- Precisamos falar com o Jéhtro! - Disse Rhea, com raiva em seus olhos, ao ouvir que Florence poderia trair o monastério.
- E o que? Começaríamos uma guerra nós mesmos? Não sabemos do que Florence é capaz. - respondeu Philip.
- E devemos ficar parados, então? Por que nunca contou o que viu para ninguém?
O vidente suspirou fundo, olhando dentro dos olhos de Rhea. Algo em seu interior fazia com que ele "instintivamente" protege-se sua velha amiga. E isso estava na cara :
- Uma coisa que aprendi sendo vidente é que podemos mudar o futuro. Sempre torci para que Florence muda-se. - respondeu Philip.
- Eu prometo que não irei dizer nada. Mas você deveria repensar sobre. Acho que os monges deveriam saber.
- Vou pensar. Mas agradeço se você não falasse nada por enquanto.
- Obrigada! - agradeceu Rhea. - Pode confiar em sobre isso.
Os d
Nada era tão amedrontador do que a maldade estampada na alma de Gazu Wong. Seus olhos eram fundos, com marcas negras ao redor, eram tristes e odiosos ao mesmo tempo.Transparecendo o pior que existia dentro de mim. Seu corpo era frio, assim como o coração que batia tão devagar dentro de seu peito. Expressão que que carregada era de dor e sofrimento.Há quem dissesse que estar na presença daquele homem era como perder parte de toda a felicidade que existia. Era como se o mundo todo estivesse em pura agonia. A energia era pesada demais. A sensação era de total desespero e terror.Gazu bufava sentado em uma espécie de trono, todo banhado a ouro, no saguão de sua casa. Nervoso, ele bateu no rosto, com força, em uma de suas gueixas que lhe sérvia champanhe, ajoelhada. A moça no chão ficou, engolindo seco o seu choro de dor.- Tragam-no aqui! - ele ordenou.
Ela viajava no tempo. Mas ele mesmo não era seu aliado. Era como um pai carrasco e frio, que sempre fazia algo para lhe ensinar uma lição dolorosa. O tempo e seus poderes fantásticos, do envelhecimento a morte. Da vida ao suspiro de adeus.O tempo, aaah o tempo, senhor de todo o universo. Impiedoso, ele escorre como água e vento por entre os dedos de umas mãos aflitas tentando em vão controlá-lo ou ao menos segurá-lo, mas ninguém, nem mesmo o tempo é capaz de si poupar. O próprio tempo é incontrolável.Mesmo que quisesse, ele não pode e nem deve parar. Dele depende que tudo mude. Se ele estaciona as coisas desandam. Como um rio é necessário que ele flua, pois tem muito o que ensinar. Pare, veja.
Eles retornaram ao monastério e tudo estava calmo, aparentemente. Os olhos de Bear se encheram de nostalgia ao percorrer por todo o lugar. Apesar de ter passado sua estadia no monastério de Hong Kong,- Eu não me lembrava que era tão grande! - Exclamou boquiaberto. - O de Hong Kong é exatamente igual a esse.Os dois se olharam com carinho e o monge se despediu com um "namastê" antes de adentrar as salas.- Fique a vontade. - Ele disse.- E os alunos quando me verem? Alguns sabem quem eu sou.- Sei que dará conta, Bear. Você é carismático. - Brincou Jéhtro. - Boa noite.Bear estava sozinho entre as linhas inimigas, não sabia quais seriam as reações das pessoas ao o verem ali. Pois ele tinha certeza que todos já ouviram falar dele, pelo menos uma vez na vida.- Olá?! - Disse um monge, vindo ao seu encontro.- Bruno? Ainda
Um leve choque entre os dois corações fez com que Rhea e Morelli se afastassem do longo abraço. Uma olhou para a cara da outra e sem entenderem nada, sorriram de nervoso:- O que foi isso? - Morelli questionou.- Energia, talvez.- É, fiquei dias elevando os meus chakras. Pode ser isso, realmente.- Bom te ver! - Exclamou Rhea, tentando quebrar o gelo.- Parece que fiquei desacordada por longos anos - Sorriu, Morelli. - Me sinto até estranha de estar aqui.- É, você nos deu um susto e tanto.- Até agora eu não entendi muito bem o que aconteceu.- O importante agora é que você está bem! - Concluiu Rhea, pegando nas mãos de Morelli. - Bem até demais.- Morelli? interrompeu Florence - Preciso falar com você.- O que foi?A garota parecia eufórica e um tanto nervosa. E seu demblante era de medo.-
- Senhorita, D'onson? - Rhea olhou para trás viu o rosto de seu professor, Teman. - Poderia me acompanhar, por favor? - Ele pedia, educadamente.- Achei que a aula só começaria mais tarde, professor. - Retrucou a garota - Além do mais eu tenho alguns assuntos para tratar.- A Morelli vai sobreviver a sua ausência. Não se preocupe. - Sorriu Teman - Agora siga-me.Rhea não poderia ter ficado mais envergonhada em ouvir aquela suposição. Era tão óbvio assim?- Para onde vamos?- Um lugar muito especial. - Teman disse.- Ok! - exclamou Rhea, seguindo seu professor até os confins do monastério. Era um lugar totalmente novo a qual ela nunca teve quaisquer informação sobre a existência.Era uma caverna toda coberta por pedras grandes e pequenas. De cores variáveis e brilhos intensos. No fundo, bem além de onde estavam, u
Seus olhos se mantinham fixados no teto de madeira. Seu corpo estava imóvel enquanto uma música ecoava em sua cabeça, mesmo sem Rhea D'onson saber o verdadeiro motivo.Estava chovendo e o barulho era abafado pelo silêncio de sua mente. Era tudo muito angustiante.Já era noite e todos estavam dormindo no monastério o que deixava o ambiente ainda mais quieto.Porém, dentro da viajante do tempo, não podia estar mais perturbado. O caos completo. Seus sentimentos estavam bagunçados até demais e ela não sabia mais o que fazer.Como não conseguia mais deixar pra lá, resolveu se vestir e sair do quarto. Resolveu voltar para o futuro, investigar o que e quem ela tinha esquecido por lá.Estava tudo escuro, a não ser por algumas velas que serviam de luminária, que clareava bem pouco o caminho até o jardim de meditação.Pen
"Só há um tempo em que é fundamental despertar. Esse tempo é agora "Na escuridão, junto a uma brisa uivante, dois olhos vermelhos saltaram do breu angustiante e denso.- Não podemos esperar mais, mestre!- disse uma voz rouca e grossa que ecoava. - O que vamos fazer?- Acorde o demônio Mara, Ecza.- Seria mesmo uma boa ideia? Mara está adormecido a muitos milénios, meu senhor.- Acorde-o. - Gazu era categórico - Agora. - Ecza respirava fundo em frente ao receptáculo. Um tipo de vaso enorme e cheio de feitiços Hindus. O lacaio repetia as palavras descritas no vaso. Em uma linguagem antiga demais " gZhan-'phruldbang-byed"Uma fumaça vermelha começou a sair de uma fresta da tampa, que se formava em um redemoinho.- Levante-se, Demônio Mara , Pai de Kama, Deus do desejo ... - A voz estridente repetia. Gazu olhava com sadismo
As luzes das ruas começaram a piscar freneticamente, quando na esquina da Fillmore Street, Rhea e Morelli apareceram de mãos dadas, após um estrondo :- Onde estamos ? – Perguntou Morelli, pondo a mão em sua cabeça.- Como assim ? Pensei que para você se transportar para algum lugar, deveria saber ou conhece-lo – Disse Rhea .- Eu andei estudando psicomantria...- O que ? O que é isso?- Me permite me transportar pra onde alguém queira ir, mesmo que eu não saiba onde é . Se você sabe, e se você esta comigo, bem eu consigo transportar a gente, sem problemas.- Esses monges me dão medo, as vezes. – Exclamou Rhea ,franzindo o cenho. – Estamos em Washington.- Washington ? Por que ?- Algo me diz para vir aqui.. é tudo tão estranho. Tenho uma sensação muito vaga de conhecer alguém mas ao