A vingança do CEO
A vingança do CEO
Por: Beatriz Lobato
Prólogo

Por Melinda Allen

Eu tinha um sonho... Um sonho que quase toda mulher tem: entrar em uma igreja vestida de branco, em direção ao homem que escolhi amar e construir uma família.

Mas, como eu disse, era só um sonho... Um que pensei ter finalmente realizado, mas, como sempre, a vida estava apenas me pregando uma peça, e eu paguei caro... O preço foi o meu coração.

Olho para o homem que está à minha frente. O mesmo homem que jurei amar e ser fiel. Sinto as lágrimas descendo pelo meu rosto; porém, não faço questão de secá-las, seria inútil!

Encaro a mulher ao seu lado com nojo. O seu sorriso debochado me dá ânsia. E tudo que mais desejo é que tudo não passe de uma mentira, mas sei que não é. Como fui tola!

— Saia daqui, Scarlett. Agora!

A mulher treme com o seu grito e logo passa ao meu lado praticamente correndo. Não sei qual traição dói mais: descobrir que o meu casamento é uma farsa ou que, além disso, o meu marido vinha tendo um caso.

Sei que tivemos um começo difícil, mas não pensei que chegaria a esse ponto, não queria acreditar que ele poderia fazer isso comigo.

Seu rosto demonstra medo, desespero e angústia; porém, não me importo, não mais.

— C-como você pode fazer algo assim? — Pergunto em um fiapo de voz. — Como conseguiu ser tão baixo a esse ponto?

— Mel... — Vejo ele tentando encontrar uma resposta enquanto tenta se aproximar de mim. Afasto-me do seu toque como se o mesmo estivesse me queimando.

— Eu confiei em você! — grito, sentindo uma forte dor em meu peito. Lágrimas desciam em minha face como cascatas. — Você mentiu pra mim, me usou, me fez acreditar em um amor falso. — Sinto o meu corpo chacoalhar pelo choro que não consigo controlar. — Para quê? Me diz! O que você ganhou com tudo isso?

Os seus olhos estão vermelhos pelo choro, o seu rosto demonstra o seu desespero, ou será que isso também é uma farsa? Vindo dele, não duvido!

Ele mentiu para mim, me usou de uma forma tão cruel que não consigo acreditar que seja real. Sinto-me suja por acreditar nele de uma forma tão ingênua, por ter me entregado.

Quantas vezes ele mentiu olhando nos meus olhos e eu acreditei! Agora entendi tudo: o jeito como passou a me tratar após o casamento, como falava comigo. Ele me tratava mal e, logo em seguida, me jurava amor.

— Mel, você precisa me ouvir... — ergo a minha mão, parando-o. — Eu não sei como explicar para você, tudo começou de uma forma tão errada, mas eu me apaixonei por você, eu te amo!

— Não quero saber de mais nada que vem de você. Não acha que já chega de mentiras? Como você consegue mentir dessa forma?

— Juro que não é mentira! Juro para você, só vamos conversar com calma, por favor, amor.

— Não temos mais nada para conversar, esse é o nosso fim, Will. E foi você o causador disso.

Em passos rápidos, pego a caixa que havia levado para o escritório dele; era uma surpresa, porém quem teve a surpresa fui eu. Viro-me, não querendo olhar para o homem à minha frente, o mesmo que há meses atrás dizia me amar.

E, como em um flashback, várias cenas vão passando pela minha mente: suas palavras cruéis, as inúmeras vezes em que me tratou mal sem motivos. Confrontei ele tantas vezes para entender o motivo da sua raiva, que para mim não fazia sentido.

Dizem que a sinceridade machuca, mas, para mim, a mentira faz um estrago bem maior...

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