Ao voltar para o salão do monastério, a garota, viajante do tempo, se deparou com o monge Jehtró andando de um lado para o outro. Inquieto. Rhea estranhou a situação e se aproximou dele para tentar entender o que estava acontecendo :
- Mestre? - Chamou Rhea, atraindo a atenção do monge para ela.
- D'onson!! - Exclamou ele.
- O que o senhor tem? Parece preocupado.
- E estou... Acabei de falar com os outros Monges .
- Sobre o que eu lhe contei, senhor? -Perguntou Rhea. - Não quero parecer intrometida.
- Exatamente... Um informante nosso, um ancião, nos revelou que as coisas são bem piores do que pensávamos. Estamos em desvantagem. Muita desvantagem. Monges de outros monastérios estão também apreensivos, com o desaparecimento de pisiccos e místicos.
- Há outros monastérios que cuidam de nós?
- Sim, temos al
A cidade era maravilhosa. Morelli nunca estivera à passeio em San Francisco. A única vez que esteve ali, foi para resgatar Rhea do perigo eminente, e ainda por apenas dez segundos.A loira se deliciava com a paisagem maravilhosa, em posse da potente moto a qual ela estava na garupa.Abraçada involuntariamente em D'onson, ela quase se esquecera de sua missão tão importante. Era libertadora aquela sensação. E se sentiu viva por estar ali com alguém que ela tanto gostava.O sentimento era mútuo para Rhea, também. Pois as mãos de Morelli em sua cintura lhe trazia uma enorme satisfação. Era como estar no céu.Ao chegarem no destino, em uma rua movimentada, Rhea estacionou em frente a um prédio de um hospital muito bem recomendado.Com profissionais e estruturas de primeiro mundo. A motoqueira se lembrou muito bem de como é se sentir dentro daq
Ouviu-se um grito de dor após retornarem ao monastério. O grito ecoava para dentro do saguão e invadia todos os cômodos. Preocupados os Monges correram até onde Morelli estava estirada ao chão, urrando.A garota se contorcia, levando suas mãos a cabeça. Uma dor a invadia. Rhea se desesperou ao ver aquela cena, parecia que alguém ou algo tentava se apossar de Morelli. Pois as veias de seu corpo pulsavam a cada grito que ela dava.Rhea tentava acalmar a loira o máximo que podia mas parecia impossível naquele momento tão agoniante:- Calmar, eu estou aqui com você. - Rhea se ajoelhava ao lado do corpo de Morelli - Respira, por favor.- O que está acontecendo? - perguntou Prexton, assustado.- Precisam manter a calma - disse Jehtró, correndo em suas direções.- Mestre, ajude-a! - suplicou Rhea, desesperada. O monge se abaixou, enc
Ainda ouvia-se os gritos estrondosos que ecoavam por todo o lado. Morelli se debatia na maca, com os olhos esbugalhados e totalmente negros por completo.Dois Monges seguravam, um de cada lado, os braços da loira enquanto Jehtró tentava se comunicar com o "ser" infiltrado no corpo da garota.Jehtró se manteve fixado no chakra que via emanar do coro da cabeça de Morelli. Em transe ele viu uma sombra escura se alastrando por todo o lado. A forma que ele muito bem.A sombra tornou-se um corvo enorme que grunhia em direção do monge. Jehtró naquele momento teve a certeza absoluta dê quem se tratava. Era Bear em sua forma espiritual. Seu ex aluno brilhante:- O que quer aqui? -Perguntou o monge, para aquela figura. O corvo se desfez, transformando-se em humano, novamente. Bear sorria de canto enquanto encarava seu antigo professor. - Diga-me, logo.- Você sabe o que eu quero, Jéhtro. N&a
- Precisamos falar com o Jéhtro! - Disse Rhea, com raiva em seus olhos, ao ouvir que Florence poderia trair o monastério.- E o que? Começaríamos uma guerra nós mesmos? Não sabemos do que Florence é capaz. - respondeu Philip.- E devemos ficar parados, então? Por que nunca contou o que viu para ninguém?O vidente suspirou fundo, olhando dentro dos olhos de Rhea. Algo em seu interior fazia com que ele "instintivamente" protege-se sua velha amiga. E isso estava na cara :- Uma coisa que aprendi sendo vidente é que podemos mudar o futuro. Sempre torci para que Florence muda-se. - respondeu Philip.- Eu prometo que não irei dizer nada. Mas você deveria repensar sobre. Acho que os monges deveriam saber.- Vou pensar. Mas agradeço se você não falasse nada por enquanto.- Obrigada! - agradeceu Rhea. - Pode confiar em sobre isso.Os d
Nada era tão amedrontador do que a maldade estampada na alma de Gazu Wong. Seus olhos eram fundos, com marcas negras ao redor, eram tristes e odiosos ao mesmo tempo.Transparecendo o pior que existia dentro de mim. Seu corpo era frio, assim como o coração que batia tão devagar dentro de seu peito. Expressão que que carregada era de dor e sofrimento.Há quem dissesse que estar na presença daquele homem era como perder parte de toda a felicidade que existia. Era como se o mundo todo estivesse em pura agonia. A energia era pesada demais. A sensação era de total desespero e terror.Gazu bufava sentado em uma espécie de trono, todo banhado a ouro, no saguão de sua casa. Nervoso, ele bateu no rosto, com força, em uma de suas gueixas que lhe sérvia champanhe, ajoelhada. A moça no chão ficou, engolindo seco o seu choro de dor.- Tragam-no aqui! - ele ordenou.
Ela viajava no tempo. Mas ele mesmo não era seu aliado. Era como um pai carrasco e frio, que sempre fazia algo para lhe ensinar uma lição dolorosa. O tempo e seus poderes fantásticos, do envelhecimento a morte. Da vida ao suspiro de adeus.O tempo, aaah o tempo, senhor de todo o universo. Impiedoso, ele escorre como água e vento por entre os dedos de umas mãos aflitas tentando em vão controlá-lo ou ao menos segurá-lo, mas ninguém, nem mesmo o tempo é capaz de si poupar. O próprio tempo é incontrolável.Mesmo que quisesse, ele não pode e nem deve parar. Dele depende que tudo mude. Se ele estaciona as coisas desandam. Como um rio é necessário que ele flua, pois tem muito o que ensinar. Pare, veja.
Eles retornaram ao monastério e tudo estava calmo, aparentemente. Os olhos de Bear se encheram de nostalgia ao percorrer por todo o lugar. Apesar de ter passado sua estadia no monastério de Hong Kong,- Eu não me lembrava que era tão grande! - Exclamou boquiaberto. - O de Hong Kong é exatamente igual a esse.Os dois se olharam com carinho e o monge se despediu com um "namastê" antes de adentrar as salas.- Fique a vontade. - Ele disse.- E os alunos quando me verem? Alguns sabem quem eu sou.- Sei que dará conta, Bear. Você é carismático. - Brincou Jéhtro. - Boa noite.Bear estava sozinho entre as linhas inimigas, não sabia quais seriam as reações das pessoas ao o verem ali. Pois ele tinha certeza que todos já ouviram falar dele, pelo menos uma vez na vida.- Olá?! - Disse um monge, vindo ao seu encontro.- Bruno? Ainda
Um leve choque entre os dois corações fez com que Rhea e Morelli se afastassem do longo abraço. Uma olhou para a cara da outra e sem entenderem nada, sorriram de nervoso:- O que foi isso? - Morelli questionou.- Energia, talvez.- É, fiquei dias elevando os meus chakras. Pode ser isso, realmente.- Bom te ver! - Exclamou Rhea, tentando quebrar o gelo.- Parece que fiquei desacordada por longos anos - Sorriu, Morelli. - Me sinto até estranha de estar aqui.- É, você nos deu um susto e tanto.- Até agora eu não entendi muito bem o que aconteceu.- O importante agora é que você está bem! - Concluiu Rhea, pegando nas mãos de Morelli. - Bem até demais.- Morelli? interrompeu Florence - Preciso falar com você.- O que foi?A garota parecia eufórica e um tanto nervosa. E seu demblante era de medo.-