Adeus, Canalha! Agora Estou Grávida e Casada com Seu Tio.
Adeus, Canalha! Agora Estou Grávida e Casada com Seu Tio.
Por: Hugo Joaquim
Capítulo 1
No dia do aniversário de casamento, Beatriz Silva foi sozinha ao ginecologista. No hospital, ela encontrou seu marido abraçando seu amor. Ela estava encostada no peito do homem e, com uma voz suave, disse:

— Lucas, obrigado por me acompanhar ao hospital para ver minha cólica menstrual.

O marido, cheio de carinho da sua amor, então pediu a Beatriz para comprar chocolate. Beatriz de repente sorriu. Sua mão se afastou da barriga. Que coincidência, ela estava pensando em mudar de hospital para fazer um aborto.

Beatriz estava no hospital para abortar. Ela esperou na fila para ser chamada por doutor. Ao redor, havia vários casais sentados, esposas grávidas acompanhadas por seus maridos. Isso fazia ela, sozinha ali para abortar, parecer um pouco triste.

Dois meses atrás, ela havia acompanhado Lucas Moreno em uma viagem de negócios. Participaram de uma festa e ela acabou bebendo demais. Quando acordou na manhã seguinte, estava sozinha na suíte do hotel. O quarto era bagunçado, indicava o sexo da noite anterior. Roupas espalhadas pelo chão. Suas roupas e uma camisa branca dele. E no corpo dela, ainda havia marcas de amor deixadas por ele.

Naquele momento, Beatriz estava radiante. Depois de tantos anos, ele havia finalmente aceitado seus sentimentos. Ela realmente o amava muito. Mas essa felicidade foi destruída completamente na noite passada.

Ontem à noite, ela perguntou cautelosamente o que ele faria se ela estivesse grávida. Ele, casualmente acariciando sua barriga, riu levemente:

— Se estiver grávida, então aborte. E eu nunca deixaria você engravidar.

Palavras tão diretas e cruéis que deixaram Beatriz gelada. De qualquer forma, havia sido sua secretária por cinco anos, amando-o por tantos anos. Até foi sua esposa por dois anos. Criar um animal de estimação por tantos anos já podia gerar um certo carinho, certo?

Mas, no final, o que ela recebeu foram palavras tão frias. Pensando na noite passada, Beatriz esboçou um sorriso amargo e então viu seu marido abraçando uma mulher, vindo em sua direção. Beatriz imediatamente ficou tensa e instintivamente baixou a cabeça.

— Esta mulher é a secretária Silva, né?

Camila Oliveira, usando uma máscara, surpresa, puxou a roupa de Lucas e o fez caminhar até lá:

— Quero falar com ela.

— Você deveria ir ao médico primeiro.

Disse o homem. Sua voz era menos fria do que de costume, com um toque de suavidade.

— Faz tanto tempo que não vejo a secretária Silva, só quero falar algumas palavras com ela.

Camila piscou seus grandes olhos brilhantes e, brincando, cutucou o peito do homem:

— Só desmaiei por causa de cólica e um pouco de hipoglicemia, não precisa se preocupar tanto.

Beatriz sentiu alguém parado na sua frente. Ela levantou a cabeça e viu seu marido, apenas de nome, abraçando uma mulher e ficou na frente dela sem qualquer constrangimento.

Beatriz ficou atordoada por um momento.

— Secretária Silva, quanto tempo! Você está cada vez mais bonita. — Disse Camila, com alegria na voz.

Ela havia voltado para o país... Quando isso aconteceu? Camila era a ex-namorada e primeiro amor de Lucas.

Beatriz tentou sorrir, mas não conseguiu, e se levantou, respondendo educadamente:

— Sim, faz muito tempo.

Camila sorriu levemente e disse com uma intimidade evidente:

— Secretária Silva, obrigada por cuidar do Lucas esses anos. Só você consegue suportar o mau-humor dele.

Eles haviam terminado quatro anos atrás... Beatriz forçou um sorriso, disse:

— Não é nada difícil. Afinal, o salário da Group Moreno é muito bom.

Uma enfermeira trouxe uma cadeira de rodas. Lucas, com gestos gentis, colocou Camila na cadeira de rodas. Então, a gentileza do homem podia ser diferente dependendo da pessoa.

Beatriz mordeu os lábios vermelhos, sentindo-se muito mal por dentro. Camila olhou para Lucas e agradeceu, depois se virou para Beatriz, disse:

— Secretária Silva, você está esperando para ver o médico?

— Não, eu já terminei e estou de saída.

Camila puxou a manga da camisa de Lucas, encostando-se na mão dele, com uma voz macia:

— De repente, fiquei com uma vontade enorme de comer chocolate, muito mesmo.

— Vamos ao médico primeiro, tá bom?

Lucas disse resignadamente, e então olhou para Beatriz, sem emoção,

— Secretária Silva, por favor, vá comprar uma caixa de chocolate e traga para o quinto andar.

Beatriz sentiu um calafrio e quase riu de si mesma. Ele realmente estava pedindo para sua esposa comprar chocolate para sua ex-namorada?

Beatriz de repente sorriu. Ela poderia mudar de hospital para fazer o aborto.

Camila deu um tapinha no braço do homem e, fingindo estar brava, revirou os olhos para ele:

— A Secretária Silva deve estar se sentindo mal hoje, pois está no hospital. Como você pode pedir para ela comprar chocolate? Que absurdo.

Ele respondeu friamente:

— Isso faz parte do trabalho dela.

Sim, era o trabalho de uma secretária. Ao ouvir isso, Beatriz abaixou os olhos, escondendo a tristeza que passou por eles. Seu orgulho não permitia que ela se mostrasse derrotada, então ela sorriu:

— Sim, Senhora Camila, como secretária, isso realmente é parte do meu trabalho.

Ela acenou para eles, segurando a bolsa com força, e saiu rapidamente.

Beatriz foi a um supermercado perto do hospital e comprou uma caixa de chocolate.

Quando voltou ao hospital, pegou o elevador até o quinto andar. Quando as portas do elevador se abriram, ela viu Lucas e Camila se abraçando do lado de fora.

Camila estava com os braços em volta da cintura de Lucas. Eles estavam se beijando. Beatriz sentiu vontade de vomitar. Cobrindo os lábios pálidos, ela se apoiou no espelho no elevador e teve enjoo.

Os olhares se encontraram.

As portas do elevador se fecharam novamente, e Beatriz, com os olhos lacrimejando, continuava vomitando dentro do elevador.

Felizmente, naquele momento, apenas ela estava dentro do elevador.

Camila olhou surpresa para o elevador fechado, disse:

— O que aconteceu com a secretária Silva?

Ela ouviu um som de náusea intensa.

Lucas estava com um olhar frio, pensando na pergunta inesperada sobre filhos que Beatriz havia feito na noite anterior.

Beatriz entregou a caixa de chocolates para uma enfermeira e pediu que a levasse ao quinto andar para Lucas.

Ela dirigiu para casa e, assim que chegou, começou a arrumar as malas para se mudar no dia seguinte.

Dois anos de um casamento de conveniência, afinal, era frágil.

Era hora de acordar do sonho.

Dois anos atrás, a avó de Lucas queria vê-lo casado em seus últimos anos de vida.

Na época, Lucas perguntou a Beatriz se ela queria se casar com ele por conveniência.

Ele até lhe ofereceu uma quantia em dinheiro.

Beatriz já tinha uma queda por ele.

Além disso, naquela época, ela precisava de muito dinheiro, então concordou com o acordo.

Embora fosse um casamento de conveniência, ela levou muito a sério.

Ela pensou que amor verdadeiro poderia mover Lucas.

Mas a volta de Camila tornou essa ideia ridícula.

Tentar mover outra pessoa com o seu próprio amor, que ideia idiota.

À noite.

Ela estava esperando por ele.

Ela tentou manter a calma e esperou por ele para resolver as coisas quando chegasse.

Esperou das seis às oito da noite, ligando para ele várias vezes, mas ninguém atendeu.

Lucas não voltou naquela noite.

Ela recebeu uma mensagem de Larissa Moreno, sua cunhada, encaminhando uma foto que Camila havia postado no Instagram.

A foto mostrava seu marido secando o cabelo de Camila, vestindo um roupão.

Tarde da noite, seu marido de roupão, secando o cabelo da ex-namorada.

Beatriz olhou fixamente para a foto, piscou seus olhos levemente lacrimejantes e sorriu silenciosamente.

Sem emoção, ela foi até a gaveta e pegou o contrato de casamento de conveniência assinado dois anos antes.

Seus olhos caíram na última cláusula do contrato.

[Dentro de cinco anos, quem pedir o divórcio terá que pagar uma multa de duzentos milhões reais como penalidade de quebra de contrato]

Na época do casamento, Beatriz pediu trinta milhões como presente de casamento, enquanto Lucas transferiu diretamente cem milhão para ela.

Ela fez as contas de seu próprio dinheiro, deduzindo os custos do tratamento de quimioterapia de seu irmão, e ficou com noventa milhões.

Se ela pedisse o divórcio agora, ela não teria os duzentos milhões de multa para dar a ele.

Beatriz esfregou o rosto, guardou o contrato e trocou de roupa antes de sair com as chaves.

Cidade B tinha muitos bares.

Beatriz nunca havia vindo a um lugar assim antes.

Hoje ela veio e pediu uma bebida, mas não bebeu. Pensando no filho em seu ventre, acabou deixando o copo na mesa.

Beatriz forçou um sorriso, querendo desabafar com uma bebida, mas não teve a chance.

Ela saiu do bar, fungou, e lágrimas escorreram, como um tolo.

Ela amou alguém por anos a fio, mas no fim tudo se desfez em nada.

Havia um táxi com a porta aberta à sua frente, e Beatriz entrou, com a voz embargada, dizendo:

— Senhor, por favor, para Alphaville.

O motorista olhou pelo espelho retrovisor para o banco traseiro, vendo um homem e uma mulher. Seria um casal brigando?

O motorista foi muito gentil, dizendo:

— Os homens precisam aprender a pedir desculpas, né?

Ele deu partida no carro e seguiu adiante. Beatriz agora percebeu o que havia acontecido. Ela virou a cabeça e, com os olhos vermelhos, viu um homem sentado ao lado dela. Ele usava uma máscara, por isso ela não conseguia ver o rosto dele claramente.

— Senhor, por favor, pare. Desculpe, entrei no carro errado.

Houve um silêncio.

O motorista estacionou o carro na beira da estrada e Beatriz se desculpou várias vezes antes de sair do carro. Ela lançou um olhar para o homem no banco traseiro. Ele estava olhando para ela também.

Lucas só voltou na manhã seguinte para trocar de roupa. Quando ele chegou em casa, viu várias malas na sala:

— Quem visitou? — Perguntou ele, com a voz rouca, enquanto desabotoava a camisa.

— São minhas malas. — Respondeu Beatriz, seus olhos fixos no batom vermelho no colarinho da camisa branca dele, fazendo um gesto com os dedos. — Batom de mulher.

Ele puxou a gola da camisa e viu realmente o batom. Lucas estava com uma expressão um tanto constrangida., mas ele logo voltou à sua expressão fria. Nem mesmo tentou explicar.

Era realmente assim.

Beatriz riu alto. Lucas franziu a testa.

— Do que está rindo?

— Nada, vi uma piada de manhã. Vou para a empresa.

Beatriz pegou sua bolsa e, ao sair, trocou instintivamente seus saltos por sapatilhas. Lucas subiu para o quarto e foi para o banheiro antes de perceber que suas roupas não estavam preparadas como de costume.

Antes, quando ele tomava banho, Beatriz sempre preparava suas roupas com antecedência.

Ele saiu friamente do banheiro.

Enquanto ligava para Beatriz, ele foi até o guarda-roupa.

— Esqueci de lhe perguntar uma coisa. — Ele abriu a gaveta do guarda-roupa. — Beatriz, você não está grávida, né?

A voz fria do homem ecoou pelo celular, fazendo o coração dela acelerar violentamente.
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