Um leve choque entre os dois corações fez com que Rhea e Morelli se afastassem do longo abraço. Uma olhou para a cara da outra e sem entenderem nada, sorriram de nervoso:
- O que foi isso? - Morelli questionou.
- Energia, talvez.
- É, fiquei dias elevando os meus chakras. Pode ser isso, realmente.
- Bom te ver! - Exclamou Rhea, tentando quebrar o gelo.
- Parece que fiquei desacordada por longos anos - Sorriu, Morelli. - Me sinto até estranha de estar aqui.
- É, você nos deu um susto e tanto.
- Até agora eu não entendi muito bem o que aconteceu.
- O importante agora é que você está bem! - Concluiu Rhea, pegando nas mãos de Morelli. - Bem até demais.
- Morelli? interrompeu Florence - Preciso falar com você.
- O que foi?
A garota parecia eufórica e um tanto nervosa. E seu demblante era de medo.
-
- Senhorita, D'onson? - Rhea olhou para trás viu o rosto de seu professor, Teman. - Poderia me acompanhar, por favor? - Ele pedia, educadamente.- Achei que a aula só começaria mais tarde, professor. - Retrucou a garota - Além do mais eu tenho alguns assuntos para tratar.- A Morelli vai sobreviver a sua ausência. Não se preocupe. - Sorriu Teman - Agora siga-me.Rhea não poderia ter ficado mais envergonhada em ouvir aquela suposição. Era tão óbvio assim?- Para onde vamos?- Um lugar muito especial. - Teman disse.- Ok! - exclamou Rhea, seguindo seu professor até os confins do monastério. Era um lugar totalmente novo a qual ela nunca teve quaisquer informação sobre a existência.Era uma caverna toda coberta por pedras grandes e pequenas. De cores variáveis e brilhos intensos. No fundo, bem além de onde estavam, u
Seus olhos se mantinham fixados no teto de madeira. Seu corpo estava imóvel enquanto uma música ecoava em sua cabeça, mesmo sem Rhea D'onson saber o verdadeiro motivo.Estava chovendo e o barulho era abafado pelo silêncio de sua mente. Era tudo muito angustiante.Já era noite e todos estavam dormindo no monastério o que deixava o ambiente ainda mais quieto.Porém, dentro da viajante do tempo, não podia estar mais perturbado. O caos completo. Seus sentimentos estavam bagunçados até demais e ela não sabia mais o que fazer.Como não conseguia mais deixar pra lá, resolveu se vestir e sair do quarto. Resolveu voltar para o futuro, investigar o que e quem ela tinha esquecido por lá.Estava tudo escuro, a não ser por algumas velas que serviam de luminária, que clareava bem pouco o caminho até o jardim de meditação.Pen
"Só há um tempo em que é fundamental despertar. Esse tempo é agora "Na escuridão, junto a uma brisa uivante, dois olhos vermelhos saltaram do breu angustiante e denso.- Não podemos esperar mais, mestre!- disse uma voz rouca e grossa que ecoava. - O que vamos fazer?- Acorde o demônio Mara, Ecza.- Seria mesmo uma boa ideia? Mara está adormecido a muitos milénios, meu senhor.- Acorde-o. - Gazu era categórico - Agora. - Ecza respirava fundo em frente ao receptáculo. Um tipo de vaso enorme e cheio de feitiços Hindus. O lacaio repetia as palavras descritas no vaso. Em uma linguagem antiga demais " gZhan-'phruldbang-byed"Uma fumaça vermelha começou a sair de uma fresta da tampa, que se formava em um redemoinho.- Levante-se, Demônio Mara , Pai de Kama, Deus do desejo ... - A voz estridente repetia. Gazu olhava com sadismo
As luzes das ruas começaram a piscar freneticamente, quando na esquina da Fillmore Street, Rhea e Morelli apareceram de mãos dadas, após um estrondo :- Onde estamos ? – Perguntou Morelli, pondo a mão em sua cabeça.- Como assim ? Pensei que para você se transportar para algum lugar, deveria saber ou conhece-lo – Disse Rhea .- Eu andei estudando psicomantria...- O que ? O que é isso?- Me permite me transportar pra onde alguém queira ir, mesmo que eu não saiba onde é . Se você sabe, e se você esta comigo, bem eu consigo transportar a gente, sem problemas.- Esses monges me dão medo, as vezes. – Exclamou Rhea ,franzindo o cenho. – Estamos em Washington.- Washington ? Por que ?- Algo me diz para vir aqui.. é tudo tão estranho. Tenho uma sensação muito vaga de conhecer alguém mas ao
- Você me beijou. - Rhea sentira uma sensação completamente nostálgica, naquele momento.- Eu acho que dá para se esquecer de muitas coisas, menos de um beijo, se ele foi realmente bom. - Respondeu Melanie. - Quis te ajudar.- Eu ainda não me lembro de você, com clareza. Para ser sincera, esperava que te ver, pessoalmente, me ajudaria. Tenho uma sensação muito forte sobre sua pessoa.- Pessoalmente? - Perguntou Melanie - Quem é você?- Meu nome é Rhea D'onson.- D'onson? Você é parente de Mike D'onson?- Ele é meu irmão mas por que? Como conhece ele?- Você não anda vendo o noticiário na tv?- Eu não assisto Tv faz um pouco de tempo.. - Disse Rhea, revirando os olhos - Mas o que aconteceu?- Precisa vir comigo.. - Disse Melanie, atravessando a rua. Rhea, sem entender nada, a seguiu para o
Ainda na mesma noite, Rhea seguiu até o seu quarto, após aquele beijo tão caloroso e inesperado. Ao se olhar no espelho que continha em sua mesa, viu aquela imagem revelando seus cabelos de cores diferentes. Ela não fazia ideia do que estava acontecendo mas como tudo em sua vida não era normal, não viu motivos para alarmar ninguém. Preferiu voltar para os seus estudos.- Então começou. - Exclamou Bear, aparecendo de repente, como de costumo. Mania que as vezes irritavam as pessoas ao redor. Principalmente Rhea.- Não existe porta da onde você vem? - Ela comentou, revirando os olhos. A filha do tempo lia os feitiços de Kaglioto em seu quarto, um antigo mestre do Ocidente, especializado em magias ancestrais. - Começou o que? - perguntou Rhea, olhando para ele.- A profecia.- Profecia? - Perguntou a viajante do tempo. - Que profecia é essa?- Escrita pelo
Mara caminhava dentre a floresta, rumo aos confins do monastério Azkan, que se encontravam no topo de um morro bem alto, logo após a muralha. Por onde o demônio passava, criaturas malignas se moviam em sua direção. Saindo de todos buracos e árvores podres. Saiam de qualquer escuridão fria e gelada.Uma espécie de almas perdidas que vagavam por ali, sem rumo. Esperando por alguma chance.No esconderijo de Gazu, Ethan Wong, descia as escadas do porão onde pisiccos e místicos eram mantidos em cárcere, todos acorrentados.- Finalmente. - Dizia ele, andando dentre as celas. - ... Chegou o dia em que suas vidas valeram algo para nós. Uma batalha se aproxima e vocês iram lutar ao lado do honorável Wong, até a morte. Aqueles que sobreviverem poderão ganhar sua liberdade. E se vencermos... Grandes riquezas aguardam aos que forem, de fato, merecedores.- N&
Os ventos dos quatro cantos do mundo eram agitados naquele dia, dando um ar meio apocalíptico. Coisa que não ajudava muito naquele momento. Dizem que todos os monges, em suas essências, eram pessoas calmas, de uma plenitude imensurável.Mas não era esse o caso no monastério Azkan. Jéhtro estava quase em surtos, em uma discussão sobre que o estava prestes a acontecer :- Não temos muito tempo, precisamos de todo mundo.- Acha que esses jovens estão prontos pra tudo isso, Teman?- Jéhtro, os treinamos com a máxima dedicação. Sabíamos que esse dia iria chegar muito em breve. Precisamos deles.- Mas não pensei que estaria tão perto, Teman.- Vamos, meu amigo. Não temos muita escolha. - Teman, ao contrário de Jéhtro, estava conformado e sua missão naquele momento, era de consolar e dar forç