— Como um mês para desocupar a casa no mínimo? O imóvel está em meu... — Sinto a mão da minha sogra me tocar numa leve carícia, enquanto aflita me vejo perder o que não lutei para conquistar, mas foi o que me sobrou, arriscar ir a leilão rapidamente. — Não há uma proposta? Formas de re...
O homem alto, loiro, cabelos lisos lambidos, penteados para trás, me olha negando algumas vezes, desliza a mão pelo crachá. — Não senhora Houston, já foi enviado a carta de despejo, em breve irá um avaliado...
— Mas eu não recebi, foi o meu falecido esposo que fez todas essas transações...– Tento explicar em vão, o sarcasmo em seu rosto é nítido, ao ponto que me descontrolo. — A sua assinatura está no documento senhora… — Começa a dizer ainda alisando o crachá pendurando a um cordão azul em seu pescoço. – Eu só estou pedindo um tempo para que eu possa renegociar, qual parte você não ouviu?
— Judhie! — Sarah tenta me acalmar, enquanto ainda penso que estou calma. — Eu só preciso de tempo para calcular todos os saldos negativos que necessito, avaliar toda a dívida que ele me deixou, para isso eu preciso de um tempo, tem como vocês me dá um tempo? — Questiono aflita, enquanto o rapaz loiro com sardas no rosto nega constantemente. — São apenas dias... como é mesmo seu nome? — Ao olhar o seu crachá, afirmo. — ... Ricardo, será apenas alguns dias Ricardo, o valor da dívida é vinte mil euros, você não acha que a minha casa vale somente vinte mil euros? Pensa isto Ricardo? — Pergunto lhe olhando, a minha casa vale mais que isso, como pode haver tanta injustiça?
Sinto as mãos de Sarah tentarem me segurar, mas eu só estou lutando pelos meus direitos, custando as pessoas entenderem, acabei de perder meu marido, sou boa no que faço, danço a vinte anos, aliás mais que isso – Judhie, por favor, se acalme. — Retiro as suas mãos dos meus braços, negando, debruçando completamente sobre a mesa de atendimento. – Custa me dá um mês, por favor um m... — Ainda tento negociar.
— Senhora terei que chamar a segurança se a mesma continuar a se comporta des… — Estendo as mãos buscando acalmar a mim mesma, me sento novamente na cadeira. — Tudo bem, tudo, olha, estou sentada, vocês irão me dá um mês para que eu possa começar a pagar esta dívida? Senhor entenda aquela casa é tudo que tenho, fora tudo que me restou, os meus pais me deram aquele lugar, ali tem história…
— Infelizmente não posso fazer mais nada, senhora Houston, entenda que eu com...– Observo os seus olhos azuis, enquanto diz, o que me deixar indignada. — Não, você não entende, se compreendesse a minha situação, teria me dado um prazo, eu não possuía conhecimento algum sobre esses papéis que vocês enviaram, nem mesmo da situação financeira que estávamos vivendo, meu esposo acabou de falecer senhor Ricardo, me dê apenas um mês, por favor apenas um... — Solicito voltando a me alterar outra vez, mas é em vão, pedir, suplicar, eles parecer nem mesmo serem de carnes.
– Infelizmente esta já é uma decisão do banco, senhora, segurança... — Me afasto pegando a minha bolsa, a minha sogra já está de pé, um mês, tenho apenas um mês para continuar na minha casa, o único lugar que tenho após ter me deixado a casa dos meus pais, fora tudo que eles me deram por me recusar a aceitar a proposta deles de casamento. — Esta tudo…
— Esta tudo uma Ova! Como poderia esta bem? Em um mês não terei mais a minha casa, como poderia estar bem? — O segurança se afasta a medida que digo raivosamente, segurando a minha bolsa de crochê branco com flores desenhadas a mãos, os cabelos negros ondulados um pouco cacheados, com franja meio que bagunçados, o vestido branco escorrido de amarra nos seios, as alças estilo ciganinha, toda a situação que Jamie me deixou é complicada.
— Você não deveria se alterar assim querida, tem a mim, a nós que ainda estamos com você! — Ouço Sarah dizer, assim que saímos do banco, mas me acalmar, como poderia ficar calma? — Desculpe por isso Sarah, mas na sua casa mal tem espaço para você, o Fred, e os meus cunhados, como podem me ajudar? — Sou sincera, a mão toca a minha, e de mãos dadas caminhamos pela calçada, há um mês que não saio de casa, foi exatamente no hoje que ele se foi, vinte e quatro de outubro que ele me deixou aqui sozinha, e justamente um mês depois descubro que atolada em dívidas.
[...]
— Senhora Judhie, Senhora Judhie! — Olho em volta, finalmente olhamos em volta para ver que me chama. — Judhie o senhor Pedro, o que ele quer com você? — – Sorrio erguendo as sobrancelhas ao homem que me foi gentil no velório do meu companheiro. — Olá, senhor Gomarie tudo bem? — Pergunto ainda expondo meio sorriso, todos sabem quanto eu amo o Jamie, talvez para muito seja um disparate um homem de cinquenta de seis anos ter deixado uma viúva de trinta, alguns julgam ser por dinheiro, que uma jovem não tem condições de amar alguém mais velho.
Mas sim, há, os mais velhos são mais experientes, são recíprocos com o amor. — Gostaria de ter conversado com a senhora a mais tempo, sei que ainda sente a perda do seu amado senhor Houston, lamentável, a sua morte. — Engulo em seco e afirmo. — Ainda não me acostumei, e nem mesmo irei me acostumar, o Jamie é um homem…– Paro quando sinto a cotovelada de Sarah em meu braço. – Foi Jud.
Olho-lhe em negação. — – O meu amor, eu amo muito senhor, mas o que gostaria de falar comigo? — Lhe vejo cumprimentar Sarah, e ao me olhar, seus olhos vagueiam em meus seios, cubro os disfarçadamente, o que mais há? São os consoladores de viúvas, ainda mais jovens, no meu caso, não preciso de um, no momento eu tenho a raiva para me consolar, a falta, mas esses homens nem mesmo respeitam a memória do morto. — O senhor Jamie fez um pequeno empréstimo conosco há alguns meses senhora, com a sua morte…
Como se me soasse um aviso, Sarah me olha de canto de olhos, eu a ela. — Qual o valor da dívida, senhor? — Indago sentindo que irei me arrepender, no que Jamie gastou tanto dinheiro, vinte mil euros para hipotecar a casa, não temos carros, não fizemos viagens luxuosas, e nem mesmo roupas caras, no que o meu marido gastou tanto todo esse tempo? — Sessenta euros, Judhie, posso chamá-la de Judhie? — Engulo em seco a negar. — Não, senhor, apesar da morte repentina do meu esposo, continuarei a ser a sua esposa, senhora Houston, por favor.
–– Hendricks fomos duas vezes a casa do Jamie, e em nenhuma delas, o encontramos, ao questionar a vizinha que perâmbulava por ali, a mesma me disse que há mais de um mês que ele esta morto. –– Deslizei a mão pelo queixo, olhando para Fernan de pé a minha frente, o gosto do uisque ficou um pouco amargo de repente. ––Não entendi corretamente.–– Indaguei me sentindo um pouco confuso. O mesmo assentiu ao me ouvir. –– O senhor Jamie Houston é falecido, Hendricks, o que faremos? –– O fitei na escuridão na sala, o que fazer quando uma pessoa morre e leva consigo uma dívida de sessenta mil euros, levei a ponta da minha lingua ao lábio superior. –– Tem algum famíliar? –– Ergueu os lábios num breve assentir de cabeça. –– Sempre ouvimos ele falar da sua esposa, tem uma esposa, a família mesmo não possui bens, nada que possa pagar. Pelo que me recordo, ele sempre enalteceu essa esposa, nunca a vi, nem mesmo me passou pela cabeça, pela idade que aparenta ter, um escritor falido, sem bens, sem im
Acordei com a claridade da luz entrando pelas janelas, minha visão ardeu num incomodo quase insuportável, coloquei a mão em minha testa ao perceber que aquecia, quanto tempo eu dormi? Me perguntei, ao sentar-me no sofá, olhei em volta, girei o dedo no ambiente arrumado, alguns flashs de um homem ter estado aqui a noite passada vieram. Não me lembro bem o seu rosto, seria apenas um sonho ou realmente veio alguém aqui?Levantei-me de olhos fechados, exagerei na bebida ontem a noite? Me pergunto ainda me sentindo tonta, longo tropeço na garrafa no meio da sala, evidente que sim. ––O tipo de coisas que você esta me levando a fazer Jamie. ––Ainda reclamo, subo a escada, mas ao me lembrar do estranho vou ate a porta, ao gira-la, vejo fechada, afirmo, foi apenas uma pesadelo a noite passada, quem viria até mim tão tarde a noite? Não, todos sabendo da minha situação, ninguém viria.Subo as escadas me arrependendo do que fiz a noite passada, mas felizmente eu dormir. ––Adormeci sem você, Jamie
–– Qual o problema com a viúva Hendricks? –– Olhei para Fernan a meu lado, não sou habituado a me envolver com qualquer mulher, a atração não acontece facilmente, além disso tenho meus receios, para quem já teve seus históricos de herpes, fica sempre o receio, o cuidado, um germe facilmente adentrado no sistema imunologico é facilmente para tornar-se uma doenca. ––Beleza! Sorriu virando-se para mim. –– O que? –– Assenti, por fim suspirei, dando-lhe certeza. –– Não é uma mulher tradicional da cidade, suas características, hábitos, são completamentes diferentes, tenho a sensação de conhecê-la de algum lugar, mas... por mais que eu tente. –– Então seria uma possível candidatar a gerar o bisneto que o seu avô tanto deseja?––Sorri de lado, neguei. –– A mulher é viúva, Fernan, pode ter seus atributos, mas é viúva, e com certeza meu avô deseja alguém de uma boa linhagem para carrega seu bisneto no ventre. ––Continuou seguindo ao volante, peguei o celular para me atér aos meus negócios, che
O mafioso simplesmente se foi, depois de perceber que não tenho nada a dar a ele, de repente se foi. Uma coisa ele tem razão, me matar seria um favor, reunir todas as caixas na sala. — Posso saber o que que esta acontecendo aqui? — O sorri ao escutar Sarah chegando de repente, fechando a porta. — Estou pensando em me preparar antes que o avaliador de imóveis venha. Abriu a boca em seguida, mostrando-se compreender o que estava acontecendo. — E para onde pretende levar todas essas coisas? — Engoli em seco, e em seguida neguei. — Como foi com ele Judhie? — Parei de empurrar a caixa indo em direção a escada. — Esteve aqui conversamos, me ofereci para trabalhar na sua boate como dançarina. —— Levou a mão a boca. — E? Com certeza aceitou, é boa no que faz, além de ter uma beleza natural, não tenho como aceitar a minha princesa trabalhando nestes tipos de lugares, Judhie.Neguei, suspirei fundo. — Que disse? Não agradaria aos seus clientes, assim me disse ele, nem me deixou mostrar o longo
O lado direito da minha face ardendo, a tapa me pegou desprevinido, era apenas uma proposta, uma teoria louca que foi pensada por dias. Meu avô não colabora, ele quer a droga do bisneto dele de qualquer maneira antes de morrer. Encontrar uma mulher que me interesse é díficil, todas elas sempre tem casos com mais de um homem, uma virgem me custaria o principal, minha liberdade. Quando não choramingam por atenção, querem carinho, dinheiro, tudo que quero é paz, ter o sossego da minha vida habitual, a mulher agora embaixo de mim, num vestido verde de tecido fino com pontilhos azuis, a maneira como movia-se tentando-se me excitava, ela me causou euforia desde que abriu a porta naquela noite, embriagada, não seria qualquer homem que a deixaria dormir em paz e vestida naquela noite. Segurando os seus pulsos, enquanto a mesma esbravejando não foi o que eu imaginei como proposta. — Seu frouxo, covarde, é assim que faz com que as mulheres se deitem com você? — Senti o cuspe bater em meu
Após a visita estranha do Valenciano, me vi fora de mim, apenas fechei a porta entrei pra dentro de casa em completo desespero, ele estava tentando ser gentil, mas não, nenhum deles são, peguei o meu celular disquei algumas vezes para a minha mãe. — Mãe por favor assim que ouvi este meu recado por favor liga pra mim, estou em apuros, o Jamie morreu, mãe, estou devendo a mafiosos, estou perdendo a casa, mãe por favor me liga. Este não foi o único recado, as mãos tremiam enquanto outros foram sendo deixados, a maneira como aquele homem me tocou, me contornou-se para baixo dele sobre o o sofá, lembrou-me do menor detalhes de todos, o que eu pensei que havia sido enterrado com o meu falecido marido. O atrito em nossos corpos, a maneira como ele me segurava com força, o perfume inebriante entrando em meu nariz, não era amor, jamais sentiria isso por outro homem. Quando o celular tocou sobre o sofá, corri para pega-lo, sorri ao ver o nome mãe na tela. — Oi mãe! — Atendi sentindo que a m
— Para moço, por favor não faz isso! — Olhei para a cara da mulher que estou recebendo fotos a dias, sem contato com homens, sem ir a lugares de baixa categoria, deslizando os meus dedos sentindo-lhe molhada em mim, na minha mão, pura excitação. Puxei-lhe pelo seu monte de vênus, estendendo toda a palma da minha mão por ele, os dedos dentro dela. — Quer que eu pare? — A boca inchada, ela até poderia esta sofrendo pela morte do marido, mas que estava necessitando desse cuidado, ah esta e como esta. — Por favor, por favorzinho! — O cheiro de alcool veio forte, ela esta bebendo e eu também, neguei em sua boca. Abri o zíper da minha calça, sentindo meu membro endurecido, ao retira-lo, sentir a sua mão me tocar. — Ohhhhh delicia, isso toca! Vai. — Gemi sentindo a sua mão pequena, fina, deliciosa nele, retirou-a rapidamente. Envolvi o seu quadril com o meu braço, somente em duas pinceladas, senti-lhe totalmente molhada. Nunca estive louco, tão louco por uma mulher, ainda mais uma viú
Depois de vê-lo sair ainda se vestindo, continuei deitada na cama, a camisola erguida, me sentindo dolorida acabada, um pouco mais de um mês sem saber o que era a metade do que sentir, o peso na consciência veio, as lágrimas também, encolhi-me na cama aos prantos, estupro, estupro realmente não era, eu gozei, eu cedi, e gemi feito uma louca, na cama em que fui várias vezes apenas de um homem, peguei o porta retrato do meu amor, se é que eu poderia ainda referir-me a ele assim. Jamie certamente me daria uma surra de cinto, naquele momento, eu o traí, fui infiel a ele. Ninguém merecia o que eu fiz, o que eu estou fazendo, nem mesmo aquele animal poderia se sentir no direito de me dá prazer, entre lágrimas e cansaço dormir, acordei com o barulho em baixo, não sabia ao certo que horas poderia ser. Olhei para o porta retratos no meu abraço, levantei colocando-o no lugar. Ouvi a discursão entre os vizinhos na rua, aproximei-me da janela sentindo algo escorrer pelas minhas pernas, não dei