Foram mais que dois anos a espera de uma oportunidade para entrar na Parlato, após procurar um jeito para me aproximar da doutora Gilda, o único meio fora por a Parlato Construções, após a entrevista, passou-se uma semana, nada para mim estava indo bem, eu precisava de uma resposta, o mais rápido possível, até mesmo ao fritar um ovo e me distrair imaginando como seria estar a sua frente, olhar em seus olhos, ouvir a sua voz, será que sou parecida com ela?
No que seremos parecidas? Ansiosa para este acontecimento, sai de casa de madrugada, indo direto para o haras, retirei a minha mochila do banco passageiro, caminhei até o vestiário, bem que a intenção de vir hoje não fora treinar, queria mesmo desabafar, me desangustiar se for possível, troquei as minhas vestes rapidamente, calcei as minhas botas, e em seguida caminhei para os estábulos, andei pelo corredor escuro.
Abri a porteira, os meus olhos já tinha a visão cega, sorri ao olhar para o cavalo negro de pé, como sempre aconteceu. Mas a minha visão fora deturpada pelo encontro com a égua marrom, mesmo que uma manga larga, não me agrada, não é o meu amigo Sião, respirei fundo e pesado sem gostar desta égua que mesmo sem ter culpa de estar aqui, estar no lugar do meu amigo.
Neguei chateada e muito nervosa pelo encontro, fechando a porteira, dei as costas a andar, nada e nem ninguém me fará trocar o meu amigo como um objeto, segui para o carro preto chateada, sentei no banco do motorista procurando o aparelho celular que deixei largado em qualquer lugar, até encontrá-lo no porta-luvas.
Ao encontrar o contato de Yan, liguei para ele, ainda era madrugada, poucos mais que quatro horas da madrugada, prevendo que a este horário ele estaria se preparando para mais um dia, acompanhei as chamadas atenta. — Amor? Ária aconteceu...
— Onde está o Sião? — Mal o deixei perguntar, ele havia mexido no que não deveria, e apenas escutar um ah do outro lado, já me irritava ainda mais. — Amor, você sabe aquele cavalo está velho...
— Você sabe que o Sião não é apenas um cavalo para mim, Yan, o que custa respeitar a minha decisão, já perguntei uma vez, preciso perguntar novamente? — Fui direta ao assunto, ele parece não entender que para mim o cavalo que ganhei aos meus quinze anos é muito importante, não apenas como companheiro de competições. — Calma Ária, posso explicar, amor ele já está velho, mais de dez anos, não está...
— Não estou perguntando o que acha? Yan, estou perguntando onde está o meu cavalo? Quando eu achar que é hora dele ser substituído, não...
— Ok, ok, já entendi, bem a Carol falou, droga! — Ouço as suas reclamações do outro lado. — Irei colocá-lo de volta, pode ser? — Sorrio fraco, apesar de não ter gostado da sua saída. — Quando? — Pergunto mantendo o tom de seriedade, até escutar a sua resposta seguida de um leve respiro de quem se deu por vencido. — Está no haras?
— Hum rum.— Respondo, vendo os funcionários chegando no lugar, acendendo as luzes, abrindo algumas porteiras. — Ok, pode me esperar, precisamos conversar, Ária, soube que trancou dois componentes na faculdade? O que houve? — Rolo os olhos ao ouvir, como se ele já não soubesse.
— Já falamos sobre isto, Yan, e agora que...— Mas ele mal me deixa falar. — Esta bem, estou indo para onde você está, conversaremos pessoalmente, pode ser? — Não nego, em algum momento esta conversa iria acontecer, o espero, avalio a égua que ele me presenteou, não posso negar que é uma boa competidora, mas tenho parceiro.
O dia clareia, me junto aos funcionários para a primeira refeição do dia., estávamos rindo e conversando quando Irene, me apontou o homem alto, de farda, forte conversando com um soldado a uma certa distância no canto, olho para Yan de pé, as mãos a cima da cintura conversando com quem está mais uma vez a resolver problema, as garotas passam cochichando entre si sem disfarçar olhando para o alto homem de farda, não posso negar que ele é bonito, forte, o perfil que qualquer mulher sonharia.
Mas a aliança em seu dedo, não apenas diz, como mostra que este fardado já tem dona, o observo a distância e como todo homem sério, ele nem mesmo olhar, seus cabelos pretos meio que encaracolados curtos, formando poucas ondas, a blusa preta um pouco justa e folgada, nem para menos ou mais, a calça cinza-escuro as pernas grossas destacassem, como os músculos dos braços, conversando até a virar e me olhar, sorrio fraco, vendo-o abrir um sorriso branco, largo.
Umedecer os lábios disfarçadamente, a me percorrer com um olhar sorrateiro, agilmente num bater de leve no ombro do soldado com a sua mão grande que se encerra o assunto, despedindo-se em seguida. Caminho em sua direção, vendo-o fazer o mesmo. — Bom dia querida!— Me cumprimenta em curtos passos a se aproximar.
— Bom dia, Yan, onde está o Sião! — Mal aproximando-se, tendo a sua mão na minha cintura, sinto os seus lábios em minha testa, num selinho carinhoso contra a minha pele. — Já está a caminho, liguei para que o tragam de volta, Ária você sabe que a sua teimosia está deixando a nossa equipe...
Olha em meus olhos ao dizer, enquanto afirmo, isso não posso negar. — Sim, eu sei, Yan, acho que a Melinda já pode competir da próxima vez, se o Sião não esta apto a entrar na arena, eu também não estou. — Mas ele negar consecutivamente sem parar. — Nem pensar, você é a mais treinada que temos aqui, a Melinda é o quê? Uma garota de somente dezessete anos, ela não tem capacidade de carregar a alfa nas costas desta maneira.
Inspiro fundo e nego. — Lembre-se que eu represento esta equipe desde os meus quinzes anos, além disto, não só a Melinda, temos outros que podem fazer isto. — Caminhamos em direção à mesa enquanto conversamos, era bom enquanto estávamos a falar sobre a possibilidade de me tirarem a frente da equipe. — Posso saber porque trancou dois componentes já penúltimo semestre no curso? Sabe que foi a exigência do seu pai para que nós casássemos, Ária, que você conclua a faculdade, por que isso agora?
Olho para a maneira que ele segura as minhas mãos unindo as suas, enquanto me observa. — Não vai atrapalhar os meus estudos, só quero descansar um pouco, Yan. — O homem, sentando a meu lado, ergue a mão tocando o meu queixo, me olhando seriamente. — Ária, eu melhor que ninguém sei que você ama estudar, por acaso está querendo adiar o nosso casamento?
Deslizo a língua sobre o meu lábio superior lhe olhando, para ser sincera também, ainda não me sinto pronta para me tornar a mulher de alguém, mas sei que o Yan era o genro perfeito para o meu pai, e, além disso, nenhum outro homem cuidaria de mim como ele, mentira sempre tiveram pernas curtas e isso não funciona comigo, sendo que uma hora ele descobriram de qualquer maneira. — Me candidatei ao estágio... — Pela maneira que a sua respiração se intensifica, já sei que ele sabe e isso não é segredo.
— Porra, eu sabia, você não vai fazer esta loucura, não é? — O olho ainda a me encarar, afirmo lhe olhando, sem dúvida do quero. — Vou, eu preciso... — Antes que termine de falar, o soco firme na mesa me faz parar, fazendo alguns olharem para nós. — … fazer isto! — concluo com a minha decisão.
— PORRA Ária! Chega, é absurdo você ficar indo atrás desta mulher, o que pretende fazer? — Engulo em seco ao lhe ouvir. — Se você parar de gritar e me ouvir, seria ótimo, Yan, o que custa? — O confronto vendo-o com a respiração alterada, a sua pele vermelha pelo pescoço, as suas narinas largas. — Escutar o quê? Que você quer o quê? Quebrar a cara? Se magoar? — Yan levanta chateado e agora com o tom de voz alto não fala, grita.
— Que você quer adiar o nosso casamento devido a uma birra do passado? — Pergunta indo de um lado a outro, inquieto, sem me olhar. — Não vai adiar, Yan, é algo importante para mim, custa entender? — Seus olhos param em mim, as pupilas negras vacilam a me olhar, mal espero quando as suas mãos se unem em minha cabeça, cada palma enorme segurando um lado do meu rosto, olhando em meus olhos tão perto. — Você não precisa disto, Ária olha para você, não vai para aquele lugar meu amor, já imaginou o que você pode encontrar lá? Sei lá?
Tentando tirar as suas mãos sem sucesso nego, ele não entende quão importante isso é para mim. — Chega, acabou você não vai mais procurar nada sobre esta mulher, a partir de hoje...
— Eu já me candidatei a vaga, Yan, fui a entrevista a uma semana, e... — Seus olhos saltam de uma maneira assustadora a me olhar. — O quê? Como pôde fazer isso sem me dizer? Ária, eu sou seu futuro marido, serei o pai dos seus filhos como teve a coragem de esconder isso de mim? — Gira nos calcanhares, me dando as costas em seguida.
Enquanto tento entender o que isso tem a ver com o futuro, espera eu nem quero ser mãe. — Ela te viu? — Pensando sobre o assunto, ele vira e me pergunta, enquanto nego com a cabeça.
Uma semana lotada, reuniões, eventos juntamente a inaugarações, todos os setores da Parlato mantiveram-se ocupadas em suas funções, havia uma correria por parte do setor dos advogados, várias vezes pude notar a lufada intensa que foram dadas por Gilda para a sua equipe, e somente na saída da sala de reuniões ao ver todos eles reunidos a escutar a sua lista de reclamações, foi que pude entender as razões do seu estresse. Uma mulher que mal fala, sobre qualquer assunto além do trabalho, sempre presa ao trabalho, todos os funcionários estavam atentos a ela, que com os olhos negros atrás dos óculos indo de um a outro funcionário, mal pensou em moderar o tom de voz para falar.— Vocês sabem que isto está uma porcaria, não sabem? — Nem mesmo precisava retornar a sala para escutar o seu tom, fiquei da porta a observar seriamente, meu avô sempre diz que nos seus tempos as coisas eram melhores, não havia tantas leis para proteger os funcionários, era lutar ou lutar para conseguir um trocado, o
Tentei explicar Yan não quis entender, apesar de estar com ele a anos e saber que ele é um homem que díficilmente volta a atrás, desta vez, fui eu que endureci, nada me faria voltar a atrás, sai do haras chateada, enquanto ele a me olhar rancoroso nem mesmo se abalou em vir atrás de mim. Dois dias se passaram olhando ansiosamente para o celular, várias vezes ao dia, foram duas ligações que não recebi, a dele e tampouco a que eu tanto esperava. — Se você continuar assim, vai acabar tento um colapso, Ária, talvez você nã seja o perfil de estagiária que eles procurem. — Inspirei fundo, a ira me tomava, mas era a Carol e só com um olhar que lhe dei, ela apenas recuou dando uma mão para mim. — Tudo bem, não estou dizendo que eles não vão te chamar, mas já pensou que isso pode acontecer? Sim, eu já havia pensado e uma boa parte de mim acreditava nisto. — Claro que já pensei, Carol, mas... — A vejo lamentar antes de olhar para a tela do computador a sua frente. — Se houvesse me dito, também
Olhei para Danilo sem negar ou se quer esconder que achava dele estar comprando flores para uma mulher que acabou de conhecer ainda mais na porta de uma boate em pleno século XXI, na era em que elas compete conosco por espaço, por conquistas e tentam provar a tudo custo que não são o sexo frágil, que elas mesmos pode comprar as suas próprias flores, satisfazer-se com suas próprias mãos, mas ele vendo a minha cara explicíta de quem nem mesmo necessitava falar, somente ignorou, cheirando as malditas rosas na minha frente e em seguida me dando as costas.Cabendo a mim por segui-lo, odeio rosas, sempre presentei Érica com rosas frescas, delicadas, romanticas e no fim, ela ainda estava insegura, indecisa,confusa ao ponto de me abandonar no altar, ele já sabia de perto como é tratar tão bem as mulheres, não seria eu, o proprio exemplo a estar enchendo os seus ouvidos, olhei em volta a procura de alguma mulher que me interessasse, notei um ruiva magrinha, cabelos cacheados bem cheios, seios
Me senti apunhalada, magoada do haras, Yan ainda correu atrás do carro, dando um tapa no vidro, mas isso não foi suficiente para me fazer parar, acelerei ao máximo que pude, foram três anos juntos, namorando, tudo bem que eu nunca fui uma namorada apaixonada, cheia de declarações, surpresas e entre outras coisas comuns, mas Yan era o homem que estava nos planos para estar junto, dizer um sim, não havia pressa para isto, mas sei que ele aceitaria, achava. Doendo por dentro relembrar o que vi, aquele beijo não era somente um beijo, a maneira como ele a dominou, a girou assumindo o controle, lhe encostando na madeira suas mãos percorrendo o corpo de Liz por inteiro, eu sei melhor que ninguém que havia desejo, tesão, vontade de ir além e tudo isso não saia da minha cabeça, guiando o carro sem direção certa, apenas dirigi, as lágrimas caiam, desciam sem controlar, a traição dói.Quando a visão embaçou desliguei o motor silencioso, calada, chorosa sentada no banco do carro deixei as lágrim
RODRIGO PARLATONo meio de uma discurssão que previ que não ia acabar bem, comecei a me afastar, o homem a meu lado parecia ser um idiota como eu fui a alguns anos atrás, as pessoas ao redor olhará uma vez ou outra, com o buquê na mão como um homem fora de época, dei apenas um passo para sair, em meio a uma discurssão ninguém se despede, foi o que fiz, sem esperar que fosse pego pelo braço, tomado um beijo a força, a boca vermelha, tomou a minha, a língua entrou em minha boca de uma maneira impresiva.Não havia reação, a mulher a minha frente dona de uma boca deliciosa não havia como ou porque rejeitar, aceitei ao seu beijo, embora soubesse que era por outro motivo, ela estava a me usar com um beijo delicioso, porém louco. Seguei a sua nuca com a minha mão afim de explorar mais a boca carnuda, quente, rápida, quando a afastara, era o suposto namorado ali a separar, como um morango com mel, me excedi, os seus lábios molhados denunciava, a expressão da amiga denunciando que ela fez merd
O que poderia se esperar de um homem que sempre está em páginas de fofoca com uma mulher diferente? Que ele bancaria o herói e salvaria uma desconhecida no meio da noite sem interesse algum? O presidente de uma empresa que não está nem aí para os meios, importasse apenas com os fins, as arvores derrubadas, florestas e reservas que deixam de existir a medida que eles constroem e constroem mundo a fora, não era de se esperar algo de bom do mimadinho Parlato, porque eu esperei? Sai do edíficio diretamente para a boate, desci do táxi atravessando apressada a rua em direção ao carro estacionado, alguns jovens por ali a conversar em circulo, retirei a chave do bolso dispostar a tudo para não ser reconhecida e embora houvesse esforço, não reconhecerá, um alívio para mim, que entrei em meu chevete, ligando, partindo em seguida. Cheguei em casa vendo as luzes acesa, estacionei na garagem, e mal havia descido do carro, Carol apareceu na porta de casa ainda de vestido preto, montada em seu loo
Ária Duarte- Que daibos ela pensa que eu sou? - O montante de arquivos sendo colocados no banco de trás do carro, não sendo apenas digno de uma pergunta, mas reclamações por uma tarde inteira, era o de menos. - Eu te falei que não precisava entrar nisso, amiga, eu só preciso da sua ajuda...Carol largou as pastas no banco de trás apressada, vindo ao banco do passageiro ao meu lado. - Uma ova que eu vou te deixar sozinha nesta empresa! - Sentou a meu lado dizendo, batendo a porta em seguida, eu ainda não sabia o que havia acontecido comigo, mas com Carol lá dentro seria mais fácil, uma semana examinando arquivos, fazendo relatórios, foi inesperando quando ligaram, devendo comparecer a empresa.Sai como uma louca do haras, apressada correndo pela estrada a fora como uma louca, mesmo vendo o carro prata parado na beira da estrada, o homem fardado encostado na porta ficando chateado ao me ver passar por ele, como se fosse um desconhecido. - Ária? - Escutei o seu grito, bolado por isto, q
RODRIGO PARLATOOs reflexos matinais ultrapassam pelas cortinas, alisei o meu rosto devagar procurando dispersar o sono, a semana na Parlato não era uma semana tranquila, e na terça-feira pela manhã meu corpo já choraminagava pelo domingo, fechei os olhos inspirando profundamente e por longos instantes me vi imaginando ir para a empresa, recalculando em minha memória como será o dia, hoje apenas quarta-feira, o cansaço me domina por inteiro.Quando senti-me envolvido novamente num sono leve, acreditei que poderia tirar mais um momento de sono. - BI BI BI BI. - o celular começou a apitar me despetando, respirei fundo em seguida levantando da cama, é a vida de um CEO, afinal é o que eu sempre quis, não é? Sem nem mesmo procurar os chinelos, segui para o banheiro, os dias mais trabalhados são minuciosos, parece fazer de cada segundo uma eternidade. Tomei um banho afim de revirogar, ao sair do banheiro o celular ainda tocava, aproximei-me da cama em busca de conferir quem seria, ao ver q