CAPÍTULO 37

Eu me afastei levemente, olhando nos olhos dela, que brilhavam com lágrimas. Ver o sofrimento da minha avó doeu mais do que qualquer outra coisa naquela noite. Ela passou os dedos pelos meus cabelos, acariciando meu rosto como se quisesse consolar uma ferida profunda que não podia ser curada.

— Sim, vó... eles me mandaram embora.

As palavras saíram arranhando minha garganta.

— Não tem mais volta. A tradição... eu sabia que isso iria acontecer. Só não sabia que seria tão rápido. E agora... agora estou sozinha.

Ela fechou os olhos por um momento, as lágrimas finalmente escorrendo por suas rugas marcadas pelo tempo. O silêncio da casa, tão familiar e acolhedor, agora parecia sufocante.

— Você não está sozinha, Ayla.

Ela balançou a cabeça, tentando se recompor.

— Nunca estará sozinha enquanto eu estiver viva. Mas... e agora? O que você vai fazer?

Suspirei profundamente, sentindo o vazio crescer dentro de mim.

— Eu não sei.

Admiti, a verdade pesada nos meus lábios. — Só sei que não po
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