MAYA"""Eu aprendi a andar devagar depois de me arrebentar tendo pressa.Aprendi a olhar o tempo antes de sair de casa, depois de ficar ensopada por conta da chuva.Aprendi a fechar as janelas em tempos de frio depois de adoecer por ter dormido com elas abertas.Aprendi a usar meias depois de usar sapatos desconfortáveis.Eu só não aprendi a abrir o meu coração depois de ter ele esmagado por alguém. Mas ninguém nunca tentou encontrar a chave para abri-lo.Eu ainda tinha desejos, meu corpo gritava por um toque, algo que fizesse eu me sentir viva, e depois que eu senti as mãos do Aslan em mim, foi impossível conter a vontade que eu estava sentindo de ter prazer.No quarto, sozinha, em um completo silêncio, depois de um banho frio, vesti o meu vestido de dormir e deitei, o sono parecia não querer chegar, e meus desejos estavam cada vez mais intensos, então eu me deixei levar por eles e comecei a me masturbar, pensando em toda a tensão sexual que aconteceu entre eu e o Alan, eu só não es
Quando eu cheguei naquela universidade com a vida cheia de problemas, com sonhos a serem realizados, eu não imaginei que iria encontrar uma amiga tão querida quanto a Bruna.Em pouco tempo ela se tornou a única pessoa que eu confiava, ela fazia parte das pequenas evoluções que eu tinha.Quando conheci o Aslan, eu fui correndo falar para ela sobre ele, eu só não esperava que ele fosse ouvir tudo.Lembrar daquele dia sempre me fazia rir.Tudo o que aconteceu dali em diante eu falava para ela, a compra do carro, o convite de morar no apartamento dele, e até a exigência que ele fez de eu ficar levando café e o chamando de amor.Ela dizia que ele era um babaca e eu só concordava.Quando perdi o meu emprego e me vi tendo que deixar o alojamento da universidade, me sentindo completamente humilhada pelo Aslan, eu chorei nos braços dela e disse que eu odiava ele com todas as minhas forças.Eu sabia que havia sido ela que tinha dito para ele o que aconteceu comigo, mas eu senti vergonha de admi
ASLAN"""Fomos para a universidade com o coração mais leve, ouvimos música, cantamos, e eu segurei a mão dela como o namorado que eu gostaria de um dia ser.O carro dela ainda estava no estacionamento da universidade, diante de tudo o que aconteceu eu havia esquecido dele.Quando a amiga da Maya nos viu, parecia que a Maya iria sair correndo a qualquer momento, eu brinquei com a situação, mas deixei as duas se resolverem a sós, pois eu sabia que eu seria o tema daquela conversa.Antes eu estava preocupado com a rapidez com que tudo estava acontecendo, mas depois da minha conversa com a Maya, eu comecei a ter pressa para que ela fosse realmente minha.Eu não era cego, aquela garota era tão linda, que os caras ficavam babando por ela, e embora eu ignorasse os olhares, eu sabia que eles pensavam como eu, que ela era a garota mais linda que eles viram em toda a vida deles.Na pausa, eu fui atrás dela para irmos para o refeitório juntos, mas ela já estava a caminho, com a amiga dela bloqu
Aslan"""Eu me chamo Aslan Rounx, tenho 31 Anos, e herdei as empresas Rounx depois que o meu pai faleceu. Nessa época eu havia acabado de me formar em Farmacêutica justamente para trabalhar com ele, mas acabei recebendo toda a responsabilidade dos negócios.Eu ainda estava na universidade quando conheci uma garota insuportável, ela estava procurando uma vaga e eu também, mas eu cheguei primeiro, e ela colocou o carro velho e horrível dela bem no meio da passagem pra roubar a minha vaga.— Me desculpe, mas essa vaga é minha.— Não é não, eu coloco o meu carro aqui todos os dias.— E por conta disso você se tornou a dona do espaço?A garota estava com os cabelos presos em um boné e de óculos escuros, parecia um moleque.— O fato de eu colocá-lo aqui todos os dias faz dessa vaga minha sim.— Anda garota, sai da frente, você está fazendo eu me atrasar pra aula.— Sai você, afinal é você que está fazendo nós dois perdermos tempo.A minha vontade era de bater no carro dela e tirá-lo da min
Nesse mesmo dia houve uma festa no campus, era aquele tipo de festa que a gente fazia escondido pra levar bronca depois, eu não dormia nos alojamentos pois o meu apartamento ficava perto do campus, mas mesmo assim eu fui pra festa.Eu sempre ouvi falar que um raio não caia no mesmo lugar duas vezes, mas nesse dia ele caiu, e mais uma vez eu estava buscando uma vaga pra estacionar o carro, e um outro carro tentou roubar a vaga.— Ah não, só tem ladrão de vaga nesse lugar? Eu falei já descendo do carro, decidido a resolver a situação com o condutor do outro veículo, o farol do carro dele estava impedindo que eu conseguisse enxergar direito, mas quando eu me aproximei, eu reconheci o carro velho.— Eu não acredito nisso, de novo? Eu falei batendo no vidro do carro dela.Quando ela baixou o vidro, eu quase fiquei sem voz, eu já sabia que ela era linda, mas ela estava de tirar o fôlego.— Você vai me mandar ir pra puta que pariu de novo?Ela ficou olhando pra mim esperando uma resposta, en
Eu não devia ter ido a uma loja de carros comprar um pra uma estranha, mas eu fui.— Você quer que eu coloque no seu nome, Senhor Aslan?Eu fiquei em dúvidas se deveria ou não colocar no meu nome, eu poderia simplesmente mandar deixar na universidade e a louca iria se virar com isso depois, mas eu fiquei imaginando que ela também não teria dinheiro pra rebocar o carro, já que estava sem o documento dele, certamente não poderia dirigi-lo.— Sim, coloque no meu nome e eu mesmo vou levá-lo, não precisa entregar.— Sim, senhor.Eu deixei o meu carro no estacionamento da própria loja e disse que iria pegá-lo antes do fim do dia, o dono não se opôs, então eu peguei o carro novo da maluca, cujo nome eu nem sabia, e fui pra universidade na esperança de encontrá-la.Eu fui pra vaga que ela disse ser dela, embora no dia anterior ela tivesse tentado estacionar em outra, mas eu não sabia nada da garota, e ali era o único lugar que eu poderia encontrá-la, mas ela não apareceu por lá, e outro carro
Ela ficou séria, e deu alguns passos na minha direção. — Eu topo. — Eu nem te falei das minhas condições. — E tem condições? — Quando você pediu esse carro, você deu as suas condições, mas ainda está me chamando de babaca, porém eu tenho as minhas condições pra que você fique no meu apartamento. — E quais são? — Você vai passar uma semana andando comigo nos intervalos das aulas me chamando de meu amor, você vai pegar o meu café, vai me entregar e vai dizer: Está aqui meu amor, e vai todos os dias na minha sala e dizer: Boa aula meu amor. — Nem fodendo eu vou fazer isso. — Então nada feito, pode dar adeus ao meu apartamento. Eu saí andando e ela me interrompeu novamente. — Eu aceito. Eu olhei pra ela me sentindo vitorioso, enquanto ela estava com sangue nos olhos. — Eu não tomei café ainda, vamos? Ela saiu andando ao meu lado furiosa, e eu fiz o possível pra não rir da cara dela, afinal ela sabia esmurrar uma pessoa muito bem. Quando chegamos no refeitório, eu sentei em u
Ela ficou me encarando por alguns segundos, como se estivesse buscando algum vestígio de brincadeira. — Vamos? Eu perguntei, já pegando a mala da mão dela. — Eu não vou fazer o quê você me pediu, se é isso que você tem em mente ao me levar pro seu apartamento. — Relaxa esquentadinha, eu não quero que você faça nada, além de continuar estudando aqui e correndo atrás dos seus sonhos, entendeu? Ela me encarou outra vez, e os olhos dela ficaram marejados, e eu percebi que isso acontecia com frequência. — Quem falou pra você que eu não iria mais estudar aqui? — Sua amiga, mas não briga com ela, eu que insisti pra ela me dizer. — Então você perguntou a ela por mim? — Sim. — Então você sentiu a minha falta? Eu vi o sorrisinho debochado dela e tentei ignorar. — Você não vai fazer eu me irritar com você já no primeiro dia de convivência Maya. — Convivência? Como assim? Ela perguntou assustada. — Sim, se vamos dividir o apartamento, nós precisaremos nos entender. —