Ainda ouvia-se os gritos estrondosos que ecoavam por todo o lado. Morelli se debatia na maca, com os olhos esbugalhados e totalmente negros por completo.
Dois Monges seguravam, um de cada lado, os braços da loira enquanto Jehtró tentava se comunicar com o "ser" infiltrado no corpo da garota.
Jehtró se manteve fixado no chakra que via emanar do coro da cabeça de Morelli. Em transe ele viu uma sombra escura se alastrando por todo o lado. A forma que ele muito bem.
A sombra tornou-se um corvo enorme que grunhia em direção do monge. Jehtró naquele momento teve a certeza absoluta dê quem se tratava. Era Bear em sua forma espiritual. Seu ex aluno brilhante:
- O que quer aqui? -Perguntou o monge, para aquela figura. O corvo se desfez, transformando-se em humano, novamente. Bear sorria de canto enquanto encarava seu antigo professor. - Diga-me, logo.
- Você sabe o que eu quero, Jéhtro. N&a
- Precisamos falar com o Jéhtro! - Disse Rhea, com raiva em seus olhos, ao ouvir que Florence poderia trair o monastério.- E o que? Começaríamos uma guerra nós mesmos? Não sabemos do que Florence é capaz. - respondeu Philip.- E devemos ficar parados, então? Por que nunca contou o que viu para ninguém?O vidente suspirou fundo, olhando dentro dos olhos de Rhea. Algo em seu interior fazia com que ele "instintivamente" protege-se sua velha amiga. E isso estava na cara :- Uma coisa que aprendi sendo vidente é que podemos mudar o futuro. Sempre torci para que Florence muda-se. - respondeu Philip.- Eu prometo que não irei dizer nada. Mas você deveria repensar sobre. Acho que os monges deveriam saber.- Vou pensar. Mas agradeço se você não falasse nada por enquanto.- Obrigada! - agradeceu Rhea. - Pode confiar em sobre isso.Os d
Nada era tão amedrontador do que a maldade estampada na alma de Gazu Wong. Seus olhos eram fundos, com marcas negras ao redor, eram tristes e odiosos ao mesmo tempo.Transparecendo o pior que existia dentro de mim. Seu corpo era frio, assim como o coração que batia tão devagar dentro de seu peito. Expressão que que carregada era de dor e sofrimento.Há quem dissesse que estar na presença daquele homem era como perder parte de toda a felicidade que existia. Era como se o mundo todo estivesse em pura agonia. A energia era pesada demais. A sensação era de total desespero e terror.Gazu bufava sentado em uma espécie de trono, todo banhado a ouro, no saguão de sua casa. Nervoso, ele bateu no rosto, com força, em uma de suas gueixas que lhe sérvia champanhe, ajoelhada. A moça no chão ficou, engolindo seco o seu choro de dor.- Tragam-no aqui! - ele ordenou.
Ela viajava no tempo. Mas ele mesmo não era seu aliado. Era como um pai carrasco e frio, que sempre fazia algo para lhe ensinar uma lição dolorosa. O tempo e seus poderes fantásticos, do envelhecimento a morte. Da vida ao suspiro de adeus.O tempo, aaah o tempo, senhor de todo o universo. Impiedoso, ele escorre como água e vento por entre os dedos de umas mãos aflitas tentando em vão controlá-lo ou ao menos segurá-lo, mas ninguém, nem mesmo o tempo é capaz de si poupar. O próprio tempo é incontrolável.Mesmo que quisesse, ele não pode e nem deve parar. Dele depende que tudo mude. Se ele estaciona as coisas desandam. Como um rio é necessário que ele flua, pois tem muito o que ensinar. Pare, veja.
Eles retornaram ao monastério e tudo estava calmo, aparentemente. Os olhos de Bear se encheram de nostalgia ao percorrer por todo o lugar. Apesar de ter passado sua estadia no monastério de Hong Kong,- Eu não me lembrava que era tão grande! - Exclamou boquiaberto. - O de Hong Kong é exatamente igual a esse.Os dois se olharam com carinho e o monge se despediu com um "namastê" antes de adentrar as salas.- Fique a vontade. - Ele disse.- E os alunos quando me verem? Alguns sabem quem eu sou.- Sei que dará conta, Bear. Você é carismático. - Brincou Jéhtro. - Boa noite.Bear estava sozinho entre as linhas inimigas, não sabia quais seriam as reações das pessoas ao o verem ali. Pois ele tinha certeza que todos já ouviram falar dele, pelo menos uma vez na vida.- Olá?! - Disse um monge, vindo ao seu encontro.- Bruno? Ainda
Um leve choque entre os dois corações fez com que Rhea e Morelli se afastassem do longo abraço. Uma olhou para a cara da outra e sem entenderem nada, sorriram de nervoso:- O que foi isso? - Morelli questionou.- Energia, talvez.- É, fiquei dias elevando os meus chakras. Pode ser isso, realmente.- Bom te ver! - Exclamou Rhea, tentando quebrar o gelo.- Parece que fiquei desacordada por longos anos - Sorriu, Morelli. - Me sinto até estranha de estar aqui.- É, você nos deu um susto e tanto.- Até agora eu não entendi muito bem o que aconteceu.- O importante agora é que você está bem! - Concluiu Rhea, pegando nas mãos de Morelli. - Bem até demais.- Morelli? interrompeu Florence - Preciso falar com você.- O que foi?A garota parecia eufórica e um tanto nervosa. E seu demblante era de medo.-
- Senhorita, D'onson? - Rhea olhou para trás viu o rosto de seu professor, Teman. - Poderia me acompanhar, por favor? - Ele pedia, educadamente.- Achei que a aula só começaria mais tarde, professor. - Retrucou a garota - Além do mais eu tenho alguns assuntos para tratar.- A Morelli vai sobreviver a sua ausência. Não se preocupe. - Sorriu Teman - Agora siga-me.Rhea não poderia ter ficado mais envergonhada em ouvir aquela suposição. Era tão óbvio assim?- Para onde vamos?- Um lugar muito especial. - Teman disse.- Ok! - exclamou Rhea, seguindo seu professor até os confins do monastério. Era um lugar totalmente novo a qual ela nunca teve quaisquer informação sobre a existência.Era uma caverna toda coberta por pedras grandes e pequenas. De cores variáveis e brilhos intensos. No fundo, bem além de onde estavam, u
Seus olhos se mantinham fixados no teto de madeira. Seu corpo estava imóvel enquanto uma música ecoava em sua cabeça, mesmo sem Rhea D'onson saber o verdadeiro motivo.Estava chovendo e o barulho era abafado pelo silêncio de sua mente. Era tudo muito angustiante.Já era noite e todos estavam dormindo no monastério o que deixava o ambiente ainda mais quieto.Porém, dentro da viajante do tempo, não podia estar mais perturbado. O caos completo. Seus sentimentos estavam bagunçados até demais e ela não sabia mais o que fazer.Como não conseguia mais deixar pra lá, resolveu se vestir e sair do quarto. Resolveu voltar para o futuro, investigar o que e quem ela tinha esquecido por lá.Estava tudo escuro, a não ser por algumas velas que serviam de luminária, que clareava bem pouco o caminho até o jardim de meditação.Pen
"Só há um tempo em que é fundamental despertar. Esse tempo é agora "Na escuridão, junto a uma brisa uivante, dois olhos vermelhos saltaram do breu angustiante e denso.- Não podemos esperar mais, mestre!- disse uma voz rouca e grossa que ecoava. - O que vamos fazer?- Acorde o demônio Mara, Ecza.- Seria mesmo uma boa ideia? Mara está adormecido a muitos milénios, meu senhor.- Acorde-o. - Gazu era categórico - Agora. - Ecza respirava fundo em frente ao receptáculo. Um tipo de vaso enorme e cheio de feitiços Hindus. O lacaio repetia as palavras descritas no vaso. Em uma linguagem antiga demais " gZhan-'phruldbang-byed"Uma fumaça vermelha começou a sair de uma fresta da tampa, que se formava em um redemoinho.- Levante-se, Demônio Mara , Pai de Kama, Deus do desejo ... - A voz estridente repetia. Gazu olhava com sadismo