Ária DuarteNão resistir, tampouco recusei ao convite de ir ao encontro das meninas no bar perto da faculdade, depois do desentendimento pela manhã com Caroline, eu faria qualquer coisa a seu gosto para não haver um mal estar entre nós.Odiando o local, mas ainda assim cheguei ao barzinho vendo as três ali sentadas conversando, Mateus vendo alguns petiscos, não demorei a ver o papai Parlato acompanhado. Carol bebendo um copo de chopp, me indicou com os olhos.Afirmei me sentando a mesa, cumprimentando as meninas que não vejo a um tempo, era como fugir da segunda-feira estando nela. - O que você vai querer?- Yasmin atirou o cardápio na minha direção.- Nada alcoólico, já tenho problemas demais para resolver na minha vida. - Falo vendo Caroline torcer os lábios. - Se não fosse tão cabeça dura e ouvisse conselhos.- Olha quem fala. - Trocamos olhares enquanto Bruna retrucou contra ela, eu torci que a nossa cumplicidade estivesse em dias ao ponto de nenhuma delas saber que tenho ido para
Rodrigo PalartoCheguei em casa preocupado, sabia que a recepção não seria boa, meu avô mostrou que entre nós dois, ele escolheria o seu filho, ao esconder o que ele fazia com a minha mãe.- Não vai entrar?- Ária negou ao volante, ao sair do seu carro, fiz a volta abaixei perto da janela lhe dando um selinho nos lábios. - Rodrigo! - Retrucou contra os meus lábios. - Se alguém nos ver.- Estará visto, está tarde você fica ou...- Tentei sugerir, mas a minha casa está um inferno.- Não ouse me propor ficar aqui, tchau!- Arrancou com o carro enquanto subi os degraus de casa, cheguei encontrando o meu avô sentado no escuro da sala. - Boa noite!- Quem é a jovem? Escutei voz feminina? Após atraca-se como animal com o seu pai sujando a imagem da nossa família, ainda resolveu tirar a tarde de folga?- Fecho a porta lhe ouvindo.- Eu sujei a imagem da família? Não queria vir agora para casa pra não ver o senhor.Ele gargalha, ri com ironia evidente no som. - Não queria me ver, Rodrigo? Eu lhe d
Ária DuarteUma semana inteira no haras, aos poucos tentando me restabelecer no que seria minha vida, ou não me esconder do que se passou nos últimos dias, meu rosto ser exposto como causa da briga entre pai e filho, apesar da notícia sumir sobre o ocorrido um dia logo após o incidente, ainda há pessoas que olham para mim, com olhos julgadores.Cavalgar, correr, descansar foi a saída que encontrei em meio a tudo, Rodrigo não me ligou tampouco procurou neste período, queria tanto que ele ligasse, me procurasse ou simplesmente surgisse de surpresa, não era a espera de outra ligação que carreguei o celular comigo para todos os passeios, sempre atenta ao toque, a um chamado e uma pergunta que viesse para saber onde eu estou, mas ele não ligou, poucos me ligaram. - Preparando-se para quê querida? Não vou precisar de você como substituta, me sinto mais que preparada para competir.Cheguei de mais um passeio montada sobre Sansão vendo Liz vestida para mais uma manhã tórrida de treinos em que
A mulher sentada do outro lado da mesa mostrava-se feliz, encantada parecia a pessoa mais feliz do planeta naquela manhã, e por mais que isso fosse bom, que ela esquecesse ou perdoasse, eu não perdoeei, não esqueci e jamais esqueceria a maneira que a encontrei naquele quarto, caída no chão, cheia de hematomas, sussurando o meu nome, o jeito que ele disse várias vezes como ela pedia por socorro enquanto o mesmo apertava mais forte a sua garganta suprimindo entre apertos as suas cordas vocais. Mesmo vendo a minha mãe sorrindo a mesa, nada foi esquecido para mim, um mero filho, um que sonhava com uma cadeira para sentar, ser o dono de uma empresa, e agora simplesmente inveja a vida longe dela, seu sorriso poderia enganar, mentir para nós na mesa, mas ao encarar os seus olhos tão oceanis quanto os meus, a vi abaixar a cabeça, como se soubesse o que eu estou pensando. Terminei o café da manhã, e em seguida me vesti para ir a Parlato, com a inauguração do shopping, chega clientes. - Rodr
Já não siportava mais me sentir refém de aparelho, a espera de uma ligação que não viria. - Posso saber porque para onde vai agora leva este aparelho com você? - Carol chegava a tarde quando aproximou-se de mim na area de serviço perguntando, pegando o meu celular vendo algo que não me interessei a ver. - Nada, pode ficar com ele pra você!- Respondo levando o balde de roupas molhadas comigo para estender no varal, enquanto percebi que me segiu, estendi as minhas roupas enquanto tentei superar a abstnência dele, Rodrigo não havia ligado, nem me procurado para nada, foi assim por dias, até que alguns dias depois ao acordar cedo, Caroline empurrou o aparelho na minha frente. - Então não está apaixonada por ele? - Eu não saberia bem descrever o que era paixão, saber dos sentimentos alheios parecia ser tão fácil, mas lidar com os meus uma tempestade a vista. - Isso importa? - Pergunto como resposta, lhe vendo respirar fundo. - Porque não quer falar sobre isso? - Era verdade, eu não quer
Entrei na mansão Lousado segurando a mão de Pérola apoiada em meu braço, os degraus da escada sendo espaçosos entre si, além do seu vestido atrapalhar na subida a cada passo. Transitando entre os convidados, esbarrando em conhecidos, uma conversa em cada grupinho, era mais uma festa maçante. - Depois daqui vamos para o seu flat? Viro-me olhando no rosto da mulher que me acompanha sem saber o que lhe dizer, o meu desejo era ser sincero, os olhos castanhos em mim a espera de uma resposta, a medida que vasculhei por seu rosto algo para meu despertar de interesse, desejo. - Pode ser!- Respondo lhe vendo sorri, não era uma resposta satisfátoria. - Rodrigo!Danilo se aproxima acompanhando por Caroline usando uma vestido marron dourado, a maneira como deixa seu cabelo de lado, caido por um ombro, a mostra-se bastante sedoso, um parecendo encaixa-se ao outro pela forma que uniram-se em braços. - Danilo, Caroline!- Estranhei quando pôs um sorriso latente em seus lábios, a ponto de exibir dent
Ária DuarteEle era o que eu precisava, o seu olhar provocando arrepio em minha pele, os meus nervos aflitos a se por em alerta, o meu sangue a correr em meu corpo numa velocidade anormal, as batidas do meu coração errôneas a medida que Rodrigo surgiu na pequena varanda, logo atrás de mim.Eu queria recusa-lo, nega-lo por estar com outra mulher, por me usar como um mero objeto em que ele somente procura quando lhe é conveniente, mas todos os meus julgamentos e planos foram abaixo no mero beijo mal iniciado, eu me derretia em seus braços como uma fraca qualquer, uma fraca como nunca fui, jamais seria, me torno ao amolecer em seu entorno, deixando que me domine.Desde o seu cheiro provocativo, a seu calor tudo me incendia. - Rodrigo?- Exclamei baixo queria eu poder recusar a seu beijo, seus desejos que por momento estava presente, queria dizer-lhe que não sou sua.- Ária?- A voz de Samuel irrompeu no ambiente, me fazendo virar evitando corresponder ao beijo de Rodrigo, vendo o homem bem
Rodrigo PalartoEu quis e quero está mulher para mim, somente minha, a maneira que Ária sentou no banco do carro querendo correr de tudo e do mundo me dizia muito mais sobre mim do que ela.A sua liberdade me instigava, o seu poder de sair quando quisesse, de ser e fazer o que quisesse de sua vida a qualquer instante tornou-se motivo de inveja ao ponto que entrei no seu carro me trancando a ele.Mas ao seu ver de nada servia quere-lhe. - Saia daqui, quero ficar sozinha!- Falou alto me olhando , o seu rosto molhado, ao natural, a medida que confirmou não ter usado tanta maquiagem, a sua pele estava intacta, e ainda assim sublime por tanta simplicidade.- E se eu não quiser sair?- Pergunto-lhe após ter deixado a festa no auge, depois de ter ignorando aos maiores convidados da noite, depois de ter abandonado a jovem que convidei para ser minha acompanhante, sem remorsos ou culpa, apenas a segui mesmo contra a sua vontade, mas pela minha.- Rodrigo por favor...- Pediu mais baixo, me olhan