Após aquele momento maravilhoso que tivemos juntos, tomamos um banho e logo depois adormecemos. Preguiçosamente passei a mão pela cama em busca do Álvaro, mas o seu lado estava vazio. Levantei abruptamente, fui até o banheiro fazer minhas higiene e sai em busca dele pelo apartamento. Não precisei procurar muito, pois o cheiro maravilhoso que exalava pelo lugar o denunciava, Álvaro estava na cozinha preparando algo para comermos. Entrei vestida com sua camisa rosa e com a minha calcinha por baixo. Quando me viu, ele veio em minha direção, me abraçou e beijou a minha testa.— Bom dia, pequena. Como está?— Bom dia. Estou ótima, graças à você. — falo e ele me encara sorrindo lindamente — E você, está se sentindo melhor?— Acordei com uma baita ressaca, mas já tomei um efervescente e agora estou zero bala. — ele diz divertido e dá uma piscadela pra mimEm seguida ele passa a mão debaixo da minha camisa levando até a minha barriga, que por sinal já estava aparecendo a bolinha, alisou e fal
"Não há amor Como o seu amor E nenhum outro Poderia oferecer mais amor Não há nenhum lugar A não ser que você esteja nele Todo o tempo Até o fim" ××××××××××××× Nos deitamos um pouco até o dia amanhecer. Depois me levantei e preparei lanche pra Flora, mas ela não quis comer. Deixei ela com a vizinha, e fui com o Álvaro tratar dos assuntos sobre o velório. Como não tínhamos muitos familiares, o velório foi rápido e o enterro foi à tarde. Agora estávamos no cemitério dando o último adeus ao meu pai. Esse é o momento mais doloroso quando se perde alguém. Ver meu pai descendo dentro daquele caixão naquele buraco fundo esvaiu o meu coração. Estávamos Flora, o Álvaro, a minha vizinha com outros poucos familiares que tínhamos e eu. Tinha um padre também, que a dona Dissaura fez questão de convidar, e eu não a impedi, pois independente da religião Deus é apenas um, e somente Ele poderia renovar as minhas forças para seguir em frente e continuar cuidando da Flora, e agora do meu be
Estávamos voltando pra casa alegres e felizes depois de conhecer nossa nova casa. Álvaro nos surpreendeu com a surpresa, e pelo visto, tudo foi muito bem planejado porque não desconfiei de nada. No meio do caminho comecei sentir umas dores fortes na região pélvica, tentei disfarçar, mas o desconforto estava tão grande que minha cara de dor me denunciou, e Álvaro acabou percebendo e assustado parou o carro na mesma hora.— Meu amor, você está bem? — Perguntou ele— Estou sentindo umas cólicas estranhas aqui em baixo. — falo gemendo baixo de dor— Calma, respira. — ele tenta me ajudar, mas nada estava resolvendo, e as dores continuavam cada vez mais fortes— Aí Álvaro, o nosso bebê não pode nascer agora, não chegou o tempo ainda. Estou com muito medo... — falo angustiada olhando para ele — Aaaiii... — a dor apertou mais ainda e eu não suportei soltando um grito alto— Aí meu Deus, Laura, e agora o que eu faço? — ele pergunta aflito e sem saber como procederEu também não sabia o que faz
Não sei o que houve depois que apaguei, só sei que acordei num quarto do hospital o Álvaro dormia em uma poltrona do lado. Ele parecia está num sono tão profundo que preferi não acordar. A bebê dormia num pequeno berço do outro lado. Depois de uns trinta minutos a bebê chorou. O Álvaro despertou do sono se deparando comigo acordada olhando pra ele. Eu sorri e ele sorri de volta feliz por eu estar acordada.— Oi, minha pequena, você me assustou. — Falou ele beijando minha testa e alisando minha mãoA bebê continuou a chorar.— Pega ela pra eu ver.Ele saiu pra onde estava a bebê e a pegou nos braços. Ela era moreninha como ele e tinha muitos cabelos tão pretinhos que brilhavam. Estava vestida com uma roupinha rosa.— Olha aqui a mamãe, olha, ela acordou pra te ver. — Falou ele com elaPeguei ela nos braços e a coloquei no peito.— Ela tem seus olhos... — Falei olhando pra ele sorrindo— Mas é linda como a mãe. — Completou ele— E Flora, como está?— Ficou lá com a vizinha. Toda ansiosa
"O amor não se vê com os olhos, mas com o coração." (William Shakespeare) ♡ Laura Andrade — Obrigada, dona Dissaura! Prometo não demorar — Falo para a senhora que cuidava da minha irmã sempre que eu precisava sair. — Imagina, menina Laura. Demore o tempo que quiser, a Flora nunca me atrapalha. Pelo contrário, com ela aqui fico mais feliz. — A senhorinha de cabelos grisalhos dizia, sorrindo, debruçada sobre seu muro branco feito de tábuas de madeira. Sorrio agradecida. Agachada diante da Flora, seguro seus ombros e, olhando em seus olhos brilhantes como estrelas, digo: — Comporte-se, meu amor. Prometo que não vou demorar. Ela ouve atentamente cada uma de minhas palavras, abre aquele sorriso maravilhoso que fazia o meu mundo parar e tornava tudo mais bonito. Sem nada dizer, me abraça apertado. Minutos depois, sigo para o meu compromisso, mas algo dentro de mim dizia que eu teria grandes surpresas. Só não sabia se seriam boas ou ruins. Meu nome é Laura Andrade, sou estudante, cu
“O amor não é algo que você encontra. O amor é algo que encontra você.” (Loretta Young) ♡ Laura "Meu Deus, me ajuda! Eu preciso voltar para casa, a Flora precisa de mim." Suplico, pensando na Flora e relembrando tudo o que passamos. As lágrimas escorrem ainda mais. — Moça? Está tudo bem com você? — ele pergunta, colocando a mão sobre a minha, que está sob a mesa Continuo chorando baixinho, sem dizer nada. — Moça? — ele me chama novamente. Levanto a cabeça, olho em seus olhos claros e falo: — Eu não sei o que fazer. — baixo a cabeça e continuo chorando — Como assim? O que aconteceu? — ele questiona, confuso. — Eu estava com minhas amigas aqui, e elas saíram. Agora não sei onde foram e acho que não vão voltar. Esqueceram de mim — falo com pausas, interrompida pelos soluços. — Olha... — imediatamente, o interrompo antes que ele termine de falar. — Os pratos! Eu posso lavar os pratos. O restaurante estava lotado, deve ter um milhão de pratos sujos. Eu posso lavar
“Amar é cuidar do outro sem anular a si mesmo.” (Augusto Cury) ♡ Laura Vou buscar a Flora na casa da dona Dissaura e, como era de se esperar, ela está dormindo. A trago nos braços e, assim que chego em casa, a coloco na cama. Depois, volto para a sala, onde meu pai está deitado no chão com duas garrafas de bebida ao lado. O acordo e o ajudo a sentar no sofá. Em seguida, entrego-lhe a quentinha para que coma, mas ele está tão bêbado que mal consegue levantar a colher. Então, dou a comida para ele e, logo depois, ele adormece novamente no sofá. Pego uma coberta no meu quarto, tiro seus sapatos, suas meias e o cubro. Fico o observando por algum tempo, e algumas lágrimas rolam dos meus olhos ao relembrar como tudo era diferente quando mamãe estava conosco. Apesar das dificuldades, éramos uma família unida e feliz. Agora, tudo o que vejo é tristeza, dor e meu pai se auto destruindo pouco a pouco. Será que nunca mais voltaremos a ser felizes? Me aproximo dele, dou um beijo em sua testa
“O amor não se vê com os olhos, mas com o coração.” (William Shakespeare) ♡ Laura Estou sentada na minha carteira, lendo um livro, quando o sino toca para os alunos entrarem. Logo ouço a voz da Mônica apresentando a escola para um garoto. — Aqui é a biblioteca e ali a sala de jogos… — ouço-a falando de longe pelos corredores. Reviro os olhos e continuo minha leitura. A professora de Matemática entra na classe, e o sino toca novamente. Em seguida, Mônica entra, depois Bianca e Beth. Logo depois, Álvaro aparece na porta — o rapaz que conheci na noite passada. Meu corpo trava. Tento esconder o rosto com o livro, mas ele já me viu e está com aquele sorriso maravilhoso no rosto. — Pessoal, este é Álvaro Meirelles, seu novo colega de classe. Vamos dar as boas-vindas a ele? — anuncia a professora. Todos respondem em coro: — Bem-vindo, Álvaro! Ele segue para o fundo da sala, onde há carteiras vagas. Não olho para trás, mas percebo que Mônica sai da carteira dela e se senta ao lado de