Capítulo 8

Mônica

Ele está vindo… aí meu pai, ele está se aproximando. Será que vai reclamar que tirei foto, me ameaçar e me processar?

— Para onde vai?

Lucy pergunta, e nem percebi que estava andando de costas, então me viro e saio rapidamente da sala, procurando um banheiro.

Entro no lavabo, dando graças por estar vazio. Me olho no espelho e nem posso jogar água no rosto, sem borrar toda a minha maquiagem impecável.

— Como eu não deduzi que ele seria amigo de Lucy? Todos os seus amigos são jovens e bonitos, modelos e bonitos e jovens… eu já disse isso!

— Mônica, você está bem? – Lucy pergunta, eu não posso ficar aqui a vida toda.

— Sim, já estou saindo!

Saio do lavabo tentando não parecer tão culpada. Ela me olha preocupada e a acalmei.

— Estou bem maninha, eu vou pegar algo para beber!

— Vai lá, já me encontro com você!!

Andando pelo mar de pessoas, que se divertem ao som da música incessante. Abro a geladeira e tem muitas cervejas e energéticos e umas bebidas coloridas que não conheço.

— Precisa de ajuda? – Me assusto com a voz de Jason perto do meu ouvido.

— Eu vim pegar uma bebida, mas não quero nada forte demais.

— Lucy tem vinho tinto, você quer?

— Você conhece bem a casa, né?

— Digamos que Morgan e eu passamos muito tempo aqui!

Morgan deve ser o nome de alguma namorada dele.

— Então me mostra o vinho!

Estou começando a relaxar mais na presença de Jason, o tal cafajeste não é desagradável, muito pelo contrário, ele me deixa à vontade e me faz rir.

— Tudo para você, princesa!

— Ah não, princesa não, por favor! – Falo rindo.

— Porque? Você é delicada como uma princesa, num corpo de uma super modelo. Além de inteligente, elegante e divertida.

— O que pretende com tantos elogios, Jason? – Pergunto semicerrando os olhos.

— Se der tudo certo, você aceitará, sei lá… me dar um beijo!

Arregalo os olhos, com seu papo direto.

— Eu não vou te beijar, garoto!

— Garoto? Bom, então um encontro?

— Não! – Falo balançando o dedo indicador para os lados.

— Nossa, você é difícil! Então um café, sem compromisso?

— Humm… pode ser um café, às 15 horas amanhã, antes que eu me arrependa!

— Yes! – Ele pula dando um soco no ar, me fazendo rir mais uma vez.

— Bobo!

— Vou falar com um amigo e já volto! – Ele tenta roubar um selinho de mim e sai rindo.

— Jason! – O repreendo.

— Me declaro culpado!

— Nossa, Jason gostou mesmo de você, maninha! – Lucy fala cruzando seu braço no meu.

— Ele é um rapaz legal, mas tenho que deixar claro para ele que não estou disponível.

— Você deveria era “dar” para ele, isso sim!

— Lucy, mais respeito com sua irmã mais velha!

— Então ela é a sua irmã, Lucy? – Uma voz forte e grave fala chegando perto de nós.

“O rapaz da foto”

— Oi Morgan! Sim, essa é a Mônica, minha irmã! Mônica, esse é meu amigão, Morgan Durand.

— Muito prazer, Mônica Goralski!

Meu corpo arrepia com a sua voz, seu rosto chegando tão perto do meu, me deixando mais paralisada. Ele me dá dois beijos nas bochechas, de maneira lenta e calma. Seu cheiro amadeirado com um toque cítrico, me dá vontade de puxar ele e sentir mais desse perfume e o mais importante, sentir finalmente a textura da sua pele.

— Ela não é mais Goralski e sim, Griffin, mas por pouco tempo…

— Lucy! – Chamo a atenção dela, por dar muita informação.

— Prazer é todo meu, Morgan!

Posso olhar ele mais de perto, e ele tem a pele branca, com alguns sinais marrom escuro se destacando na pele através de alguns botões da camisa aberto no peito e seus braços expostos.

Sua boca é rosada, rosto simétrico com o queixo quadrado e cabelos lisos escuros. Mas seus olhos que não deixam os meus, eles são de um castanho vibrante, através dos cílios grossos e sobrancelhas escuras espessas.

Ele é mais jovem que Jason, com certeza. Mesmo eu não sabendo a idade de Jason. Ele não é para o meu bico.

— Ai que incrível, chegou! Chegou Jenifer! Vou recebê-la, já volto.

Lucy grita, saindo rapidamente para a porta e me deixando aqui… com ele…

— Então é você a irmã de Lucy!

— Sim, a única irmã; que eu saiba! – Brinco tentando não ficar um clima estranho.

— Para qual agência você modela? – Ele pergunta-me olhando de cima abaixo.

— Eu não sou modelo!

— Sério, já pensou em modelar?

— Não, eu não levo jeito para ser observada!

Ele me encara por alguns segundos me deixando nervosa, antes de continuar.

— Mas você gosta de observar, não é? – Ele fala sério, e não sei se está bravo ou é só o seu jeito.

— Eu… eu não estava te observando!

— Estava me filmando, tirando foto? Agora que estou perto, você pode tirar suas conclusões, o que acha?

Estou me sentindo muito envergonhada, mas não preciso ficar aqui ouvindo isso.

— Me dê licença, Morgan! – Falo saindo rapidamente de perto dele, senão eu terei um treco.

Ando mais rápido que posso, e viro o corredor para ir até a dispensa, virando o corredor e já alcançando a maçaneta da porta, sinto uma mão forte tocar meu braço.

— Ei, não precisa fugir! Eu não me importo de ser observado por uma mulher tão bonita.

— Me desculpe por ter te observado, mas na verdade te achei tão bonito, que senti a necessidade de puxar o zoom da câmera para te ver melhor, e agora pessoalmente, achei melhor que a foto que eu imprimi.

“Droga, eu não sei me controlar”

— Você imprimiu uma foto minha? – Ele pergunta abrindo um sorriso enorme, mostrando suas presas grandes e seu sorriso é tão largo, que seu lábio superior fica numa linha fina.

— Eu falei demais…

— E o que achou de mim, pessoalmente?

Ele pergunta, se aproximando mais, me fazendo andar para trás. E ele abre a porta da despensa, me empurrando para dentro e fechando a porta atrás de si.

— O que está fazendo? – Pergunto num sussurro.

— Tem mais algo que queira inspecionar? Alguma curiosidade?

Ele fala chegando mais perto do meu corpo e inebriada pela sua presença marcante, eu automaticamente levo minha mão só seu rosto, acariciando com o polegar e vou descendo para seu pescoço exposto. Passo o dedo na pintinha marrom escuro no seu pescoço, dentre várias que ele tem. Ele fecha os olhos e trava o maxilar.

— Eu confesso que tinha curiosidade de saber como era a textura da sua pele! – Falo baixinho, porém ele pode me ouvir.

— Fecha os olhos! – Ele pede e eu automaticamente faço, pois acredito que os drinks que bebi estão fazendo efeito.

“ O que ele pretende?”

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