Desculpe o atraso, dificuldades em família me afastaram. A boa notícia é que estou revisando a reta final e falta pouco para encerrar esse livro. Já escrevi o final do povo, mas se tiverem sugestões estou aberta a ler sugestões <3
Desesperada com a ameaça indo para seu noivo, assim que o frio aço deixou sua pele, Joana fez um rápido movimento para frente e depois empurrou o corpo para trás com toda força, caindo sobre o delegado. A reação inesperada da jovem fez Queiroz se desequilibrar e o dedo, tenso no gatinho, terminando por aperta-lo. O som do disparo reverberou pelas paredes, junto com um urro de dor. ~*~ Quando ouviu os tiros e saiu em disparada para ajudar Maximiliano, Margô só pensava em proteger o amor de sua vida a qualquer custo. Mas, ao ver uma oportunidade de também se livrar da rival, jogou seu cavalo contra o de Joana, causando a queda e captura dela. Encheu o coração de satisfação ao ver Joana acabar servindo de escudo para o covarde delegado Queiroz. Coberta pelo ódio e ressentimento, por Joana ameaçar casar com Maximiliano, longe de se apiedar pela jovem ficar na mira do delegado, Margô ansiou pelo momento em que Queiroz estourasse a cabeça de sua rival. A rendição de Maximiliano, e o pe
Ao chegarem ao carro, torcendo para Lucas e Beto conseguirem chegar ao esconderijo e ajudarem Maximiliano com a ferida, Cristiano mandou todos entrarem no carro, olhando aborrecido para a mata a espera de Margô. Quando a jovem enfim apareceu, gritou irritado: — Entre logo que não estou com paciência. — Queria seguir com Maximiliano — a jovem disse com voz embargada e olhos mergulhados em lágrimas. — Lucas cuidará do ferimento — Gilberto disse para tranquilizar a amiga. — Nada disso teria acontecido se não tivesse jogado o cavalo em cima da Joana — Baltasar indicou. Assim como os demais não acreditava se tratar de um acidente inocente. — Que culpa tenho se ela não sabe cavalgar — Margô retrucou furiosa pelos amigos se colocarem contra ela. — Como disse Beto: reze para Maximiliano acreditar nessa versão — Cristiano recomendou. Se afastando por uma trilha alternativa, de modo a evitar a guarda de Sanmarino caso o policial que estava com Queiroz tivesse chamado por ajuda, Cristiano
Cavalgando de volta a cidade, Beto tomou um caminho diferente, seguindo por vielas e ruas de pouca ou nenhuma movimentação e, em vez de seguir para o porto ou a cabana, a pedido de Joana a levou para a casa dos pais, de forma que conseguisse o álibi para aquela noite. Afastando qualquer possibilidade de ter estado na fuga como Maximiliano desejava. Mesmo seguindo pela penumbra e locais quase vazios, notaram uma movimentação incomum na cidade. Haviam curiosos nas ruas e policiais interrogando pessoas. Por precaução, Beto a levou para a área nos fundos da casa dos Savoia, fugindo de olhos que declarassem que a viu pelas ruas de Sanmarino. Ao chegar à casa dos Savoia, Beto a levou pelos fundos da casa, destravou a porta do quarto que ela indicou ser dela e a deixou no local, saindo na surdina em direção a casa/escritório de Donato. ~*~ Sozinha, Joana seguiu para o quarto de seus pais e bateu na porta chamando por sua mãe. Carmem abriu a porta, os olhos, ainda buscando se manterem abe
A cidade despertou em polvorosa com a fuga de Maximiliano Gonzalez e morte do delegado Queiroz durante o que seria uma simples transferência do preso para o presidio estadual. A notícia chegou à casa dos Savoia junto com vários policiais atrás de Joana, que tinham buscado a jovem na noite anterior na cabana dos Gonzalez e não tinham encontrado. Tendo pedido a cumplicidade de sua mãe, com a desculpa que teve medo de passar a noite sozinha na cabana e por isso foi à casa de sua infância de madrugada, Joana garantiu que Carmem reagisse com verdadeiro espanto quando informassem a fuga de Maximiliano e afirmasse que Joana tinha ido para casa mais cedo que o horário verdadeiro. Com a informação que Queiroz foi assassinato na fuga, Carmem se debulhou em lágrimas de pesar, pois considerava o policial um homem de bem que foi emboscado. Joana se poupou de expor comentários a respeito do delegado. Respondeu algumas perguntas o mais sincera que conseguia. — O que está acontecendo? A pergunta
Com o corpo recuperando-se das feridas, tomando os fortes medicamentos arranjados por Lucas, Maximiliano mergulhava em lembranças. Intercalando bons e maus momentos, seu subconsciente navegava na tormenta, vendo pessoas queridas sumindo na tempestade sem que pudesse salvá-las.Reviveu mais uma vez a perda do lar de infância, tirado pela morte dos pais e do irmão, vítimas da irresponsabilidade da guarda de Sanmarino ao invadir sua casa com falsas acusações. Alegações enganosas que anos depois descobriria serem motivadas por sentimentos mesquinhos da viúva Orleans.Então foi levado para a maior fazenda da região, na qual tinha ido diversas vezes com o pai como visitante, mas que após a morte dele teve de adotar como seu lar.Os meses passados na fazenda foi uma experiência diferente, nem ruim e nem boa, apenas um tempo de adaptação a um novo lar e seus moradores. Havia a amizade de Adriano, que o distraia com sua constante animação. Todas as manhãs saiam juntos para a escola, construí
Voltando de madrugada do encontro com Maximiliano, Joana entrou pela porta da varanda de seu quarto sem problemas.O caminho indicado por Beto os manteve escondidos da guarda. Seguir a cavalo trouxe a vantagem de poderem atravessar a floresta no lugar das estradas, apinhadas de policiais e empregados da fazenda Recanto Dourado.Era uma sorte que estivessem seguindo na direção contrária a que Maximiliano estava. Aparentemente, ninguém acreditava que ele optaria pelo alto da montanha da Serpente, um lugar conhecido por seus perigos e caminhos tortuosos, por onde muitos se perderam.O alto índice de pessoas perdidas pela montanha foi um dos motivos para Beto concordar em levá-la e para Maximiliano desistir de proibi-la de visita-lo. O principal motivo foi à ameaça dela de seguir sem ajuda nenhuma apesar do perigo, o que ninguém, principalmente Maximiliano, desejava que ocorresse.Trocando as vestes escuras por uma camisola, Joana se aconchegou debaixo das cobertas, para dormir o que lhe
Aborrecida com a visita inconveniente, se livrando da presença de Adriano, Joana se virou apressada para seguir para a sala de jantar, quase trombando com Dalila. A irmã a encarou com tamanho ódio e desprezo que recuou, quase caindo pelo espanto. Imaginando que a irmã ouviu a estranha conversa que teve com Adriano, afastou qualquer sentimento de culpa pelas intenções do marido da outra e seguiu em frente, de queixo erguido, declarando mentalmente que era diferente da mulher que a encarava cheia de julgamentos e acusações. Em nenhum momento deu abertura para aqueles avanços e o único que queria era se unir a Maximiliano. ~*~ Apesar de Joana não responder positivamente seus avanços, confiante de que a timidez e a lealdade desmedida pelo criminoso que chamava de noivo eram os únicos empecilhos, Adriano saiu da casa dos Savoia e entrou em seu carro pelo lado do passageiro. — Vamos para a prisão, preciso falar com quem está cuidando da fuga — ordenou para Tarcísio que estava ao volante.
Sempre após seu trabalho, Tereza procurava Joana para atualizar a amiga do que acontecia na prisão. Naquele dia a diferença é que, no lugar de ir a casa dos Savoia, esperou a melhor amiga do lado de fora do colégio, nas costas uma mochila para passar o fim de semana na capital. Andando lado a lado rumo à rodoviária, Tereza seguia o relato do que viu e ouviu desde a fuga de Maximiliano e a chegada inusitada do novo juiz. Nos dias anteriores pouco poderia ser dito. Repetiam-se algumas informações: Continuavam as incansáveis buscas pela montanha da serpente. Alguns se machucavam e perdiam-se por horas durante o processo, normalmente peões de Recanto Dourado. A investigação sobre a noite da fuga seguia sem novos fatos e sem os nomes dos mascarados que ajudaram o capitão do Diablo. Alguns policiais tinham feito acusações contra o falecido delegado, de abuso de autoridade a propinas. Também se investigava o motivo do veículo de transporte carregar uma bomba, cujo dispositivo de acioname