exatamente o ponto mais sensível de meus nervos fazendo-me estremecer e arfar com apenas dois de seus dedos, me induzindo a ansiar por algo muito maior, mais grosso e muito mais gostoso.Sentir os lábios, os dentes, a respiração quente conta o meu pescoço, aumentando minha ansiedade e desejo pelo o que estar por vir, enquanto uso todas as minhas forças para conter os gemidos que querem sair sôfregos de mim desesperadamente. Até que finalmente eu recebo, de uma só vez, num impulso b
Laura Martins:Suas mãos seguram com firmeza a minha cintura, enquanto seus lábios devoram os meus com intensidade, ferocidade, uma urgência que me faz incendiar por dentro.Fernando me levanta com facilidade e me senta sobre a mesa, usa seu quadril para me abrir e se posiciona entre as minhas pernas. Envolvo seu pescoço com meus braços, puxando-o para mais perto de mim. Nesse momento, minha mente fica em branco, me entrego apenas a sensação de língua quente e macia contra a minha. Um fogo se espalhando por todo o meu corpo e se concentrando e pulsando bem no meu centro.As mãos de Fernando apertam a minha cintura, e começam a deslizar lentamente, explorando cada curva por cima do meu uniforme, com toque firmes e decididos, diria que até possessivos pela maneira que me apertam me fazendo arfar contra seus lábios que em nenhum momento param de me devorar.Seus dedos encontram o cós da minha calça, um instante depois, enquanto seus lábios exigem de mim, ele se infiltra por baixo do teci
Maya Martins:Estou sentada numa cadeira bem grande. Minhas pernas balançam no ar porque elas não alcançam o chão. A sala é colorida e cheia de brinquedos, mas eu não quero brincar. Sei que a mamãe e a tio Fernando estão no corredor, elas disseram que iam me esperar lá para que eu pudesse me sentir mais a vontade com uma psicóloga. Eu nem sei direito o que é isso, mas a mamãe disse que eu seria muito corajosa se falasse com ela, então aceitei.A porta atrás de mim se abre devagar e uma moça entra. Ela sorri pra mim, um sorriso grande e bonito. Acho que ela é a tal psicóloga.— Oi, Maya! Eu sou a Dra. Sophie. Posso me sentar aqui com você? — Ela aponta para a cadeira ao lado da minha.Eu aceno com a cabeça. Ela se senta e coloca um ursinho de pelúcia no colo.— Esse é o Teddy. Ele adora ouvir histórias. Você gosta de contar histórias, Maya?Eu olho para o ursinho e depois para a Dra. Sophie, volto a olhar para o ursinho amarelo.— Gosto... — respondo baixinho.— Que bom! — Diz ela, ent
Laura Martins:— Quando terminamos, vamos beber? — Mike convida, me assusto, estava tão entretida observando o ensaio que não o vi se aproximar.— Claro que não, idiota, esqueceu que dia é amanhã? — Olivia responde, revirando os olhos, Mike estreita os olhos, sorrio quando a compreensão recai sobre seu rosto.— Esqueci — admite, seu rosto ficando triste. — Tem certeza que não quer que eu vá também?— Se você puder nos buscar, ficarei feliz — digo, com um sorriso, seu semblante suaviza. — Como ficarei muitas horas lá, só vou sair umas cinco da tarde, ai aproveito a sua carona e pegamos Maya na creche, que tal comermos uma pizza lá em casa? — Convido.— Fechado então, vou buscar vocês — Mike sorri e se afasta, o dever o chamando.— Ei, tragam água — ouço um voz gritar, pego a garrafinha e entrego a Olivia que leva.Fernando e Artur tiveram ondem uma reunião e retornaram a parceria, mas ao invés de um desfile, será o ensaio fotográfico, o qual está acontecendo agora. No domingo, acontece
Fernando Duarte: Mesmo sendo informado do ocorrido, não consigo me impedir de sentir a vontade de arrancar cada membro que aquele modelo ousou encostar nela, a intenção em seus olhos era nítido. Preciso me controlar, eu não sou um possessivo controlador, mas porra, é pedir demais que homem nenhum toque na minha mulher? Me aproximo de Laura, meu olhar fixo no dela. — Senhor Duarte — ela diz, quando paro a sua frente, observo sua garganta engolir em seco enquanto seus olhos desviam para todas as direções. — Eu posso explicar, é... a modelo passou mal e o fotografo me pediu para cobri-la, foram só algumas fotos. Não digo nada, apenas continuo a encara-la, percebo o quão desconfortável ela se sente. — Você está linda — digo, quebrando o silêncio, Laura solta a respiração em um alivio visível. — Obrigada — ela diz, agora com um sorriso tímido em seu rosto, realmente, muito linda. — Senhor Fernando, não pensei que iria supervisionar o ensaio, estou surpreso — Marcos aparece, o homem