Depois desse momento de emoção e uma espécie de despedida, Stella enfim se senta para saborear as guloseimas que estão na mesa, esperando que ela as devore.
Quando termina o café o reverendo a leva até uma carruagem alugada, o cocheiro é um senhor muito simpático, ele disse que foi indicado pelo reverendo da cidade, então era de muita confiança. A viagem ainda tinha pelo menos quatro dias pela frente e ele não poderia acompanhá-la, até para que o maldito que tentou abusar de Stella não tenha nenhuma pista, então lhe entregou certa quantia em dinheiro, para que ela pudesse se alimentar e pagar as estalagens pelas próximas noites. Não é nada seguro viajar durante à noite por essas estradas sem escolta.
Mais uma vez ela ficou tímida com tamanha generosidade do reverendo, fazia muito tempo que ela precisava da ajuda de outros, pelo visto não era diferente em sua despedida. Também está bastante ansiosa, era a primeira vez que saia de casa, sua primeira viagem e a partir de agora, seguia essa empreitada sozinha, sem outra escolha, além de ser corajosa. Não sabia o que o futuro lhe reservava, somente sabia que sua vida mudaria, se para melhor ou pior, só os acontecimentos furos iriam lhe dizer. Mas estava muito disposta para o trabalho, seja ele qual fosse, nada seria pior do que permanecer ali e cair nas mãos daquele homem maldito. Stella carrega a esperança de dias melhores, pois era tudo o que tinha esperança e os vestidos velhos no saco. E, uma carta de recomendação do reverendo para o primo. Não poderia mais voltar para trás, pois não havia para onde voltar, atrás haviam somente túmulos e um amigo, concluiu que poderia chamar assim o reverendo, pois não fosse por ele seu fim seria bem sombrio, o Sr. Brice estava mais do que disposto a lhe indicar o caminho para a perdição, ela sabia que para ele, ela não tinha valor algum, era apenas um corpo, do qual ele se aproveitaria e descartaria na primeira oportunidade. E, uma vez arruinada, na sociedade atual, ela jamais se reergueria, o destino era o fundo do poço. Irônico, pois a mesma sociedade que a julgaria no futuro, era essa mesma que lhe virou as costas nesse momento. O cocheiro deu início a viagem, ela teria bastante tempo para pensar seriam vários dias, segundo o reverendo. Ela só imaginava que deveria ser bem distante, um tanto melhor, ficar por perto poderia ser um risco. Agora era torcer para ter bom tempo pelos próximos dias e pedir a Deus, para não sofrerem qualquer assalto, pois a região era perigosa. Ainda bem que eram certas as paradas durante à noite, pois essa foi uma exigência que o reverendo fez ao cocheiro.Esse é o início da minha nova vida de Stella.
Evan é um senhor de terras, muito abastado, para onde a vista alcança é tudo seu. Todos os dias admira sua propriedade, ali de cima do cavalo. Porém, não consegue se sentir orgulhoso de tudo o que possui.Embora tenha tudo o que lhe classifica como o homem mais rico de toda a região, sente um imenso vazio dentro de seu coração. Os amigos eram todos conhecidos de seus pais, que se tornaram seus conhecidos desde a morte de ambos, não conhecia de verdade a ninguém.Os funcionários de sua casa, eram poucos, apenas três permaneciam, estes também estão há muito tempo na casa, embora idosos, eles preferiam continuar trabalhando, o que é bom para ele, pois não é muito adepto a mudanças, todas as vezes que sua vida mudou nunca foi para melhor.A quantidade de empregados, não era por ser pão duro, apenas não queria ver ninguém, se pudesse ele mesmo colocar tudo em ordem, não os manteria na casa, ficaria sozinho. Mas, esta era muito grande e ele tinha outras responsabilidades, das quais não podi
Tomando mais um gole de seu uísque Evan pôde realmente constatar que o primo o surpreendeu nesta carta. Ele nunca recebia uma resposta e mesmo assim pedia ajuda para uma desconhecida, uma velhota morta de fome. Ele tinha ficado com raiva da mulher, mesmo sem conhecê-la, o primo queria protegê-la, foi para a ação, enquanto para ele só restaram palavras. O primo nunca deu um passo para vir vê-lo em cinco anos e agora fazia solicitações disse que a mulher não tinha ninguém no mundo. E, Evan tinha alguém? Alguém se importava se ele estava vivo ou morto?Decidiu que estava de saco cheio, queria ficar só, não precisava de ninguém. Foi até a cozinha e encontrou ali os três empregados, pareciam ratos escondendo-se do gato, estava cansado, ele não era um monstro, era apenas um homem, solitário, mas isso não lhe tirava o status de ser humano. Quando os três o viram ficaram bastante assustados, pois ele raramente ia por ali. A Sra. Romina foi quem lhe dirigiu a palavra:– Em que posso ajudá-lo S
Stella resolveu falar primeiro, haja vista que o homem não emitiu uma palavra desde que a viu:–Bom dia!Estava um pouco nervosa, mas, tentou ser simpática, não sabia o que esperar daquele homem.Ela disse isso e Evan ficou ainda mais encantado, a voz dela parecia música aos seus ouvidos. – Bom dia Srta...Ele deixou que ela completasse, pois de fato não a conhecia, ela estendeu a mão e disse:- Morgan, Stella Morgan. Acho que você é o Sr. Larsson? Mesmo tendo a certeza de que ela estava no lugar certo, não custava nada confirmar.– Você me conhece Srta. Morgan?Ela não gostou da maneira como ele disse isso, parecia um lobo que havia encontrado um cordeiro sozinho, pastando longe do rebanho. Se ele achava que poderia tirar algum proveito dela, ela faria questão de lhe mostrar que está muito enganado. – Na verdade, eu tenho algo para lhe entregar. Ela levanta um envelope, que só agora ele notou que ela tinha nas mãos. Ele pegou o envelope um pouco desconfiado, saiu para a varanda
Depois de alguns, Evan decidiu abrir a carta de recomendação da mulher. Foi uma grande surpresa, quando viu a caligrafia que lhe era tão familiar mesmo ontem à noite ele a viu em uma outra carta. Jogou todo o líquido que estava em sua boca, ver que seu primo quem mandara aquela mulher ou enfureceu. Não quis ler o que estava escrito ali. – Vá embora!– O que? Esse homem era mesmo louco, ela duvidava que ele tivesse lido uma palavra sequer da carta e já estava mandando embora, agora se sabia porque estava sozinho, ninguém deveria o ter aguentado, ele é um louco insuportável. – Levante-se e vai embora! Ele estava furioso, seu primo ousou mandar uma estranha para sua casa sem o seu consentimento? Seu primo dissera uma paroquiana, ele imaginou uma senhora viúva de idade avançada, mas essa mulher que sua frente estava de certeza que era uma amante de seu primo, da qual ele queria desfazer-se e agora o trouxe seu problema. Stella foi escorraçada, ela nunca havia passado por tanta humil
Stella foi despertando aos poucos, a última coisa de que ela se lembra de estar da árvore no meio da chuva. Com muito frio, mas agora estava tão quentinho, tão aconchegante, a cama estava tão macia. Mas nesse mesmo instante uma coisa, estava no mesmo instanteEssa constatação foi chocante, ela então voltará imediatamente à realidade. Abriu que estava em uma cama os olhos firmes, os olhos estavam seguros acima, os lençóis estavam seguros e seguros em uma cama enorme... Não fazia ideia do que eram suas roupas. Nesse momento, Evan Larsson aparece com uma bandeja, ali havia alguns alimentos. O homem estava apenas com calças, Stella reparou como seu peitoral era definido, sua pele um pouco bronzeada, até que ele era um trabalhador do campo. Não há muito para tomar consciência de alguém que se encontra em situaçãobarata de homem solteiro, se vê aquilo com certeza que está seguramente arruinada- Ah! Você concorda com Srta. Morgan. Ela pensou que se ele fosse um sinal bom assim de maneira f
Pela manhã, ela levantou bem cedo, pois tinha muito trabalho a fazer e não queria que o Sr. Larsson penssasse que ela estava a fazer corpo mole. Ela se levantou e preparou o café com os ingredietes que achou pela cozinha, fez um pão. Serviu tudo na sala de jantar, não sabia dos hábitos do Sr. Larsson, mas ele era tão rígido, provavelmente não tomava café na cozinha, junto aos empregados. A noite de Evan foi bem agitada, não conseguia tirar da cabeça a Srta. Morgan, a mulher era pior que carrapato, se grudara em sua mente e não saía por nada, tentou pensar em sua amante, mas quando começava a formar os pensamentos em sua mente, sempre acabava surgindo a imagem, do pequeno cordeirinho loiro em sua mente. Quando ela o olhava com aqueles olhos verdes, parecia perguntá-lo sobre todos os pecados e segredos que escondia em sua miserável vida. Era ainda pior, pois seu cheiro estava impregnado por toda a cama, aquela insolente, deve ter feito isso de propósito. Ele foi surpreendido por um ar
O cheiro vindo da cozinha lhe invadiu as narinas novamente, ela de certo era uma bruxa, como pode uma mulher ter tantos atributos? Mas ele foi direto ao quarto, queria se banhar antes da refeição, pois lá fora o tempo estava atipicamente quente. Quando chegou ao quarto ele se deparou com sua cama muito bem arrumada, não se via um vinco nos lençóis. Que droga! Ele não havia arrumando a cama, para que seu cheiro permanecesse ali, agora ela havia lhe tirado sua preciosa relíquia. Ela vai pagar por isso, não importa como, mas ela iria pagar. Teve uma ideia, desarrumou toda a cama e seguiu para o banho. Depois de aciado, ele desceu para almoçar, Stella estava terminando de colocar os pratos à mesa. Quando tudo esta arrumado, ela se pôs de pé no mesmo lugar onde ficou no café da manhã, mas eu não queria aquilo, para meu plano funcionar ela teria que pensar que está tudo bem. - Pegue um prato e sente-se Srta. Morgan. - Evan aponta a cadeira ao seu lado para ela.- Não é necessário Sr. esto
Ela continuou com seu trabalho, estava distraidamente limpando, quando escutou um barulho, ao se virar, tomou um tremendo susto, havia uma senhora lhe mirando com muita curiosidade. - Ai meu Deus! - Foi a única coisa que Stella conseguiu dizer tamanho o susto. - Posso saber quem é a senhorita?- Eu sou a nova empregada e a senhora? - Quando Stella disse isso a senhora levantou as sobrancelhas tão alto que ela pensou que fosse encostar na linha dos cabelos. - Eu sou a governanta. O Sr. Larsson não me disse nada sobre a contratação de outros para servir a casa. - A mulher parece entre a incredulidade e o pavor. - Bem, ele também não me disse que outras pessoas trabalhavam aqui, então. Prazer, sou Stella Morgan. - Stella estendeu a mão para a mulher que aceitou um pouco a contragosto a mão da garota. - Romina, pode me chamar apenas assim. - A mulher não esboçou o mínimo sorriso. - É, onde está o Sr. Larsson? - Ele saiu e não me disse para onde ia, então não sei se vai demorar. - E