Eu não queria que esse momento chegasse, mas parece que o tempo estava contra nós. Colin tinha que voltar para Nova York, pois também tinha uma vida lá, e ela não se resumia só a mim. Contudo, passaríamos só um tempo distante um do outro. Mas, graças a tecnologia, existia inúmeras maneiras de ficarmos em contato. Quando amanheceu, eu já tinha levantado e feito café para ele. Era incrível acordar de manhã cedo ao seu lado. Eu já tinha até me acostumado. Depois do café, nós saímos, mas não fomos diretamente ao aeroporto. Queríamos prolongar aquele tempo o máximo possível. Colin e eu parecíamos jovens, adolescentes, apaixonados. Isso era tão bom. Nunca senti isso com ninguém em toda a minha vida. Quando finalmente chegamos no aeroporto, senti como se meu coração estivesse se partindo em dois. Eu não queria deixar partir, ou não queria ficar aqui, mas era necessário. Assim, eu colocaria as coisas no lugar. Minha mente ficaria no lugar, e não precisaríamos ficar coladas 24 horas. Mesm
PovAo colocar os pés em Nova York, Colin se arrependeu de ter saído de Los Angeles. Tudo que ele mais queria era ficar junto com a sua amada Hanna, mas o dever o chamava, e ele precisava voltar ao trabalho, querendo ou não. Então, ele pegou um táxi e foi direto para o seu apartamento. Passou todo o caminho lembrando de tudo que aconteceu nessas últimas semanas, o quão louco foi entrar naquela ilha achando que era apenas uma diversão ou piada, mas no final saiu de lá com uma namorada, no qual ele não conseguia parar de pensar. Afastar-se dela era como uma tortura, causava uma dor no peito que ele não conseguia explicar. Além do mais, mesmo sabendo que Hanna era fiel totalmente a ele, ele ainda pensava em Nico e que os dois moravam na mesma cidade. Óbvio, no final, Nico ficou com a Patrícia, mas o quão juntos eles estavam, pois até um dia antes, eles estavam fazendo tanta questão pela união de Colin e Hanna. Nico era um homem bastante insistente e charmoso, querendo ou não, Colin s
Sei que parece exagerado, mas 15 dias longe de Colin era como anos. Eu não podia demonstrar isso sempre. Minha irmã ficar me dizendo que é chato sempre ouvir que estou com saudade do meu namorado, sendo que foi ela quem me mandou para aquela ilha arrumar um. Interessante, não é? Mas a gata estava bastante feliz por mim, e eu estava radiante. Falava com Colin todos os dias. Ele sempre me ligava, fazia vídeo-chamada, mas só quando tinha tempo. Ele tinha voltado ao trabalho, gerir, namoro, a sua clínica e o hospital estavam sendo difíceis para ele. Por isso, estar perto de Colin era muito crucial para nossa relação. Assim, todas as vezes que ele voltava para casa, ele me veria lá. Mas, confesso que tenho um pouco de medo disso, pois nos conhecemos, apesar de parecer muito, em tão pouco tempo, que me deixa um pouco assustada. Parece que vivo e respiro por causa dele. Ao mesmo tempo que era bom me sentir sufocada. Talvez fosse a distância, a saudade que batia em meu peito e partia ele n
Colin ainda não acreditava no que estava vendo. Ele ficou completamente petrificado. Seu coração parou de funcionar. O mundo ao redor dele parou de funcionar. Ele viu Hanna no chão e ficou desesperado. Suas pernas quase falharam. Ele mal conseguia andar. Mas ele se forçou a fazer isso. Afinal, ela precisava dele. Então, Colin correu até onde Hanna estava, no chão. Por sorte, ela não ficou desacordada. Mas parecia tonta. Colin era médico, mas naquele momento ele não sabia o que fazer. Pensou várias vezes, olhou a situação, olhou para Hanna, bêbada, com uma cara de dor. E não sabia o que fazer. Seu coração batia tão rápido que ele mal podia sentir o seu sangue correr pelas veias. Então, Colin piscou algumas vezes. O mundo ao seu redor voltou a funcionar. E ele ouviu pessoas, as vozes, os carros, até mesmo o som do seu coração batendo em seu peito. Ele olhou para Hanna e pensou, tenho que a deixar o mais confortável possível. Ninguém pode tocá-la. E foi isso que ele fez. Ele olhou a
Colin andava de um canto a outro desde que Hanna entrou na sala de cirurgia. Ele estava nervoso. Sentia como se estivesse vulnerável e incapaz de fazer alguma coisa por ela. Aquele acidente passava e se repassava em sua mente o tempo todo. Se ele não tivesse ido embora daquela forma, se ele não tivesse atravessado a rua fazendo com que ela fosse atrás dele, isso nunca aconteceria. Essa culpa remoía e remoía bem na sua frente, deixando sua mente atordoada. Agatha, irmã de Hanna, também estava aflita. Seu marido estava cuidando das crianças, enquanto ela estava ali sentada com as mãos apoiando o rosto, rezando para que algo bom acontecesse e que ela saísse daquela cirurgia sem muitas sequelas. Ela não entendia porque aquilo aconteceu. Foram poucos minutos. A fila do banheiro estava enorme. Ela teve que passar um bom tempo ali. E quando voltou, sua irmã já não estava. E um burburinho do lado de fora chamou sua atenção. Como não viu Hanna lá dentro, ela pensou que ela estaria lá fora.
PovEla abriu os olhos com dificuldade, sentindo eles arderem. A luz estava intensa. Quando conseguiu os abrir, teve dificuldade para enxergar. Mas assim que conseguiu, viu um quarto branco. Com alguns monitores, um sofá e uma cadeira ao seu lado. Ela estava na cama de um hospital. Com tubos e seringas, agulhas. Ela tinha pavor de tudo aquilo. Não conseguia entender ou lembrar o que havia acontecido. Na verdade, sua cabeça doía, seu peito doía, a barriga doía, mas não tanto para ser insuportável. Hanna sentiu dificuldade para respirar. Se mexeu um pouco até que alguém percebeu. Era Colin. Ele estava ao seu lado. Ela olhou para o lado e o encontrou, também acordando lentamente e percebendo que ela já estava desperta. Instantaneamente, ele sentiu uma felicidade sem tamanho. Sorriu e se aproximou dela, junto à sua cama. Ele havia dormido por duas noites em um lugar desconfortável. E mesmo que Agatha havia lhe pedido para ficar ali, ele recusou. Sabendo que ela tinha dois filhos para
Hoje não é o meu melhor dia e isso está me deixando extremamente ansiosa e preocupada.Geralmente sinto isso, como se o peso do mundo estivesse em minhas costas. Como se eu tivesse que provar que sou capaz, e que posso fazer todo o meu trabalho, sem problemas, mas a questão é que: estou cansada, me sentindo uma inútil e atrasada para uma ocasião importante.Quando cheguei na TEC Corporation, eu era apenas uma garota, recém-formada, trazida pela magnifica Emma Novack. Emma Novack. Aquela mulher é como uma deusa para mim, e isso me traz um peso enorme. Ela me trouxe. Confiou em mim.Essa mulher é a esposa do chefão, a fodona que criou um sistema de defesa e rastreamento que ganhou seu nome, e... passou a ser um exemplo para os alunos na faculdade de TI.Os professores sempre diziam que eu era bem parecida com ela, algo que me deixava envergonhada, fazia-me gaguejar, e muitas vezes, rir de nervoso. Era claramente uma piada, até ela aparecer em uma das aulas finais.Suei frio, como se est
HarveyQuando sai de casa hoje, não fazia ideia do que aconteceria e posso dizer com toda a certeza, que isso era a última coisa que pensei foi que eu encontraria uma mulher como essa, presa em um elevador, desejando que eu a levantasse para que pudesse abri o alçapão, para poder subir e fugir da caixa de metal parada já a quinze minutos.A encaro, confuso, como se ela fosse uma figura estranha, divertida e louca, tudo ao mesmo tempo, e isso é surpreendente, pois, geralmente, não tenho paciência ou sou complacente com essas atitudes.Minha mãe costuma dizer que isso vem do meu pai, que era assim, e ainda é, em algumas ocasiões.Mesmo tentando dizer que não, para mim mesmo, concordo com o pensamento. Sempre me espelhei nele, e agora, nossa relação parece distante.Voltando para a Samanta, que me olha como se quisesse me matar, sorrio achando que era um sonho louco, pois nunca que eu apostaria que algo assim pudesse acontecer, com tanta facilidade. A observando um pouco, acabo vendo uma