O quarto que Alexandre alugou ficava em um beco pequeno e desordenado. Ao longo do caminho, ainda dava para sentir o cheiro de esgoto. A motocicleta elétrica parou em frente a um prédio antigo e precário.Durante os anos em que Cristina esteve na prisão, ela quase conseguiu se livrar dos vícios de “dama da alta sociedade”. No entanto, quando entrou naquele quarto apertado, seguindo seu filho, não conseguiu evitar as lágrimas.O quarto só tinha espaço para uma cama, uma mesa pequena e um minúsculo banheiro. O ambiente todo era simples e estreito.— Mãe, não chora, eu preciso ir trabalhar. Se estiver com fome, pode cozinhar macarrão, ele está ali. — Alexandre apontou para a única mesa.Na mesa, havia uma placa elétrica, macarrão e alguns temperos. Cristina enxugou as lágrimas. Ela tinha imaginado que, ao sair de lá, teria uma refeição melhor, mas o que a aguardava era só macarrão.Ela forçou um sorriso:— Eu sei.Alexandre, apressado, terminou de dar as instruções e logo foi trabalhar.
Beatriz franziu ligeiramente a testa:— Mas por que ele não explicou tudo? Se o que aconteceu naquela época não for resolvido, Laura sempre vai ter algo pendente no coração.O Sr. Santos ergueu uma sobrancelha:— O que aconteceu?Beatriz mencionou o que Laura lhe contou.Rodrigo ouviu tudo e, depois, deu um beijo na testa de Beatriz:— Deixe Laura resolver isso sozinha. Podemos apoiar, mas não podemos interferir no relacionamento deles.Beatriz também sabia que outras pessoas não deviam se meter nesse tipo de coisa. Ela se ajeitou, colocando a cabeça no peito de Rodrigo:— Sim.Ela fez círculos com os dedos no peito dele e disse, preguiçosamente:— A noite está encantadora... Devemos continuar?Rodrigo segurou a mão dela, se virou rapidamente e a posicionou debaixo de si.Às vezes, Beatriz realmente gostava disso, de ver a expressão de Rodrigo, que, embora fosse tão educado e tranquilo por fora, estava cheio de desejo por dentro.Ela abriu um pouco os lábios vermelhos e mordeu ligeiram
— Estacione no Shopping Global.Beatriz planejava comprar um relógio masculino para presentear Rodrigo.Para passar despercebida, ela usou um chapéu e uma máscara.Gonçalo saiu do carro, abriu a porta e os dois entraram no shopping.Não havia muitas pessoas no shopping naquele dia.Ao entrarem, Beatriz e Gonçalo seguiram diretamente para o balcão de relógios.Enquanto Beatriz escolhia o relógio, ela ouviu a conversa de duas pessoas ao lado, que também estavam comprando relógios.— Essa daqui, o que você acha, filha? — Dona Morais perguntou à sua nora mais velha.— Mãe, seus gostos são impecáveis, Juliana vai adorar. — Respondeu Olivia sorrindo.Às vezes, ela não podia deixar de se admirar, a cunhada tinha uma vida de princesa na casa dos pais e, mesmo depois de se casar, continuava a viver como uma princesa. Já casada havia mais de vinte anos, ela ainda era muito querida pela família originada.— Embrulhe esse relógio, por favor. — Dona Morais, que tinha acabado de chegar de Cidade M p
— Sr. Ayque, peço desculpas pelo ocorrido da última vez. — Beatriz disse sinceramente.Esta noite, ela convidou Ayque para jantar, com o objetivo de se desculpar pelo incidente no hotel.O mal-entendido afetou significativamente a colaboração entre as duas partes.Ayque estava sentado à sua frente, com uma expressão fria, mas havia uma leve curiosidade em seus olhos.Rodrigo, surpreendentemente, se posicionou em favor de Beatriz.Ele olhou para Beatriz e, com um sorriso cavalheiro, disse:— Sra. Silva, já que a situação foi esclarecida, o importante é que o mal-entendido foi resolvido.Embora Ayque tenha dito isso de maneira polida e agradável, Beatriz sabia muito bem que o incidente havia feito com que ele começasse a questionar a administração do Grupo Correia. Ele provavelmente acreditaria que havia falhas na administração do grupo.Beatriz manteve o sorriso, ergueu a taça e disse:— Obrigado, e por favor, dê ao Grupo Correia uma nova oportunidade.Ayque levantou a taça:— Espero qu
Vera sorriu levemente.O ambiente na casa de Reis estava muito agradável.— Fábio tem namorada? — Perguntou Dona Morais, com interesse.Os pais de Fábio faleceram cedo, ele foi criado por Juliana e Vítor, e Dona Morais realmente se preocupava com ele.Juliana riu e balançou a cabeça.— Mãe, nem me fala. Ele passa o dia inteiro trabalhando e a vida amorosa dele continua sem progresso.Dona Morais sorriu:— Fábio, o trabalho é importante, mas o amor também não pode ser ignorado. Você já está na hora de procurar uma boa moça.Vera, sorrindo, comentou de lado:— Fábio, sendo tão excelente como é, com certeza vai encontrar alguém adequada.Ela abaixou a cabeça para esconder um pensamento fugaz.Juliana concordou:— Sim, Vera tem razão. Fábio, não seja tão exigente. Se aparecer alguém legal, aproveite a oportunidade e se aproxime.Fábio, surpreso de o assunto tem ido parar nele, deu um sorriso sem jeito e acenou com a cabeça.— Vovó, eu sei, vou esperar pela sorte.Após o jantar, Juliana ped
— Ela é, é realmente muito parecida — exclamou Dona Morais, olhando fixamente para a foto no celular. — Você não viu a foto da sua bisavó, de quem ela é filha?Dona Morais fez a pergunta com curiosidade. Ela estava com cabelos prateados e um sorriso bondoso no rosto, seus olhos brilhando com uma mistura de confusão e surpresa.Quanto a Beatriz, Juliana não demonstrou muito interesse. Sentada elegantemente no sofá, com um sorriso suave no rosto, seus olhos, no entanto, mostravam um certo distanciamento.Porém, Vítor, como genro, não podia ser tão apáticocomo Juliana. Ele respondeu:— Ela é nora de Correia, atualmente é presidente do Grupo Correia, mas de qual família ela é, não sabemos. Nunca investigamos.Dona Morais acenou com a cabeça, refletindo levemente:— Presidente do Grupo Correia, realmente uma jovem impressionante.Olívia comentou com admiração:— Que coincidência, será que a família de Beatriz tem alguma conexão com os Morais?Essa pergunta fez Vítor cair em reflexão.Ele fe
No dia do aniversário de casamento, Beatriz Silva foi sozinha ao ginecologista. No hospital, ela encontrou seu marido abraçando seu amor. Ela estava encostada no peito do homem e, com uma voz suave, disse:— Lucas, obrigado por me acompanhar ao hospital para ver minha cólica menstrual.O marido, cheio de carinho da sua amor, então pediu a Beatriz para comprar chocolate. Beatriz de repente sorriu. Sua mão se afastou da barriga. Que coincidência, ela estava pensando em mudar de hospital para fazer um aborto.Beatriz estava no hospital para abortar. Ela esperou na fila para ser chamada por doutor. Ao redor, havia vários casais sentados, esposas grávidas acompanhadas por seus maridos. Isso fazia ela, sozinha ali para abortar, parecer um pouco triste.Dois meses atrás, ela havia acompanhado Lucas Moreno em uma viagem de negócios. Participaram de uma festa e ela acabou bebendo demais. Quando acordou na manhã seguinte, estava sozinha na suíte do hotel. O quarto era bagunçado, indicava o sexo
Beatriz estacionou o carro à beira da estrada. Quanto à questão da gravidez de Lucas, ela negou com calma:— Não estou grávida, só tive alguns desconfortos intestinais nos últimos dias.Lucas, apoiado no guarda-roupa, olhou com indiferença e zombou: — Beatriz, é melhor você não tentar me enganar. Hoje em dia, estar grávida para garantir uma posição de esposa rica não está na moda.O coração de Beatriz deu um leve solavanco com o que ele estava pensando dela. Ela tocou suavemente sua barriga ainda plana e disse com serenidade: — Presidente Lucas, como eu poderia estar grávida? Usamos preservativo naquela noite, deve ser de boa qualidade, sem falhas.Lucas arqueou a sobrancelha e ficou em silêncio.Pela manhã, houve uma reunião na empresa que durou metade do dia. Ao meio-dia, Beatriz levou café preparado para o escritório. Ela colocou os documentos pedidos por Lucas sobre a Brasiluxe Entretenimento na mesa.Seus olhos passaram pelos documentos da Brasiluxe. O Grupo Moreno nunca havia e