Depois que a loja fechou, as coisas aqui em casa têm ficado cada dia mais difíceis, a aposentadoria da minha mãe mal dá para os remédios dela e me ajuda a pagar o aluguel da casa. Caminho o dia inteiro em busca de uma oportunidade e certo dia, consegui um trabalho que me pagava por diárias em um bufê, o que me pagavam não era muito, mas dava para ajudar.
O mal é que o dono veio querendo tocar em mim, assim que recusei suas investidas, ele me mandou embora e ainda por cima, tem dificultado para que eu consiga outra chance em bufês semelhantes. Ana Cláudia é minha melhor amiga, somos vizinhas e ela acompanha minha batalha diária.
— Já te disse tantas vezes, Lana, você está passando dificuldades porque quer.
— Por favor, não diz isso. Minha mãe lutou tanto para cuidar de mim, tenho muita pena de vê-la passar por privações. — Respondi, me sentando no sofá e pintando a unha do pé.
— Então não permita! Você é linda, vai ganhar muito dinheiro mostrando o corpo como eu faço.
— Não tenho coragem de me expor assim, minha mãe ficaria envergonhada. Você sabe o quanto ela me criou de maneira regrada e cheia de pudores.
— Lana, você não vai se expor. Pode criar um personagem ou usar uma máscara, os homens que pagam para nos ver, só se importam com o corpo!
— Agradeço por você querer me ajudar Ana, mas não posso fazer isso.
Naquela noite fiquei pensando na proposta, usar uma máscara e deixar de ser eu mesma para mostrar partes do meu corpo a homens desconhecidos. Não sei, seria uma opção desesperada e eu espero não ter que chegar a esse ponto.
No dia seguinte, acordei com o desespero da minha mãe e fui correndo para o quarto dela.
— O que foi mãe, por que a senhora está chorando assim?
— Não consigo enxergar direito, não consigo! — Eu a abracei forte, minha mãe sempre teve problemas na visão e por falta de cuidados tudo poderia estar ainda pior do que antes.
Marcamos uma consulta, era meu último dinheiro para emergências. Se marcássemos na rede pública de saúde, isso demoraria tempo demais. Logo ela foi chamada para dentro da sala, passou pelo exame e o oftalmologista nos contou o que estava acontecendo.
— Infelizmente eu não trago boas notícias, sua mãe sofre de degeneração macular crônica. Essa doença está tirando aos poucos a acuidade visual dela, em palavras mais simples, sua mãe está pouco a pouco ficando cega!
Comecei a chorar e ela também, era desesperador saber que algo tão cruel assim poderia acontecer com minha mãe.
— E há alguma cura? — Eu perguntei segurando forte a mão dela.
— Há uma cirurgia e tratamentos para as perdas que ela já teve.
— E quanto custa tudo isso?
— Entre sessenta e setenta mil reais. — Quando ele me disse aquele valor, uma angústia travou minha garganta. Eu não quis me mostrar fraca para minha mãe e não era o momento para isso.
— Não temos condições de arcar com esse valor. — Ela respondeu tão triste.
— Há possibilidade de fazer pelo sistema único de saúde, mas precisam ir a um posto e preencher uma ficha de espera.
Ficha de espera, um nome menos doloroso, para uma fila que se estenderia por anos e anos. Minha mãe não tem esse tempo, saímos de lá carregando o peso do mundo nas costas. Chegamos a casa e ela foi chorar no quarto, olhando, enquanto ainda podia, a imagem da sua santa de devoção.
— Minha mãe não vai ficar cega, não posso permitir isso! — Fui até a casa de Ana Cláudia e pedi a ela que me cadastrasse na tal plataforma de stripper, ela me emprestou alguns apetrechos que usava para seduzir os homens e os estimularem a pagar mais pelo show particular.
Ela me deu dicas, explicou como cadastrar minha conta para que as gorjetas fossem direto para lá e da maneira que ela explicava aquilo nem parecia ser tão horrível, quanto eu sei que é. Eu tenho duas lingeries mais novas, estou há um ano sem namorado e sem ter um, eu não tinha motivos para renovar esse tipo de peça com frequência, mas fui até uma loja e comprei um body preto e sexy junto a uma meia sensual preta.
Essa mesma noite eu iria começar, não posso perder mais um segundo. Cheguei em casa e já era noite, minha mãe já estava deitada e a luz de seu quarto apagada. Entrei no meu quarto, tomei um banho, coloquei aquela máscara rendada e o body, soltei meus cabelos e liguei a câmera do notebook.
Já estava logada na plataforma, me sentei na frente da câmera e fiquei a esperar por algum homem que fosse atraído pela minha foto de perfil. Não demorou a acontecer, um tal Edward estava online e já pedia acesso à minha imagem em tempo real.
O atendi e esperei suas ordens, lá mesmo na plataforma havia opções para que eles escolhessem sem ter que pedir de maneira formal. Mostrar os seios 100,00 reais, as nádegas 250,00 e as partes íntimas 400,00.
— Fique de pé, quero te ver melhor! — Ele pediu por mensagem.
Me levantei e dei uma volta, logo ele apertou a opção para que eu mostrasse os seios. Congelei, fiquei paralisada de vergonha, mas me lembrei qual era o motivo de tudo isso e mostrei os seios para ele. Achei que o mesmo me pediria para ver mais, mas ele viu e logo saiu… naquela noite eu mostrei tudo para mais homens, totalizando dois mil e duzentos reais. Eu mal pude acreditar, nunca tinha ganhado nada parecido em tão pouco tempo.
Passei a me exibir durante o dia também, às vezes chegava a dois mil e outras vezes nem a mil reais. Dependia muito dos clientes, eu já até, havia fidelizado alguns que procuravam pelo meu pseudônimo de gata da noite… na madrugada de sábado, um deles quis me contatar de maneira reservada e eu atendi sua solicitação no b**e-papo.
Leon Versalles, belo nome!
— Boa noite. — Mandei para ele.
— Boa noite, gata da noite. Desejo fazer-te, uma proposta.
— Estou aqui em busca de homens generosos como você, senhor Leon. — Digitei.
— Fique na frente da câmera e me mostre o seu rosto!
Achei que ele fosse me pedir algo fora dos padrões e eu estava certa, já estou cansada de mostrar tudo para todos. Esse tal Leon me deixou sem palavras, podia ver o que quisesse e me pedir até que tocasse meu corpo na frente da câmera, mas não.
— Meu rosto, é isso que o senhor quer que eu mostre, mesmo?
— Pago mil dólares para tirar a sua máscara!
A única coisa que consigo preservar nesse trabalho, é o meu rosto. Esse tal Leon me pediu demais, mas mil dólares é um dinheiro ótimo e vai me ajudar a pagar muitas coisas e até sonhar em conseguir mais rapidamente o valor da cirurgia.
— Já tem uma resposta para mim? Estou esperando e não gosto de fazer isso, morena!
— Faça o pix, vou fazer o que me pediu agora.
Em menos de três minutos, haviam mais de quatro mil reais na minha conta segundo a cotação atual do dólar. Desamarrei o laço da máscara e a retirei olhando para a tela, nunca me senti tão humilhada quanto agora.
Mostrar o corpo tendo o rosto coberto preservava minha intimidade de alguma forma, minha honra… agora estou exposta. Deixei uma lágrima rolar e a limpei bem rapidamente, com certeza não era para ver uma pessoa chorando, que ele havia pago tanto.
— Já pode colocar a máscara de volta agora!
Fiz o que ele pediu e cobri meu rosto novamente, Leon saiu o b**e-papo. Muitos dias passaram e eu continuei a me expor e ganhar meu dinheiro daquela forma, às vezes, me pego esperando por aquele tal homem de novo. Um homem que muito provavelmente deve estar tão longe, por que ele pagaria para ver o rosto de uma mulher assim?
Não deve ter gostado de mim, nunca mais acessou minha página. Eu estava seguindo e juntando aos poucos um dinheiro, mas as contas e despesas de casa não me permitiam guardar o bastante. Andando pela rua eu passei por uma igreja e entrei, clamei a Deus que me desse uma saída.
— Deus, estou disposta a provar o meu amor pela pessoa que mais se dedicou a mim nessa vida. Me ajude a salvar a minha mãe, me ajude! — Naquela semana, tínhamos feito o pedido da cirurgia dela na rede pública de saúde, mesmo sabendo que não daria tempo.
Estávamos à espera de um milagre e da providência divina. Continuei com meu trabalho na web e certo dia, quando minha mãe estava no supermercado, recebi uma visita.
— Eu gostaria de falar com a senhora Lana Gonçalves Fernandes.
— Sou eu! — Fiquei assustada, tudo o que eu menos preciso é de mais problemas nessa vida.
— Sou advogado e me chamo Alberto Bragança. — Nos cumprimentamos com um aperto de mão e eu o convidei para entrar.
— Não sei qual assunto o senhor pode ter para tratar comigo.
— Não fique assustada com a minha visita Lana, estou aqui para representar os interesses de meu cliente. O senhor Leon Versalles!
— Leon, eu me lembro desse nome.
— Exatamente, eu vim para te oferecer um contrato a pedido dele.
— Contrato? Como ele me encontrou? — Fiquei assustada, se ele me achou assim tão facilmente, outros poderiam fazer o mesmo.
— Meu cliente é um homem muito rico, ele gostou de você. Sabemos que está em uma situação complicada, devido à saúde de sua mãe.
Deus, eles sabiam de tudo! Se eu queria me esconder do mundo usando uma máscara, agora todos iam saber graças a chantagem dos dois. Comecei a chorar, todos descobririam o que estava fazendo para ganhar a vida.
— Por favor, se acalme moça! — Ele me ofereceu um lenço de papel. — Já vi que não entendeu as reais intenções da minha vinda.
— Então me explique, o que o senhor quer de mim?
— Não se trata do que eu quero e sim Leon. — Ele retirou uns papéis de dentro da pasta e me entregou.
— O que é?
— Um contrato. Você tem toda essa semana para ler, caso precise tirar alguma dúvida deixarei meu contato ou você pode até mesmo, consultar outro advogado de sua confiança antes de assinar.
Fiquei olhando para aqueles documentos.
— Essa é uma grande oportunidade de salvar sua mãe, não deixe de ler o que está escrito aqui. — O acompanhei até a porta e recebi o cartão com o contato.
Um contrato, eram tantas páginas… cláusulas e mais cláusulas e de muitas delas, eu não entendi nada. Ana Cláudia estava de namoro com um estudante de direito e eu aproveitei para que ele nos ajudasse a entender algumas coisas.
— Aqui diz traz a descrição do propósito do negócio firmado, na verdade, e em palavras mais simples, esse é um contrato de submissão. Ele estabelece que ao assinar, você estará firmado um acordo de morar em sua residência situada em Londres, por um prazo pré-estipulado de doze meses a contar do dia de seu desembarque no país. A parte contratada B, que é Lana, deverá prestar serviços sexuais para a parte A, pelo período de vigência firmado.
— Eu não entendi errado, Leon quer que eu seja sua prostituta particular! — Fiquei assustada, claro que não vou aceitar ir para outro país com um homem estranho.
— Ele solicita que faça vários exames médicos de rotina antes da viagem. — Diogo parecia mais interessado em ler tudo aquilo do que eu.
— Além de tudo, ele não é chegado em camisinha! — Ana Cláudia ironizou.
— Pelo menos, você consegue achar graça em tudo isso, Ana, cada dia que passa eu sinto mais medo do que vai acontecer com a minha mãe.
— Então aceite Lana, se esse homem mora fora do país e se deu o trabalho de mandar um advogado aqui. Ele pode mesmo estar interessado em manter uma relação esse tempo com contigo amiga.
— Mas isso é loucura! — Exclamei.
— Ele te deu aqui muitas garantias sobre sua integridade física, te assegurando de que não haverá violência. Terá todas as despesas de alimentação, hospedagem e translado custeadas por ele, pesquisei aqui e esse advogado dele é mesmo legítimo, eu só não consegui encontrar nada sobre esse tal Leon Versalles e nem fotos. — Diogo era um cara legal, estava nos ajudando como podia.
Escolher novamente uma companhia feminina não era nada fácil, a última ficou apenas por um mês. Desde antes do meu fim, eu jamais gostei de me envolver com prostitutas, mas minha realidade nesses últimos três anos era não permitir nenhum vínculo afetivo com qualquer mulher desse mundo.Sou bem generoso a todas que me prestam serviços, mas exijo na mesma medida. A última submissa, foi escolhida em um Blog que oferecia serviços sexuais, ela foi um erro. Lá entre muitos anúncios vi um que encaminhava para uma sala de CAM girls mais um dos nomes enfeitados para o serviço devasso que essas jovens oferecem.Eu quero uma mulher jovem e que esteja disposta a me dar prazer durante um ano, depois disso, será descartada assim como as demais foram. Uma foto chamou minha atenção, uma jovem morena e que usava uma máscara rendada.— Acha que cobrindo o rosto pode mascarar a vergonha de ser uma prostituta?Sorri falando comigo mesmo, claro que entrei no bate-papo com ela. Queria dinheiro e ofereci um
Eu não queria aceitar essa proposta absurda, mas nos dias que seguiram minha mãe só piorava, e o fato dela ser diabética complicava mais sua situação conforme os dias passavam. Ana Cláudia me encorajava a dizer sim, mas eu tinha muito medo de ir para longe de tudo e com um desconhecido. Minha mãe teve uma recaída, além de ir perdendo aos poucos a capacidade de enxergar, estava cada dia mais triste, e temia que estivesse entrando em depressão. Mais uma vez, aquele homem veio aqui em casa, sua insistência me deixava à beira de cometer a maior loucura da minha vida. — Estou aqui mais uma vez e agora, esperando que me dê sua resposta. Leon insiste que entremos o mais breve possível em um avião. — Sinto muito medo, senhor. Quantas garotas são levadas para fora e têm seus corpos vendidos para homens de fora, traficadas sexualmente ou têm seus órgãos vendidos! — Isso não vai acontecer com você, minha palavra pode não valer, mas terá toda a segurança que precisa! Usará seu celular à vonta
Dentro de dois dias, ela estará aqui. Pedi a Ofélia que preparasse o quarto de sempre para Lana. Todos os empregados foram comunicados sobre sua chegada. Nenhuma das minhas acompanhantes tem autorização para dar ordens, e todos os seus pedidos precisam ser submetidos a Ofélia e, depois, a mim. Me pego imaginando como será a voz dela. Telefonei para Alberto, e ele demorou para atender. Com certeza, também estava aproveitando a viagem para rever seus familiares. Não sinto falta do Brasil, mesmo tendo morado lá por um tempo durante minha infância. A Itália me proporciona tudo o que eu preciso: solidão e paz! — Leon, você tem visita. — Ofélia disse ao bater na porta e me tirar dos pensamentos. — Como sempre, diga que não estou com humor para receber visitas. — É sua prima Carla, já disse que não vai embora antes de falar com você, Leon. Conheço bem a obstinação de minha prima. Ela se tornaria ainda mais insuportável se eu não a atendesse. — Diga a ela que espere! [...] Carla sentia qu
Estávamos no aeroporto, minha mãe nos acompanhou com Ana Cláudia; mentir para ela era doloroso. Eu disse que estava indo trabalhar como garçonete e o doutor Alberto era o dono do restaurante. Anunciaram nosso voo, e meu coração parecia querer saltar de dentro do peito. Dei um forte abraço nas duas, e nossas bagagens já haviam sido despachadas. — Temos que ir agora, Lana! — Sim, senhor. — Subimos as escadas rolantes, pelo vidro eu vi aquele imenso avião, eu me levaria para tão longe de todas as pessoas que eu amo. Nossas passagens eram na primeira classe, e havia muitas pessoas elegantes. — Aqui, esses são nossos assentos! Alberto avisou-me, e ele já estava acostumado a ir e vir o tempo todo. Ele dizia que Leon mandava buscar muitas coisas no Brasil e não só mulheres. — Você está tão séria, sua expressão é de medo. Não precisa ficar assim, eu já te dei minha palavra de que pode confiar em mim. — Mas é que esse Leon… não sei por que, mas eu sinto medo só de ouvir o nome dele. É co
Eu a vi chegar, estava olhando pela janela do quarto e escondido atrás da escura persiana. Ela é muito mais bonita do que eu imaginava, percebi o modo como Fabiano olhava para Lana. Talvez, tenha sido um grande erro escolhê-la para vir.De novo essa sensação estúpida de estar cometendo um grande erro. Pelo corredor, eu ouvi os passos de Alberto e dela, e a pergunta que fez.— Esse é o Leon?— Não, esse é Denner Versalles. O pai dele! — Alberto respondeu para Lana.— Era um homem muito bonito.A dor me invadiu o peito ao ouvir aquela frase, ela é como as outras. Vai abominar estar em meus braços, o toque rugoso da minha pele dilacerada pelo fogo vai causar a ela horror. Mas vou mostrar quem dá as ordens, mesmo que odeie estar comigo, o dinheiro fará com que ela sempre esteja à minha disposição. Essa felicidade que ela ostenta irá embora em pouco tempo.Sentei-me em frente ao notebook para admirar o espetáculo, mas Ofélia bateu na porta e fechei a tela.— O que quer, Ofélia? — Perguntei
Desci as escadas usando meu vestido escuro, calcei uma sapatilha bem confortável e que me ajudou a aquecer os pés. Doutor Alberto me levou até a sala de jantar, dona Ofélia parecia não ter gostado nada de mim e deixou bem claro que eu não deveria fazer minhas refeições com o patrão. Eu li e reli o contrato várias vezes, eu sabia disso, mas ele me disse que naquela noite eu poderia e ele não iria descer para me conhecer naquela noite. Isso me deixou mais calma e até consegui comer bem, o jantar estava maravilhoso e achei que iria me deparar com coisas estranhas da culinária do país, mas não, eram todos brasileiros como eu.Depois do jantar, doutor Alberto foi falar com Leon no escritório e eu fiquei na sala olhando uns quadros na sala de estar. Conversei com Ofélia e acho que consegui conquistar a sua confiança, não quero me indispor com ninguém, já estou em uma situação desvantajosa.Eu queria muito encontrar uma foto dele entre aqueles quadros, mas não achei. Esperei um bom tempo até
Amanheceu, estava ansioso para conhecer minha nova submissa. Tomei um banho, coloquei as malhas de compressão e a máscara como sempre. Assim que me aproximei da escada, olhei para baixo e vi Fabiano e Lana flertando. Não posso admitir que a mulher que veio para ser minha, esteja se aproximando de outro. Me aproximei em silêncio, antes que ela se oferecesse ainda mais para ele. — Você não coloca um pé para fora dessa casa, sem a minha permissão. Ela me olhou assustada, ordenei a Fabiano para cuidar do serviço. Mandei que ela fosse me encontrar no quarto e Ofélia a levou, para comer na cozinha. Fui para o quarto, abri o computador e fiquei olhando meu álbum de fotografias, vendo as fotos da minha esposa e como ainda me dói a sua ausência. Fecho os olhos e ainda posso sentir o toque da pele dela, na minha, o peso do seu corpo sobre o meu. Eu daria tudo o que tenho por um minuto com ela e com os meus filhos, Lana bateu na porta e pedi que ela entrasse. Seu olhar era de pavor, percorri
Eu estava desesperada dentro daquele quarto, sinto muito medo do que esse homem pode fazer comigo. E se me prendesse aqui para sempre, o que seria da minha mãe?Não, eu não posso esperar para ver o que vai acontecer. Eu estava no primeiro andar, mas poderia conseguir passar pela janela e tentar entrar pela janela do quarto ao lado do meu, seria arriscado, mas não posso ficar parada.Me sentei na janela, seria uma queda considerável, apoiei-me do lado de fora e consegui alcançar a janela ao lado. Com muita dificuldade abri a janela e passei para dentro, restava torcer para que a porta não estivesse trancada.Caminhei pelo quarto tentando não fazer barulho, pois o quarto de Leon ficava ao lado desse. Girei o trinco da porta e consegui abrir...— Graças a Deus.Saí olhando para os lados, com pavor de ser pega por ele antes de encontrar o doutor Alberto. Até que ouvi uma discussão que parecia ser entre os dois, parei na porta do escritório e a decepção tomou conta de mim. Alberto não iria