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Ainda espumando de raiva pelo juiz negar seu pedido, depois de confirmar com Tarcísio que vigiavam cada passo de Joana, Adriano entrou na casa da família em Sanmarino. Pensava em tomar um banho e se preparar para voltar à casa dos Savoia, conversar com seu sogro sobre os planos que tinha com Joana, mas Kassandra o parou antes que alcançasse seu quarto.— Filho, como estão as coisas na fazenda?— A colheita se encaminha para o fim — respondeu seco. Guardava rancor pelo que considerava uma traição da mãe ao esconder o que Dalila lhe fez.— Ficará quanto tempo intercalando seu tempo entre a cidade e a fazenda? Estou pensando em voltar em definitivo para a fazenda — Kassandra indicou esperando que o filho resolvesse acompanha-la.— Ficarei até que encontrem e cumpram a condenação do Gonzalez.— Aquele maldito deve estar longe — Kassandra falou para desmotivar Adriano.A viúva lamentava que Queiroz tivesse fracassado na missão de matar o Gonzalez, mantendo aquela constante preocupação sobr
Joana fechou os olhos por um momento, absorvendo o toque e os beijos, seus dedos se espalhando pelo tórax forte, sentindo a pulsação constante e em sintonia com seu coração.Moveu as mãos por dentro da camisa desabotoada, sentindo a textura de sua pele até chegar quase aos ombros. Foi quando sentiu a ferida no ombro direito, coberta por ataduras, e ouviu um urro baixo. Abriu os olhos e observou a face dele, percebendo o suor e a tensão, os sinais de dor que ele tentava ocultar.— Max, sua ferida...— Não se preocupe. Só não posso mover muito esse braço — assumiu quando ela analisou preocupada o local coberto por ataduras e o encarou com dúvida.— Deite-se. Vim para cuidar de você e não piorar seu estado — ordenou se movendo para ele mudar de lugar com ela.— Estou bem — ele disse, mas não hesitou em obedecê-la. — Gosto de ter você em cima de mim — comentou deslizando o polegar pela boca carnuda. — Em toda parte e posições, na verdade.Assumindo que gostava do mesmo, Joana lançou uma p
Maximiliano acordou e ficou um instante observando Joana, dormindo profundamente, o corpo espalhado sobre o dele devido à cama diminuta.Lamentava que tivessem de recorrer ao esconderijo mais precário que nem mesmo os ajustes, feitos antes e após sua fuga, aumentavam o conforto para receber alguém como a Savoia.Dentro do esconderijo somente uma luz fraca filtrava-se pela abertura, o restante da iluminação ficando a cargo de uma lâmpada, carregada pelo gerador de energia portátil. Os móveis eram estreitos e com anos de uso. E as noites extremamente frias.Numerou todos esses motivos, acrescentando o fato que a polícia ficaria de olho nela, quando Joana propôs passar o fim de semana com ele. No entanto, negando-se a aceitar a argumentação dele, Joana insistiu, disse que tomaria cuidado e planejaria um modo de escapar da vigilância policial. Beto e Lucas se ofereceram para ajudá-la no que precisasse, e ele acabou concordando.Deslizou o dorso dos dedos pela bochecha macia, observando as
A caminho da casa de seus sogros, por celular Adriano se informava com Tarcísio a respeito da fazenda. Apesar das queixas de sua mãe, continuaria na cidade até obter o que queria: Joana. E esse era um dos motivos de naquele dia seguir para a casa dos Savoia. Sem tirar o aparelho do ouvido, cumprimentava com sorrisos forçados e acenos as pessoas pelo caminho, mantendo sua popular fama de alegre e bondoso, quando por dentro sentia-se o pior dos seres. — Como vão as coisas na lavoura? Algum problema? — Nenhum, patrão! — Tarcísio respondeu de pronto. — Teremos tudo finalizado antes do fim do mês. Chegando ao portão, tocou a campainha. — Alguma notícia de Joana? O vigia que está com ela disse se encontrou Maximiliano na capital? — Não. Ele não disse nada. Tudo está nos conformes, patrão. — Ótimo! Qualquer novidade, da fazenda ou sobre Joana, me ligue imediatamente. — Sim, patrão! Paula abriu o portão e o acompanhou para dentro da casa. Tagarela, informou: — Dalila não está. Saiu
Após conversarem sobre as aulas de tiro que recebeu dos amigos, Joana pediu para Maximiliano ajudá-la a prosseguir o treinamento e aprimorar a mira, que não estava nem perto de ser boa.Prometendo a si mesmo que não a deixaria colocar-se novamente em perigo – como ocorreu em sua fuga -, ele concordou. Logo as aulas se mostraram uma divertida atividade.No segundo dia o alvo, uma lata de ervilhas vazia estrategicamente equilibrada sobre um tronco caído, continuava sem nenhum abalo a sua estrutura. A mira ruim frustrava Joana, mas divertia Maximiliano, que apreciava as expressões fofas de sua noiva a cada erro.Posicionando-se atrás dela, também gostava de reparar em cada detalhe da face delicada, as micro expressões de alegria, nas poucas vezes que chegou perto de acertar, o olhar concentrado no alvo sempre acompanhado de um biquinho, no rosáceo que preenchia as maçãs do rosto quando se aproximava para falar o que ela tinha de fazer.Depois de ele indicar como deveria se posicionar, Jo
A dor na omoplata ainda era grande, mas Maximiliano insistiu em sentar na pequena cama e manter Joana em seu colo, o braço em volta de sua cintura, fazendo leves carinhos, enquanto os dedos da outra mão se entrelaçavam aos dela.Necessitava senti-la próxima a si, do calor dela junto ao seu, de comemorar a vida que esteve perto de perder, e o fazia da forma que podia com tantas pessoas por perto e com a ferida impossibilitando esforços.E por ter o corpo dela junto ao seu sentiu de imediato a tensão dela ao ouvir a proposta do novo juiz.— Voltar para a prisão? É perigoso — Joana contestou, alarmada com a possibilidade de ser uma armadilha. — Quem garante que não tentarão matá-lo? Sabia que encontraram uma bomba na viatura que o levava para fora de Sanmarino?— Sei e não me surpreendi ao descobrir — Maximiliano respondeu deslizando a mão carinhosamente pelo braço dela para tranquilizá-la.— Não quero que aconteça nada com você, meu amor.— Não se preocupe!— Como não vou me preocupar?
Na noite de domingo, em visita a Adriano Orleans, Bruno encontrou o fazendeiro sentado em um canto escuro de seu escritório, um copo na mão e uma garrafa de conhaque vazia pousada ao lado. Tão desnorteado como da última vez que o visitou, só que agora com a letargia do álcool nublando sua expressão.— Tem visto e falado com Dalila? — perguntou sentando ao lado de Adriano.— Não, mas amanhã irei à casa dos meus sogros para que assine o divórcio — respondeu erguendo-se ainda segurando o copo, movendo-se a passos cambaleantes em direção ao barzinho no escritório. — E aproveitarei para falar com Joana.Bruno conteve a vontade de rir do absurdo de Adriano pretender divorciar-se da esposa para casar com a cunhada, pois, além de não ajudar a devolver a racionalidade ao Orleans, podia ofender o orgulho já chamuscado de seu amigo.— Acho insana essa sua determinação de correr atrás da sua cunhada — Bruno limitou-se a indicar pela enésima vez desde que ouviu os planos futuros do amigo. — Com su
Não se passou nem meia hora que Joana estava em sua casa, conversando com Carmem e Tereza sobre a viagem, em que pouco falava por não querer mentir para sua mãe, quando a campainha fez Paula passar correndo pela sala.Não estranhou ao ver Adriano entrar com um ramalhete de rosas.— Tão clichê — Tereza murmurou fazendo Joana segurar o riso.O Orleans trocou algumas palavras com Paula e depois se aproximou delas, estendendo o ramalhete para Joana.— Obrigada! — Joana agradeceu sem se mover do lugar e nem aceitando as flores. — Mas creio que deveria dar essas rosas a sua esposa — indicou evitando olhá-lo.— Ah, Paula, leve as flores para a sala de jantar — Carmem pediu querendo quebrar o clima tenso. Mesmo não querendo dar esperanças aos avanços do genro sobre Joana, aceitou as flores para não despertar a raiva de seu marido. — Vai ficar para o almoço? — questionou pela aproximação do horário da refeição.Apertando as mãos no colo, Joana estava esperançosa que a resposta fosse negativa.