~~CAPÍTULO 20~~KATHERINEra um dia nubloso, o céu estava coberto de nuvens negras e luzes que rachavam o céu, aquele dia deveria ser normal como qualquer outro dia comum em uma bela mansão vivendo homens poderosos de ternos. Não. Aquela noite deveria ter sido como outro qualquer, silenciosa e alegre, crianças correndo pelos corredores enquanto almejavam alcançar um ao outro para que a brincadeira ficasse mais divertida.Katherine, que não aguentava mais correr e seguir os meninos pelos cantos da casa, freia seus pés descalços segurando uma parede com uma mão enquanto enchia de ar seus pequenos pulmões, bolas, ela precisava de mais ar para desacelerar os batimentos do seu coração.— Kati?Questionou feroz o menino dos cabelos negros e olhos azuis de paraíso, seus olhos se voltaram para atrás, notando que sua melhor amiga estava fora do seu alcance ocular. Recuando em passos apressados, ele a encontrou apoiada na parede com a mão no coração.— Kati?Ele questionou novamente, sem
Seus olhos insones, a intensidade de sua pergunta, a quietude em seu corpo. A raiva nele quando eu o machuquei. O calor em seus olhos quando ele me fodeu em sua mente. As maldições no chuveiro quando ele se abriu, sangrando de dor. Elena estava errada, ele não sentia nada. Ele sentia. Ele sentia tão profundamente que não se deixava sentir. Ele sentia tão profundamente que temia suas próprias reações a isso. Ou tudo foi um truque para manipulá-la? Para torná-la compatível com a vingança dele? Um trovão alto ecoou pelo céu, assustando-me. — O que aconteceu com Francesco?Perguntei.— Sr. Romano o colocou em um internato, tentando recompensar o sofrimento que foi-lhe causado, quando ele crescesse, ele assumiria as responsabilidades do pai, cuidar das finanças da máfia.Olhei para cima, surpresa ao ver que o sol estava baixo no horizonte, escondido atrás de grossas nuvens escuras que se agitavam. O vento soprava através do cemitério, chicoteando as folhas das árvores em
~~ CAPÍTULO 21~~ KATHERINE Eu ainda estava do outro lado da janela, ainda olhando para o chuveiro, ainda removida das gotas tentando penetrar nas paredes invisíveis e tocar-me. Desta vez, porém, eu não estava intocada. Eu já fui beijada por elas, devastada por elas, fez amor por elas. Desta vez, eu estava encharcada, molhada e tremendo com a força da memória daquelas gotas de chuva acariciando minha pele por um momento congelado em meu coração. Desta vez, como tinha sido naquela noite na cobertura, eu não estava sozinha. Eu ainda não tinha virado o pescoço para olhá-lo no carro. Ele também não estava intocado. Mais cedo, eu assisti com fascinação extasiada quando ele silenciosamente entrou no veículo depois de se afastar de mim. As nuvens rolaram. O raio havia se partido. Os ventos haviam chicoteado. E eu fiquei do lado de fora, exposta por um longo tempo enquanto ele passava por trás de minhas paredes. Mas não completamente. Embora ele tivesse ligado a ig
Um pequeno gemido saiu de meus lábios e eu virei o rosto para o travesseiro ao meu lado, então no limite, eu sabia que não demoraria muito para enviar-me para aquele abismo de êxtase. Eu deslizei um dedo dentro de me, facilmente. Empurrou outro. A fome em minhas paredes me mordia, girando fora de controle. Eu lembrei como era senti-lo dentro de me, grande, pesado, poderoso. Lembrei-me de como ele espatifou minhas paredes com foco, ferocidade e fogo que me deixaram em chamas. Eu lembrei como cada golpe atingi aquele ponto dentro de me, como cada impulso fazia minha coluna se curvar, como cada tapa de carne contra carne me encharcava ainda mais. Ofegando, eu esfreguei o clitóris com o polegar, apenas uma vez. E explodiu. Gloriosamente. Minhas costas arqueando quando eu mordi o travesseiro para abafar meus gritos. Meu corpo inteiro sai da cama por uma fração de segundo enquanto o fogo corria por minhas veias e enrolava em meu núcleo, explodindo na mais deslumbrante das explos
~~CAPÍTULO 22~~KATHERINE chuva finalmente parou, deixando aparecer o céu azul-claro e a luz do sol que se derramavam na sala da cobertura pelas enormes janelas. Banhada pelo sol brilhante da manhã, toda a cidade estava esparramada além das janelas, parecendo fresca, limpa, a sujeira manchada coletada ao longo dos dias havia sido lavada da existência, a cidade tendo acabado de acordar de seu sono. Naquele momento, quase parecia puro. Eu apreciava a vista de tirar o fôlego, sentada no banquinho ao lado da ilha da cozinha, bebendo café acabado de fazer, desfrutando da calma, já que o proprietário do apartamento ainda estava no andar de cima em seu quarto. Tinha sido um dia difícil para nós ontem e noite para combinar. Eu não o invejei pelo resto, se era isso que ele estava fazendo. Eu exalei suavemente quando o elevador apitou, atraindo os olhos para Dante quando ele entrou, parecendo tão organizado como eu sempre o via. Vestido com um terno cinza carvão com uma gravata cinza ma
~~CAPÍTULO 23~~KATHERINEuando desci do carro, o primeiro rosto familiar na qual me recebeu foi a Mona, com seu sorriso encantador em seus belos lábios, ela parecia mais jovem do que aparentava ser quando trabalhava na casa do Francesco.— Menina Katherine.— Mona.Guiei meus pés até seu encontro, seus braços enrolaram minhas costas fortemente, cheiro familiar inalou minhas narinas, eu não estava sozinha em outra cidade. Eu tinha alguém familiar para aquecer meus dias.— Seja bem-vinda de volta a casa.Assenti afastando-me dela, olhei para grande mansão, eu não tinha lembranças daqui, nem uma sequer, a casa que um dia eu cresci e fui feliz aqui.— Eu sinto muito.— Tudo bem menina, não precisa lembrar, venha, eu vou fazer chocolate quente para você, os meninos, tem muita coisa a fazer.Mona foi até a porta com os pés silenciosos. Tomando isso como sugestão, eu me virei para os dois homens Dante dando-me um olhar tranquilizador, Pablo ainda estoico e assenti com eles. Querend
Não foi a noite mais pacífica que eu tive, mas também não foi a pior. A noite mais tranquila, para minha surpresa, foi na cobertura do homem que jurara matar-me. Foi a noite em que Francesco quebrou minhas esperanças no pé da escada, a noite em que eu procurei, sem saber, conforto e segurança no território daquele homem que deveria ter-me aterrorizado, mas não o fez. Foi a noite em que Dante entrou um pouco em seu coração e Pablo me fez sentir segurança como nunca experimentara em minha vida. Eu dormi naquela noite vulnerável, exposta, magoada e sem armas com o conhecimento absoluto de que não sofreria nenhum dano, não nas mãos de alguém, não enquanto Pablo estivesse lá. Eu sorri um pouco, a sensação quente em meu peito ainda persistia da noite passada. Ele pediu que eu o chamasse assim, e eu o fiz. Não apenas verbalmente, mas em minha própria mente. Mas ele abordou a questão ontem à noite em termos claros, quebrou uma barreira que eu criara intelectualmente entre nós. A barreira es
~~CAPÍTULO 24~~ KATHERINE Eu peguei o telefone para verificar a mensagem que chegara e viu o nome do meu pai. Pai: Você está realmente em Brooklyn? Eu olhei para a mensagem por um longo tempo, imaginando se deveria responder, e decidiu não o fazer. Foda-se ele e foda-se seu plano. Eu não lhe devia nada. Pela primeira vez em minha vida, eu tive algo bom, mesmo no meio do caos. Eu não o deixaria manchar isso. Nunca mais. Desgostosa, eu joguei o telefone na almofada para o lado e coloquei os pés em cima da mesa, cruzando os tornozelos. Puxando o laptop no colo, eu minimizei os programas que iniciei e abri outra janela. Ver o nome do pai me lembrou de algo que eu pretendia procurar depois de escutar a conversa que tive com Dante no jatinho, como eu gostava de pensar nisso. Sim, com um grande E. Dante mencionou algo sobre Pablo entrando no território do Francesco quando eu estava desaparecida. E eu fiquei louca, curiosa para saber o que havia acontecido. Foi por isso que eu esta