Esther Mendonça
- Ah, e vou marcar uma degustação para o restante da equipe, já tenho certeza da aprovação deles, mas realmente precisam provar antes também. Irei marcar na minha casa, o que acha de cozinhar lá?- Ele sugere
- N-na sua casa?- Eu não podia pensar na possibilidade de colocar os meus pés na casa dele, muito menos que ele faria um convite como esses a mim
- Sim, algum problema?- Arqueia a sobrancelha e não respondo de imediato, eu precisava pensar
- Por mim tudo bem, na sua casa então. Só me informe o dia e o horário e estarei lá.-
- Perfeito, acha que consegue se preparar pra hoje a noite?-
- Hoje?!-
- Eu sei que é em cima da hora mas vai ser difícil conciliar um dia que todos possam.-
- Mas eu tenho que trabalhar na lanchonete e...-
- Não
Victor HugoO apartamento estava inteiramente arrumado para receber todas as pessoas que iriam jantar ali naquela noite, pois além da degustação ofereceria também um jantar.Os sócios estavam animados com o novo projeto já quase pronto da fazenda, e agora ainda mais para experimentarem as iguarias que provavelmente iria compor o cardápio do lugar, por mim já estava inteiramente aprovado, mas por ter senso de democracia iria querer que cada um da minha equipe experimentasse e desse sua opinião, não que uma negativa iria mudar minha decisão.- Senhor Ferraz, a sua namorada acabou de ligar e disse que não vai poder participar por causa de dois atendimentos que surgiram de última hora, ela pediu que avisasse porque tentou te ligar e o senhor não atendeu. - Margarida fala e assinto.- Certo, ob
Esther MendonçaDepois do surto que tive quando Victor Hugo me tocou, ele estava agindo completamente como um idiota, além de não fazer a questão de me olhar nos olhos em momento algum depois do ocorrido. O homem fazia comentários idiotas durante o jantar, era evidente a sua irritação, mas eu também estava da mesma forma ao vê-lo agir assim. Estava em pé ao lado da mesa ouvindo os milhares de elogios que cada uma das pessoas sentadas faziam à minha comida, o que era incrível, principalmente por serem pessoas com um paladar tão refinado. Mas o meu incômodo não me permitia desfrutar desse momento, e quando vi Victor Hugo se levantar decidi que deveria ir atrás dele.- Peço a licença de vocês, vou retornar à cozinha para a finalização do próximo prato.- Minto fazendo
Victor HugoOs trovões dava uma claridade extremamente forte dentro do quarto escuro, a tempestade que caía lá fora estava forte e caía sem parar desde o início da noite, sendo que já era madrugada e sequer ainda havia conseguido pregar os olhos. Minha cabeça doía sem parar, ou melhor, latejava tanto que eu pressionava os dedos em meus olhos na esperança daquela dor que vinha fina parar, mas nem os remédios haviam conseguido tirá-la.Caminho até a cozinha e assim que abro a geladeira alcanço a garrafa de suco natural e me sirvo um copo do líquido fresco, assim que o termino bufo ainda irritado por estar sentindo dor e querer dormir, meus olhos pesavam demais pelo cansaço, mas o sono não vinha. Cada vez que deitava minha cabeça no travesseiro as lembranças voltavam para me assombrar, cada v
Esther Mendonça- Te espero no RH em duas horas, senhorita Esther Mendonça.- Ele diz e sinto o meu corpo estremecer- o-o quê?-- Acho que você ouviu muito bem.- Me dá as costas e contorna a sua mesa, se sentando em sua poltrona, eu permaneço ainda imóvel no mesmo lugar sem saber o que fazer ou dizer - Já pode ir.- Ele fala após me notar paralisada ali e apenas assinto, deixando a salaEu já sabia do que se tratava, depois do meu deslize em enviar o email errado no qual eu o ofendia de todas as formas possíveis, Victor Hugo certamente não iria admitir mais isso, ele havia me dito que não iria, no jantar em sua casa. No final das comtas eu havia perdido, porque eu sabia que ele me mandaria embora e tudo estaria perdido, inclusive a minha chance de vingar Cecília. Eu ainda estava em choque, e camin
Victor HugoA expressão extremamente confusa, aliviada e chocada em seu rosto era impagável e eu me divertia com isso, a garota sequer se deu o trabalho de ler os papéis achando que se tratava da sua demissão e saiu assinando todas as linhas indicadas, mas agora ela não estava desempregada, mas sim empregada em uma vaga ainda melhor que sua anterior, uma vaga direta em minha equipe.- Victor Hugo. - Ela me chama assim que viro as costas e a deixo lá seguindo para o corredor em direção dos elevadores. - Quero dizer, Sr Ferraz. - Se corrige voltando a me chamar enquanto continuo minha caminhada. - O senhor pode falar comigo e parar de me ignorar? - Pede andando atrás de mim e escuto seus passos e respiração pesada. - Meu Deus, suas pernas tem quantos metros? - Reclama e para de andar e me viro para trás rapidamente vendo-a tentando recupe
Esther MendonçaMe equilibro nos saltos altos e finos enquanto caminho pelas ruas da cidade, agora que eu faria parte da equipe pessoal de Victor Hugo precisaria estar bem vestida, então dei o meu máximo. Eu usava uma roupa mais executiva, uma camiseta social de botões preta e uma saia colada de mesma cor. Estava a caminho da empresa, hoje seria o meu primeiro dia fora da lanchonete e trabalhando para Victor Hugo, eu mal podia esperar pro leque de oportunidades que esse emprego me daria de encontrar provas suficientes para colocá-lo na cadeia e me vingar. Senti o meu celular vibrar em meu bolso e conectei os fone de ouvido nele, atendendo a chamada de minha tia.- Bom dia, minha linda.- Ela me cumprimenta do outro lado da linha- Bom dia, tia. Estou a caminho do trabalho.-- Até quando você vai continuar nisso, Esther? Já está na
Victor HugoO corredor movimentado fazia os barulhos dos passos apressados das pessoas que passavam apressadas por ele ecoar alto em meu ouvido, era como se eu estivesse em uma bolha inerte diante tudo aquilo e tudo o que eu escutava era algumas falas embaralhadas e os pés batendo contra o piso do chão. Minha cabeça estava baixa apoiada nas mãos e eu encarava o piso branco.Minha mente estava agitada e eu não conseguia colocar todos os pensamentos que se passavam por ela em ordem, me sentia completamente perdido em meio ao caos que acontecia ao meu redor, perdido ainda mais do que sempre estive.- Cheguei, meu amor. - Sinto uma mão passar em meu cabelo e a pessoa se senta ao meu lado me abraçando pela lateral, pois continuava na mesma posição. - O que aconteceu? - Alissa pergunta e eu continuo da mesma maneira.Algumas horas antes<
Esther MendonçaEu ainda podia sentir a boca de Victor Hugo na minha, onde eu estava com a cabeça quando permiti aquele beijo? Ou pior, por que eu retribuí? Provavelmente eu estava em algum tipo de surto psicótico porque em sã consciência eu jamais cometeria tamanha loucura. O que tornava tudo ainda mais massacrante era que mesmo já deitada e em casa aquele beijo não saía de minha mente, não importava quantas vezes eu me revirasse na cama ou em quantos travesseiros afundasse o meu rosto com a esperança de resolver algo. Ele tinha me beijado, a iniciativa tinha sido dele, e ele era comprometido, isso só provava o tipo de homem que ele era. E a sua namorada, a mulher que sempre era doce e gentil nas poucas vezes que me via, ela definitivamente não merecia isso, Victor Hugo não merecia ter alguém como ela e eu precisa