Você quer me tocar

Essa voz tomou conta de meus sentidos, tão baixa que me fez querer revirar os olhos para dentro de minha cabeça e repentinamente me deitar no balcão.

Suas palavras afundaram.

Eu endireitei a coluna, o movimento aproximando infinitamente o rosto dele, os nossos corpos pressionados para fechar, eu podia sentir cada entalhe de seu abdômen em seu próprio corpo, sentir o corte dos músculos que ele estava usando para intimidar-me.

Olhei para ele, estreitando os olhos, meu sangue esquentando de raiva e excitação.

— Você quer me tocar?

Eu falei em uma voz igualmente baixa.

— Você me diz a verdade.

Seu rosto se fechou tão rápido que eu teria perdido em um piscar de olhos. Toda a raiva, tudo de tudo o que esteve em seu rosto? Foi-se. Bem desse jeito.

Os olhos dele permaneceram nos meus, o fogo contido, mas não se foi, enquanto os dedos dele se apertaram em minha mandíbula, puxando-me para cima até que eu tive que ficar na ponta dos pés para acomodar.

Eu me inclinei, meus lábio
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