Beatriz estava com o estômago revirado, não conseguiu evitar e vomitou, diretamente em cima dele. O rosto sério de Lucas instantaneamente se endureceu. Ele olhou para o vômito em sua roupa, seu olhar ficou furioso.Beatriz cobriu a boca, embora secretamente sentia um certo prazer, explicando: — Estes dias tenho me sentido mal.Lucas, com repulsa, tirou a roupa e a jogou no carro, revelando seu físico robusto. Antes de sair da sala, advertiu Beatriz friamente: — Volte a morar em Alphaville. Se minha avó descobrir que você se mudou, não vou te perdoar.Beatriz não podia mais voltar a morar em Alphaville. Ela tinha algo muito importante para fazer: encontrar um lugar seguro para realizar um aborto. Ela estava constantemente preocupada em ser descoberta. Quando Beatriz decidia algo, agia com determinação. Ela comprou uma passagem para Cidade C. Naquela noite, pegou o avião e, em seguida, um táxi para uma pequena cidade, onde reservou um pequeno hotel perto do Hospital Santa Casa.Quando am
A atmosfera no consultório estava delicada, mergulhada em silêncio.Rodrigo sorriu de forma quase imperceptível, mas como estava de máscara, Beatriz não podia ver seu sorriso.Seguindo a conversa, ele pediu desculpas: — Então você é solteira, desculpe. Embora a esposa do meu sobrinho também se chame Beatriz, meu sobrinho é um verdadeiro gambá.O tom de voz dele estava cheio de desprezo.Beatriz não sabia se ficava feliz ou irritada.Ela não tinha certeza da relação entre o Dr. Santos e Lucas. Mas ele dizer que o sobrinho era um gambá...Independentemente de ser realmente um gambá ou uma pessoa, era claro que ele desprezava profundamente esse sobrinho.Será que ele contaria para alguém sobre o aborto?— Seu hospital mantém sigilo sobre a condição dos pacientes? — ela perguntou.Rodrigo digitou a última palavra no computador e imprimiu o formulário. Ao ouvir a pergunta de Beatriz, ele riu: — Com dinheiro, você pode comprar qualquer prontuário que quiser.Beatriz respondeu: — Isso não é
Quando o efeito da anestesia passou, Beatriz acordou.— Está acordada.Beatriz virou a cabeça e viu Rodrigo parado perto da janela.A anestesia tinha passado, mas ela ainda se sentia um pouco fraca.Ela pensou que a cirurgia já tivesse sido feita.Mas então Rodrigo disse de repente: — A cirurgia ainda não foi feita, o bebê ainda está.Beatriz franziu o cenho: — O que você quer dizer?Sua voz saiu rouca e ela estava com sede.Rodrigo se aproximou, serviu um copo de água e a ajudou a beber. Quando terminou, ele disse: — Lucas Moreno.O rosto de Beatriz empalideceu um pouco.Ele realmente conhecia Lucas.Ela ficou sem expressão e perguntou sem emoção: — Você vai contar a ele? Dizer a ele que estou grávida não vai mudar nada, ele não vai querer esse bebê.— Não vou. — Rodrigo puxou uma cadeira, sentou-se e, com voz indolente, disse: — Não sou próximo dele, não vou contar.Rodrigo notou a expressão cautelosa no rosto dela.Ele falou com calma: — Quando prometo algo, eu cumpro.Beatriz não d
Hoje à tarde, Cidade C estava sob uma garoa fina e persistente. Beatriz segurava uma mala com uma mão e um guarda-chuva com a outra, esperando por um táxi do lado de fora do hospital. Sua figura parecia um pouco solitária.Ela havia prometido a Lucas que voltaria para assinar o divórcio e não podia esperar pelo procedimento de aborto.Um carro parou bem na frente dela. Um braço tatuado com uma mamba negra no cotovelo repousava na janela do carro, segurando um cigarro entre dois dedos. O homem dentro no carro tinha um rosto bonito e marcante, com traços profundos e bem definidos.— Entre no carro, para onde você quer ir? Eu te levo. — Ele apagou o cigarro entre os dedos e olhou para a mulher do lado de fora, segurando o guarda-chuva.Enquanto Beatriz ainda hesitava se continuava esperando pelo táxi, Rodrigo já havia aberto a porta e, com passos largos, saiu do carro para colocar a mala dela, no porta-malas.Beatriz não hesitou mais, foi até a porta do carro e entrou. — Para o aeroporto.
— Quem chegou aqui? Secretária Silva! — Afonso disse com um tom sarcástico, observando Beatriz vestida com blusa de manga comprida e calças compridas, e fazendo uma careta de desaprovação.Beatriz notou Lucas apenas lançando um olhar indiferente para ela e conteve suas emoções. — Senhor Souza, sobre da última vez, peço desculpas sinceramente.— Se você terminar esta garrafa de vinho, aceito suas desculpas. — Afonso empurrou uma garrafa em direção a Beatriz, com uma expressão desagradável. Na última vez, ele quase se tornou um homem impotente. Ele não deixaria isso passar sem alguma forma de vingança contra essa mulher.A garrafa continha uma bebida forte, e beber essa garrafa de vinho poderia colocar sua vida em perigo.Jean sorriu levemente: — Senhor Souza, eu tomo metade pela secretária Silva, o que acha?— Não, se a secretária Silva não quer beber, então que faça um strip-tease para nós. — Provocou Afonso, incitando os homens ao redor.— Sim, um strip-tease! — Alguns dos homens se
Beatriz deixou subitamente de resistir, como se estivesse completamente submissa. Afonso, vendo-a tão obediente, deu-lhe mais medicamento e mordeu seu delicado colo. O efeito forte do medicamento foi rápido. No momento em que ele começou a relaxar um pouco o controle sobre ela, Beatriz retirou uma pequena e afiada faca do bolso da calças. Rápida, certeira, ela cortou seu próprio braço, deixando sua mente clara. Alguns espectadores que se preparavam para assistir ficaram assustados e soltaram gritos. — Meu deus! Ela se suicidou.O canivete de Beatriz também pressionava o pescoço de Afonso. Ela lambeu os lábios e disse roucamente:— Senhor Souza, vamos morrer juntos, seremos amantes no inferno, o que acha?Afonso, o covarde, estava tão assustado que mal conseguia falar. Se soubesse que essa mulher poderia ficar tão insana sob o efeito do medicamento, teria amarrado ela primeiro. — Solte a faca, eu te deixo ir. — Ele disse tremendo. — Não vou soltar. Se eu soltar, você vai me dar pro
A mulher finalmente ficou calma, e depois de tomar a injeção, conseguiu dormir tranquilamente.Rodrigo, que tinha feito uma boa ação, foi lavar as mãos. Ele olhou para seus dedos longos e sorriu. Beatriz abriu os olhos lentamente e sentiu o cheiro do desinfetante do hospital. Ela ouviu a voz baixa de um homem falando ao seu lado. Quando ela se acalmou um pouco e virou a cabeça, viu um homem parado perto da janela, falando baixo ao telefone. Sua voz era rouca e suas palavras carregavam um frio intenso: — Deixe-o passar o resto da vida na prisão. Do outro lado da linha, Thiago Pereira riu: — Rodrigo, você está bravo por uma mulher. Isso não é típico de você. — Estou enfeitiçado. — Disse Rodrigo preguiçosamente, com um tom de indiferença: — Vou à igreja quando tiver tempo.— Ok, deixe isso comigo! — Respondeu Thiago animado.Rodrigo percebeu alguém o observando e virou a cabeça, encontrando os olhos fixos e admirados da mulher na cama. Um sorriso leve apareceu em seus lábios enquant
No espelho, ela viu que o lado direito do seu rosto estava levemente inchado por causa de um soco. Estava bem abatida. Ultimamente, seu rosto estava frequentemente marcado por golpes. Ela deu um sorriso desapontado.Quando precisou fazer xixi, Rodrigo saiu para lhe dar privacidade. O som da urina ecoava no banheiro. Rodrigo, muito tranquilo, aproveitou para responder às mensagens dos amigos, que reclamavam que ele havia desligado o telefone de repente. Quando Beatriz saiu do banheiro, viu Rodrigo esperando do lado de fora, o que a deixou ainda mais envergonhada.Beatriz comia devagar, e Rodrigo esperou ela terminar para falar sobre outra coisa. — Amanhã vamos agendar a cirurgia para o abortoBeatriz limpou os cantos da boca e respondeu baixinho: — Ok.Rodrigo ficou em silêncio por um momento. — Os componentes do remédio que você tomou ontem à noite são muito prejudiciais para o feto, me desculpe.Beatriz balançou a cabeça e sorriu levemente. — Foi você quem me salvou, não há pelo qu