Após um banho intenso, sai do banheiro após Ária ter saído, a encontro se vestindo. - Porque parece que este lugar é mais sua casa que a sua própria casa?- Digo pelas vestes que está colocando.- Porque é? Praticamente cresci aqui, todos aqui sabem da minha vida, pelo menos acho que sabem, já que nem eu sei. - Me enxugo largando a toalha de lado.Lhe vejo colocar uma calça branca moletom, uma blusa de manga longa listrada, a sandália de dedo nos pés. - Acho luxuoso isso, morar aqui. - Apenas ri em resposta. - Sei lá parece que...- É apenas a reserva da forças armadas, nada demais. - Diz seria, prendendo o cabelo.- Nunca pensou em segui a carreira como seu pai?- Balança a cabeça enquanto eu me viro em me vestir e lhe ver, sinto que ela não se importa tanto com o que estou fazendo, ou vou fazer, falar, sempre está ocupada com as suas tarefas pessoais.- Não, quem sabe um dia talvez, na verdade não me encontrei em profissão ainda.- Advocacia não é a sua praia?- Revira os olhos e nega.
Ária DuarteMe sentindo totalmente indecisa, planejei ficar o sábado e o domingo inteiro no haras, Rodrigo não retornou tampouco ligou, olhei para a cama no domingo pela manhã ao despertar sentindo a sua falta nela, talvez Carol realmente tivesse razão, eu deveria me afastar, evitar ao máximo me envolver.Pela manhã passei com Sansão, e ao chegar ao restaurante encontro Yan de frente, até tentei ignora-lo, vê-lo de calça de montaria, blusa branca indicava que veio treinar, apenas segui reto querendo evitar qualquer contato.- Não vai falar comigo?- Perguntou após eu te me distanciado três ou quatro passos. - oi Yan, tchau Yan. - Disse seguindo sem virar-me para olha-lo novamente.No fundo não havia raiva alguma, uma parte de mim torcia para que ele seja feliz em sua escolha, trair para mim no fundo é isso. - Tio Gregor conversou comigo ontem, realmente está disposta a entregar está competição para os nossos adversários, Ária?Sentei a mesa sozinhas após arrastar a cadeira. - Não estou
Rodrigo PalartoApesar do meu avô demonstrar que não aceita o divórcio entre os meus pais, eu me mantive neutro, sabendo perfeitamente quão canalha meu pai tem sido com ela, a abracei em meios aos seus prantos.- Essa é uma decisão sua, mãe, apenas sua, eu vou estar aqui para te apoiar no que achar melhor. - Era a primeira vez que eu iria contra o meu avô, e o seu olhar reprovador já me indicava isto.- Não fale tolices Rodrigo!- Ele rosnou da sua cadeira chateado. - Ele não me respeita, eu ouvi, eu sei que ele agarrou aquela jovem no trabalho, lá em Veneza ele também trocava olhares com uma moça na outra mesa, o Diogo não me respeita...Devagar a levo para o seu quarto, a coloco na cama enquanto chora, era a minha mãe naquela cama e apesar de ser filho dos dois, me partia por dentro vê -la chorar de tal maneira.- Não se preocupe mãe, eu vou te apoiar no que precisar. - Eu queria ser um bom filho para ela, mas sabia que isso teria consequências, a divisão de bens é um deles, contraria
- Me mandaram pra o fórum, por isso não fiquei lá, deveria ter recusado, não deveria ter... - Balancei a cabeça negando ao que Carol falava, deitada em minha cama. - Deve ter sido...- Vergonhoso? Sim, fiquei sem saber onde enfiar a minha cara, não acredito que cheguei a isso para cair em mim, pra perceber que poderia ser um delírio dele, que eu poderia simplesmente está imaginando coisas. - Sentada na ponta da minha cama Carol ainda me olha.- Eu tentei te dizer isso tantas vezes Ária, mas você isso como uma verdade absoluta, pra si que...- Não escutava, na verdade não quis escutar ninguém, é eu sei, e agora ela deve está rindo disso ou simplesmente falando pra o Rodrigo que eu... não sei como não percebi que ela não tinha como não ser minha mãe, uma mulher esnobe, o jeito que ela age, fala e pensa sobre as pessoas.- Mas não podemos negar que é a melhor do mercado, caraca ela sempre pega os outros desprevenidos, eu fico boba com a astúcia a sagacidade que ela tem, Ária, tenho muito
- Não, a Carol foi pra o estágio, e a essa hora... - Sentamos a mesa juntos após Ária ter preparado o café da manhã, a casa ainda era um lugar estranho para mim, mas vê -la pela manhã era melhor que qualquer coisa logo cedo.- É eu sei, eu já deveria estar lá, chamarei Silas assim que chegar para que faça os ajustes no edital, não vou consultar o conselho, preciso de funcionários para ontem.Tomamos café juntos, ela parecendo estar melhor que o dia anterior e eu também, entrei no quarto a procura do meu celular era estranho que ele não houvesse tocado, mas quando o peguei vi a razão, totalmente descarregado.- Não precisava ter desligado, não ligo que ligue para dizer que estão esperando um filho seu de algum lugar, afinal...- Por falar nisso, já pensou em fazer um teste? Temos tido relações direto sem proteção, quanto mais cedo cuidarmos disto ... - Mas Ária negou sem nem se quer ouvir o que penso. - Não há necessidade o mal estar de ontem não tem nada haver com filho, eu me cuido m
Ária DuarteNão resistir, tampouco recusei ao convite de ir ao encontro das meninas no bar perto da faculdade, depois do desentendimento pela manhã com Caroline, eu faria qualquer coisa a seu gosto para não haver um mal estar entre nós.Odiando o local, mas ainda assim cheguei ao barzinho vendo as três ali sentadas conversando, Mateus vendo alguns petiscos, não demorei a ver o papai Parlato acompanhado. Carol bebendo um copo de chopp, me indicou com os olhos.Afirmei me sentando a mesa, cumprimentando as meninas que não vejo a um tempo, era como fugir da segunda-feira estando nela. - O que você vai querer?- Yasmin atirou o cardápio na minha direção.- Nada alcoólico, já tenho problemas demais para resolver na minha vida. - Falo vendo Caroline torcer os lábios. - Se não fosse tão cabeça dura e ouvisse conselhos.- Olha quem fala. - Trocamos olhares enquanto Bruna retrucou contra ela, eu torci que a nossa cumplicidade estivesse em dias ao ponto de nenhuma delas saber que tenho ido para
Rodrigo PalartoCheguei em casa preocupado, sabia que a recepção não seria boa, meu avô mostrou que entre nós dois, ele escolheria o seu filho, ao esconder o que ele fazia com a minha mãe.- Não vai entrar?- Ária negou ao volante, ao sair do seu carro, fiz a volta abaixei perto da janela lhe dando um selinho nos lábios. - Rodrigo! - Retrucou contra os meus lábios. - Se alguém nos ver.- Estará visto, está tarde você fica ou...- Tentei sugerir, mas a minha casa está um inferno.- Não ouse me propor ficar aqui, tchau!- Arrancou com o carro enquanto subi os degraus de casa, cheguei encontrando o meu avô sentado no escuro da sala. - Boa noite!- Quem é a jovem? Escutei voz feminina? Após atraca-se como animal com o seu pai sujando a imagem da nossa família, ainda resolveu tirar a tarde de folga?- Fecho a porta lhe ouvindo.- Eu sujei a imagem da família? Não queria vir agora para casa pra não ver o senhor.Ele gargalha, ri com ironia evidente no som. - Não queria me ver, Rodrigo? Eu lhe d
Ária DuarteUma semana inteira no haras, aos poucos tentando me restabelecer no que seria minha vida, ou não me esconder do que se passou nos últimos dias, meu rosto ser exposto como causa da briga entre pai e filho, apesar da notícia sumir sobre o ocorrido um dia logo após o incidente, ainda há pessoas que olham para mim, com olhos julgadores.Cavalgar, correr, descansar foi a saída que encontrei em meio a tudo, Rodrigo não me ligou tampouco procurou neste período, queria tanto que ele ligasse, me procurasse ou simplesmente surgisse de surpresa, não era a espera de outra ligação que carreguei o celular comigo para todos os passeios, sempre atenta ao toque, a um chamado e uma pergunta que viesse para saber onde eu estou, mas ele não ligou, poucos me ligaram. - Preparando-se para quê querida? Não vou precisar de você como substituta, me sinto mais que preparada para competir.Cheguei de mais um passeio montada sobre Sansão vendo Liz vestida para mais uma manhã tórrida de treinos em que