Mônica Vou até Morgan preocupada, ele não me olha nos olhos, mas consigo ver os seus avermelhados através da luz que entra pela janela.— Morgan…— Não… não fale comigo se não estiver disposta a se abrir e dizer de uma vez por todas o que está acontecendo.— Amigo, você está bem? – Jason pergunta preocupado.— Eu não estou bem, nossa mulher não confia em nós o suficiente para contar o que se passa com ela, não estou bem porque ela não está sendo sincera mesmo tendo cobrado sinceridade da gente! – Ele fala dando outro gole diretamente da garrafa, mas não nos olha. Sinto meu peito apertar e meu olhos encherem de lágrimas, um bolo de dor se forma na minha garganta quando tento tocá-lo e ele se levanta se afastando de mim. Jason acende a luz e toma a garrafa da mão de Morgan.— Morgan, por favor…— Por favor, o quê? — Nós vamos conversar quando você não estiver bêbado! – Falo com as lágrimas escorrendo pelo meu rosto.— Mônica, está escondendo alguma coisa de nós? – Jason pergunta. N
Morgan Fiquei diversas vezes confuso em um só dia. Amanhecemos bem, a viagem foi perfeita, a festa de casamento estava melhor que o esperado, pois a família de Jason é extremamente bagunceira e barulhenta, então são muito divertidos. Mônica se deu bem com todos e chamou muita atenção, tanto por sua beleza e carisma, quanto pela interação com Jason e eu. Mas depois ela some e a encontramos chorosa, desarrumada e se preparando para ir embora. Claro que fiquei em dúvida se ela estava assim pelo período menstrual, ou pelo embate com a minha irmã, mas não, ela esconde algo muito sério. Tentei diversas vezes fazer ela falar e tentei respeitar seu tempo, mas ela não está bem e isso me chateia por não poder ajudar. Quando saí do salão para tomar um ar, recebi a ligação de Lucy, agradecendo aos céus por eu ter atendido, pois Mônica não deu sinal de vida desde ontem. E quando eu a parabenizo sobre a gravidez ela se espanta por ela já estar sabendo, perguntei se ela não tinha mandado por
Mônica Quando cheguei em Los Angeles foi tudo um borrão. Mas descobri por um homem com uma placa escrito meu nome no aeroporto, que Morgan se preocupou com a minha chegada e a minha chegada em casa em segurança. Ele não se despediu, mas sei que se importa. Espero um dia poder reparar esse dano que estou fazendo a eles dois. Porque deixar Morgan chateado e Jason magoado acabou comigo de uma maneira que não poderia medir. A primeira coisa que fiz quando Clara apareceu para trabalhar, foi dispensar ela, não posso pensar em agenda, compromisso e clientes, enquanto Ronald está me rondando. Paguei os próximos 3 meses de salário para ela ficar em casa e outras 2 funcionárias. Claro que ela ficou surpresa e confusa, mas não posso explicar, não agora. Ao chegar na minha casa, fico perdida e sem saber o que fazer, Matteo já havia dito que foram para Miami, essa seria uma ótima oportunidade de Lucy conhecer a sua família e falar sobre o bebê. Queria poder abraçá-la, e dizer que estarei aqu
Mônica Depois que falei com Isa, fui na rua comprar o celular descartável, me sentindo uma criminosa me esgueirando pelos cantos tentando não ser vista. Aproveitei e comprei algumas coisas no mercado e me tranquei em casa. Depois de ligar para Isa e passar o número dos dois aparelhos que comprei, eu me enterro no trabalho, tentando não pensar tanto em Ronald, Morgan ou Jason. Eu falo com meus pais 2x por mês aproximadamente, eles não usam celulares e saem muito de casa, então não tenho um contato constante com eles, talvez um conselho de mãe seria bom, mas e quando você não pode falar para sua mãe tudo o que anda acontecendo? Já fazem 2 meses que não nos falamos. Falei com Lucy e tentei não passar toda a minha ansiedade e medo pela voz. Ela está feliz e radiante diante da sua gravidez, nem imaginava que ficaria tão feliz em ser mãe. Mais tarde Matteo disse que conversou com um amigo de confiança e explicou meu caso, sem citar nomes. Mesmo temerosa, eu o agradeço e tento ter esper
Mônica Ouço as vozes eufóricas e alegres das minhas amigas falando sobre suas experiências sexuais, numa cafeteria de luxo, no centro de Mississippi. Cada uma tem uma história para contar, uma mais louca que a outra, de suas experiências sexuais passadas, loucuras de adolescentes e loucuras atuais. Meu rosto queimou de vergonha por não saber metade de tudo que elas falam. Então tomei meu chá gelado e só sorrio e aceno, tentando não parecer deslocada.— Hoje eu fiz uma DP, estou viciada nisso, agora eu e meu marido não vivemos mais sem nossos brinquedinhos. – Uma delas fala sem vergonha alguma.“ O que é DP?” Penso comigo mesma.— Eu comprei um sugador de clitóris e agora estou viciada, porque meu namorado não sabe fazer oral direito. – Outra mulher comenta.“ Sugador de clitóris? Como isso funciona?”— No meu caso, eu gosto de anal, e não preciso desses brinquedos de borracha, só o pau do meu homem já basta hahaha! – Lana se gaba.— Eu sou mais tranquila, mas tenho um fraco por enf
Mônica — Ronald, eu posso explicar! Ele sai de dentro e de cima de mim, me fazendo sentir suja e envergonhada. Mas ao mesmo tempo confusa sobre como ele sabe disso. — Quero que explique mesmo! — Eu estava curiosa, porque ouvi uma conversa sobre esse tipo de coisa com as meninas… eu só queria saber como era! — Acho que essas mulheres que você chama de amigas, não estão sendo uma boa influência para você, deveria parar de ver elas. — Como você sabe sobre o que eu pesquisei? Isso é invasão de privacidade! — Somos casados, não tem essa de invasão de privacidade! E não queira se comparar com essas mulheres. Você é a minha esposa, e é de respeito, esse tipo de foda, só se faz com vagabundas na rua, e você não é uma delas. — Eu só queria fazer algo diferente Ronald, achei que gostaria disso! — Eu estou muito bem como estamos, e espero que também esteja, porque não vou mudar o jeito que transamos. Já falei que é minha esposa, e não uma prostituta! Assim ele se levanta da cama
Mônica Chegando em casa, depois de uma viagem silenciosa no carro, Ronald tira seu terno e joga no sofá de maneira ríspida. Ele me pega pelo braço e sinto seus dedos afundar na minha carne.— Mas que diabos está fazendo? – Pergunto assustada.— O QUE VOCÊ ESTÁ TENTANDO PROVAR? FALANDO POR QUASE UMA HORA COM UM HOMEM, FEITO UMA VAGABUNDA!!— Ronald ele é…— NÃO ME INTERESSA O QUE ELE É, EU SÓ FIQUEI COM CARA DE IDIOTA NA FRENTE DOS MEUS AMIGOS, FAZENDO PIADA COMIGO, PORQUE NÃO CONSIGO NEM CUIDAR DA MINHA MULHER. Ele grita a plenos pulmões com ciúmes de um homem gay, eu me assusto com sua maneira grosseira e assustadora de falar. — Você está louco, ele é gay, pensei que soubesse disso! E não grite comigo assim, eu exijo respeito, Ronald!— Primeiro, não me espera para jantar, segundo, procura pornografia de vadia na internet e terceiro, me desrespeita na frente de todos. O que vem a seguir?— Quer saber, Ronald! Quando estiver mais calmo, eu volto a falar com você. Eu não vou discut
MônicaDesde o dia em que Ronald me bateu, ele me trancafiou dentro de casa, e manteve um segurança na porta. Já faz um mês que estou enlouquecendo aqui. Faço a refeição e ele não come mais. Tranca a porta do quarto enquanto dormimos, ou seja, estou presa na minha casa de luxo. Meus planos de me divorciar, receber minha parte dos bens e recomeçar, foram por água abaixo. Já implorei milhares de vezes a ele para me deixar pelo menos ter a minha rotina de antes, poder sair de casa e interagir com o resto do mundo. Mas ele não permitiu, e ninguém pode me ligar, porque ele quebrou o meu celular, tirou meu acesso a internet e telefone. Um certo dia estava me lamentando por não ter dinheiro em espécie para conseguir fugir, então eu tento abrir o cofre e para a minha surpresa, ele não mudou a senha. Lá dentro tem uma boa quantidade de dinheiro e acabei pegando um pouco de cada maço de notas, para ele não perceber a falta no volume. Selecionei minhas jóias mais caras e guardei num lugar que