Tentei explicar Yan não quis entender, apesar de estar com ele a anos e saber que ele é um homem que díficilmente volta a atrás, desta vez, fui eu que endureci, nada me faria voltar a atrás, sai do haras chateada, enquanto ele a me olhar rancoroso nem mesmo se abalou em vir atrás de mim. Dois dias se passaram olhando ansiosamente para o celular, várias vezes ao dia, foram duas ligações que não recebi, a dele e tampouco a que eu tanto esperava.
— Se você continuar assim, vai acabar tento um colapso, Ária, talvez você nã seja o perfil de estagiária que eles procurem. — Inspirei fundo, a ira me tomava, mas era a Carol e só com um olhar que lhe dei, ela apenas recuou dando uma mão para mim. — Tudo bem, não estou dizendo que eles não vão te chamar, mas já pensou que isso pode acontecer?
Sim, eu já havia pensado e uma boa parte de mim acreditava nisto. — Claro que já pensei, Carol, mas... — A vejo lamentar antes de olhar para a tela do computador a sua frente. — Se houvesse me dito, também poderia ter me candidatado a vaga, ao menos uma lá dentro ajudava.
Andei de um lado a outro, por fim neguei. — Não, não seria a mesma coisa. — Nós olhamos por um tempo, até que ela soltou um risada baixa, fraca. — Aquele cara parecia bem atencioso, deviamos ter pego o contato dele, fazer amizade pode ser uma boa para saber dos critérios.
Joguei-me no sofá baixo branco totalmente acolchoado, deitando-me por completa nele. — Ah ótimo, deveria levar isto em conta estando naquele elevador com o pobre homem e o presidente da empresa, como pôde ser tão grossa com ele? — Revirando os olhos por sua atitude, ouço o ranger dos pés da cadeira, Carol se levanta. — Você não percebeu que ambos os caçadores viram oportunidade para atacar?
Respiro profundamente, vendo a minha melhor amiga usando seu macacão branco justo ao corpo vir ate mim, se senta no sofá pegando as minhas pernas pondo no seu colo. — Não vi nada demais, Carol, e por falar nisso eu não sei usar as pessoas como você pensa. — Ela ri ao me ouvir. — Não é usar, amor, é apenas... — Ela ri me olhando, enquanto nego. — Mas Ária, eles usam nós mulheres sempre, você já viu quantas vezes este Rodrigo Parlato já esteve envolvido em escandalos com mulheres?
Lhe observo falando, sem dizer nada, mas a verdade é que presa aos estudos, aos treinos e nisto tudo. — Sei um pouco, ao levantar uma pesquisa sobre ela, não tem como não saber sobre a vida luxuosa dos Parlatos. — Minha amiga abre as mãos ao me ouvir. — Então, meu amor, imagina quantas destas mulheres já foram enganadas, promessas de casamento, relacionamento, a oportunidade de unir-se a um herdeiro de bilhões escapando assim pelos dedos?
Ergo a sombrancelha ao lhe ouvir, sorrio quando a vejo simular a fortuna a escapar pelos dedos. — E daí? Do que me ajudaria isso? O meu objetivo é a Gilda, não a vida do neto previlegiado dos Parlatos. Além disso pelo que vi nas fotos não sou o tipo dele, ah você soube que ele foi deixado no altar a alguns anos atrás?
Carol abre a boca me olhando. —O que? — E assim rende a fofoca, conto-lhe o que li na revista, claro que a parte que me interessou não foi o abandono, fora ver Gilda lá presente, usando um vestido vinho na terceira fileira, mais nova, a elegância é o seu sobrenome, o que me deu a entender que o casamento fora aberto para os funcionários, embora a presidência estivesse nas mãos do senhor Diego Parlato.
— Ah e você soube de tudo isso e não me disse nada? — Dou de ombros. — Estou falando agora — Ela me dá um tapa na coxa. — Sim, então é por isso, claro, Ária será por ter sido abandonado no altar que ele foge de relacionamentos? — Dou de ombros em resposta. — Não sei, mas de lá pra cá,tem sido desgraça sobre desgraça.
— O herdeirinho deve ter ficado traumatizado, o que será que houve pra noiva fugir? — Este foi o assunto da nossa quarta feira, por todas as loiras que passaram pela cama do herdeiro Parlato, o famoso burguesinho, como Carol o nomeou, como quem deixa uma criança de castigo, Yan não ligou, tampouco mandou mensagem por dias.
Ao chegar no haras na sexta-feira pela manhã, encontrei Sião, o veterinário do Haras o examinou, avaliou, me dando o diagnóstico que todos já me diziam, ele está velho, já não pode competir comigo, deitado sobre o maço de capim, apoiei-me no meu amigo, sentindo o bater do seu coração que embora me disseram que está velho, para mim é tão puro e leve quanto o meu.
— Eu nunca vou me desfazer de você, Sião, não irei deixar ninguém te tirá daqui. — Alisei o seu pelo tão escuro e brilhante, lhe vendo quieto a ouvir as minhas palavras. Me comprometi a cuidar dele até o seu ou meu ultimo dia de vida, e embora soubesse que ele já não pode competir por causa da idade, passei boa parte da manhã com Sião no cercado, o nosso percursso de fato diminuiu.
Mas para mim, ele continuará o melhor para sempre, já estava cansado havia anos em exercício, ao passar das dez da manhã, desci do seu lombo pulando como sempre no chão, acariciei seu rosto enconstando o meu no seu, alisando o seu pelo, até que afastou de mim, levantando o pescoço ao alto, em seguida pondo a sua cabeça em minhas costas, me deixando estar perto do seu pescoço, rente ao seu abraço.
A nossa conexão se vinculava como sempre, estar com Sião de qualquer maneira é me sentir em casa, o nosso abraço me dá paz, o que faz-me fechar os olhos. — Eu vou precisar muito dos seus ouvidos, caso não seja chamada pra este estágio, Sião. — Avisei-o ciente do que poderia estar por vir, para mim seria ela desistindo de mim pela segunda vez.
O tempo passou, vendo o cansaço que ignorei por meses, levei Sião para a baía coloquei água fresca e capim fresco para ele, asistir enquanto comia vagarosamente, seus dentes já não sendo como antes, o que me tirou do silêncio observador foram as vozes vindo do outro lado. — Não acho que seja o certo, tem certeza que a sua noivinha não vai causar com isso?
A voz de Liz veio até os meus ouvidos, atrás da porteira olhei para ver quem a acompanhava. — Não se preocupe com a Ária, Liz, neste momento ela está ocupada demais para pensar nisto. — Nem mesmo precisava ver, para saber pelos passos pesados sabia que era ele, Yan andando em direção a uma baía.
— Se você diz...— A mulher mediana morena estendeu as mãos para cima, até que ele a olhou de lado. — Tudo bem...— Lhe ouço dizer, enquanto ele ri de lado, demorando a desviar os olhos. — A preciosa é uma boa égua, bem treinada.
Vendo a sua ex lhe devorando de olhos, ele nem mesmo desvia os olhos, demora ali a observando. — Ah é? E quem treinou?— Seria capaz de acreditar que ele estaria a lhe dá espaço para isto. — Ela ficou um tempo comigo, mas já veio treinada, você vai gostar Liz, mas lembre-se... — As suas palavras foram interrompidas, quando Liz avançou sobre ele, tomando o seu rosto dando-lhe um beijo em sua boca, observei a cena a distância de ambos, em torno de dez a quinze segundos depois que ele a afastou com um braço somente.
— Para, para Liz... — Mas a mulher mais baixa que ele,que eu, cabelos castanhos cheio preso num rabo de cavalo insistiu novamente a lhe beijar, sentindo as pernas formigar e o ar desaparecer dos meus pulmões, eu assistir ao beijo deles, quando o meu noivo a segurou pela cintura mais fina tomando a posição de dominar, virando-a contra a madeira da divisa fez-me engolir em seco, quantas vezes isto aconteceu?
Ela sempre está em seu calcanhar, falta de aviso não foi, Carol me avisou tanto. Ambos beijavasse sem controle, as mãos de Eliz passando por todo o corpo sabendo para onde ir e vir, não era novidade alguma, lágrimas vieram de onde eu não sabia que viria, desceram e como quem iria explodir, já não suportei, abrir a porteira saindo apressada da baía em seguida.
— Ária? Ária— A sua voz forte, firme atrás de mim a chamar já não importava, era estranho para mim tudo aquilo, mal me dei conta quando os seus braços me seguraram. — Me solta, me larga Yan! — Não foi apenas um aviso, um grito saiu da minha garganta enquanto me debati saindo do seu abraço. — Ária, Ária meu amor,por favor para!
As lágrimas desciam sem parar, foram anos juntos,ele era o noivo perfeito, o genro dos sonhos, presa nos braços fortes, vi quando Liz parou a metros de distancia cruzandos os braços a nos olhar, o seu cabelo desfeito, fios a solta, deu-me nojo de ambos, era pior que uma facada, talvez, nunca havia levado uma, mal pensei e nem ouvi o que ele dizia. — Me solta Yan. — O empurrei para longe de mim.
— Ária por favor! — O seu pedido só me fez enoja-me mais, todos por ali vendo e falando entre si, arranquei a aliança do meu dedo, lhe vendo negar. — Ária não, por favor me deixa explicar, foi um erro, você... você... tem se comportado como uma criança mimada, por favor. — Ainda por cima querer colocar a culpa em mim.
— Não coloque sobre os meus ombros, o peso das suas falhas, seus erros Yan. — Atirei a aliança contra o homem que eu jurava ser para casar. — Ária! — Sai andando lhe vendo tentar pegar a aliança na grama, andei em direção ao vestiário, havia raiva, ódio, tudo em mim.
Olhei para Danilo sem negar ou se quer esconder que achava dele estar comprando flores para uma mulher que acabou de conhecer ainda mais na porta de uma boate em pleno século XXI, na era em que elas compete conosco por espaço, por conquistas e tentam provar a tudo custo que não são o sexo frágil, que elas mesmos pode comprar as suas próprias flores, satisfazer-se com suas próprias mãos, mas ele vendo a minha cara explicíta de quem nem mesmo necessitava falar, somente ignorou, cheirando as malditas rosas na minha frente e em seguida me dando as costas.Cabendo a mim por segui-lo, odeio rosas, sempre presentei Érica com rosas frescas, delicadas, romanticas e no fim, ela ainda estava insegura, indecisa,confusa ao ponto de me abandonar no altar, ele já sabia de perto como é tratar tão bem as mulheres, não seria eu, o proprio exemplo a estar enchendo os seus ouvidos, olhei em volta a procura de alguma mulher que me interessasse, notei um ruiva magrinha, cabelos cacheados bem cheios, seios
Me senti apunhalada, magoada do haras, Yan ainda correu atrás do carro, dando um tapa no vidro, mas isso não foi suficiente para me fazer parar, acelerei ao máximo que pude, foram três anos juntos, namorando, tudo bem que eu nunca fui uma namorada apaixonada, cheia de declarações, surpresas e entre outras coisas comuns, mas Yan era o homem que estava nos planos para estar junto, dizer um sim, não havia pressa para isto, mas sei que ele aceitaria, achava. Doendo por dentro relembrar o que vi, aquele beijo não era somente um beijo, a maneira como ele a dominou, a girou assumindo o controle, lhe encostando na madeira suas mãos percorrendo o corpo de Liz por inteiro, eu sei melhor que ninguém que havia desejo, tesão, vontade de ir além e tudo isso não saia da minha cabeça, guiando o carro sem direção certa, apenas dirigi, as lágrimas caiam, desciam sem controlar, a traição dói.Quando a visão embaçou desliguei o motor silencioso, calada, chorosa sentada no banco do carro deixei as lágrim
RODRIGO PARLATONo meio de uma discurssão que previ que não ia acabar bem, comecei a me afastar, o homem a meu lado parecia ser um idiota como eu fui a alguns anos atrás, as pessoas ao redor olhará uma vez ou outra, com o buquê na mão como um homem fora de época, dei apenas um passo para sair, em meio a uma discurssão ninguém se despede, foi o que fiz, sem esperar que fosse pego pelo braço, tomado um beijo a força, a boca vermelha, tomou a minha, a língua entrou em minha boca de uma maneira impresiva.Não havia reação, a mulher a minha frente dona de uma boca deliciosa não havia como ou porque rejeitar, aceitei ao seu beijo, embora soubesse que era por outro motivo, ela estava a me usar com um beijo delicioso, porém louco. Seguei a sua nuca com a minha mão afim de explorar mais a boca carnuda, quente, rápida, quando a afastara, era o suposto namorado ali a separar, como um morango com mel, me excedi, os seus lábios molhados denunciava, a expressão da amiga denunciando que ela fez merd
O que poderia se esperar de um homem que sempre está em páginas de fofoca com uma mulher diferente? Que ele bancaria o herói e salvaria uma desconhecida no meio da noite sem interesse algum? O presidente de uma empresa que não está nem aí para os meios, importasse apenas com os fins, as arvores derrubadas, florestas e reservas que deixam de existir a medida que eles constroem e constroem mundo a fora, não era de se esperar algo de bom do mimadinho Parlato, porque eu esperei? Sai do edíficio diretamente para a boate, desci do táxi atravessando apressada a rua em direção ao carro estacionado, alguns jovens por ali a conversar em circulo, retirei a chave do bolso dispostar a tudo para não ser reconhecida e embora houvesse esforço, não reconhecerá, um alívio para mim, que entrei em meu chevete, ligando, partindo em seguida. Cheguei em casa vendo as luzes acesa, estacionei na garagem, e mal havia descido do carro, Carol apareceu na porta de casa ainda de vestido preto, montada em seu loo
Ária Duarte- Que daibos ela pensa que eu sou? - O montante de arquivos sendo colocados no banco de trás do carro, não sendo apenas digno de uma pergunta, mas reclamações por uma tarde inteira, era o de menos. - Eu te falei que não precisava entrar nisso, amiga, eu só preciso da sua ajuda...Carol largou as pastas no banco de trás apressada, vindo ao banco do passageiro ao meu lado. - Uma ova que eu vou te deixar sozinha nesta empresa! - Sentou a meu lado dizendo, batendo a porta em seguida, eu ainda não sabia o que havia acontecido comigo, mas com Carol lá dentro seria mais fácil, uma semana examinando arquivos, fazendo relatórios, foi inesperando quando ligaram, devendo comparecer a empresa.Sai como uma louca do haras, apressada correndo pela estrada a fora como uma louca, mesmo vendo o carro prata parado na beira da estrada, o homem fardado encostado na porta ficando chateado ao me ver passar por ele, como se fosse um desconhecido. - Ária? - Escutei o seu grito, bolado por isto, q
RODRIGO PARLATOOs reflexos matinais ultrapassam pelas cortinas, alisei o meu rosto devagar procurando dispersar o sono, a semana na Parlato não era uma semana tranquila, e na terça-feira pela manhã meu corpo já choraminagava pelo domingo, fechei os olhos inspirando profundamente e por longos instantes me vi imaginando ir para a empresa, recalculando em minha memória como será o dia, hoje apenas quarta-feira, o cansaço me domina por inteiro.Quando senti-me envolvido novamente num sono leve, acreditei que poderia tirar mais um momento de sono. - BI BI BI BI. - o celular começou a apitar me despetando, respirei fundo em seguida levantando da cama, é a vida de um CEO, afinal é o que eu sempre quis, não é? Sem nem mesmo procurar os chinelos, segui para o banheiro, os dias mais trabalhados são minuciosos, parece fazer de cada segundo uma eternidade. Tomei um banho afim de revirogar, ao sair do banheiro o celular ainda tocava, aproximei-me da cama em busca de conferir quem seria, ao ver q
- Você tem certeza? - Olhei para Carol de pé me olhando a alguns metros da minha mesa. A minha amiga com um sorriso meio expressivo a me olhar, não me passava confiança alguma, em duas semanas corridas, eu já não saberia dizer se fora uma boa ideia entrar para a Parlato, embora seja o que eu quero. - Claro Ária, diga-me quando te decepcionei? Respirei fundo, tudo que eu preciso é de descanso, relaxar, montar em meu precioso cavalo e galopar por horas, a vida empresarial além de ser complicada é estressante, os trabalhos se acumulam o tempo inteiro, e quando penso que estou terminando um relatório, surgem três, quatro. Estiquei o braço pegando duas pastas estendendo para a minha melhor amiga. - Nunca! - Respondi tendo certeza em minha afirmação, a nossa amizade nunca ficou ruim ou algo do tipo, e se há alguém no mundo que me apoie em minhas loucuras é ela.Carol pegou sem fazer cara feia, mas ao invés de sair, aproximou-se sentando na borda da minha mesa. - E então tem certeza que é i
Não estava convencendo muito as ideias do cliente, ele querendo mostrar entender do assunto em que sou profissional, para não destrata-lo achei melhor levar o assunto como poderia, aceitar? Não havia como, se numa mera conversa o mesmo já estava a me dar ordens, trabalhando para o mesmo seria pior. Olhei duas vezes para o percursso até o garçon, Ária havia ido ao banheiro, pedi licença indo até o garçom, já disposto a cancelar o pedido, estava demorando demais.Meu tempo é precioso, além da compania não ser das melhores, caminhei em direção ao garçom, quando Ária tomou o mesmo trecho não parei, ela perguntaria pelo almoço, enquanto eu, se a resposta fosse paciência ou só alguns minutinhos, não tomaria mais meu tempo, mas ao aproximar dos casal a minha frente, não tive tempo nem mesmo de escutar, a mulher no vestido preto, salto alto preto, cabelos preso, tombou na mesa, o garçom a sua frente tentou pega-la, mas adiantei o passo a lhe pegar. Ária caiu em meus braços desacordada, pálid