A mulher sentada do outro lado da mesa mostrava-se feliz, encantada parecia a pessoa mais feliz do planeta naquela manhã, e por mais que isso fosse bom, que ela esquecesse ou perdoasse, eu não perdoeei, não esqueci e jamais esqueceria a maneira que a encontrei naquele quarto, caída no chão, cheia de hematomas, sussurando o meu nome, o jeito que ele disse várias vezes como ela pedia por socorro enquanto o mesmo apertava mais forte a sua garganta suprimindo entre apertos as suas cordas vocais. Mesmo vendo a minha mãe sorrindo a mesa, nada foi esquecido para mim, um mero filho, um que sonhava com uma cadeira para sentar, ser o dono de uma empresa, e agora simplesmente inveja a vida longe dela, seu sorriso poderia enganar, mentir para nós na mesa, mas ao encarar os seus olhos tão oceanis quanto os meus, a vi abaixar a cabeça, como se soubesse o que eu estou pensando. Terminei o café da manhã, e em seguida me vesti para ir a Parlato, com a inauguração do shopping, chega clientes. - Rodr
Já não siportava mais me sentir refém de aparelho, a espera de uma ligação que não viria. - Posso saber porque para onde vai agora leva este aparelho com você? - Carol chegava a tarde quando aproximou-se de mim na area de serviço perguntando, pegando o meu celular vendo algo que não me interessei a ver. - Nada, pode ficar com ele pra você!- Respondo levando o balde de roupas molhadas comigo para estender no varal, enquanto percebi que me segiu, estendi as minhas roupas enquanto tentei superar a abstnência dele, Rodrigo não havia ligado, nem me procurado para nada, foi assim por dias, até que alguns dias depois ao acordar cedo, Caroline empurrou o aparelho na minha frente. - Então não está apaixonada por ele? - Eu não saberia bem descrever o que era paixão, saber dos sentimentos alheios parecia ser tão fácil, mas lidar com os meus uma tempestade a vista. - Isso importa? - Pergunto como resposta, lhe vendo respirar fundo. - Porque não quer falar sobre isso? - Era verdade, eu não quer
Entrei na mansão Lousado segurando a mão de Pérola apoiada em meu braço, os degraus da escada sendo espaçosos entre si, além do seu vestido atrapalhar na subida a cada passo. Transitando entre os convidados, esbarrando em conhecidos, uma conversa em cada grupinho, era mais uma festa maçante. - Depois daqui vamos para o seu flat? Viro-me olhando no rosto da mulher que me acompanha sem saber o que lhe dizer, o meu desejo era ser sincero, os olhos castanhos em mim a espera de uma resposta, a medida que vasculhei por seu rosto algo para meu despertar de interesse, desejo. - Pode ser!- Respondo lhe vendo sorri, não era uma resposta satisfátoria. - Rodrigo!Danilo se aproxima acompanhando por Caroline usando uma vestido marron dourado, a maneira como deixa seu cabelo de lado, caido por um ombro, a mostra-se bastante sedoso, um parecendo encaixa-se ao outro pela forma que uniram-se em braços. - Danilo, Caroline!- Estranhei quando pôs um sorriso latente em seus lábios, a ponto de exibir dent
Ária DuarteEle era o que eu precisava, o seu olhar provocando arrepio em minha pele, os meus nervos aflitos a se por em alerta, o meu sangue a correr em meu corpo numa velocidade anormal, as batidas do meu coração errôneas a medida que Rodrigo surgiu na pequena varanda, logo atrás de mim.Eu queria recusa-lo, nega-lo por estar com outra mulher, por me usar como um mero objeto em que ele somente procura quando lhe é conveniente, mas todos os meus julgamentos e planos foram abaixo no mero beijo mal iniciado, eu me derretia em seus braços como uma fraca qualquer, uma fraca como nunca fui, jamais seria, me torno ao amolecer em seu entorno, deixando que me domine.Desde o seu cheiro provocativo, a seu calor tudo me incendia. - Rodrigo?- Exclamei baixo queria eu poder recusar a seu beijo, seus desejos que por momento estava presente, queria dizer-lhe que não sou sua.- Ária?- A voz de Samuel irrompeu no ambiente, me fazendo virar evitando corresponder ao beijo de Rodrigo, vendo o homem bem
Rodrigo PalartoEu quis e quero está mulher para mim, somente minha, a maneira que Ária sentou no banco do carro querendo correr de tudo e do mundo me dizia muito mais sobre mim do que ela.A sua liberdade me instigava, o seu poder de sair quando quisesse, de ser e fazer o que quisesse de sua vida a qualquer instante tornou-se motivo de inveja ao ponto que entrei no seu carro me trancando a ele.Mas ao seu ver de nada servia quere-lhe. - Saia daqui, quero ficar sozinha!- Falou alto me olhando , o seu rosto molhado, ao natural, a medida que confirmou não ter usado tanta maquiagem, a sua pele estava intacta, e ainda assim sublime por tanta simplicidade.- E se eu não quiser sair?- Pergunto-lhe após ter deixado a festa no auge, depois de ter ignorando aos maiores convidados da noite, depois de ter abandonado a jovem que convidei para ser minha acompanhante, sem remorsos ou culpa, apenas a segui mesmo contra a sua vontade, mas pela minha.- Rodrigo por favor...- Pediu mais baixo, me olhan
Ária DuarteA festa dos Lousados durou mais tempo, e pelo visto duraria mais, enquanto houvesse comidas e bebidas, as pessoas pareciam satisfeito com o buffet.- Onde você estava?- Já estava virando hábito mentir para Caroline, ou ao menos esconder até quando não saberia. - Com o Rodrigo. - Ela me olha diretamente nos olhos ao escutar.- Ária!- Reclama com a voz mais baixa e meiga, enquanto lamenta em seguida. - Ária, você viu o meu irmão?- Nego para Samy que sai a sua procura.- O que estavam fazendo?- Indaga a minha amiga assistindo a apresentação da planta no meio do salão, ficando a meu lado. - Eu estava indo embora, e acho que ele também.Carol não me olha novamente, segue a meu lado do mesmo jeito. - E o Samuel no que deu? Você sabe que ele é um homem descente, Ária uma noite com ele...- Não sei, do que adiantaria passar a noite com um pensando no outro? Eu sei que o Rodrigo pode está me usando como ele faz com todas...Vem a minha frente me encarando diretamente desta vez- Pode
Não era um sexo intenso, tampouco selvagem era com a pessoa que me incendia no momento, sobre Ária vendo os seus olhos tão escuros movi-me devagar, lhe vendo olhar-me de baixo, todo o seu charme, toda a sua delicadeza e mais coisas que me prendem, eu ainda não sabia do que se trata.Trocamos beijos e gemidos por instantes, enquanto nossos corpos simultaneamente se afagou ao seu, a chuva voltou a cair ao lado de fora, e mesmo se não houvesse, não quis e não iria sair do quarto.Quando acordei pela manhã ao senti o frio da cama desarrumado, olho em volta a sua procura. - Ária?- Lhe chamo ao não ouvir o som do chuveiro, levanto da cama mais apressado, apenas diminuindo os passos ao encontrar o seu vestido junto a minha roupa no chão.- Amor?- A chamei outra vez, indo em direção a sala, lhe vendo na cozinha, movendo algo atrás do balcão. - Bom dia!- Me olha com os cabelos na altura dos ombros soltos, a pele mais limpa que os outros dias, mas o brilho nos olhos tão intenso.- Bom dia, descu
Ária DuarteAinda era tarde quando saí do apartamento de Rodrigo, cheguei a chácara ao anoitecer sendo recebida por flash, pessoas rodeando o meu carro, abrir a garagem sem me importar se isso fosse machucar alguém, não queria e nem iria dar explicação da minha vida.Fechei o portão ainda dentro do carro, ignorando a possibilidade de alguém que me seguia ficar ou não, até compreenderia que isso é trabalho, mas eu não seria motivo para aumento salarial de ninguém.Sai do carro sendo fotografada por uns quatro ou cinco que ficaram. - Ária, Ária Duarte você esteve com o Rodrigo Parlato até agora? Você estão tendo um relacionamento sério?Olho em volta sem interesse de explicar, impaciente, eu sabia quão isso seria prejudicial para mim e para ele também. - Posso denuncia-los por invasão de privacidade, perseguição entre outros artigos que me assegurem a lei, se persistirem com isto.Disse aos presentes, mas foi em vão, desta vez não funcionou. Os dias seguintes foram piores, a minha vida