Capítulo 65
O porto encontrava-se entulhado de pessoas, de crianças a idosos, milhares de mercadorias sendo içadas para os navios ou retiradas deles, cães latindo e correndo de um lado para o outro, uma confusão de movimentação e barulho. Maximiliano estava entre seu irmão e sua mãe, amuado, como sempre acontecia quando seu pai e irmão zarpavam em seus navios, Palemon e Diablo, e o deixavam para trás.

A desculpa de que ficava para estudar e cuidar de sua mãe não melhorava seu humor. Amava a mãe, mas ela ficaria bem com ou sem ele. E estudar era entediante quando comparado com a promessa de aventuras em alto mar.

— Porque não posso ir? — Maximiliano questionou pela enésima vez desde que o pai anunciou a viagem. — Já sou um homem.

— Quase um — retrucou Fernando, seu irmão cinco anos mais velho, com sorriso zombeteiro.

— Quando fizer quinze — disse o pai, afastando-se para dar uma ordem a um homem corpulento carregando um enorme barril.

Fungou, cruzando os braços e contorcendo os lábios em um bi
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