Para tristeza de muitos e alegria de alguns, o livro de Alessa está chegando ao fim. Alessa – Prima, antes de você entrar em casa, devo avisar que tia Carmem está na sala. Estou avisando porque Cristóvão está a distraindo com Juan e uma conversa sobre comida, mas você sabe como meu marido não vai conseguir segurá-la por muito tempo. Estava chegando em casa quando Milene e Aurélio me impediram de entrar em casa, meu primo Aurélio colocou um rastreador no meu celular apenas por segurança por isso sabia que estava chegando aqui, sei que fez por proteção, ele gosta de se antecipar a todo mundo. – Jarbas também está aqui, não é? – Sim, veja bem, priminha: a situação é bem complicada, tia Madalena está com Bárbara mas você sabe como tudo isso é delicado. O que acha de fazermos um passeio? É só até eles irem embora. – Não, Aurélio, não sou uma criminosa para fugir de ninguém. Em algum momento eles vão precisar saber que vou embora, ficar escondendo isso é absurdo e sem sentido. Vou ent
Alessa A despedida sempre é muito triste. Minha mãe e meu pai não vieram mas não fico surpresa em relação a isso, acredito que um dia tudo pode ser mudado mesmo quando parece ainda incerto. Sandro, Violeta, Milene, Cristóvão, Aurélio, Alejandra, Catarina, Ágata, Hermes, Graciela, Lídia e Cecilia vieram se despedir junto com as crianças. Bárbara abraçou todos os primos e amiguinhos como se ela soubesse que não voltaria tão cedo, Henrique está aqui também, ele fez questão de nos buscar, trouxe a escritura do sítio que vou viver com minha pequena, o lugar agora é meu. Sinto que vou poder recomeçar de um jeito que me fará recuperar tudo que perdi. – Prima, sabe que a porta da minha casa está aberta para você, pode voltar quando quiser. E por favor, não deixe de nos dar notícias e se precisar de qualquer ajuda não se sinta envergonhada em me procurar. – Sandro está certo, amiga, estamos aqui por você e para você, essa partida não é o fim. Sentiremos muitas saudades mas entendemos que
Último capítuloAlessa– Cassandra, porque estou vomitando e tendo enjoos? O que fizemos? – El doctor dijo que no podía pasar, Alessa, que no podíamos tener más bebés. ¡Perdóname! (O médico disse que não podia acontecer, Alessa, que não podíamos gerar mais bebês. Me perdoe!) Lembro quando o médico disse que Bárbara seria nossa única filha pois não poderíamos gerar bebês, ele explicou que tínhamos problemas no útero e nos ovários mas nunca entendi bem. O bebê não é de Jarbas, disso tenho certeza, não deveria ter concordado com Cassandra naquele dia, foi bom, mas agora não sei como proceder. – Estamos grávidas de novo, é de Dante. – ¡Sí, lo siento, soy um idiota, um gran imbécil! No sé qué decir, hermana, solo te pido que me perdones, por favor. (Sim, sinto muito, eu sou uma idiota, uma grande imbecil! Não sei o que dizer, irmã, somente peço que me perdoe, por favor.) – Você não toma jeito, Cassandra, a vontade que tenho é de não perdoar você mas vamos ser mães, não podemos ficar br
Alguns anos depoisBárbara – Porque vocês estão me olhando assim? Vocês são minhas amigas ou o que? É sério, estou muito ansiosa, preciso de conselhos. – Tio Dante e tio Henrique vão matar o Miguel, depois tio Romeu vai matar seu pai e seu padrinho, enfim, será uma tragédia. Sara é sempre muito objetiva igual a tio Nuno, isso me irrita muito, mas ela tem uma certa razão, Miguel vai me pedir em casamento e conhecendo meu pai e padrinho Henrique, tudo pode acontecer. Iolanda está rindo junto com Cássia, Leandra parecia preocupada com outra situação mas não queria dizer o que era, mas tenho certeza que tem haver com Valentim estar aqui no Brasil. – Leandra, diga alguma coisa? – Conversou com tia Alessa? Ou contou para seu irmão pelo menos? Meu irmão é louco por você, e não deve se preocupar com nada, é só um pedido de casamento, não é como se ninguém soubesse que vocês namoram. Bom, meus pais sabem, e seus pais e seu padrinho também, qual o medo, Bárbara? Estava pirando atoa, é cla
AlessaTodos olhavam Alessa Castilho García! Castilho por parte de mãe e García por razão da adoção feita por Alfonso García, seus olhos lindos como um lago cristalino e seu rosto com traços lindos e delicados chamavam a atenção de todo no Conselho das famílias mais poderosas do crime mas com certeza o olhar de um homem em específico era diferente de todos os outros. Ele a amava, admirava e cobiçava a mulher que um dia foi dele mas suas ações a afastaram, tudo poderia ser diferente, se Dante pudesse voltar no tempo, teria investigado melhor e com certeza sua história não teria sido esse terrível rumo. A morte não levou Dante Fontana, não que ele merecesse viver de qualquer forma mas talvez o ceifador quis deixar seu principal emissário vivo para continuar sua obra mas nunca saberemos, Alessa olhava cada um deles tentando mentalmente pensar como ia dizer algo que pudesse justificar seus atos assassinos perante pessoas que nunca se importaram com ela. Respirando fundo, fechando seus
– Queimem tudo, não podemos deixar vestígios de nada que fizemos hoje. Esse povo sujo estava aqui para encontrar os García, portanto, mereciam morrer. – E a menina, o que fazemos com ela? Levamos para Patrício Fontana? Ela é nova e bonita, pode ser uma boa ideia vendê-la para ele. Ou quer brincar mais com ela? Carmem estava jogada em um canto, parecia uma fera fora do seu habitat lutando ferozmente contra as cordas que amarrava seus pulsos e calcanhares, Flávio violentou a pequena rom mas ela lutou a cada segundo e mesmo depois do assassino dos seus pais conseguir desflorá-la, a menina ainda brigava para se libertar, como se nada a abalasse, nem mesmo a virgindade que perdeu a fez parar de se debater e tentar a fuga. Seu acampamento estava totalmente destruído, com todos que cresceu e aprendeu a amar e respeitar mortos, Carmem não entendeu porque não a mataram como fizeram com seus irmãos, pais e noivo. Ela não conseguia olhar a destruição apenas queria lutar pela única coisa que a
Carmem desistiu de lutar! Seu corpo e mente se cansaram e tudo piorou com a gravidez, a coleira machucava seu pescoço e aquele lugar apertado como uma jaula deixava tudo muito pior, ainda era cedo mas sabia que uma criança crescia em seu ventre, a deixando mais cansada tornando sua luta mais árdua e difícil. Negrini se esforçou muito em domar Carmem, a cada vez que tentava mais agressiva ela ficava, o que tornou tudo mais horrível.O cheiro forte de urina, fezes e vômito a deixavam enjoada, mas o seu maior medo era quando anoitecia, Flávio vinha com toda sua maldade e imponência para machuca-la e tentar ao mesmo tempo mudar sua essência, ela já não suportava mais as torturas psicológicas, físicas, a forma como a violentava e as humilhações impostas. Carmem se deitou no colchonete sujo encostado em uma parede úmida e se permitiu chorar como uma menina, a fera estava ferida demais para lutar, quando a porta se abriu, quem apareceu não foi Negrini, mas seu braço direito e homem de conf
Alguns anos depois Carmem observava sua pequena brincando com as flores do jardim, momentos de paz tão raros mas significativos na vida triste da jovem mãe. Com dezessete anos, Carmem passou por situações inimagináveis para uma mulher tão jovem passar. Cenas de ciúmes constantes, obsessão, perseguições e toda sorte de assédio, só de pensar na forma que o homem de confiança de Negrini a olhava um medo descomunal crescia no seu peito. Flávio sempre muito ciumento e obcecado não permitia que Carmem saísse e até a pequena Cassandra ou Alessa como Negrini a nomeou sofria com o ciúme sem medidas que o pai tinha de sua mãe. Três anos sofrendo deixaram Carmem amedrontada, temerosa e triste tentando entender porque não morreu naquela noite junto com seus pais e seu grande amor mas a vida era assim e não podia mudar nada. Negrini apareceu no jardim irritado, ela simplesmente esperou a sessão de xingamentos começar, com o tempo ela parou de tentar se defender e passou a escutar as acusações c