Ser um presidente não é fácil como pensei por toda a minha infancia, vendo o meu avô ser um ótimo equilibrista, lidando com casamento, filhos e a empresa, faltava-me acompanhar o inferno que é a empresa, achava reunião algo interessante, até ser opresidente da Parlato tendo até oito reuniões ao dia, hoje não vejo mais a graça, é apenas dores de cabeça e estresse.
Em mais um dia a começar, cheguei no horário habitual a empresa deixando o carro estacionado em minha vaga, segui o percurso diário até o elevador. A porta estava a se fechar, quando fora segura rapidamente, apenas ergui a cabeça, sorri ao deparar-me com Danilo dentro do cubiculo de metal. — Opa, olha quem encontro aqui! — Um dos melhores engenheiros e meu melhor amigo sorri ao escutar. — Eu quem o diga, está me seguindo Rodrigo? — Entro no espaço pequeno, cumprimentando-o com um tapa em seu ombro.
— Como um desocupado? Oh sim! — Danilo gargalha pela ironia dita, observando a porta fechar de imediato a nossa frente. — Está sumido das notícias ultimamente Rodrigo, o que há? Seu pau caiu ou simplesmente esta empresa já começou a te consumir de verdade, garotão prodígio do vovô? - Inspiro fundo, mas não consigo mantér a seriedade.
— Tenho que ficar com a segunda opção, infelizmente esta empresa me devora diariamente. — Fazemos o percurso para o ultimo andar, observando as pessoas irem e virem enquanto conversam e se instalam em suas areas. Até que a porta se abre, quatro pessoas entram e nós cumprimentam. Continuamos a conversar paralamente, mas não mais sobre mulheres, sim, trabalhos.
Ao chegar no segundo andar, Danilo cala-se no momento em que duas mulheres entram, uma morena alta linda, de olhos redondos bem escuros, cabelos escuros lisos presos num coque alto, dividido de lado, um semblante bastante sério, o que me chama atenção em seu rosto, seu nariz pontudo fino, arrebitado, mas a boca perfeitamente desenhada como se fosse a mão, vermelha talvez como uma maça, tão desejosa. A sua expressão séria, tão respeitável, usando um blazer branco e uma calça de tecido azul, meio folgada em sua mão uma pasta branca, uma bolsa preta.
Prendo-me tanto a ela que mal havia notado a mulher escura a seu lado, cabelos cacheados soltos, fios tom castanhos, alguns meio loiro, num vestido verde turbinado, bolsa marrom assim como o sapato, ambas se olham em meio que confidencialidade, o que há? Quem são? Olho para Danilo em busca de respostas, exceto as demais pessoas no pequeno espaço, nada mais é notavel, mas meu amigo esta cego a olhar para ambas as mulheres.
O empurro com o braço, sendo retirado do seu mundo, Danilo me olha atordoado, ergo a sobrancelha a lhe olha. — Quem são? — Rapidamente a me olhar, e mais uma vez a voltar a sua visão para a mulher de vestido bem a frente de todos, o galego engole em seco. O empurro novamente em busca de resposta, quando dá de ombros, afirmando que também não sabe.
Será que contrataram modelos para alguma campanha? Me pergunto, vendo que escolheram o quinto andar. — Advocacia! — Danilo disse entre lábios, como se eu não soubesse que este andar pertence a raça do direito, será que são clientes? O elevador para, fazendo as duas olhar em volta, três funcionários saem, não nego que a negra é linda, com um par de olhos verdes como duas esmeraldas.
Mas o meu amigo parece nunca ter visto uma mulher na vida. — Olá tudo bem? Eu...eu... eu...— Ele tenta se apresenta, a vejo descer seus olhos nele de cima a baixo, e em seguida olha para a sua amiga. Como um adoscelente descobrindo a puberdade, Danilo gagueja, esticando a mão na direção da mulher mais escura. — Desculpem, hoje é um dia cheio para o meu amigo.
Tomo a frente, vendo as duas o olharem, a mulher de blazer tão séria, sorri fraco. — Ah tudo bem, é um dia díficil para todos nós, você veio para a entrevista? — Mas infelizmente seus olhos escuros como duas pedras onix, nem me notam, dirigem-se para Danilo a tremer, o sorriso amplo no rosto delicado, talvez inocente, enquanto espera uma resposta. — Entrevista? Que entrevista?
- Ária por favor, apenas foque nas suas palavras. — A mulher a seu lado diz, séria, fazendo-a a reprimir o riso largo em seus lábios. — Danilo, Danilo Navarro, me chamo Danilo Navarro, sou engenheiro cívil. — Danilo trêmulo estende a mão e se apresenta de imediato, conseguindo o que tanto queria, a mulher de vestido verde, que valoriza seus olhos virar-se para ele de imediato. — Ana Caroline, graduanda em direito.
Ela diz rapidamente estendendo a mão para o homem nervoso, me dando uma vontade de revirar os olhos, interesseira, antes nem se importou com ele. Adoro me divertir com este tipo de mulher, o riso mentiroso nos lábios, vendo como pode se aproveitar disto ao olha-lo. Mas a outra, fechou-se após as suas palavras, seria, a olha para frente permanece silenciosa. — Prazer, esse é meu amigo...— Pigarreio levemente ao lado de Danilo, não quero que ele diga quem sou. Apesar disto me servir sempre como uma calda de pavão, adoro ser apresentado como presidente da Parlato. Troco um olhar rígido com ele.
— Não se preocupe, eu sei quem é o seu amigo, Rodrigo Parlato, atual presidente da Parlato construções, não se preocupe presidente, ninguém tem interesse em conseguir uma vaga aqui indo para a cama com o senhor. — A mulher de vestido diz séria, num mero olhar para mim, rígido, que audácia! Abro a boca para contestar quando Danilo me esbara ombro a ombro, ela suspira fundo. — Esta é a minha Aria Duarte, Danilo, viemos para uma entrevista para ela.
Diz por fim, fazendo a tal Ária olha-la, seus olhos intensos, seu rosto inocente, por sorte o elevador para, as vejos prestes a sair. — Espera, e você... — Mas as duas saem, Danilo também sai em seguida, me deixando sozinho no elevador, parece que nunca havia visto uma mulher em sua vida, ou esteve num presídio por anos sem contato com uma.
Olho a recepção do andar de advocacia, enquanto ele as persegue como um cão, bem... isto é um problema dele, não faço milhões ajudando amigos a lidar com mulheres. Vou para o meu andar, sendo recebido por Elias, que me espera com o tablet na mãos. — Bom dia presidente! — Mal saio do elevador lhe vendo casualmente como todos os dias usando o seu terno formal.
— Bom dia Elias! — Ele me segue até a minha sala, atualizando-me de toda a minha agenda do dia, sento na minha cadeira, enquanto tento organizar tudo que tenho pendente para o dia, olhando a papelada na minha mesa, inicio assinando papeis, passa-se um bom tempo enquanto lido com a papelada para a construção do shoping.
— Aí meu amigo! — A entrada não me assusta, como sempre apenas ergo a visão deixando de olhar a folha de assinatura, vendo Danilo entrar sala a dentro acompanhado por Elias atrás dele. Afirmo com a cabeça vendo meu secretário na sua tentativa fracassada de avisar antes da entrada, já devia ter se acostumado com isto, folgando a gravata cinza em seu colarinho de blusa, meu amigo mal entra, j**a-se no sofá.
— Qual o problema da vez? Sem inspiração? — Apoiando seu braço direito sobre o sofá marron de napa, o vejo suspirar. — Não há como faltar inspiração, Rodrigo, você aquela mulher? — Olho para o papel concluindo a terceira assinatura, mudando para a quarta, o olho como um abestalhado me olhando. — Vi e não vi nada demais.
— O que? Como pôde dizer isto? — Levanta-se vindo a minha mesa. — Só diz isto porque ela falou verdades a seu respeito? — Assino mais uma página, lhe olhando. — Mesmo que sejam verdades, ninguém tem o direito de concluir sobre isto. — Sentando a qualquer maneira na cadeira a minha frente, o ouço gargalhar.
Lhe olho seriamente, vendo parar de rir, apoiando-se a base da mesa, a me olhar. — Bem que você poderia me ajudar não é? Só a amiga dela que veio para a entrevista, não sei se a Gilda vai aceitar, a garota nem mesmo fala e com aquela cara, um encontro com a Gilda ela sai chorando.
Largo a caneta, apoiando-me no recosto da cadeira acolchoada, observando o homem alto, forte, de olhos verdes, pele amarela, cabelos loiro bem curto a me olhar como quem implora por algo, não vejo como ajuda-lo. — Você sabe que eu não interfiro no trabalho da Gilda, ela é a responsável pelo...
Insatisfeito, o vejo mover a cabeça de um lado a outro. — E lá vem o bla blá blá, é a melhor advogada que vocês tem, amiga do seu avô, sabe o que faz, além disso você a escuta em tudo que ela o aconselha. — Não tiro uma palavra se quer, lhe olhando enquanto fala apenas espero o término da suas alegações. — Se já sabe, não sei porque pediu, já que é a língua afiada que lhe interessa, mas é a muda que veio para a vaga?
Danilo revira os olhos ao me ouvir. — Fale pra a Gilda abrir duas vagas então, sei lá, que contrate as duas, cara, a Carol é a mulher mais linda que eu já vi na minha vida.
— E faladeira também, pra quem tem uma amiga que faz direito, deveria saber que...— Quase deitado sobre a minha mesa, afirma me olhando. —Ela também faz, por favor Rodrigo. — Uno as sombrancelhas ao ver suas mãos unidas, mas ainda assim me recuso a aceitar isto, todos sabem que trabalho e envolvimento não dá certo.
Foram mais que dois anos a espera de uma oportunidade para entrar na Parlato, após procurar um jeito para me aproximar da doutora Gilda, o único meio fora por a Parlato Construções, após a entrevista, passou-se uma semana, nada para mim estava indo bem, eu precisava de uma resposta, o mais rápido possível, até mesmo ao fritar um ovo e me distrair imaginando como seria estar a sua frente, olhar em seus olhos, ouvir a sua voz, será que sou parecida com ela? No que seremos parecidas? Ansiosa para este acontecimento, sai de casa de madrugada, indo direto para o haras, retirei a minha mochila do banco passageiro, caminhei até o vestiário, bem que a intenção de vir hoje não fora treinar, queria mesmo desabafar, me desangustiar se for possível, troquei as minhas vestes rapidamente, calcei as minhas botas, e em seguida caminhei para os estábulos, andei pelo corredor escuro. Abri a porteira, os meus olhos já tinha a visão cega, sorri ao olhar para o cavalo negro de pé, como sempre aconteceu.
Uma semana lotada, reuniões, eventos juntamente a inaugarações, todos os setores da Parlato mantiveram-se ocupadas em suas funções, havia uma correria por parte do setor dos advogados, várias vezes pude notar a lufada intensa que foram dadas por Gilda para a sua equipe, e somente na saída da sala de reuniões ao ver todos eles reunidos a escutar a sua lista de reclamações, foi que pude entender as razões do seu estresse. Uma mulher que mal fala, sobre qualquer assunto além do trabalho, sempre presa ao trabalho, todos os funcionários estavam atentos a ela, que com os olhos negros atrás dos óculos indo de um a outro funcionário, mal pensou em moderar o tom de voz para falar.— Vocês sabem que isto está uma porcaria, não sabem? — Nem mesmo precisava retornar a sala para escutar o seu tom, fiquei da porta a observar seriamente, meu avô sempre diz que nos seus tempos as coisas eram melhores, não havia tantas leis para proteger os funcionários, era lutar ou lutar para conseguir um trocado, o
Tentei explicar Yan não quis entender, apesar de estar com ele a anos e saber que ele é um homem que díficilmente volta a atrás, desta vez, fui eu que endureci, nada me faria voltar a atrás, sai do haras chateada, enquanto ele a me olhar rancoroso nem mesmo se abalou em vir atrás de mim. Dois dias se passaram olhando ansiosamente para o celular, várias vezes ao dia, foram duas ligações que não recebi, a dele e tampouco a que eu tanto esperava. — Se você continuar assim, vai acabar tento um colapso, Ária, talvez você nã seja o perfil de estagiária que eles procurem. — Inspirei fundo, a ira me tomava, mas era a Carol e só com um olhar que lhe dei, ela apenas recuou dando uma mão para mim. — Tudo bem, não estou dizendo que eles não vão te chamar, mas já pensou que isso pode acontecer? Sim, eu já havia pensado e uma boa parte de mim acreditava nisto. — Claro que já pensei, Carol, mas... — A vejo lamentar antes de olhar para a tela do computador a sua frente. — Se houvesse me dito, também
Olhei para Danilo sem negar ou se quer esconder que achava dele estar comprando flores para uma mulher que acabou de conhecer ainda mais na porta de uma boate em pleno século XXI, na era em que elas compete conosco por espaço, por conquistas e tentam provar a tudo custo que não são o sexo frágil, que elas mesmos pode comprar as suas próprias flores, satisfazer-se com suas próprias mãos, mas ele vendo a minha cara explicíta de quem nem mesmo necessitava falar, somente ignorou, cheirando as malditas rosas na minha frente e em seguida me dando as costas.Cabendo a mim por segui-lo, odeio rosas, sempre presentei Érica com rosas frescas, delicadas, romanticas e no fim, ela ainda estava insegura, indecisa,confusa ao ponto de me abandonar no altar, ele já sabia de perto como é tratar tão bem as mulheres, não seria eu, o proprio exemplo a estar enchendo os seus ouvidos, olhei em volta a procura de alguma mulher que me interessasse, notei um ruiva magrinha, cabelos cacheados bem cheios, seios
Me senti apunhalada, magoada do haras, Yan ainda correu atrás do carro, dando um tapa no vidro, mas isso não foi suficiente para me fazer parar, acelerei ao máximo que pude, foram três anos juntos, namorando, tudo bem que eu nunca fui uma namorada apaixonada, cheia de declarações, surpresas e entre outras coisas comuns, mas Yan era o homem que estava nos planos para estar junto, dizer um sim, não havia pressa para isto, mas sei que ele aceitaria, achava. Doendo por dentro relembrar o que vi, aquele beijo não era somente um beijo, a maneira como ele a dominou, a girou assumindo o controle, lhe encostando na madeira suas mãos percorrendo o corpo de Liz por inteiro, eu sei melhor que ninguém que havia desejo, tesão, vontade de ir além e tudo isso não saia da minha cabeça, guiando o carro sem direção certa, apenas dirigi, as lágrimas caiam, desciam sem controlar, a traição dói.Quando a visão embaçou desliguei o motor silencioso, calada, chorosa sentada no banco do carro deixei as lágrim
RODRIGO PARLATONo meio de uma discurssão que previ que não ia acabar bem, comecei a me afastar, o homem a meu lado parecia ser um idiota como eu fui a alguns anos atrás, as pessoas ao redor olhará uma vez ou outra, com o buquê na mão como um homem fora de época, dei apenas um passo para sair, em meio a uma discurssão ninguém se despede, foi o que fiz, sem esperar que fosse pego pelo braço, tomado um beijo a força, a boca vermelha, tomou a minha, a língua entrou em minha boca de uma maneira impresiva.Não havia reação, a mulher a minha frente dona de uma boca deliciosa não havia como ou porque rejeitar, aceitei ao seu beijo, embora soubesse que era por outro motivo, ela estava a me usar com um beijo delicioso, porém louco. Seguei a sua nuca com a minha mão afim de explorar mais a boca carnuda, quente, rápida, quando a afastara, era o suposto namorado ali a separar, como um morango com mel, me excedi, os seus lábios molhados denunciava, a expressão da amiga denunciando que ela fez merd
O que poderia se esperar de um homem que sempre está em páginas de fofoca com uma mulher diferente? Que ele bancaria o herói e salvaria uma desconhecida no meio da noite sem interesse algum? O presidente de uma empresa que não está nem aí para os meios, importasse apenas com os fins, as arvores derrubadas, florestas e reservas que deixam de existir a medida que eles constroem e constroem mundo a fora, não era de se esperar algo de bom do mimadinho Parlato, porque eu esperei? Sai do edíficio diretamente para a boate, desci do táxi atravessando apressada a rua em direção ao carro estacionado, alguns jovens por ali a conversar em circulo, retirei a chave do bolso dispostar a tudo para não ser reconhecida e embora houvesse esforço, não reconhecerá, um alívio para mim, que entrei em meu chevete, ligando, partindo em seguida. Cheguei em casa vendo as luzes acesa, estacionei na garagem, e mal havia descido do carro, Carol apareceu na porta de casa ainda de vestido preto, montada em seu loo
Ária Duarte- Que daibos ela pensa que eu sou? - O montante de arquivos sendo colocados no banco de trás do carro, não sendo apenas digno de uma pergunta, mas reclamações por uma tarde inteira, era o de menos. - Eu te falei que não precisava entrar nisso, amiga, eu só preciso da sua ajuda...Carol largou as pastas no banco de trás apressada, vindo ao banco do passageiro ao meu lado. - Uma ova que eu vou te deixar sozinha nesta empresa! - Sentou a meu lado dizendo, batendo a porta em seguida, eu ainda não sabia o que havia acontecido comigo, mas com Carol lá dentro seria mais fácil, uma semana examinando arquivos, fazendo relatórios, foi inesperando quando ligaram, devendo comparecer a empresa.Sai como uma louca do haras, apressada correndo pela estrada a fora como uma louca, mesmo vendo o carro prata parado na beira da estrada, o homem fardado encostado na porta ficando chateado ao me ver passar por ele, como se fosse um desconhecido. - Ária? - Escutei o seu grito, bolado por isto, q