HarveyQuando sai de casa hoje, não fazia ideia do que aconteceria e posso dizer com toda a certeza, que isso era a última coisa que pensei foi que eu encontraria uma mulher como essa, presa em um elevador, desejando que eu a levantasse para que pudesse abri o alçapão, para poder subir e fugir da caixa de metal parada já a quinze minutos.A encaro, confuso, como se ela fosse uma figura estranha, divertida e louca, tudo ao mesmo tempo, e isso é surpreendente, pois, geralmente, não tenho paciência ou sou complacente com essas atitudes.Minha mãe costuma dizer que isso vem do meu pai, que era assim, e ainda é, em algumas ocasiões.Mesmo tentando dizer que não, para mim mesmo, concordo com o pensamento. Sempre me espelhei nele, e agora, nossa relação parece distante.Voltando para a Samanta, que me olha como se quisesse me matar, sorrio achando que era um sonho louco, pois nunca que eu apostaria que algo assim pudesse acontecer, com tanta facilidade. A observando um pouco, acabo vendo uma
SamantaNão dava para acreditar no que acabou de me acontecer. Nunca vi aquele homem na minha vida, mas... parecia que éramos velhos amigos, no qual me deu liberdade para falar, e ser, alguém que não sou. Então, foi assustador, porém, não posso parar e refletir sobre, pois estava mais do que atrasada.Assim que a porta se abriu, corri para a sala de reunião, onde estava acontecendo a apresentação para a promoção, como se eu fosse uma esportista, e naquele instante eu não podia parar para respirar, ou descansar meu corpo, pois isso era muito importante, e acreditei que o grupo que iria nos assistir, daria uma chance de me explicar e me apresentar, pois eu realmente sentia que era boa e que podia ganhar essa disputa, entretanto, minhas esperanças caíram por terra, quando vi todos saírem da sala.Parei, pois quase esbarrei em um dos homens, que provavelmente era um grã-fino do alto escalão, no qual me olhou estranho, achando que eu era uma louca. Pior era que eu estava prestes a ficar co
Harvey Eu estava em um dos prédios mais importantes de Manhattan, uma das cadeiras de mais poder, a da minha mãe. Óbvio, meu pai senta da cadeira de presidência, mas sem Emma Novack, não chegaríamos onde estamos, e por isso ela é reconhecida pelo seu aperfeiçoamento e crescimento na área de proteção de dados. Eles são conhecidos pelo casal mais bem-sucedido do pais, e eu... sempre me espelhei neles. Tendo os meus trinta anos, vendo meus pais como exemplo, tudo o que eu mais queria era ser como eles, ainda mais agora que devo assumir meu lugar aqui. Por ver meu pai sendo o homem respeitado que era, sendo, muitas vezes, exigentes demais, acabei me tornando igual a ele. Porém, o que era para nos aproximar, acabou nos afastando, um pouco. Minha irmã sempre diz que as aparências com o papai, acabou me transformando nele: exigente, arrogante e sem paciência. Entretanto, meu pai tem algo que o puxa para terra: minha mãe. Ela não se intimida, b**e de frente, e só basta um olhar para que e
Samanta Sou muito desastrada e azarada. É a única explicação para tudo isso estar acontecendo comigo, em um único dia. ou sou muito incompetente, e não mereço nada que venha de Emma Novack. Como posso ter perdido meu telefone em um elevador, e não saber qual, ou onde ele está. Tentei localiza-lo pelo meu computador, e sei que ele ainda está nesse imenso prédio, só não sei onde, ou com quem? Pior é saber que não coloco senha para desbloquear, pois com tanta coisa na minha mente, seria inútil colocar mais uma barreira para acessar algo que deveria ser fácil e prático, e nunca imaginei que o perderia por ai. - Droga! – Falou ao baixar os ombros, de cansaço, pois já tinha rodado quase o prédio inteiro a procura dele. Obvio que sou uma incompetente. Só pode. Além disso, meu horário de intervalo estava acabando, o que significava que eu teria que voltar ao trabalho. – Sou uma idiota mesmo. - Está procurando por isso? – A voz masculina, nenhum pouco desconhecida, soa em meu ouvido, fazen
Samanta As palavras dele me atingiram como um ruído distante, algo que eu me recusei a absorver. Adam podia falar o quanto quisesse, mas para mim, era só um ruído irritante no fundo da minha mente. Cada frase que saía da boca dele parecia carregada de uma importância que ele mesmo inventava. Ele não tinha a menor ideia de como a sala de monitoramento funcionava, e ver alguém tão despreparado no comando era quase uma piada — se não fosse tão trágico. Olhei para o relógio, contando os segundos para poder sair dali. E, quando a hora finalmente chegou, agradeci em silêncio. Peguei minha bolsa, guardei o celular, e saí da sala sem olhar para trás. Aquele prédio já foi uma segunda casa para mim, mas agora, parecia mais um labirinto sem saída. Eu me perguntava como fui parar nessa situação, como alguém como Adam conseguiu a liderança que, por mérito, deveria ter sido minha. O simples esforço de tentar encontrar uma resposta fazia minha cabeça doer. Mas havia um lugar naquele prédio onde eu
Harvey A conversa com minha mãe ficou martelando na minha cabeça por um bom tempo. Depois de um banho e de colocar uma roupa decente, voltei ao escritório. Minha mente estava a mil, dividida entre várias preocupações. Pensei no trabalho na minha empresa, que construí junto com um grande amigo que acreditou em mim. Foram sete anos. Longos sete anos de crescimento no mercado. E agora, quando estamos no nosso melhor momento, preciso me dividir entre essa empresa e a empresa do meu pai. Claro, a empresa que um dia será minha. Desde pequeno, eu sabia que era o sucessor dele. Sempre o admirei muito, um homem que conseguia equilibrar família e trabalho. Meu pai nunca nos faltou nos momentos importantes. Ele estava lá em aniversários, jantares, passeios. Sempre que minha mãe planejava algo em família, ele largava tudo e vinha correndo para nós. Por isso, tenho tantas memórias bonitas. Amo meu pai e me preocupo muito com sua saúde. Deveria ter pensado nisso antes de me envolver em outro traba
Samanta Aquela conversa na noite passada realmente deixou uma impressão estranha. Não imaginava que aquele estranho tivesse conseguido meu número e decidido iniciar uma conversa por mensagem. Nós mal havíamos nos esbarrado uma única vez. No elevador. Aquele dia desastroso que arruinou meus planos. Detesto lembrar, mas uma coisa boa saiu daquele momento. Mesmo que eu não saiba se algum dia vamos nos encontrar pessoalmente novamente, agora podemos trocar mensagens. Mas não posso me iludir pensando que isso é algo romântico. Seria ridículo. Ainda assim, as palavras de ontem me fizeram refletir e perceber o quão idiota eu sou, sempre aceitando o que os outros dizem sobre mim, permitindo que me controlem. Preciso parar com isso. Parar de tentar agradar a todos, até aqueles que me desprezam. É o que Hopper sempre me diz, mas é tão difícil para mim seguir esse conselho. Quando me sinto pressionada ou nervosa, acabo colocando os interesses dos outros acima dos meus, tornando-me submissa. Exce
SamantaEu ainda estava zonza com o que me acabou de acontecer. Minha mente ficou em transe, tentando refleti, o que aquele homem fez, a forma como me puxou, as mãos em mim, o seu olhar e respiração, tão perto.Quase suspirei ao me sentir atraída pelo idiota, no qual eu ainda pensava na motivação dele estar ali, me esperando, e desejando ajudar.Ele me acha mediana? Um caso perdido, que precisa de ajuda?Bem, não sei, porém, seus conselhos foram validos e até legais. Eu sempre me via como uma mulher que sempre tinha que fazer o que os outros queria, só para se encaixar.Muitas vezes, deixava os meus gostos de lados, para focar em algo sem sentido, só porque o outro pediu. Até mesmo com Adam. Eu me odiava por deixar que aquele idiota me provocar e humilhar, na frente de todos.Eu deveria dar um soco no meio das suas fuças, entretanto, isso me faria ser demitida. Entrando e passando pela segurança, ao mostrar o meu cartão, sigo para as escadas. Desde que me ocorreu aquele fatídico dia e