No caminho de volta, amarrei tudo que encontrei de galhos mais resistentes com cipó, junto a alguns morangos e tomates que coletei junto a Luna, e joguei para o Derick.
- Não é água, mas dá para enganar a sede – Comentei
- Obrigado Son, é o bastante por hoje, sei que as coisas não estão fáceis aí embaixo também – Agradeceu Derick, compreensivo.
Assim quando Luna e eu retornamos para o acampamento onde estão os demais, ouço piadas vindo de Thayse, como “Hum, onde estavam todo esse tempo? Ah precisam nem responder” e alguns olhares maliciosos, mas não me importei, nem mesmo Luna, ao contrário, demos risadas, mas não confirmamos nada.
E voltando aqui, vejo que está tudo ruim, a situação de Drew está piorando.
- Son preciso do seu isqueiro, irei derreter esses remédios e aplicar na veia da perna de Drew, com a seringa
Durante a refeição percebo que ninguém separa algo para levar para o Derick, pego minha parte, e coloco em um pedaço de madeira, cara estou faminto, todos estamos, mas eu não poderia deixar meu amigo sem nada. Me retiro do círculo em volta a fogueira, e ninguém parece perceber. Escondo a comida que separei em um canto e volto ao círculo, me sentando ao lado de Abner. Por fim todos terminam de comer, parece ser hora de aliviar o que tem para aliviar das necessidades, e dormir. Realmente, ninguém separou nada para o Derick, o que está acontecendo? Dessa forma me retiro novamente, pego a bandeja de madeira de comida que separei, e levo para Derick. - Derick! – Grito, o chamando - Eae Son, você por aqui?! – Acena Derick, do alto. - Pois é, hoje fiquei encarregado de lhe trazer comida – Respondo, simpático - Que ótimo, estou
Drew faleceu, amanheceu duro, vá em paz meu amigo, vá em paz. Larissa, assim como Matt, parecem abatidos com a situação. - O que faremos? – Ouço Abner questionar Eu particularmente não gosto de ver tais cenas, pois não sei se consigo demonstrar sentimentos, e não sei o que fazer, como reagir ou agir nessas horas. Assim decido procurar por Luna. Caminhando as espreitas finalmente a encontro, e ao meu lado, um tomate, o único tomate restante. Eu estou faminto, poderia devorar esse tomate agora mesmo, mas a cena a minha frente, eu não poderia deixar acontecer, Rodrigues está prestes a beijar a Luna, talvez já tenham feito isso antes, talvez seja a primeira vez, mas por impulso, pego o tomate e arremesso em direção a ele, o acertando precisamente em seu rosto, isso o deixou furioso. Ele grita, grita de raiva, sujo de tom
Eu acordo pela manhã, e não foi pelos irrigadores, por algum motivo, eles não despertaram hoje. Estou um pouco zonzo, e confuso sobre o que aconteceu. Recobrando a consciência, aos poucos lembro do acontecido, e dos fatos. Analiso o lugar em que estou, uma espécie de porão, está mais para uma Adega, porém sem vinhos nas prateleiras, mas como vim parar aqui dentro? Ao sair, empurro o alçapão, com ar de esperança e para meu desânimo eu continuo na estufa. Então havia uma passagem secreta aqui, mas por quê? E para me distrair novamente, encontro os legumes que estava a procurar com Abner, os mesmos que me fizeram cair. Assim os recolho, e próximo ao acampamento, os escondo. Os demais estão sentados em volta da fogueira com fogo baixo, se secando dos irrigadores. E nem parecem se importar ou sequer lembrar do acontecido da noite passada. Noto que o corpo de Drew sumiste. - H
Aproveitando a luz do dia, caminho sozinho pela vegetação procurando pelo local onde Matt e os outros estão. Me perco, dou voltas, ando em círculos, o tempo passa, a noite vem, e no último momento ouço vozes próximas, e assim finalmente encontro o local onde estão acampados. Escondido no meio das vegetações, analiso o grupo. A maior dificuldade que eles têm é para acender a fogueira, pois ninguém tem fogo, apenas eu possuo o isqueiro e ele nunca se afasta de mim. Porém está tudo preparado, madeiras coletadas, palha seca, faltando somente acender as palhas e fazer o fogo subir. Está frio, e Luna, está tão linda, a luz azul que vem de cima, refletindo nela, a deixa tão encantadora. Eu sei que eu não deveria fazer isso, e é até arriscado, mas vê-la passar necessidades, eu não consigo, é maior que eu. Tento chamar sua atenção, aproveitando um momento a qual ela se distanciou dos demais. Curiosa ela se aproxima dos
Finalmente amanhece, e os irrigadores despertam, acordando o grupo inteiro. Não há tempo de reclamar, a única coisa que conseguem pensar, é em beber água. Nessa euforia, Luna decide me procurar, aproveitando que todos estão distraídos. Abner e eu ouvimos os irrigadores jorrando água, saímos da Adega e pudemos aproveitar, beber, e como eu estava com sede, fugir do Matt noite passada não foi fácil. Assim percebo, colocando as mãos nos bolsos a falta do canivete, eu havia perdido, provavelmente na fuga desesperada. Comento com Abner e assim decidimos ir procurar pelo acampamento. - E se Matt voltar? – Pergunta Abner - De dia? Ele não tem coragem – Respondo - Como pode ter tanta certeza? – Questiona Abner - Ontem foi sua primeira noite fora da influência da luz azul, acho que você per
Assim passaste mais um dia, Abner e eu não temos mais fogueiras nem a sorte de encontrar algo para comer, passamos a noite na Adega, onde é seguro estar. No acampamento de Matt, ele havia retornado sozinho pela madrugada, os gritos de Thayse não duraram muito, isso possibilitou os demais caírem no sono, na estranha influência da luz azul. Após os irrigadores despertarem, Abner e eu seguimos caminho até Derick, e não precisou de muitos gritos para Derick aparecer. - Como está as coisas? Passamos aqui ontem e você não parecia estar – Digo, o saudando, com esperança. A expressão no rosto de Derick não esconde que descobrisse algo, algo terrível. Com poucas palavras, Derick diz ter conseguido abrir a porta de metal. - Realmente essa porta é de um elevador, mas para conseguir acesso, e assim descer, é preciso de uma espécie d
Ao amanhecer no acampamento de Matt, o inevitável aconteceu, Kuristian acordou morto, duro, para lastima dos demais, então que assim seja, talvez tenhas sido melhor do que estar em sofrimento de uma dor terrível. Após os irrigadores pararem de jorrar água, Matt molhado vai até Luna e a ameaça, dizendo que será sua vez hoje a noite, caso ela não entregue Son, e faça o que Matt mandar. Larissa havia pegado a carta que caíste do bolso da Luna, e para salvar sua vida, sua pele, decide ir até Matt, sozinha, aproveitando a saída de Luna, para mostrar a carta, o bilhete, acusando Luna de ter escondido por todo esse tempo. Mas se preparou antes, usando seu batom vermelho, arriscando que dará certa sua sedução.Matt já estava enfurecido com Luna, por causa dos encontros secretos q
Luna vai a frente, e Abner e eu estávamos a sua espera. Logo quando a vejo, digo – Luna! Que bom que venho. Onde estão os outros? – Feliz em vê-la Desviando o olhar, com a cabeça baixa, Luna se desculpa, e diz não ter tido outra escolha. - Do que está falando meu amor? Está tudo bem, vamos dar o fora desse lugar, com ou sem os outros. – Respondo, com a mão em seu queixo. Luna se afasta e da vegetação, Matt aparece, com sede de vingança. - Finalmente nos encontramos seu covarde! – Diz Matt - Então foi uma armadilha?! Tudo bem, estávamos mesmo querendo conversar com você – Respondo - Conversar? Eu vim aqui para matá-lo! Seu covarde! – Afirma Matt - Você matou quase todo mundo, covarde é você que feriu duas mulheres – Argumento &nb