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Capitulo III- Hendricks Valentim

–– Hendricks fomos duas vezes a casa do Jamie, e em nenhuma delas, o encontramos, ao questionar a vizinha que perâmbulava por ali, a mesma me disse que há mais de um mês que ele esta morto. –– Deslizei a mão pelo queixo, olhando para Fernan de pé a minha frente, o gosto do uisque ficou um pouco amargo de repente. ––Não entendi corretamente.–– Indaguei me sentindo um pouco confuso.

O mesmo assentiu ao me ouvir. –– O senhor Jamie Houston é falecido, Hendricks, o que faremos? –– O fitei na escuridão na sala, o que fazer quando uma pessoa morre e leva consigo uma dívida de sessenta mil euros, levei a ponta da minha lingua ao lábio superior. –– Tem algum famíliar? –– Ergueu os lábios num breve assentir de cabeça. –– Sempre ouvimos ele falar da sua esposa, tem uma esposa, a família mesmo não possui bens, nada que possa pagar.

Pelo que me recordo, ele sempre enalteceu essa esposa, nunca a vi, nem mesmo me passou pela cabeça, pela idade que aparenta ter, um escritor falido, sem bens, sem imóveis, não devo esperar algo grandioso, nem mesmo sei porque meu avô liberou crédito para ele. –– E essa esposa? –– Questiono levando o copo redondo grosso a boca. –– Devemos fazer a cobrança a ela? Tivemos duas vezes na casa e em nenhuma delas, ela estava. –– Assenti, terei que ir junto para averiguar a casa, analisar o que puder, não posso me dá ao luxo de perder sessenta mil euros num dia.

Suspirei fundo. ––A que horas foram a residência Houston? –– Talvez seja alguém que trabalha, que saia com frequência, ao olhar para o relogio marcando vinte e duas e quarenta e seis da noite, possívelmente a esta hora esteja em casa. –– Iremos até lá. –– Digo ao deixar o copo de uisque vazio, levanto-me em seguida. –– Hendricks você... –– Olho em direção a Fernan, o que há demais em fazer uma visita a esta hora da noite?

–– Sim, eu, o cliente esta com trinta e quatro minutos de atraso, se ele pode achar que eu devo esperar, eu devo pensar que ele deve o mesmo, estou errado? –– Não ouço resposta, ao pegar a pistola ajeitar na minha calça, visto o terno, caminhamos em direção a saída. –– Senhor Valentim... ––Viro-me notando que o desejado e esperado cliente finalmente veio, o olho sem singularidades. –– Estou de saída, se desejar me espere, caso contrário reveja um horário disponível em minha agenda para que possamos nos rever, August.

Entro no carro, vendo Fernan ir ao lado oposto, assume a direção. ––Não há necessidade de lidar com essa gente, Hendricks essa velha deve chorar horrores dizendo que não tem.... –– Observo pela janela, meu avô foi explicito em dizer que eu poderia emprestar toda a nossa fortuna a Jamie, por será que ele confiava tanto neste homem? Emprestei apenas sessenta euros, e ele me passou a perna morrendo.

–– Não me importo que ela chore, analisaremos a casa, os móveis, tudo que puder pagar o que eles me devem, se ele pegou esse montante certamente não fora para gastar sozinho. –– Ouço a sua risada a frente, seguimos parte do percursso falando sobre negócios. –– Olha o senhor August ainda o espera, realmente esta desesperado o que será que ele tanto quer com você?

–– Drogas, o comérciante dele foi preso na colina, o máximo que posso fazer por ele é deixa-lo, esperar, a casa Houston é muito longe? –– Continuo a observar o caminho, a cidade apenas possui doze quilometros, faz mais que meia hora que estamos no carro, até que ele sorri ao parar o carro, a luz parece estar acesa, olho em volta vejo uma casa comum branca, antiga com pedras na frente, aponto ao descer, o mesmo afirma com a mão no seu revolver olhando em volta. –– Olá! –– Bato no batedor aldravra em leão, a minha frente.

Duas, três, na quarta a porta é aberta, olho para as pernas subindo junto ao vestido branco justo ao corpo, que bem delineado, formado é atraente aos olhos, ao chegar aos seios, são fartos, o cordão segura os seios que meio que saltam para fora, o pescoço fino, com linhas bem delineadas, o queixo fino carnudo na ponta, a boca desenhada vermelha com alguns vestígios de algo tinto nos lábios, a maneira que morde o lábio inferior tentando desaparecer o vestígio de vinho, o nariz pontudo arrebitado, fino, uma pinta numa aba lateral, os olhos negros redondos puxados para o lado, demonstram sinais de embriaguez, estão indo de um lado a outro, os cílios longos que cismam em abrir e fechar repetida vezes, os cabelos cacheados negro despenteados, meio preso, meio solto numa franja.

–– Posso ajuda-lo? –– Observo o rosto da mulher a minha frente, tentando lembrar-me se o falecido tinha algum tipo, pelo menos fez alguma menção a filhas. –– Senhor? ––A mão passeia a minha frente, aberta, os dedos finos compridos, delgados. –– Senhor o que foi? ––Pergunta com a voz em som de embriaguez. –– Hendricks... ––– Empurro a mulher para dentro em seguida. –– Me espera aqui fora, Fernan, faça a segurança por favor.

–– O que é você esta louco? Como.... socorro, socorro! –– Cubro a sua boca, estou agindo anormal, imprudente. –– O que você é do falecido? –– Pergunto com a minha mão em sua boca, o som até tenta sair, embriagada, não tem forças para lutar, até morder a minha mão. ––– Esposa do Jamie, quem você é? ––– Suspiro fundo, esposa? Aquele velhote tinha uma bela esposa. –– Hendricks Valentim, chefe da máfia Valenciana.

Abre os olhos graúdos ao me ouvir. ––– E? Eu sou a ... ––Não lhe é permitido terminar de dizer, ela simplesmente pega a garrafa de vinho sobre a mesa, vira na boca de uma vez. –– a Monalisa, sabe a monalisa do Leonardo da Vince?–– Não duvidaria que se Leonardo a visse substituiria a Monalisa por ela, simplesmente é linda, a maneira que passa as costas da mão na boca, deixando o rastro, o vestígio de vinho pelo rosto.

––Tá e o que você quer? –– Cambaleia em direção a sala, observo a escada de madeira, a casa não é simples, mas também não é arrumada muito bem decorada, possui objetos estranhos, bonecos, quadros que parecem ter sido colados por crianças no jardim da infância. –– Seu falecido... alías, aceite as minhas condolências, instimo os meus sinceros sentimentos pela sua perda, não soube até hoje. –– Uno as minhas mãos a minha frente ao expressar minha solidariedade.

–– Obrigado, mas nada disso vai me trazer o meu amor de volta, Jamie meu amor, por favor volta pra mim... –– Lhe vejo se atirar no sofá, a garrafa vazia cai ao seu lado, é um pouco forçado acreditar que uma mulher com aparentemente vinte e alguns anos esteja sofrendo por um homem de sessenta e alguns? Ando em sua direção a observo deitada no sofá, seu rosto de traços finos virado para o lado vejo as lágrimas escorrerem. ––Jamie! Jamie por...favor.

Lhe ouço suplicar baixo, apesar do belo corpo, não posso ignorar tal gesto, infelizmente não tenho como fazer a cobrança da minha dívida, com uma mulher nesse estado. Saio da casa em seguida. –– Então conversou com a viuva? –– Nego, viagem perdida, talvez tenha sido uma dificuldade enorme para o finado deixar uma viúva tão bem. –– Não, a mulher esta fora de si, bêba....

–– Neste caso posso entrar lá e acalma-la. –– Nego olhando para Fernan pelo espelho, a sua mão na arma diria que ele com certeza lhe apontaria a arma e ela sem estar em si, não negaria a morte. –– Mata-la neste momento seria um favor, Fernan, ande ligue este carro vamos embora daqui. –– A minha reação fora completamente estranha para uma mulher desconhecida, talvez o sentimento de perda esteja me deixando fraco, temo perder o meu avô. –– Acredito que a esta hora ele esteja dormindo, será que daria tempo passar para vê-lo?

Ouço a risada, e vejo quando olho para o espelho. –– Seu avô acho que é fácil chegar com uma criança em casa Hendricks, apenas pular todas as etapas indo diretamente ao nascimentos dos bebês. –– Arqueio as sobrancelhas, se fosse tão fácil assim, ele teria a cidade inteira de filhos. –– Explique isso diretamente a ele, não aguento mais esta pressão em minha cabeça, mal tenho tempo para todos os negócios imagine para mulheres.

Suspiro em meio a exaustão, ao olhar para a mansão Valentim, afirmo parece que eu irei ser o último dos Valentim, pelo menos desta família. –– Te espero aqui. –– Desço do carro fechando a porta em seguida, limpo as minhas mãos, ao chegar a frente da casa vejo a porta semi aberta, passo por ela indo em direção as escadas. ––Senhor Hendricks, ele não esta bem, ligamos para o senhor, mas... –– Pego o celular para conferir doze ligações perdidas.

–– O que ele tem? –– Indago preocupado, meu avô é tudo que tenho. –– A pressão esta alta, a glicemia em HI, o médico esta lhe atendendo no momento. –– Subo as escadas com pressa, não sei se me ver seria bom ou ruim, ao chegar a porta do quarto apenas olho para a mesma entre aberta. –– Mas senhor não há jeito, quanto mais o senhor agir desta maneira, será pior, devemos conversar com o seu neto para que o senhor saia, faça passeios pela manhã....

–– Não quero drogas de passeios, quero esta casa cheia de gente, de pessoas, meus bisnetos, netas, pessoas que seja do meu sangue, quero morrer sabendo que a minha herança continuará em mãos valencianas, aquele imprestável só pensa em trabalho, em dinheiro, e nada de me trazer um herdeiro... –– Penso que é o melhor não entrar no momento, fazer isto é apelar para que ele tenha um colapso, ao passar do empregado, toco o seu ombro. –– Melhor seda-lo, fazê-lo dormir.

–– Ele já esta sedado, estamos esperando fazer efeito. –– Franzo parte do rosto, pelo visto este sedativo irá demorar, a minha sexual inteira será exposta daqui até lá.

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