Capitulo LXVII
A mulher sentada do outro lado da mesa mostrava-se feliz, encantada parecia a pessoa mais feliz do planeta naquela manhã, e por mais que isso fosse bom, que ela esquecesse ou perdoasse, eu não perdoeei, não esqueci e jamais esqueceria a maneira que a encontrei naquele quarto, caída no chão, cheia de hematomas, sussurando o meu nome, o jeito que ele disse várias vezes como ela pedia por socorro enquanto o mesmo apertava mais forte a sua garganta suprimindo entre apertos as suas cordas vocais.

Mesmo vendo a minha mãe sorrindo a mesa, nada foi esquecido para mim, um mero filho, um que sonhava com uma cadeira para sentar, ser o dono de uma empresa, e agora simplesmente inveja a vida longe dela, seu sorriso poderia enganar, mentir para nós na mesa, mas ao encarar os seus olhos tão oceanis quanto os meus, a vi abaixar a cabeça, como se soubesse o que eu estou pensando.

Terminei o café da manhã, e em seguida me vesti para ir a Parlato, com a inauguração do shopping, chega clientes. - Rodr
Joelma Dejesus

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