Alguns dias se passam e Allorah finalmente mostra- se quase recuperada ,Alfonse e ela são considerados hóspedes especiais em Orion mas Allorah está inquieta para partir.Tem saudade dos filhos e Kalius e Ielena pedem a ela uma oportunidade de conhece-los.Em momento algum Blake apareceu quando das refeições ou reunião entre seus pais e o casal real de Pegasus. Finalmente em uma manhã ensolarada ,uma semana depois da recuperação de Allorah ,estão prontos para partirem .Blake assiste toda a movimentação do pátio da janela de seu aposento,com o coração apertado .Há muita tristeza em seu semblante ,mas está conformado de que a perdeu. Allorah acena para o rei Kalius e Ielena e embarca na carruagem que a levará de volta a sua vida real ,aquela que escolheu até o fim de seus dias.Alfonse aconchega - a em seu peito enquanto com voz embargada de emoção com fessa todo seu amor imenso a ela -Meu amor como me desesperei ao ver que poderia perde- la para sempre.Sou eu quem deveria protege-
Um ano depois.. Allorah embala seu bebê rechonchudo em seus braços.Gunther é o resultado de seu amor a Alfonse que não cabe em si de tanta felicidade. Tudo parece correr muito bem em todos os reinos das Terras do Norte.Mudrah se revelou ,não são mais personagens escondidos dentro da Montanha dos Esquecidos vivem ,circulam livremente agora pelas Terras do Norte,estreitando laços de amizades com todos.Isso se deu graças ao fato de que Munaah a feiticeira rainha de Mudrah ,pode perceber que todos os reinos de Cold Mountain apesar dos conflitos passados oferecem bom coração e são pacíficos. Mas o reino de Cassiopeia e seu rei. Kurt Marshall, não tem conseguido manter seu equilíbrio econômico, levando muitos dos serviçais , súditos e até mesmo os nobres a abandoná- lo,diante da escassez e pobreza que assolou o reino. Cassiopeia é hoje um reino falido e Kurt Marshall um rei desolado e infeliz. Killye e sua mãe tomam conhecimento da situação e se reaproximam de Marshall que reanima e luta n
Do alto da torre Allorah podia ouvir os terríveis sons da batalha travada em seu reino. Gritos selvagens ecoavam por todo o ambiente onde ela e sua ama Every estavam confinadas, com forte barricada de móveis e grossos troncos de madeira que estavam empilhados. Os sons varavam a madrugada fria e iluminada pela lua branca de inverno. Allorah pedia baixinho para que o tormento acabasse, sem conseguir manter seus pensamentos ordenados diante do que estava acontecendo. Medo ocupava cada célula de seu corpo e os olhos se mantinham fixos na direção da barricada que a protegia do mundo externo da torre. Ela e Every viram os primeiros raios de sol se infiltrarem pela janela e subitamente, com a chegada deles os ruídos infernais da batalha cessaram. Parecia uma eternidade e Allorah permitiu-se suspirar num misto de alívio pelo barulho aterrorizante que adentrou toda a noite. Ela sabia o que estava acontecendo e com um olhar incrédulo assistiu toda a proteção colocada na entrada da torre vir
A visão do pátio do castelo era a mais completa desordem, haviam vários homens acorrentados prontos para embarcarem em carroças, muitos baús com relíquias do castelo, empilhados, quadros e tapeçarias, toda a fortuna sendo saqueada por este vilão cruel, pensou Allorah, revoltada com tal situação.-Que ladrão descarado, ela pensa com um bolo preso na garganta querendo botar para fora o que pensa deste tirano, mas o bom senso a alerta para não o desafiar tanto assim. O importante era saber que o pai não estava ali, deveria estar abrigado e protegido e isso a confortava, pois ele certamente a recuperaria das mãos deste crápula no Conselho dos clãs.-Sou a prometida de Alfonse Mallory, príncipe do reino de Grabovsk, não ficarei muito tempo em poder deste selvagem saqueador, ainda nos pensamentos ela cochicha com Every:-Não se desespere, ama, brevemente papai nos salvará e ficaremos seguras, abrigadas com Alfonse em seu reino.Mas os pensamentos de Allorah foram imediatamente interrompidos
Allorah fora acomodada entre cobertores e um colchão feito de palha junto a cama de seu pai. Passaria a noite ali e os próximos dias até sua recuperação, secretamente estava satisfeita em estar ao lado dele, mas seu ódio e indignação por Blake aumentavam mais e mais. “Vilão saqueador dos infernos, pensa ela ajeitando o travesseiro e se acomodando da melhor forma que pudesse naquele chão duro e frio. Nem um bom banho de tina pude tomar, ainda com estas roupas molhadas, com frio e fome, mas o miserável deve estar agora desfrutando do maior conforto, pensa ela enquanto se encolhe, raivosa. Não obstante seus pensamentos terminaram de habitar sua mente, duas mulheres de meia idade adentraram o quarto traziam em seus braços o que parecia ser cobertores, toalhas e algo parecido com roupas femininas. Uma delas disse em tom solene: -Levante-se! Mestre Blake quer que a banhemos e também que vista trajes limpos. -E o que tal vilão saqueador pretende com isso? Não vou fazer o que ele manda,
Allorah passa os dias cuidando do pai, que parece apresentar melhora significativa, mas ainda continua adormecido. Suas esperanças de que Alfonse tome conhecimento da vilania do rei de Orion vão ficando cada vez mais distantes, causando um desânimo e uma falta de expectativa de que tais dias melhorem. Seu pai, se estivesse acordado, poderia negociar os termos com Blake e pedir possivelmente asilo no reino de Alfonse, mas da forma como está agora, impotente e desacordado, nem ao menos o socorro do clã dos Conselhos poderá ser requisitado. Blake, desde o dia em que Allorah o afrontou na tina de banho, não a incomodou mais. Somente os serviçais é que aparecem uma vez ao dia com refeições e roupas limpas para que ela se banhe e troque por sua conta. Deixam tudo preparado para seu banho e também para a higiene e cuidados de seu pai, recolhem os pratos do dia anterior, roupas sujas e se vão. O silêncio e a solidão do exílio estão causando uma espécie de depressão em Allorah, que pensa que
A comitiva partiu pela madrugada, rumo às florestas geladas do Norte, enquanto todo o reino jazia no mais absoluto silêncio, menos em um ponto do castelo. Ali, enredados nos lençóis alvos estavam Julius e uma das escolhidas do harém de Blake, Petra. Julius bem sabia que as mulheres reservadas ao líder jamais poderiam ser tocadas por quem quer que fosse, mas a emoção e adrenalina de se colocar como rival de Blake o fazia sentir-se vivo e capaz. Julius odiava Blake desde muitos anos atrás, quando ainda eram jovens e ele sempre fora comparado e preterido pelos pais e até mesmo pelo clã. Blake destacava-se na arte da caça ,das lutas e treinos, Julius era fraco e indolente no cumprimento das tarefas que cada líder precisava cumprir para ter sucesso e bom desempenho, porém sempre associou tudo isso com preferências dos mais velhos e chefes ao fato de Blake ser o filho de Kalius Rudham o rei de Orion ,líder absoluto e maior guerreiro já existente em todas as terras do Norte.Portanto,na mente
O comboio segue pelas montanhas encobertas pela neve espessa, alcançando o território das terras consideradas selvagens, Blake Rudham segue em último como cabe a um bom líder de matilha, afinal.Seu pensamento ora se fixa na liderança do grupo em busca de caça, ora se dispersa e vai até aquele quarto onde um rosto e corpo distinto lhe atormenta.“Com mil diabos!! Será que fui enfeitiçado por aquela garota insolente? O sabor de seu beijo ainda resiste em meus lábios. Quero prova-la como nunca quis a nenhuma fêmea, mas não posso ultrajar o rei Drake desta forma. Afinal, a invasão de seu reino fora na verdade para protege-los”. Blake analisa seus pensamentos como se fizesse uma confissão a si mesmo.De repente um alce enorme atravessa o caminho da matilha e o instinto de caça sobrevém instantaneamente. Blake, num movimento ágil avança por sobre o animal e uma luta é travada. Após longos minutos, o animal cai abatido e o grupo trata de acondiciona-lo na carroça. O grupo segue adiante, enq