Ouviu-se um grito de dor após retornarem ao monastério. O grito ecoava para dentro do saguão e invadia todos os cômodos. Preocupados os Monges correram até onde Morelli estava estirada ao chão, urrando.
A garota se contorcia, levando suas mãos a cabeça. Uma dor a invadia. Rhea se desesperou ao ver aquela cena, parecia que alguém ou algo tentava se apossar de Morelli. Pois as veias de seu corpo pulsavam a cada grito que ela dava.
Rhea tentava acalmar a loira o máximo que podia mas parecia impossível naquele momento tão agoniante:
- Calmar, eu estou aqui com você. - Rhea se ajoelhava ao lado do corpo de Morelli - Respira, por favor.
- O que está acontecendo? - perguntou Prexton, assustado.
- Precisam manter a calma - disse Jehtró, correndo em suas direções.
- Mestre, ajude-a! - suplicou Rhea, desesperada. O monge se abaixou, enc
Ainda ouvia-se os gritos estrondosos que ecoavam por todo o lado. Morelli se debatia na maca, com os olhos esbugalhados e totalmente negros por completo.Dois Monges seguravam, um de cada lado, os braços da loira enquanto Jehtró tentava se comunicar com o "ser" infiltrado no corpo da garota.Jehtró se manteve fixado no chakra que via emanar do coro da cabeça de Morelli. Em transe ele viu uma sombra escura se alastrando por todo o lado. A forma que ele muito bem.A sombra tornou-se um corvo enorme que grunhia em direção do monge. Jehtró naquele momento teve a certeza absoluta dê quem se tratava. Era Bear em sua forma espiritual. Seu ex aluno brilhante:- O que quer aqui? -Perguntou o monge, para aquela figura. O corvo se desfez, transformando-se em humano, novamente. Bear sorria de canto enquanto encarava seu antigo professor. - Diga-me, logo.- Você sabe o que eu quero, Jéhtro. N&a
- Precisamos falar com o Jéhtro! - Disse Rhea, com raiva em seus olhos, ao ouvir que Florence poderia trair o monastério.- E o que? Começaríamos uma guerra nós mesmos? Não sabemos do que Florence é capaz. - respondeu Philip.- E devemos ficar parados, então? Por que nunca contou o que viu para ninguém?O vidente suspirou fundo, olhando dentro dos olhos de Rhea. Algo em seu interior fazia com que ele "instintivamente" protege-se sua velha amiga. E isso estava na cara :- Uma coisa que aprendi sendo vidente é que podemos mudar o futuro. Sempre torci para que Florence muda-se. - respondeu Philip.- Eu prometo que não irei dizer nada. Mas você deveria repensar sobre. Acho que os monges deveriam saber.- Vou pensar. Mas agradeço se você não falasse nada por enquanto.- Obrigada! - agradeceu Rhea. - Pode confiar em sobre isso.Os d
Nada era tão amedrontador do que a maldade estampada na alma de Gazu Wong. Seus olhos eram fundos, com marcas negras ao redor, eram tristes e odiosos ao mesmo tempo.Transparecendo o pior que existia dentro de mim. Seu corpo era frio, assim como o coração que batia tão devagar dentro de seu peito. Expressão que que carregada era de dor e sofrimento.Há quem dissesse que estar na presença daquele homem era como perder parte de toda a felicidade que existia. Era como se o mundo todo estivesse em pura agonia. A energia era pesada demais. A sensação era de total desespero e terror.Gazu bufava sentado em uma espécie de trono, todo banhado a ouro, no saguão de sua casa. Nervoso, ele bateu no rosto, com força, em uma de suas gueixas que lhe sérvia champanhe, ajoelhada. A moça no chão ficou, engolindo seco o seu choro de dor.- Tragam-no aqui! - ele ordenou.
Ela viajava no tempo. Mas ele mesmo não era seu aliado. Era como um pai carrasco e frio, que sempre fazia algo para lhe ensinar uma lição dolorosa. O tempo e seus poderes fantásticos, do envelhecimento a morte. Da vida ao suspiro de adeus.O tempo, aaah o tempo, senhor de todo o universo. Impiedoso, ele escorre como água e vento por entre os dedos de umas mãos aflitas tentando em vão controlá-lo ou ao menos segurá-lo, mas ninguém, nem mesmo o tempo é capaz de si poupar. O próprio tempo é incontrolável.Mesmo que quisesse, ele não pode e nem deve parar. Dele depende que tudo mude. Se ele estaciona as coisas desandam. Como um rio é necessário que ele flua, pois tem muito o que ensinar. Pare, veja.
Eles retornaram ao monastério e tudo estava calmo, aparentemente. Os olhos de Bear se encheram de nostalgia ao percorrer por todo o lugar. Apesar de ter passado sua estadia no monastério de Hong Kong,- Eu não me lembrava que era tão grande! - Exclamou boquiaberto. - O de Hong Kong é exatamente igual a esse.Os dois se olharam com carinho e o monge se despediu com um "namastê" antes de adentrar as salas.- Fique a vontade. - Ele disse.- E os alunos quando me verem? Alguns sabem quem eu sou.- Sei que dará conta, Bear. Você é carismático. - Brincou Jéhtro. - Boa noite.Bear estava sozinho entre as linhas inimigas, não sabia quais seriam as reações das pessoas ao o verem ali. Pois ele tinha certeza que todos já ouviram falar dele, pelo menos uma vez na vida.- Olá?! - Disse um monge, vindo ao seu encontro.- Bruno? Ainda
Um leve choque entre os dois corações fez com que Rhea e Morelli se afastassem do longo abraço. Uma olhou para a cara da outra e sem entenderem nada, sorriram de nervoso:- O que foi isso? - Morelli questionou.- Energia, talvez.- É, fiquei dias elevando os meus chakras. Pode ser isso, realmente.- Bom te ver! - Exclamou Rhea, tentando quebrar o gelo.- Parece que fiquei desacordada por longos anos - Sorriu, Morelli. - Me sinto até estranha de estar aqui.- É, você nos deu um susto e tanto.- Até agora eu não entendi muito bem o que aconteceu.- O importante agora é que você está bem! - Concluiu Rhea, pegando nas mãos de Morelli. - Bem até demais.- Morelli? interrompeu Florence - Preciso falar com você.- O que foi?A garota parecia eufórica e um tanto nervosa. E seu demblante era de medo.-
- Senhorita, D'onson? - Rhea olhou para trás viu o rosto de seu professor, Teman. - Poderia me acompanhar, por favor? - Ele pedia, educadamente.- Achei que a aula só começaria mais tarde, professor. - Retrucou a garota - Além do mais eu tenho alguns assuntos para tratar.- A Morelli vai sobreviver a sua ausência. Não se preocupe. - Sorriu Teman - Agora siga-me.Rhea não poderia ter ficado mais envergonhada em ouvir aquela suposição. Era tão óbvio assim?- Para onde vamos?- Um lugar muito especial. - Teman disse.- Ok! - exclamou Rhea, seguindo seu professor até os confins do monastério. Era um lugar totalmente novo a qual ela nunca teve quaisquer informação sobre a existência.Era uma caverna toda coberta por pedras grandes e pequenas. De cores variáveis e brilhos intensos. No fundo, bem além de onde estavam, u
Seus olhos se mantinham fixados no teto de madeira. Seu corpo estava imóvel enquanto uma música ecoava em sua cabeça, mesmo sem Rhea D'onson saber o verdadeiro motivo.Estava chovendo e o barulho era abafado pelo silêncio de sua mente. Era tudo muito angustiante.Já era noite e todos estavam dormindo no monastério o que deixava o ambiente ainda mais quieto.Porém, dentro da viajante do tempo, não podia estar mais perturbado. O caos completo. Seus sentimentos estavam bagunçados até demais e ela não sabia mais o que fazer.Como não conseguia mais deixar pra lá, resolveu se vestir e sair do quarto. Resolveu voltar para o futuro, investigar o que e quem ela tinha esquecido por lá.Estava tudo escuro, a não ser por algumas velas que serviam de luminária, que clareava bem pouco o caminho até o jardim de meditação.Pen