Uma semana lotada, reuniões, eventos juntamente a inaugarações, todos os setores da Parlato mantiveram-se ocupadas em suas funções, havia uma correria por parte do setor dos advogados, várias vezes pude notar a lufada intensa que foram dadas por Gilda para a sua equipe, e somente na saída da sala de reuniões ao ver todos eles reunidos a escutar a sua lista de reclamações, foi que pude entender as razões do seu estresse.
Uma mulher que mal fala, sobre qualquer assunto além do trabalho, sempre presa ao trabalho, todos os funcionários estavam atentos a ela, que com os olhos negros atrás dos óculos indo de um a outro funcionário, mal pensou em moderar o tom de voz para falar.
— Vocês sabem que isto está uma porcaria, não sabem? — Nem mesmo precisava retornar a sala para escutar o seu tom, fiquei da porta a observar seriamente, meu avô sempre diz que nos seus tempos as coisas eram melhores, não havia tantas leis para proteger os funcionários, era lutar ou lutar para conseguir um trocado, o que explica lindas obras de artes espalhadas pelo mundo, muitas vidas foram perdidas para o bem fazer.
No seu caso, não foram perdidas, para tudo há um sacríficio segundo ele, e que hoje ele que não tem paciência para lidar com tanto direito, tantas leis sem pé ou cabeça que defende que está para servir. Foi observando Gilda, atirar uma pilha de contratos e pastas do arquivo sobre a mesa que pude ver como funcionava na época deles.
Os funcionários a tremer por suas rígidas palavras, até mesmo eu que sou um Parlato, estremeci quando a mesma gritou. — Aqui não é um circo, não ficarei cercado por animais incapazes de enquadrar uma simples notificação em normas, bando de retardados! — Ela nem mesmo piscou ao dar as costas, saindo em seguida, e ao me ver de pé na porta passou por mim, como se eu fosse um deles.
Vendo meus amigos ali parados, tesgos ainda a empurrar seus aros do óculos para mais perto dos olhos possíveis, tive a certeza de que foi uma ótima ideia escolher a engenharia, mais melhor ainda nascer herdeiro, vendo-os parados olhando os arquivos sobre a enorme mesa de marmoré preta, apenas sai devagar.
Vendo a nossa advogada seguir sem pesar se quer em nada as suas palavras, não nego que uma mulher de pulso firme é muito admirável, mas em algum momento nos renderá uma pilha de processos. A segui vendo entrar no elevador seria, fiz o mesmo por sinal, Elias que não saberia dizer de onde apareceu, ao nos ver juntos no elevador, creio que repensou em seus atos, evitando qualquer tempestade parou a alguns passos. — Gilda!
Sabia que haviamos acabado de sair da mesma sala, vendo-a deixar de analisar a tela do seu celular, me olhou com olhos firmes, duros, tão escuros quanto carvão mineral, fitou-me seriamente. — Não se preocupe, farei o contrato eu mesma, nao há com o que se preocupar. — Sorri fraco ao lhe ouvir, não era novidade alguma ela falar somente sobre trabalho.
— Não, não estou preocupado quanto a isso, confio em você!— Afirmo ciente, mas ela já não tem os olhos em mim. — Amanhã será o seu encontro com o Allin, não esqueça de lembra-lo sobre os novos valores, terá que pagar um extra para que a fiscalização não atrapalhe a produção do galpão, isso não pode sair do bolso da empresa.
Como sempre, apenas trabalho, esta mulher me viu nascer, crescer não acredito que por causa de um acidente não me tornei seu genro, sempre visitando a minha casa, exceto com o meu avô nunca houve uma conversa além do trabalho. Será que todos seguem a vida após a perda de um ente querido, menos ela?
Observando ainda a falar, a sua pele lisa bem cuidada, não muito clara, mas também não morena, os cabelos negros na altura dos ombros, repicado, a mecha grisalha se destaca a frente da divisão lateral, os brinco dourado pequenos nas orelhas, as famosas argolas, junto ao colar prateado no pescoço sem pingente, formando uma corrente média, os ossos do seu colo a revelar, a magreza sonhada por qualquer mulher, mas desde sempre fora assim.
O Conjunto branco com alguns riscos cinza, composto por blazer e saia, além da blusa cinza por dentro, o salto preto, nada foge ao mais social, mais chique, me admiro que não seja mais uma como a minha mãe, afinal dinheiro ela tem bastante, embora não tenha ficado com nada que o seu marido deixou.
A vejo mudar a sua expressão de imediato, voltando a tela do celular sem dizer uma palavra, o que faria esta mulher nunca ter se casado novamente, afinal quando o tio Adolpho morreu ela estava nova, apenas uma filha, como seria esta garota se estivesse viva? Será que nós casaríamos? Sim, eu não iria lhe amar, os meus olhos sempre estiveram preso a Érica,e mais uma vez vendo a mulher ao celular ergue os olhos, engulo em seco, pelo contato visual.
— Não deveria confiar, em ninguém... seu avô ainda não o ensinou isto?— Freio os meus pensamentos ao escutar o que diz. — O que? Não entendi? — Seus movimentos oculares me percorrem, os lábios rosados marcados pelo batom um pouco transparente se unem, e no fim a vejo negar. — Estou pensando em contratar mais pessoas do que o esperado, você aprovaria isto? — Afirmo levando uma das mãos ao bolso.
— Sim, claro, mas porque disse o que acabou de dizer? — O elevador para, e ela sai, a espera de uma resposta, ameaço a sair também do elevador, quando ela para. — Não disse nada demais, Rodrigo, nada que você não saiba, é um presidente, ou seja uma empresa, me entende? — Segurando o seu olhar aos meus, afirmo com a cabeça, sim, o meu avô já me disse isso, apenas confiar nele, em mais ninguém sobre a empresa.
A vejo seguir a diante, aperto o botão para prosseguir no elevador, até chegar ao meu andar, me sinto cansando, apesar de ser o meio dia da sexta-feira, mal entro na sala, já vejo Danilo de pé movendo alguns detalhes na maquete, focado nela, nem mesmo me ver. —Não deveria mexer nos projetos alheios sem permissão.
Me aproximo folgando a gravata, desaboatoando alguns botões na minha camisa, quando ele me olha, sério. — Você só faz isto por diversão? Sabe que aqui ficará melhor estes assentos. — Aproximo-me olhando a mudança feita, o que não me agrada. — Mas não tão perto do banheiro feminino, qualquer vacilo...— Mudando a posição dos assentos novamente.
— Mude a ala neste caso, não terá como ter controle de quem vai sentar aqui, e tampouco de quem irá entrar nos sanitários femininos em qualquer lugar do mundo. — Examino a sua proposta, vendo que ele tem razão no que diz. — É verdade, embora não saiba se irá agradar ao Julio, já que as mulheres ao sair daqui, serão o campo de visão de quem está cá? Qualquer homem poderá ver a sua parceira entrando e saindo do banheiro sem precisar sair do assento.
Danilo ri fraco, observando. — Vai depender da beleza da parceira, se fosse a minha, eu jamais a deixaria ir neste banheiro. — Nego ao ouvi-lo, até parece que tem alguma parceira fixa para tanto. — Idiota! — Apenas resmungo baixo, indo ao meu assento. — Ah vá, quem sabe eu não comece a namorar de repente.
Sentando-me a poltrona termino por me jgar, gargalho ao ouvir. — Ah conta outra, quem será a vitima desta vez, dia dos namorados é isso? — Mas Danilo senta no sofá sério, calado, o que me preocupa sua falta de resposta. — Alguma virgem pra iludir? — Me olha de soslaio em resposta, até que nega, faminto, estapeio a mesa levantando-me em seguida. — Pedi a tia Gilda... — paro de imediato ao ouvir. — Tia?
Sorri fraco enrolando um pedaço de papel entre os dedos. — É ela tambem achou estranho, mas...— A espera de uma explicação lhe olho diretamente. — Se ela abrir vaga para mais estagiarios, acha que ela vem aqui novamente? Acha que a Gilda me escutaria?
— Depende de quem está falando, a Gilda acabou de avisar que abrirá seleção. Danilo estou com fome, você já almoçou? — Sigo em direção a saída, lhe vendo fazer o mesmo, tiro a gravata deixando a blusa aberta— A Carol, aquela negra linda que encontramos aqui.
Saimos da minha sala, não dou importância, as paixões do Danilo duram uma ou duas transas, não tenho cabeça para isto agora. — Hum entendi. — Vamos para o elevador, o chato é saber que esta mulher não passará nem mesmo na entrevista, se for verdadeira em suas informações.
Após o almoço e mais uma tarde de trabalho, já estava alta noite quando ele apareceu com um sorriso complacente nos lábios, apenas o olhei a bebericar duas dose de uisque, e mais uma vez voltou a examinar meu trabalho, que se eu pudesse não faria outra coisa, ao terminar a reunião com o senhor Fernandes, Danilo serviu-me uma dose de uisque. — Liguei pra ela.
Falou atirando-se no sofá, pós expediente. — Ela? — O encarei antes de beber do uisque, já era sexta-feira a noite, meu corpo gritava por um banho frio, uma boa noite de sexo e sono para relaxar. — A Carol.
Apenas bebi o uisque, não seria um problema ssistir mais caça de Danilo, após a diversão seria certo o descarte é assim com todas, e como previsto, acompanha-lo até a boate para começar a sua caçada, mas mal havíamos chegado ele desceu do carro ansioso, aproximou-se do vendedor na portaria, como um homem cafona dos anos oitenta arrancou-me risos, ao escolher o buquê mais cheio de rosas vermelhas.
—Não, você só pode estar de brncadeira. — Zombei vendo que ele de fato estava a escolher.— O que acha? — Foi a sua resposta a minha zombaria.
o
Tentei explicar Yan não quis entender, apesar de estar com ele a anos e saber que ele é um homem que díficilmente volta a atrás, desta vez, fui eu que endureci, nada me faria voltar a atrás, sai do haras chateada, enquanto ele a me olhar rancoroso nem mesmo se abalou em vir atrás de mim. Dois dias se passaram olhando ansiosamente para o celular, várias vezes ao dia, foram duas ligações que não recebi, a dele e tampouco a que eu tanto esperava. — Se você continuar assim, vai acabar tento um colapso, Ária, talvez você nã seja o perfil de estagiária que eles procurem. — Inspirei fundo, a ira me tomava, mas era a Carol e só com um olhar que lhe dei, ela apenas recuou dando uma mão para mim. — Tudo bem, não estou dizendo que eles não vão te chamar, mas já pensou que isso pode acontecer? Sim, eu já havia pensado e uma boa parte de mim acreditava nisto. — Claro que já pensei, Carol, mas... — A vejo lamentar antes de olhar para a tela do computador a sua frente. — Se houvesse me dito, também
Olhei para Danilo sem negar ou se quer esconder que achava dele estar comprando flores para uma mulher que acabou de conhecer ainda mais na porta de uma boate em pleno século XXI, na era em que elas compete conosco por espaço, por conquistas e tentam provar a tudo custo que não são o sexo frágil, que elas mesmos pode comprar as suas próprias flores, satisfazer-se com suas próprias mãos, mas ele vendo a minha cara explicíta de quem nem mesmo necessitava falar, somente ignorou, cheirando as malditas rosas na minha frente e em seguida me dando as costas.Cabendo a mim por segui-lo, odeio rosas, sempre presentei Érica com rosas frescas, delicadas, romanticas e no fim, ela ainda estava insegura, indecisa,confusa ao ponto de me abandonar no altar, ele já sabia de perto como é tratar tão bem as mulheres, não seria eu, o proprio exemplo a estar enchendo os seus ouvidos, olhei em volta a procura de alguma mulher que me interessasse, notei um ruiva magrinha, cabelos cacheados bem cheios, seios
Me senti apunhalada, magoada do haras, Yan ainda correu atrás do carro, dando um tapa no vidro, mas isso não foi suficiente para me fazer parar, acelerei ao máximo que pude, foram três anos juntos, namorando, tudo bem que eu nunca fui uma namorada apaixonada, cheia de declarações, surpresas e entre outras coisas comuns, mas Yan era o homem que estava nos planos para estar junto, dizer um sim, não havia pressa para isto, mas sei que ele aceitaria, achava. Doendo por dentro relembrar o que vi, aquele beijo não era somente um beijo, a maneira como ele a dominou, a girou assumindo o controle, lhe encostando na madeira suas mãos percorrendo o corpo de Liz por inteiro, eu sei melhor que ninguém que havia desejo, tesão, vontade de ir além e tudo isso não saia da minha cabeça, guiando o carro sem direção certa, apenas dirigi, as lágrimas caiam, desciam sem controlar, a traição dói.Quando a visão embaçou desliguei o motor silencioso, calada, chorosa sentada no banco do carro deixei as lágrim
RODRIGO PARLATONo meio de uma discurssão que previ que não ia acabar bem, comecei a me afastar, o homem a meu lado parecia ser um idiota como eu fui a alguns anos atrás, as pessoas ao redor olhará uma vez ou outra, com o buquê na mão como um homem fora de época, dei apenas um passo para sair, em meio a uma discurssão ninguém se despede, foi o que fiz, sem esperar que fosse pego pelo braço, tomado um beijo a força, a boca vermelha, tomou a minha, a língua entrou em minha boca de uma maneira impresiva.Não havia reação, a mulher a minha frente dona de uma boca deliciosa não havia como ou porque rejeitar, aceitei ao seu beijo, embora soubesse que era por outro motivo, ela estava a me usar com um beijo delicioso, porém louco. Seguei a sua nuca com a minha mão afim de explorar mais a boca carnuda, quente, rápida, quando a afastara, era o suposto namorado ali a separar, como um morango com mel, me excedi, os seus lábios molhados denunciava, a expressão da amiga denunciando que ela fez merd
O que poderia se esperar de um homem que sempre está em páginas de fofoca com uma mulher diferente? Que ele bancaria o herói e salvaria uma desconhecida no meio da noite sem interesse algum? O presidente de uma empresa que não está nem aí para os meios, importasse apenas com os fins, as arvores derrubadas, florestas e reservas que deixam de existir a medida que eles constroem e constroem mundo a fora, não era de se esperar algo de bom do mimadinho Parlato, porque eu esperei? Sai do edíficio diretamente para a boate, desci do táxi atravessando apressada a rua em direção ao carro estacionado, alguns jovens por ali a conversar em circulo, retirei a chave do bolso dispostar a tudo para não ser reconhecida e embora houvesse esforço, não reconhecerá, um alívio para mim, que entrei em meu chevete, ligando, partindo em seguida. Cheguei em casa vendo as luzes acesa, estacionei na garagem, e mal havia descido do carro, Carol apareceu na porta de casa ainda de vestido preto, montada em seu loo
Ária Duarte- Que daibos ela pensa que eu sou? - O montante de arquivos sendo colocados no banco de trás do carro, não sendo apenas digno de uma pergunta, mas reclamações por uma tarde inteira, era o de menos. - Eu te falei que não precisava entrar nisso, amiga, eu só preciso da sua ajuda...Carol largou as pastas no banco de trás apressada, vindo ao banco do passageiro ao meu lado. - Uma ova que eu vou te deixar sozinha nesta empresa! - Sentou a meu lado dizendo, batendo a porta em seguida, eu ainda não sabia o que havia acontecido comigo, mas com Carol lá dentro seria mais fácil, uma semana examinando arquivos, fazendo relatórios, foi inesperando quando ligaram, devendo comparecer a empresa.Sai como uma louca do haras, apressada correndo pela estrada a fora como uma louca, mesmo vendo o carro prata parado na beira da estrada, o homem fardado encostado na porta ficando chateado ao me ver passar por ele, como se fosse um desconhecido. - Ária? - Escutei o seu grito, bolado por isto, q
RODRIGO PARLATOOs reflexos matinais ultrapassam pelas cortinas, alisei o meu rosto devagar procurando dispersar o sono, a semana na Parlato não era uma semana tranquila, e na terça-feira pela manhã meu corpo já choraminagava pelo domingo, fechei os olhos inspirando profundamente e por longos instantes me vi imaginando ir para a empresa, recalculando em minha memória como será o dia, hoje apenas quarta-feira, o cansaço me domina por inteiro.Quando senti-me envolvido novamente num sono leve, acreditei que poderia tirar mais um momento de sono. - BI BI BI BI. - o celular começou a apitar me despetando, respirei fundo em seguida levantando da cama, é a vida de um CEO, afinal é o que eu sempre quis, não é? Sem nem mesmo procurar os chinelos, segui para o banheiro, os dias mais trabalhados são minuciosos, parece fazer de cada segundo uma eternidade. Tomei um banho afim de revirogar, ao sair do banheiro o celular ainda tocava, aproximei-me da cama em busca de conferir quem seria, ao ver q
- Você tem certeza? - Olhei para Carol de pé me olhando a alguns metros da minha mesa. A minha amiga com um sorriso meio expressivo a me olhar, não me passava confiança alguma, em duas semanas corridas, eu já não saberia dizer se fora uma boa ideia entrar para a Parlato, embora seja o que eu quero. - Claro Ária, diga-me quando te decepcionei? Respirei fundo, tudo que eu preciso é de descanso, relaxar, montar em meu precioso cavalo e galopar por horas, a vida empresarial além de ser complicada é estressante, os trabalhos se acumulam o tempo inteiro, e quando penso que estou terminando um relatório, surgem três, quatro. Estiquei o braço pegando duas pastas estendendo para a minha melhor amiga. - Nunca! - Respondi tendo certeza em minha afirmação, a nossa amizade nunca ficou ruim ou algo do tipo, e se há alguém no mundo que me apoie em minhas loucuras é ela.Carol pegou sem fazer cara feia, mas ao invés de sair, aproximou-se sentando na borda da minha mesa. - E então tem certeza que é i