Mônica
— Vem Mônica, senta aqui conosco! Pessoal, essa é a minha belíssima irmã mais velha. Cumprimento timidamente a todos, e me sento ao lado de Lucy, com o rosto queimando por conta do loiro bonito, que não para de me olhar. Lucy percebendo fala chamando a atenção dele, fazendo com que todos me olhe e me queimo de vez. — Jason, para de encarar a minha irmã, ela não é para seu bico! — Como eu vou parar de olhar para ela? Mônica é simplesmente a coisa mais linda que já vi! E porque ela não é para o meu bico? – Ele pergunta com a sobrancelha loira franzida. — Porque você é cafajeste! – Lucy fala sem rodeios. “Eu sabia!” Ele coloca a mão no peito se fazendo de ofendido, e acho graça. — Calma pessoal, eu estou bem aqui! E Jason, me sinto lisonjeada, mas não é para tanto. — O que? Como não? Ele se levanta do seu lugar e empurra Lucy para dar espaço e se senta bem colado a mim, o pessoal começa a brincar com o momento, tentando zoar com Jason. Ele passa o braço em meu ombro, e sinto seu cheiro gostoso, e vendo ele bem de perto, constatei que ele é praticamente perfeito. — Se eu digo que você é a mulher mais linda que já vi na vida, quero que acredite em mim! – Ele engrossa a voz para falar a última frase e fico sem saber como agir. — Mas uma vez, obrigada! – Falo tirando seu braço do meu ombro. Aí sim, a galera começa a vaiar Jason, e dou risada. A noite foi tranquila, porém Jason não saiu do meu lado, gostei do clima leve e descontraído que desenrolou a noite, Jason pode até ser um cafajeste, mas um cafajeste muito divertido e atraente. [...] Uma semana se passou, e consegui comprar a máquina de costura; minha irmã deixou eu montar um ateliê improvisado no seu escritório que ela nem usa, e sou grata por isso. Abro a pasta de esboços, para escolher qual modelo vou fazer primeiro, e decidi fazer a primeira peça para a minha irmã. Dentro da pasta está o papel que imprimi a imagem do vizinho, todos os dias eu olho para ela, toco na imagem do seu braço, imaginando a textura da sua pele. Não sei porque essa fixação, mas não tenho como controlar esse pensamento. Pelo menos estou me distraindo dos dias terríveis que passei com Ronald. Não sinto falta dele, e estou amando esse tempo para mim, até porque passei tanto tempo enganada, achando que vivia com um verdadeiro cavalheiro, iludida que era amada e cuidada por ele, e só agora percebi que tudo não passava de um controle que ele tinha sobre mim. Tenho pesadelos todas as noites sem exceção, sonho com Ronald entrando no meu quarto e me arrastando para fora. Eu nunca vou entender o porquê ele me escolheu, porque não podia me amar e desejar como um marido deve amar uma mulher. Espero que logo eu possa perder o medo de sair de casa, sem imaginar que Ronald estará me procurando, porque acredito que ele não vai deixar isso pra lá. — Oi, vai ficar trancada aqui o tempo todo? Minha irmã entra no escritório e percebo que ainda estou com a “foto” do vizinho nas mãos, então guardo na pasta rapidamente. — Lucy, quando chegou? — Tem alguns minutos! O que está escondendo aí? — Ah, é um esboço que fiz depois eu te mostro, quando tiver terminado. – Minto. — Ok, agora vamos nos arrumar, porque encerramos mais um projeto incrível, e desta vez você não vai ficar no quarto. — Lucy, eu não vou participar da festa, sabe que eu não tenho nada a ver com o seu estilo. — Você precisa ver gente, conversar, beber… – Ela suspira e me olha com uma carinha de cachorrinho. – Fica somente uma hora, e se não gostar ou se sentir desconfortável, aí pode subir para a torre novamente. Penso por alguns segundos, e ela está fazendo tanto por mim, e preciso fazer algo que a faça feliz também. — Ok, mas não vou forçar a barra! É que eu não entendo metade das coisas que seus amigos falam! — Mente aberta, Mônica, só dê uma chance a eles, você vai se enturmar rapidinho. — Ok, eu ia fazer o jantar, e parece que não vai mais precisar, não é? — Não mesmo, agora vai se arrumar, que daqui a 2 horas a casa estará lotada. — O que vamos fazer para comer? Vocês só bebem? — Claro que não, os rapazes irão usar a churrasqueira, mas aí é com eles. — Está bem! – Falo me levantando da cadeira, e indo para meu quarto. — Se anima, maninha! Jason estará aqui também! — E o que isso tem haver? — Você poderia, sei lá, dar uns pegas nele. Convenhamos que ele é muito gostoso, não dá para desperdiçar. — Eu não vou dar uns pegas em ninguém, eu sou casada ainda. — Só no papel, e você precisa esquecer Ronald, ele não merece que você faça castidade. Ele é um cretino de marca maior, além do mais, ele te traiu, então não deveria se sentir culpada. — Quantos anos ele tem, 24 anos? Eu não vou ficar com um rapaz mais novo que eu. — Nossa Mônica, que ultrapassado isso! Eu namorei com um homem 8 anos mais novo que eu, e garanto que é muito bom. Ensinei uns truques para ele! – Ela fala orgulhosa. — Eu vou para a festa, mas nada de dar uma de cupido! — Ok, ok! [...] A música está no último volume lá embaixo, e fico aqui, postergando a hora de descer e socializar. Realmente não queria participar e me sentir um peixe fora d'água. Mas farei isso por Lucy. Me olho no espelho, e aliso o vestido vermelho que Lucy me emprestou. Nós temos o mesmo corpo, e sempre me cuidei muito, além da nossa genética ser boa. Desço degrau por degrau observando a quantidade de pessoas que ali estavam, alguns rostos familiares mas não íntimos, Jason me vê e imediatamente pega minha mão, para “ajudar” a descer os degraus. Ele todo galante, beija a minha mão e tenta abraçar a minha cintura, mas o afasto de maneira sutil. — Calma gata, só ia te conduzir pela casa, te apresentar umas pessoas e… não posso deixar de dizer, que está deslumbrante! — Obrigada Jason! Agradeço para eu não fazer papel de chata, mas ele é muito novo para mim, vou achar um momento para dizer a ele, que não vale a pena fazer tanto esforço assim. Jason é muito bonito, bem alto, com um sorriso encantador, mas não consigo imaginar nada entre nós, mesmo que aquela parte de mim tenha muita curiosidade. Mas para mim, a idade pesa. Jason me apresenta a algumas pessoas, e uma garota em específico não foi tão educada quanto os outros, mas é uma criança, não farei disso um caso. Ele me dá uma bebida que não sei o que é, mas como eu estou mesmo inclinada a tentar me divertir, acabo tomando a bebida doce e alcoólica. — Maninha, quero te apresentar algumas pessoas! – Minha irmã vem até mim toda animada. — Eu já conheci tantas pessoas, Jason foi um cavalheiro em me acompanhar, agora só vou pegar outra bebida dessa, que por sinal eu amei, e dar uma pausa. — Jason, um cavalheiro? Eu heim, nem parece que estamos falando da mesma pessoa. — Eu estou ouvindo! – Jason fala levantando a mão. — Eu sei, idiota, era para ouvir mesmo! Agora para de dar essa bebida para a minha irmã, que ela não é acostumada com esse tipo de bebida. — Calma Lucy, essa bebida é docinha e fraquinha! — Essas são as piores mana! — Então me de uma que não vai me deixar bêbada! — Então vamos pegar algo mais apropriado para você, que só toma vinho branco. — Com licença, Jason, vou seguir a mestre em bebidas. — Vai lá gata! – Antes que eu reaja, ele me dá um beijo na bochecha, muito próximo a boca, me deixando em choque. Ele pisca para mim e sai andando, indo na direção de um grupo de pessoas, mas alguém nesse grupo me chama a atenção. O rapaz da foto, o vizinho, com o braço em volta da cintura de uma bela loira… ele está aqui, bem na minha frente, na casa da minha irmã… Ele me olha sem esboçar nenhuma reação, mas eu travo e meu instinto é me esconder, mas ele já me viu, e está vindo na nossa direção. “ E agora?”Mônica Ele está vindo… aí meu pai, ele está se aproximando. Será que vai reclamar que tirei foto, me ameaçar e me processar? — Para onde vai? Lucy pergunta, e nem percebi que estava andando de costas, então me viro e saio rapidamente da sala, procurando um banheiro. Entro no lavabo, dando graças por estar vazio. Me olho no espelho e nem posso jogar água no rosto, sem borrar toda a minha maquiagem impecável. — Como eu não deduzi que ele seria amigo de Lucy? Todos os seus amigos são jovens e bonitos, modelos e bonitos e jovens… eu já disse isso! — Mônica, você está bem? – Lucy pergunta, eu não posso ficar aqui a vida toda. — Sim, já estou saindo! Saio do lavabo tentando não parecer tão culpada. Ela me olha preocupada e a acalmei. — Estou bem maninha, eu vou pegar algo para beber! — Vai lá, já me encontro com você!! Andando pelo mar de pessoas, que se divertem ao som da música incessante. Abro a geladeira e tem muitas cervejas e energéticos e umas bebidas coloridas q
Mônica Ouço seu corpo movimentar com o farfalhar das roupas, mas não ouso abrir os olhos. Ele pega as minhas duas mãos e coloca na sua pele, quente, macia e firme. Ele guia elas num passeio excitante pelo seu tórax, barriga e peitoral liso e sem pêlos, sinto seus mamilos pequenos e durinhos, me fazendo sentir coisas que nunca senti antes. — Pense na minha imagem impressa, e pode explorar à vontade, assim como imaginou enquanto tentava descobrir qual era a textura da minha pele. Mas com a vantagem de sentir de verdade como realmente é! Assim eu faço, imagino aquela visão dele suado e molhado, e a partir daí, veio outras curiosidades, dentre elas, seu cheiro; e como se ele adivinhasse, se aproxima mais, e sinto seu aroma de perfume importado. Ele encosta levemente seus lábios no meu, e desliza a ponta do nariz no meu, então inesperadamente ele me beija; não um beijo calmo, mas um beijo com desejo, forte e quente. Eu fico sem ar, minhas pernas fraquejam e não penso em mais nada, a
Mônica Acordo com uma baita dor de cabeça. Eu não consigo sentir meu corpo normal, pois ele está leve e pesado ao mesmo tempo. Luto para abrir os olhos e só sei gemer de dor, tanto na cabeça, estômago e pernas… porque minhas pernas doem? Tento me mover e coloco a mão nos meus olhos, para abrir devagar e não sentir toda a claridade de uma vez. Mas meu travesseiro está estranho, porque ele se move para cima e para baixo… “Não, não, não… eu dormi com alguém?” Num modo desesperado, para saber quem é, baixo minha mão com força desmedida e sem querer eu acerto seu amiguinho, ele grunhiu de dor e levantando seu tronco ele bate a cabeça na minha. Nós dois gememos de dor e ele está curvado segurando suas partes íntimas. E nem tenho noção de quão forte o acertei. Reparo bem ele e vejo ser Morgan, mas a pergunta é, o que ele está fazendo no meu quarto e na minha cama e só de cueca?— Ai. Meu. Pai… você… – Tanto perguntar e não sei se quero saber a resposta.— Pörra, está doendo pra cäcete…
Mônica Ouço as vozes eufóricas e alegres das minhas amigas falando sobre suas experiências sexuais, numa cafeteria de luxo, no centro de Mississippi. Cada uma tem uma história para contar, uma mais louca que a outra, de suas experiências sexuais passadas, loucuras de adolescentes e loucuras atuais. Meu rosto queimou de vergonha por não saber metade de tudo que elas falam. Então tomei meu chá gelado e só sorrio e aceno, tentando não parecer deslocada.— Hoje eu fiz uma DP, estou viciada nisso, agora eu e meu marido não vivemos mais sem nossos brinquedinhos. – Uma delas fala sem vergonha alguma.“ O que é DP?” Penso comigo mesma.— Eu comprei um sugador de clitóris e agora estou viciada, porque meu namorado não sabe fazer oral direito. – Outra mulher comenta.“ Sugador de clitóris? Como isso funciona?”— No meu caso, eu gosto de anal, e não preciso desses brinquedos de borracha, só o pau do meu homem já basta hahaha! – Lana se gaba.— Eu sou mais tranquila, mas tenho um fraco por enf
Mônica — Ronald, eu posso explicar! Ele sai de dentro e de cima de mim, me fazendo sentir suja e envergonhada. Mas ao mesmo tempo confusa sobre como ele sabe disso. — Quero que explique mesmo! — Eu estava curiosa, porque ouvi uma conversa sobre esse tipo de coisa com as meninas… eu só queria saber como era! — Acho que essas mulheres que você chama de amigas, não estão sendo uma boa influência para você, deveria parar de ver elas. — Como você sabe sobre o que eu pesquisei? Isso é invasão de privacidade! — Somos casados, não tem essa de invasão de privacidade! E não queira se comparar com essas mulheres. Você é a minha esposa, e é de respeito, esse tipo de foda, só se faz com vagabundas na rua, e você não é uma delas. — Eu só queria fazer algo diferente Ronald, achei que gostaria disso! — Eu estou muito bem como estamos, e espero que também esteja, porque não vou mudar o jeito que transamos. Já falei que é minha esposa, e não uma prostituta! Assim ele se levanta da cama
Mônica Chegando em casa, depois de uma viagem silenciosa no carro, Ronald tira seu terno e joga no sofá de maneira ríspida. Ele me pega pelo braço e sinto seus dedos afundar na minha carne.— Mas que diabos está fazendo? – Pergunto assustada.— O QUE VOCÊ ESTÁ TENTANDO PROVAR? FALANDO POR QUASE UMA HORA COM UM HOMEM, FEITO UMA VAGABUNDA!!— Ronald ele é…— NÃO ME INTERESSA O QUE ELE É, EU SÓ FIQUEI COM CARA DE IDIOTA NA FRENTE DOS MEUS AMIGOS, FAZENDO PIADA COMIGO, PORQUE NÃO CONSIGO NEM CUIDAR DA MINHA MULHER. Ele grita a plenos pulmões com ciúmes de um homem gay, eu me assusto com sua maneira grosseira e assustadora de falar. — Você está louco, ele é gay, pensei que soubesse disso! E não grite comigo assim, eu exijo respeito, Ronald!— Primeiro, não me espera para jantar, segundo, procura pornografia de vadia na internet e terceiro, me desrespeita na frente de todos. O que vem a seguir?— Quer saber, Ronald! Quando estiver mais calmo, eu volto a falar com você. Eu não vou discut
MônicaDesde o dia em que Ronald me bateu, ele me trancafiou dentro de casa, e manteve um segurança na porta. Já faz um mês que estou enlouquecendo aqui. Faço a refeição e ele não come mais. Tranca a porta do quarto enquanto dormimos, ou seja, estou presa na minha casa de luxo. Meus planos de me divorciar, receber minha parte dos bens e recomeçar, foram por água abaixo. Já implorei milhares de vezes a ele para me deixar pelo menos ter a minha rotina de antes, poder sair de casa e interagir com o resto do mundo. Mas ele não permitiu, e ninguém pode me ligar, porque ele quebrou o meu celular, tirou meu acesso a internet e telefone. Um certo dia estava me lamentando por não ter dinheiro em espécie para conseguir fugir, então eu tento abrir o cofre e para a minha surpresa, ele não mudou a senha. Lá dentro tem uma boa quantidade de dinheiro e acabei pegando um pouco de cada maço de notas, para ele não perceber a falta no volume. Selecionei minhas jóias mais caras e guardei num lugar que
Mônica — Como assim ela não mora mais aqui? Eu… eu não tenho como ligar para ela, não sei seu número de cór e estou sem celular… — Calma, minha filha, está tudo bem! Ela deixou seu endereço novo, caso chegasse alguma correspondência importante. Mas eu terei que procurar o papel que anotei. – A senhora fala toda calma e gentil. — Muito obrigada, eu aguardo a senhora procurar, eu não tenho para onde ir e preciso encontrá-la hoje ainda. — Entre, vou te servir um lanche enquanto procuro o endereço e telefone dela. Muito grata, eu entro e me sento no sofá da pequena sala, e ela me serve cookies de chocolate com leite morno, assim como minha mãe fazia. “Que saudade dela” — Pronto, minha querida, aqui está seu endereço, mas não achei o número de telefone. Sinto um alívio enorme ao ver que ela não foi para outro estado e sim, para Los Angeles, há duas horas de viagem. Abraço a senhora com muita gratidão e quando penso em sair, envergonhada eu peço. — Eu não quero abusar, mas eu v