Último capítuloAlessa– Cassandra, porque estou vomitando e tendo enjoos? O que fizemos? – El doctor dijo que no podía pasar, Alessa, que no podíamos tener más bebés. ¡Perdóname! (O médico disse que não podia acontecer, Alessa, que não podíamos gerar mais bebês. Me perdoe!) Lembro quando o médico disse que Bárbara seria nossa única filha pois não poderíamos gerar bebês, ele explicou que tínhamos problemas no útero e nos ovários mas nunca entendi bem. O bebê não é de Jarbas, disso tenho certeza, não deveria ter concordado com Cassandra naquele dia, foi bom, mas agora não sei como proceder. – Estamos grávidas de novo, é de Dante. – ¡Sí, lo siento, soy um idiota, um gran imbécil! No sé qué decir, hermana, solo te pido que me perdones, por favor. (Sim, sinto muito, eu sou uma idiota, uma grande imbecil! Não sei o que dizer, irmã, somente peço que me perdoe, por favor.) – Você não toma jeito, Cassandra, a vontade que tenho é de não perdoar você mas vamos ser mães, não podemos ficar br
Alguns anos depoisBárbara – Porque vocês estão me olhando assim? Vocês são minhas amigas ou o que? É sério, estou muito ansiosa, preciso de conselhos. – Tio Dante e tio Henrique vão matar o Miguel, depois tio Romeu vai matar seu pai e seu padrinho, enfim, será uma tragédia. Sara é sempre muito objetiva igual a tio Nuno, isso me irrita muito, mas ela tem uma certa razão, Miguel vai me pedir em casamento e conhecendo meu pai e padrinho Henrique, tudo pode acontecer. Iolanda está rindo junto com Cássia, Leandra parecia preocupada com outra situação mas não queria dizer o que era, mas tenho certeza que tem haver com Valentim estar aqui no Brasil. – Leandra, diga alguma coisa? – Conversou com tia Alessa? Ou contou para seu irmão pelo menos? Meu irmão é louco por você, e não deve se preocupar com nada, é só um pedido de casamento, não é como se ninguém soubesse que vocês namoram. Bom, meus pais sabem, e seus pais e seu padrinho também, qual o medo, Bárbara? Estava pirando atoa, é cla
AlessaTodos olhavam Alessa Castilho García! Castilho por parte de mãe e García por razão da adoção feita por Alfonso García, seus olhos lindos como um lago cristalino e seu rosto com traços lindos e delicados chamavam a atenção de todo no Conselho das famílias mais poderosas do crime mas com certeza o olhar de um homem em específico era diferente de todos os outros. Ele a amava, admirava e cobiçava a mulher que um dia foi dele mas suas ações a afastaram, tudo poderia ser diferente, se Dante pudesse voltar no tempo, teria investigado melhor e com certeza sua história não teria sido esse terrível rumo. A morte não levou Dante Fontana, não que ele merecesse viver de qualquer forma mas talvez o ceifador quis deixar seu principal emissário vivo para continuar sua obra mas nunca saberemos, Alessa olhava cada um deles tentando mentalmente pensar como ia dizer algo que pudesse justificar seus atos assassinos perante pessoas que nunca se importaram com ela. Respirando fundo, fechando seus
– Queimem tudo, não podemos deixar vestígios de nada que fizemos hoje. Esse povo sujo estava aqui para encontrar os García, portanto, mereciam morrer. – E a menina, o que fazemos com ela? Levamos para Patrício Fontana? Ela é nova e bonita, pode ser uma boa ideia vendê-la para ele. Ou quer brincar mais com ela? Carmem estava jogada em um canto, parecia uma fera fora do seu habitat lutando ferozmente contra as cordas que amarrava seus pulsos e calcanhares, Flávio violentou a pequena rom mas ela lutou a cada segundo e mesmo depois do assassino dos seus pais conseguir desflorá-la, a menina ainda brigava para se libertar, como se nada a abalasse, nem mesmo a virgindade que perdeu a fez parar de se debater e tentar a fuga. Seu acampamento estava totalmente destruído, com todos que cresceu e aprendeu a amar e respeitar mortos, Carmem não entendeu porque não a mataram como fizeram com seus irmãos, pais e noivo. Ela não conseguia olhar a destruição apenas queria lutar pela única coisa que a
Carmem desistiu de lutar! Seu corpo e mente se cansaram e tudo piorou com a gravidez, a coleira machucava seu pescoço e aquele lugar apertado como uma jaula deixava tudo muito pior, ainda era cedo mas sabia que uma criança crescia em seu ventre, a deixando mais cansada tornando sua luta mais árdua e difícil. Negrini se esforçou muito em domar Carmem, a cada vez que tentava mais agressiva ela ficava, o que tornou tudo mais horrível.O cheiro forte de urina, fezes e vômito a deixavam enjoada, mas o seu maior medo era quando anoitecia, Flávio vinha com toda sua maldade e imponência para machuca-la e tentar ao mesmo tempo mudar sua essência, ela já não suportava mais as torturas psicológicas, físicas, a forma como a violentava e as humilhações impostas. Carmem se deitou no colchonete sujo encostado em uma parede úmida e se permitiu chorar como uma menina, a fera estava ferida demais para lutar, quando a porta se abriu, quem apareceu não foi Negrini, mas seu braço direito e homem de conf
Alguns anos depois Carmem observava sua pequena brincando com as flores do jardim, momentos de paz tão raros mas significativos na vida triste da jovem mãe. Com dezessete anos, Carmem passou por situações inimagináveis para uma mulher tão jovem passar. Cenas de ciúmes constantes, obsessão, perseguições e toda sorte de assédio, só de pensar na forma que o homem de confiança de Negrini a olhava um medo descomunal crescia no seu peito. Flávio sempre muito ciumento e obcecado não permitia que Carmem saísse e até a pequena Cassandra ou Alessa como Negrini a nomeou sofria com o ciúme sem medidas que o pai tinha de sua mãe. Três anos sofrendo deixaram Carmem amedrontada, temerosa e triste tentando entender porque não morreu naquela noite junto com seus pais e seu grande amor mas a vida era assim e não podia mudar nada. Negrini apareceu no jardim irritado, ela simplesmente esperou a sessão de xingamentos começar, com o tempo ela parou de tentar se defender e passou a escutar as acusações c
Carmem andava de um lado para o outro com a pequena em seus braços, a febre não abaixa e o medo de perder sua filha não a ajudava a pensar direito. De repente, Flávio apareceu furioso pelo atraso, o jantar seria com um membro recém aceito no conselho das famílias, Patricio Fontana e seu filho mais velho, Dante, eram conhecidos por seus “trabalhos” nada agradáveis e muito requisitados pelos outros membros da família. – A menina está doente, não sou importante, quer apenas me exibir para eles. Me humilhar como sempre faz, Flávio, não tem porque ter minha presença. Não sou uma dama da sua família, nem sequer tem respeito por mim. Déjame tener a mi bebé, ella me necesita mucho más que tú. (Deixe-me ficar com a minha bebê, ela precisa muito mais de mim do que você.) – Deveria levá-la pelos cabelos até a sala mas não vou fazer isso porque não vou mais passar vergonha com você, sua infeliz. Essa maldita da sua filha desde que nasceu só me atrapalha, agora, doente, está cada vez mais compl
Três anos depois– Cassandra, ¿dónde estás? Niña traviesa, vem a tomar uma ducha, puedo oler a cerdito aquí. (Cassandra, onde você está? Menina levada, venha tomar banho, estou sentindo cheiro de porquinha aqui.) A pequena se escondia da mãe sorrindo entre os grandes arbustos da mansão, a menina, agora, com cinco anos crescia em beleza e alegria, Carmem fez seu melhor para menina ser feliz apesar de toda maldade imposta às duas.– No soy um cerdita. ¡Pero no quiero darme uma ducha, mamá!(Não sou porquinha. Mas não quero tomar banho, mamãe!) – ¡Pero necesito ducharme, mi amor! (Mas precisar tomar banho, meu amor!) Carmem vivia por sua filha e sua filha vivia por ela, ambas eram amigas, confidentes e unidas em tudo. Ao contrário dela, Cassandra desenvolveu a clarividência muito jovem, ela tinha sonhos desde que completou quatro anos, começou a ter o mesmo sonho com um garoto mais velho com olhar de um leão feroz, cabelos loiros escuros e expressão animalesca a observando até pegá-la