Ferida

Em segundos meu sangue começou a circular cada vez mais depressa e um medo estranho surgiu em meu estômago se alastrando para o resto do meu corpo. Me forcei a olhar para a tela e apertar o botão vermelho para finalizar a ligação, mas a tela havia travado e os segundo continuavam se passando enquanto o chiado ficava mais alto.

Pressionei novamente o botão umas centenas de vezes, mas nada mudava então por impulso e, na maior parte, medo, joguei o aparelho para longe de mim.

– Ai! – Lia gritou ao quase ser atingida. – Você está maluca? – Ela apressou-se desesperada para examinar a tela de seu celular. – Ótimo! – Suspirou aliviado. – Você tacou o meu celular? – Sua voz cresceu uma oitava.

– Desculpe, foi sem querer.

– Quem taca um celular longe sem querer? – Sua voz ainda não assumia o tom habitual.

– Eu ué. – Me aproximei para observar a tela e me certificar que a ligação terminara, mas Lia continuou protegendo seu celular incerta se me deixava chegar mais perto. – Deixa só eu ver
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