Capítulo 3
Ele e sua ex-namorada estavam ali, ela segurando seu braço.

Ele apenas observava enquanto ela foi assediada por outro homem.

Diziam que se um homem realmente te amava, ele iria sentir possessividade por ti.

Beatriz, através da luz amarela quente, sentiu seu coração dilacerado pela dor.

Afonso, pensando que Beatriz estava mentindo para ele, zombou baixamente:

— O Presidente Lucas está com sua amada, não pense que pode me enganar. Secretária Silva. Vamos mudar de lugar para conversar, o que acha?

Beatriz olhou para Lucas calmamente e perguntou:

— Presidente Lucas, o Sr. Souza está perguntando se você está cansado de mim?

Ela o encarou silenciosamente.

Esperando por sua resposta.

Lucas segurava a mão de Camila e passava rapidamente por ela, sem parar.

Naquele momento, Beatriz entendeu que a resposta já não importava.

Camila virou-se, sorrindo radiante, explicou:

— Senhor Souza, Lucas e secretária Silva têm apenas uma relação de trabalho. Não fale besteiras, ou vou ficar muito brava.

Afonso sorriu e assentiu:

— Está bem, não falarei mais nada.

Vendo Lucas e Camila partirem, ele repentinamente empurrou Beatriz contra o carro e beijou seu rosto.

— Afonso, vou chamar a polícia!

Beatriz o empurrou com repugnância.

Mas sua força não era páreo para a de um homem.

Afonso abraçou sua cintura delicada e brincou:

— Secretária Silva, pode gritar mais alto, não tenho medo. Além do mais, chamar a polícia não adianta, só estou dando uns amassos, não te estuprei, tá?

Furiosa, Beatriz estava sem palavras.

Ele terminou de falar e tentou a beijar novamente.

Com olhos decididos determinados, Beatriz deu um chute forte com o joelho.

Afonso se encurvou, segurando a área afetada.

Na calada da noite, quando tudo estava quieto, Beatriz saiu da delegacia com um olhar frio ao lado de Jean Carlos.

Jean e ela eram secretários de Lucas.

— Secretário Carlos, por favor, me leve ao Hotel Cadoro, e obrigada esta noite.

Jean olhou para ela e disse:

— Foi o Presidente Lucas quem pediu para eu vir buscá-la.

Beatriz fez um leve sorriso irônico e respondeu friamente com apenas um bom.

Onde estava ele quando ela estava sendo humilhada por Afonso? Agora, ela não sentia nenhuma gratidão por ele.

Jean hesitou em dizer algo mais, mas finalmente explicou:

— Secretária Silva... O Presidente Lucas originalmente planejou vir pessoalmente buscá-la.

Beatriz arqueou as sobrancelhas levemente:

— A sério? Então onde ele está? Por que não veio?

Jean ficou calado, desconfortável para continuar.

Beatriz baixou os olhos para o celular e viu Larissa continuamente partilhando fotos que Camila havia postado no Instagram.

Finalmente, ela entendeu por que Lucas não veio pessoalmente buscá-la na delegacia.

Porque ele estava acompanhando sua ex-namorada no hospital, mais uma vez.

Beatriz deu um sorriso cínico.

Ela enviou uma mensagem para Larissa, pedindo para ela marcar um encontro com Camila amanhã.

O carro parou no hotel e Beatriz pediu a Jean para voltar.

Ela estava cansada e exausta quando saiu do carro e entrou no hotel.

Nesse momento, o saguão do hotel estava tranquilo e vazio.

Ela estava esperando pelo elevador quando viu um homem alto e imponente falando ao celular.

As portas do elevador se abriram e ele entrou primeiro.

Beatriz andava logo atrás. Quando entrou no elevador, seu salto escorregou de repente, e ela, instintivamente, agarrou o homem à sua frente.

O homem a segurou com uma mão.

A mão dele era quente.

— Desculpe, me perdoe.

Ainda assustada, o peito de Beatriz subia e descia rapidamente. Depois de se equilibrar, ela se desculpou com o homem.

Ele usava uma máscara, e Beatriz só conseguia ver seus olhos profundamente negros.

Parecia um pouco com o homem que ela encontrou no táxi?

Ele segurava o celular com a mão direita, e, ao tentar segurá-la, o celular caiu no chão. Na mão esquerda, ele segurava um copo de café, que derramou na camisa branca dele.

O que tornou a situação ainda mais embaraçosa para Beatriz era que o sutiã adesivo esquerdo tinha se deslocado para cima.

Com uma mão sobre o peito esquerdo e as orelhas ardendo, ela se sentia extremamente azarada naquela noite.

— Senhor, o senhor não se queimou, né?

Ela estava preocupada de que o café dele estivesse quente.

O homem olhou para ela, franzindo ligeiramente a testa. Ele se abaixou, pegou o celular do chão e disse preguiçosamente ao celular que já falava:

— Depois a gente se fala. — Desligando em seguida.

Beatriz, sinceramente, pediu desculpas:

— Desculpe, me desculpe mesmo, vou pagar o prejuízo.

Rodrigo Santos olhou para Beatriz mais uma vez. Ela estava usando um vestido elegante, com uma cintura e quadris belamente proporcionados. Ele não disse muito, apenas respondeu:

— Não precisa.

A voz dele era grave.

Ele se virou de lado, apertou o botão do elevador e deu alguns passos preguiçosos para trás.

Eles se distanciaram.

Beatriz, fingindo calma, também apertou o botão do elevador.

Ela morava no décimo andar, enquanto ele morava no décimo segundo.

Rodrigo olhou para baixo, pensativo.

Na noite anterior, no táxi, ele já achou aquela mulher um pouco familiar quando a viu?

Ela parecia um pouco com a mulher que, dois meses atrás, subiu em sua cama e ficou insistindo para que ele ficasse com ela.

— Sobre o assunto do prejuízo, precisamos conversar.

Ao ouvir isso, Beatriz parou de sair do elevador.

No corredor do décimo segundo andar.

O homem já havia desabotoado a camisa manchada de café, revelando um corpo bem definido. Ele franziu a testa, claramente desconfortável.

Se Beatriz não estivesse ali, ele teria provavelmente tirado a camisa.

Beatriz evitou olhar para o peito parcialmente exposto do homem e levantou os olhos para encará-lo.

— Senhor, quanto precisa de indenização? Eu faço a transferência.

— Não precisa.

Rodrigo a chamou apenas para confirmar aquela sensação de familiaridade.

Beatriz olhou curiosa para o homem que entrava no quarto com seu cartão e então saiu do décimo segundo andar.

No Café Milão, tocava um jazz suave.

Camila estava sentada à frente de Beatriz.

Camila era uma estrela bem famosa, usava um chapéu e uma máscara para esconder o rosto.

Ela sorriu:

— Secretária Silva, o que quer falar comigo?

Beatriz assentiu, com um leve sorriso nos lábios:

— É um assunto.

Dessa vez, ela adotou uma postura mais reservada, olhando para Camila como uma esposa legítima encararia uma amante.

Beatriz tinha isso bem claro em sua mente: se queria que Lucas pedisse o divórcio, precisava provocar Camila.

— Senhora Oliveira, eu não quero que você atrapalhe a minha vida com Lucas. Você escolheu deixá-lo, então não deveria voltar agora.

Todo mundo sabia que Lucas tinha uma ex-namorada por quem fora apaixonado.

Mas a avó de Lucas não gostava de Camila, então ela não pôde se casar com ele.

Naquela época, Camila também não queria abrir mão da sua carreira musical. Então, ela escolheu terminar com Lucas e foi para o exterior estudar música.

— Senhora Oliveira, você já desistiu do Lucas uma vez, então por favor, desista de vez, tá?

Beatriz continuou falando gentilmente.

Camila arregalou os olhos, incrédula.

— Você e o Lucas, vocês.

Beatriz assentiu:

— Eu e o Lucas estamos casados há dois anos.

Assim que ela disse isso, Camila ficou chocada, e seus olhos imediatamente se encheram de lágrimas.

— Você e o Lucas se casaram?

Beatriz se sentia como uma vilã separando amantes. Ela falou friamente:

— Sim, casamos.

Na mesa ao lado, Lucas ouviu Beatriz mencionar o casamento para Camila.

Seu rosto bonito ficou imediatamente sombrio, seus lábios se apertaram e seus olhos ficaram ferozes.

O design deste café era muito bom.

Cada mesa tinha divisórias, criando espaços privados.

Eles haviam concordado que o casamento deles não deveria ser divulgado.

Essa mulher, Beatriz, realmente tinha muita coragem.

Afinal, era apenas um casamento por contrato.

Camila franziu a testa, ainda sem querer acreditar.

— Secretária Silva, você está mentindo para mim, não está?

Beatriz disse:

— Não estou mentindo para você. Vou te mostrar nosso certificado de casamento.

Ela, preparada, pegou o certificado de casamento de sua bolsa e o mostrou para Camila.

Camila tirou a máscara, revelando seu belo rosto.

Camila era linda e tinha um ar puro, era uma daquelas mulheres irresistíveis.

Enquanto a aparência de Beatriz era mais sensual.

— Secretária Silva, ontem à noite, quando estávamos juntos, Lucas não me disse que estava casado com você. Eu podia sentir que ele ainda me ama.

Camila mencionou a noite anterior com tristeza.

Insinuando que eles estavam juntos na noite passada.

Beatriz manteve o sorriso, indiferente:

— Homens são todos iguais na cama. Quando ele estava comigo, também dizia que me amava.

Lucas, na mesa ao lado, ouviu isso e ficou ainda mais frio, contendo sua raiva.

Ele já tinha vontade de estrangular Beatriz.

Ela falou demais!

Camila ouviu isso e cobriu os lábios vermelhos com a mão, começando a chorar.

Beatriz achava que ainda não tinha provocado o suficiente. Ela realmente queria que Lucas pedisse o divórcio primeiro, então continuou se esforçando.

— Secretária Silva, se você quer ser a amante, não vou te impedir.

— Basta!

Uma voz masculina e gelada de repente surgiu.

Beatriz virou a cabeça e viu Lucas, com uma expressão fria.

Ele estava se esforçando para conter a raiva.

Beatriz ficou paralisada.
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