Tempo

Ela viajava no tempo. Mas ele mesmo não era seu aliado. Era como um pai carrasco e frio, que sempre fazia algo para lhe ensinar uma lição dolorosa. O tempo e seus poderes fantásticos, do envelhecimento a morte. Da vida ao suspiro de adeus.

O tempo, aaah o tempo, senhor de todo o universo. Impiedoso, ele escorre como água e vento por entre os dedos de umas mãos aflitas tentando em vão controlá-lo ou ao menos segurá-lo, mas ninguém, nem mesmo o tempo é capaz de si poupar. O próprio tempo é incontrolável.

Mesmo que quisesse, ele não pode e nem deve parar. Dele depende que tudo mude. Se ele estaciona as coisas desandam. Como um rio é necessário que ele flua, pois tem muito o que ensinar. Pare, veja.

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