Stella resolveu falar primeiro, haja vista que o homem não emitiu uma palavra desde que a viu:
–Bom dia!
Estava um pouco nervosa, mas, tentou ser simpática, não sabia o que esperar daquele homem.
Ela disse isso e Evan ficou ainda mais encantado, a voz dela parecia música aos seus ouvidos.
– Bom dia Srta...
Ele deixou que ela completasse, pois de fato não a conhecia, ela estendeu a mão e disse:
- Morgan, Stella Morgan. Acho que você é o Sr. Larsson?
Mesmo tendo a certeza de que ela estava no lugar certo, não custava nada confirmar.
– Você me conhece Srta. Morgan?
Ela não gostou da maneira como ele disse isso, parecia um lobo que havia encontrado um cordeiro sozinho, pastando longe do rebanho. Se ele achava que poderia tirar algum proveito dela, ela faria questão de lhe mostrar que está muito enganado.
– Na verdade, eu tenho algo para lhe entregar.
Ela levanta um envelope, que só agora ele notou que ela tinha nas mãos.
Ele pegou o envelope um pouco desconfiado, saiu para a varanda que ficava na frente, não colocaria essa mulher por mais bonita que fosse dentro de sua casa, primeiro porque estava tudo uma bagunça e segundo, aquilo poderia ser uma armadilha de algum pai desesperado para casar sua filha.
Ele olhou ao redor, não viu ninguém, nem mesmo uma carruagem. Aquilo lhe pareceu ainda mais suspeito.
– Como chegou até aqui, Srta. Morgan?
Ele parecia um pouco desconfiado com a presença dela. Ela sabia que o reverendo estava otimista demais.
– Vim em um carro de aluguel, mas ele me deixou no meu destino e foi embora.
Ele olhou que ela carregava apenas um saco nas mãos, aquilo era para ele também? Que tipo de encomenda era aquela?
Puxou o saco das mãos da menina, que claramente não esperava por aquilo e quando se deu conta começou a lutar com ele pelo saco.
– O que trás aqui?
– Não é da sua conta Sr. Larsson, me devolva, me devolva agora mesmo.
Eles ficaram brigando pelo saco e Evan achou aquilo engraçado, ver o desespero dela em recuperar aquilo.
A briga se estendeu mais do que ele esperava, a garota parecia um carrapato grudada ao saco, ele não conseguia abrí-lo, até que se ouviu o som do saco se rasgando. E caíram ali no chão peças de roupas femininas, que provavelmente deviam ser da Srta. Morgan, que espécie de dama era aquela, que carregava seus pertences em um saco tão esfarrapado? Ela com lágrimas nos olhos começou a juntar as coisas que estavam no chão.
– Me desculpe Srta., sinto muito, eu não esperava que carregasse suas roupas nesse saco de estopas.
Ela estava olhando para ele com muita raiva, mas, Evan a achou muito fofa. Quem era ela? E, o que veio fazer ali?
– Por favor, me deixe pegar uma mala, para que possa colocar suas coisas. Não saia daí, está bem?
A garota, apenas olhou de maneira indignada para ele, enquanto ele corria até o seu quarto e pegava uma de suas malas de viagem que estavam empoeiradas, pois ele não as usava há muito tempo. Assim como subiu ele desceu correndo e rapidamente, trouxe a mala para ela, que continuou brava com ele.
– Olha, deveria estar feliz, perdeu seu saco esfarrapado e ganhou uma mala de verdade.
Ela grunhiu para ele, como um animal selvagem, quem diria que aquele anjinho tinha garras. Então começou a juntar todas as coisas e colocar dentro da mala, sobrou muito espaço, pois não tinha muitas coisas.
– Entra, a casa não está em condições de receber visitas, mas pelo menos, posso lhe oferecer uma água, depois de tudo...
Ela não esperou que ele terminasse.
– Não sou uma visita, vim para a colocação de empregada.
Ela disse com tanta convicção, mas ele não estava precisando de empregadas novas, seus três funcionários eram o suficiente.
– Me desculpe Srta. Morgan, mas eu não estou a procura de empregadas.
Mesmo dizendo isso eles entraram para dentro da casa, que estava um caos, Stella mirou a tudo com grande espanto, mas de fato a jovem era corajosa, não exitou em seu passo, nem por um instante. Com um sorriso sem graça, Evan disse:
– Acho melhor eu ler sua carta de recomendação no meu escritório então, vamos.
Stella apenas o seguiu, o primo do reverendo Rui era muito estranho, o homem era o completo oposto do primo. Enquanto o reverendo era sempre educado, este parecia um pouco inconveniente, sem tato e muito abusado, sem falar sobre a casa, estava uma bagunça, parecia que um furacão havia passado por ali.
Quando chegaram ao escritório ela achou uma pena, a casa era grande e parecia ter sua beleza, mas tudo estava coberto pela poeira, tantos livros e parecia que o homem nunca havia encostado em nenhum. Sua vontade era ir embora agora mesmo, já bastava o constrangimento de ele ter visto suas roupas intimas, quando o saco em que levava seus pertences se rasgou. Mas se lembrou do reverendo lhe dizendo para não tomar conclusões preciptadas e não desistir fácil, pois o primo era um bom homem. Ele se esqueceu de dizer que o sujeito era um bêbado violento, a julgar pelos móveis quebrados. Quando ela entrou pensou que encontraria outros empregados, mas a julgar pelo estado das coisas por aqui e pelo silêncio, não havia nem uma alma viva por ali, além do Sr. Larsson.
Era um perigo para ela, como pôde cair nessa cilada, mas se ele tentasse algo, ela pensava em pegar o espeto da lareira e atacá-lo. Ela não lutou tanto por sua dignidade para tudo acabar nas mãos desse louco.
– Aceita uma bebida?
– Eu não bebo Sr.
Que tipo de patrão oferece bebidas aos empregados?
– Uma pena, poderia me acompanhar.
Ele diz isso e colocou uísque em um copo que já havia sido usado inúmeras vezes, ela pôde ver a marca de dedos sobre o vidro. Ele não abriu a carta imediatamente e isso a deixou tensa.
Depois de alguns, Evan decidiu abrir a carta de recomendação da mulher. Foi uma grande surpresa, quando viu a caligrafia que lhe era tão familiar mesmo ontem à noite ele a viu em uma outra carta. Jogou todo o líquido que estava em sua boca, ver que seu primo quem mandara aquela mulher ou enfureceu. Não quis ler o que estava escrito ali. – Vá embora!– O que? Esse homem era mesmo louco, ela duvidava que ele tivesse lido uma palavra sequer da carta e já estava mandando embora, agora se sabia porque estava sozinho, ninguém deveria o ter aguentado, ele é um louco insuportável. – Levante-se e vai embora! Ele estava furioso, seu primo ousou mandar uma estranha para sua casa sem o seu consentimento? Seu primo dissera uma paroquiana, ele imaginou uma senhora viúva de idade avançada, mas essa mulher que sua frente estava de certeza que era uma amante de seu primo, da qual ele queria desfazer-se e agora o trouxe seu problema. Stella foi escorraçada, ela nunca havia passado por tanta humil
Stella foi despertando aos poucos, a última coisa de que ela se lembra de estar da árvore no meio da chuva. Com muito frio, mas agora estava tão quentinho, tão aconchegante, a cama estava tão macia. Mas nesse mesmo instante uma coisa, estava no mesmo instanteEssa constatação foi chocante, ela então voltará imediatamente à realidade. Abriu que estava em uma cama os olhos firmes, os olhos estavam seguros acima, os lençóis estavam seguros e seguros em uma cama enorme... Não fazia ideia do que eram suas roupas. Nesse momento, Evan Larsson aparece com uma bandeja, ali havia alguns alimentos. O homem estava apenas com calças, Stella reparou como seu peitoral era definido, sua pele um pouco bronzeada, até que ele era um trabalhador do campo. Não há muito para tomar consciência de alguém que se encontra em situaçãobarata de homem solteiro, se vê aquilo com certeza que está seguramente arruinada- Ah! Você concorda com Srta. Morgan. Ela pensou que se ele fosse um sinal bom assim de maneira f
Pela manhã, ela levantou bem cedo, pois tinha muito trabalho a fazer e não queria que o Sr. Larsson penssasse que ela estava a fazer corpo mole. Ela se levantou e preparou o café com os ingredietes que achou pela cozinha, fez um pão. Serviu tudo na sala de jantar, não sabia dos hábitos do Sr. Larsson, mas ele era tão rígido, provavelmente não tomava café na cozinha, junto aos empregados. A noite de Evan foi bem agitada, não conseguia tirar da cabeça a Srta. Morgan, a mulher era pior que carrapato, se grudara em sua mente e não saía por nada, tentou pensar em sua amante, mas quando começava a formar os pensamentos em sua mente, sempre acabava surgindo a imagem, do pequeno cordeirinho loiro em sua mente. Quando ela o olhava com aqueles olhos verdes, parecia perguntá-lo sobre todos os pecados e segredos que escondia em sua miserável vida. Era ainda pior, pois seu cheiro estava impregnado por toda a cama, aquela insolente, deve ter feito isso de propósito. Ele foi surpreendido por um ar
O cheiro vindo da cozinha lhe invadiu as narinas novamente, ela de certo era uma bruxa, como pode uma mulher ter tantos atributos? Mas ele foi direto ao quarto, queria se banhar antes da refeição, pois lá fora o tempo estava atipicamente quente. Quando chegou ao quarto ele se deparou com sua cama muito bem arrumada, não se via um vinco nos lençóis. Que droga! Ele não havia arrumando a cama, para que seu cheiro permanecesse ali, agora ela havia lhe tirado sua preciosa relíquia. Ela vai pagar por isso, não importa como, mas ela iria pagar. Teve uma ideia, desarrumou toda a cama e seguiu para o banho. Depois de aciado, ele desceu para almoçar, Stella estava terminando de colocar os pratos à mesa. Quando tudo esta arrumado, ela se pôs de pé no mesmo lugar onde ficou no café da manhã, mas eu não queria aquilo, para meu plano funcionar ela teria que pensar que está tudo bem. - Pegue um prato e sente-se Srta. Morgan. - Evan aponta a cadeira ao seu lado para ela.- Não é necessário Sr. esto
Ela continuou com seu trabalho, estava distraidamente limpando, quando escutou um barulho, ao se virar, tomou um tremendo susto, havia uma senhora lhe mirando com muita curiosidade. - Ai meu Deus! - Foi a única coisa que Stella conseguiu dizer tamanho o susto. - Posso saber quem é a senhorita?- Eu sou a nova empregada e a senhora? - Quando Stella disse isso a senhora levantou as sobrancelhas tão alto que ela pensou que fosse encostar na linha dos cabelos. - Eu sou a governanta. O Sr. Larsson não me disse nada sobre a contratação de outros para servir a casa. - A mulher parece entre a incredulidade e o pavor. - Bem, ele também não me disse que outras pessoas trabalhavam aqui, então. Prazer, sou Stella Morgan. - Stella estendeu a mão para a mulher que aceitou um pouco a contragosto a mão da garota. - Romina, pode me chamar apenas assim. - A mulher não esboçou o mínimo sorriso. - É, onde está o Sr. Larsson? - Ele saiu e não me disse para onde ia, então não sei se vai demorar. - E
O sol passou a incomodar os olhos de Stella, ela tentou se espreguiçar, mas foi direto ao chão, só então deu-se conta de que não estava em sua cama. Com a queda ela rolou e foi parar aos pés do Sr. Larsson, que despertou com o barulho de sua queda. Que droga! Ela havia adormecido, provavelmente é agora que ele vai mandá-la embora, que empregada dorme no escritório de seu patrão? Ainda mais quando este não tinha a menor simpatia pela mesma? Não lhe restou outra alternativa que lhe desejar bom dia. - Bom dia Sr.Evan olhou para Stella ali no chão, seu rosto estava iluminado pela luz do sol que penatrava pelas janelas, realmente um anjo, essa luz matutina deixava seus olhos verdes ainda mais claros. Aquela altura ele não queria brigar, queria somente passar a manhã inteira ali, admirando-a, mas ele não poderia, a julgar pela altura do sol ele já estava muito atrasado para seus afazeres do dia. Apenas se levantou e seguiu seu caminho. Stella não desistiu, continuou o acompanhando a tag
Os dias foram se passando e Stella foi seguindo confortavelmente a rotina da casa. O trabalho mostrou-se ser mais fácil do que ela pensava, pois afinal, não havia ninguém para bagunçar ou sujar o que ela arrumou e limpou. A senhora Matilde cozinheira, ela podia afirmar, era muito boa no que fazia, ela até ganhara alguns quilinhos, raramente a deixava ajudar. Então Stella teve uma grande ideia, iria trabalhar no jardim da casa, o lugar era uma desolação só e ela nem notara que se tratava de um jardim até a senhora Romina lhe dizer. Ela raramente via o Sr. Larsson, ele passava a maior parte do tempo fora, a senhora Romina lhe havia dito que ele ajudava os arrendeiros das terras a fazer os trabalhos nas propriedades, me surpreendi, pois o proprietário do meu antigo lar só aparecia para receber, também, ela considerou que aquele homem, na verdade não era referênca para nada, além das pessoas que não iriam para o céu, ela tinha certeza disso. Ela foi até a estufa que ficava um pouco dist
Stella passou o dia e a noite toda pensando no que a Sra. Romina havia lhe dito, a mulher fez bem seu trabalho em aterrorizá-la. Ela também não queria que sua reputação fosse manchada com algo tão imoral, ela sabia que agora ela teria que ser bem mais vigilante quanto ao Sr. Larsson, ela não se mostrou nem um pouco resistente às suas investidas. Aquele homem foi capaz de despertar algo dentro dela que ela nunca havia percebido que existia, ela se tornava quente, apenas a recordar o que havia acontecido na estufa..Ela acordou muito indisposta, Stella nunca reagiu muito bem à falta de sono reparador. Quando chegou à cozinha, tudo corria bem, a cozinheira já havia preparado o café e ela se serviu com tudo o que gostava, precisava de energia, já que ainda faltaria muito até que ela pudesse descansar novamente. Quando chegou o horário que ela deveria começar a arrumar seguiu o seu trabalho normalmente, quando chegou ao quarto do Sr. Larsson ela conseguiu sentir o cheiro dele em todos os