Eu havia perdido a consciência, quando acordei a nave já estava muito distante de Netuno.
- Onde estou? – Pensava em voz alta.
Retiro o sinto de segurança e caminho pela nave, não é grande, mas abro algumas coisas que vejo pela frente, como caixas, gavetas, baús, e encontro comida, alguns enlatados e vinho. A um armário, mas não consigo abri-lo.
Quantos dias há se passado? Eu não faço ideia de onde estou, que dia estou, mas a comida que encontrei, está ótima.
A uma pequena salinha para fazer as necessidades, a única coisa que eu conseguia pensar era como é bom se sentar em uma privada e poder limpar a bunda com papel higiênico.
Se bem me lembro, o general disse que levaria alguns dias, deve ser menos de uma semana, mas não tem como contar as horas, nem mesmo me basear no sol, tudo que há ao meu redor é escuridão, e o bri
Tudo que ocorreu foi trágico demais, não sei dizer quanto tempo se passou desde o início. Será que alguém sentiu nossa falta na terra? Ou o general se certificou de cuidar desse detalhe também? Com tudo, foi confirmado que poderíamos ter saído vivos se trabalhássemos juntos desde o início. Cada um de nós possuía algo que poderia ser nossa salvação ou destruição. Ainda me questiono, para que serviria a chave allen do Abner? Ou o batom da Larissa? O que teria na passagem secreta dentro da adega? Se a décima terceira pessoa jogou vinho cheio no Matt, poderia ser uma adega cheio de vinho?! Não apenas, mas comida também! Pois se a décima terceira pessoa de fato era o engenheiro, então ele colhia as frutas e legumes. Talvez não tenhas sido Matt que acumulaste os legumes em um local, e sim o engenheiro
A LUA DE NETUNO Escrito por Piter Cezepauski Índices Capítulo Pág. 7 Capítulo Pág. 11 Capítulo Pág. 20 Capítulo Pág. 35 Capítulo Pág. 44 Capítulo Pág. 50 Capítulo Pág. 60 Capítulo Pág. 67 Capítulo Pág. 76 Capítulo Pág. 88 Capítulo Pág. 96 Capítulo Pág. 107 Capítulo Pág. 115 Capítulo Pág. 121 Capítulo Pág. 129 Capítulo Pág. 136 Capítulo Pág. 148 Capítulo Pág. 158 Introdução A lua de Netuno, tem foco na vida de jovens adultos a qual se encont
- Onde estou? – É a primeira coisa que consigo pensar ao recobrar a consciência. Há mais pessoas acordando recentemente, parecem confusas. Olho ao redor, é um lugar a qual jamais estive antes, uma espécie de estufa, abandonada. Cipós, arvores, madeiras velhas e quebradas, bancadas e algumas mesas sem condições de uso, além de enormes plantações e vegetações. É um lugar grande, eu consegui contar 13 pessoas comigo, mas onde estamos? Por que não me recordo de nada? Vejo algumas pessoas cochichando, então decido me aproximar. - Olá pessoal? Por acaso, vocês sabem que lugar é este? Acho que bebi demais noite passada, não lembro de absolutamente nada – Pergunto, gentilmente - Estamos na mesma situação que você, não sabemos que lugar é este nem como viemos parar aqui – Responde um rapaz, preocupado - Qual o nome de vocês? – Perguntei aos três
Matt reuniu algumas pessoas e caminharam até um canto da sala para pensar no que fazer, e discutir sobre a situação atual, como um líder frio e autoritário, querendo fazer as coisas do seu próprio jeito. Sendo assim, Drew, Larissa, Louis, Shayane e Rodrigues, seguiram Matt até o outro canto da sala. Dessa forma Derick, Abner, Luna, Thayse, Kuri e eu, conseguimos nos conhecer melhor, conversando sobre nossos passados, sobre nossos pais, sobre nossas infâncias, e até mesmo sobre relacionamentos. De alguma forma as histórias que a Luna contou sobre si mesma, me deixou curioso sobre ela, sem contar que ela é muito bonita, e em primeiro momento, nos demos muito bem. Algumas coisas que contei, ela se identificou e deu risadas com minhas histórias, mas não é hora para pensar em alguma coisa a mais, o tempo está passando e agora estamos divididos, seis pessoas para cada lado.
- E então, conseguiram? – Perguntou Matt - Não, está emperrada, precisávamos de um pé de cabra ou algo parecido – Respondeu Derick - Vocês são inúteis, onde vamos achar um pé de cabra? – Questionou Matt, enfurecido - Com mais gente lá em cima, talvez consigamos abrir – Sugeriu Thayse - Louis, você acha que consegue subir até lá da mesma maneira que eles subiram? – Perguntou Matt - Não, não vou conseguir, vou acabar caindo – Disse Louis, com medo - Vamos desamarrar os cipós e jogar para eles lá em cima, assim poderemos subir escalando – Disse Kuri, mas foi tarde demais. Drew decidiu se pendurar, e os cipós não aguentaram, na metade do caminho, se arrebentam ao meio, o fazendo cair. - Drew o que está
Por fim, Drew adormeceu, assim pudemos nos focar novamente em preparar uma refeição, enquanto Abner e eu preparamos uma fogueira, Kuri e Larissa procuram pela volta alguma coisa útil, e Rodrigues, Luna e Thayse exploram a estufa procurando por água. Louis vai atrás de Shay e Matt, que ainda não voltaram, que assim seja. Está anoitecendo rápido? Isso é normal? Enquanto Abner e eu tentamos acender a fogueira, conversamos sobre alguns assuntos. - Você é bem habilidoso em preparar uma fogueira, fazia muito disso antes de...bom, parar aqui? – Pergunto, curioso - Eu sempre fui muito pobre, quando criança, a maneira que meus pais cozinhavam era assim, então eu aprendi muito com eles, em volta da fogueira esperando pela comida. – Conta Abner - Parece ser uma lembrança bonita – Comento - A
Por fim adormeci, se é que posso dizer, pois tive pesadelos e sonhos confusos ao longo da noite, tomado por sentimentos estranhos e situações desconfortáveis, sem mencionar a sede e o frio que fazia, mas por fim, pela manhã, todos acordamos aos sustos. Irrigadores por todos os lados, despertam do chão e jorram água por toda vegetação. O que posso dizer, por um lado foi bom, assim pudemos tomar água e acabar com a sede. Ao mesmo tempo me vem a mente, pensamentos que alguém cuidaste dessa estufa, então logo, cedo ou tarde, aparecerá alguém para colher os frutos. É com isso que conto. Luna se aproximou de mim pela manhã, de uma forma intima, puxou assunto, ficava ao meu lado, mesmo quando eu me afastava a mesma vinha em minha direção, me tocava, posso dizer que estamos mais próximos, mas ainda sinto algo estranho em relação a noite passada, pois ela me ignorou completamente, achei que dormiríamos juntos, ou perto, mas nã
No caminho de volta, amarrei tudo que encontrei de galhos mais resistentes com cipó, junto a alguns morangos e tomates que coletei junto a Luna, e joguei para o Derick. - Não é água, mas dá para enganar a sede – Comentei - Obrigado Son, é o bastante por hoje, sei que as coisas não estão fáceis aí embaixo também – Agradeceu Derick, compreensivo. Assim quando Luna e eu retornamos para o acampamento onde estão os demais, ouço piadas vindo de Thayse, como “Hum, onde estavam todo esse tempo? Ah precisam nem responder” e alguns olhares maliciosos, mas não me importei, nem mesmo Luna, ao contrário, demos risadas, mas não confirmamos nada. E voltando aqui, vejo que está tudo ruim, a situação de Drew está piorando. - Son preciso do seu isqueiro, irei derreter esses remédios e aplicar na veia da perna de Drew, com a seringa