Assim como eu, espero que imaginem o jeito de Niklaus Mikaelson quando lerem, mas a aparecia de Dmom. hehe. E nunca se esqueçam: não saiam depois que escurecer.
Eu não queria acordar, tateei o chaveiro que Ester me deu de presente dentro do bolso da minha calça jeans, nervosa com o que encontraria a seguir. O lugar para onde me levaram eu nunca tinha visto na minha vida, dizem que o hipocampo quem "decide" o que é importante ser memorizado, fico me perguntando de onde eu tirei essa fachada sombria, só posso imaginar que foi de um filme de terror. Mantenho minha postura ereta, absorta na paisagem, não passamos por nenhum outro carro, a placa à frente diz “Reserva natural, entrada proibida”, de soslaio olhei para os dois vampiros casualmente, ambos então de olho em mim, Viger me encarava descaradamente, o celular na mão aberto em um aplicativo de mensagens. Meu próprio celular não tinha sinal, eu verifiquei três vezes, não pensei muito sobre isso, os sonhos costumam ser estranhos de qualquer forma. Keloi dirige em alta velocidade pela estrada pavimentada e nossos olhos se encontram no retrovisor. O carro diminuiu a velocidade até parar, fic
Claus Treavã me aniquila com seus olhos pretos assustadores, sem análises, julgamentos ou preconceito, apenas a certeza de que eu sou a presa, tenho plena consciência de que é, no mínimo, incomum sentir a nossa própria pulsação, garanto que sinto a minha, ansiosa para crescer, exibindo-se. Ele diz algo, ouço as palavras ecoando pelo grande salão, é impossível assimilar, dou um passo à frente, encantada, respondendo ao chamado invisível que me impele a ir até ele.. Após ouvir, a moça loira rapidamente levanta-se, o vestido cobre sua nudez caindo em cascata, ela cambalea nos degraus, choramingando feito uma criança que deve deixar um playground. Sangue fresco escorre de seu pescoço deixando uma trilha no chão. A loira dá meia volta, e Claus diz entredentes:ㅡDeixe-nos, criança. A mulher praticamente corre do quarto com o tom matador, os fios loiros cobrem seu rosto, vislumbro somente o realce de sua mandíbula. Uma gota d’gua caí e se mistura com seus cabelos claros. Meu sexto sen
Ester Tagarelava sobre seu livro andando pela cozinha com o avental rosa de Antonia com hello kittys por todos os lugares, o cheiro estava uma delícia, minha irmã cozinha tão bem quanto escrevia. Essa história em especial era sua grande paixão, ela a amava tanto que nunca esteve bom o bastante, enfim ela finalmente terminou. Bateram a porta em sua cara diversas vezes, ela não desistiu, correu atrás de seus sonhos e conseguiu um contrato com uma editora famosa. Sabe aquele livro que quase me matou em sonho? Sim, esse mesmo. Agradeci por seu entusiasmo silenciosamente, assim elas não notaria o quão acabada eu estava. Ainda mais que o normal. Tentei esconder minhas olheiras com corretivo e minha meu humor com um sorriso. Até agora estava dando certo.— …Acreditam que queriam mudar todo o enredo? Já não bastasse as mudanças que fizeram, meu editor é um pé no saco. O bom disso é que ele foi chutado hoje de manhã para Santa Catarina, a fofoca está super quente, fui a primeira a saber.
Mal prestei atenção nas aulas, precisava muito daquela promoção, Tessa vinha segurando as pontas por muito tempo, mesmo que ela começara a ganhar bem, eu não podia jogar todas as responsabilidades nas costas dela. Sabia que ela gastaria cada centavo para pagar a cirurgia de Antonia, esperar na fila do SUS por dois longos anos sem a menor estimativa de quanto tempo mais ela precisava esperar tornava cada mês um tormento. Tempo era um luxo que tia Antonia não tinha. Ela era como uma mãe para nós, não íamos deixar ela morrer, e para pegar um empréstimo tão alto eu precisava da promoção. A mulher cheia de vida e muito implicante criou seis filhos homens e todos eles esqueceram que tinham mãe. Uma coisa sobre tia Antonia, não era só pelo carteiro que ela esquecia que estava doente e corria, o telefone fixo também, cada chamada do telemarketing e ela se jogava na esperança de que fosse um de seus filhos. — …terra para Mari. — Oh! Sim, eu vou assistir a palestra, você vai também? — perg
Suspirei, irritado por ver que ela havia deixado a porta aberta novamente, me agachei paa pegar as duas notas de despejo do chão, guardei-as junto com as chaves no bolso e empurrei a maçaneta. O apartamento dela cheirava a morango, baunilha, tão suculenta, minha boca saliva apenas de imaginar degustar tal sabor. Tirei meus sapatos e chamei Batman estalando a língua, o grande gato rajado não apareceu, ele deveria estar profanando a cama dela, satisfeito de ter seu amor e devoção. Liguei a luz da cozinha sem medo, Kess tinha um sono tão profundo que eu poderia fazer uma vitamina de banana agora mesmo deixando o liquidificador na potência máxima e ela não acordaria, as pílulas que Kess tomava dopariam um cavalo. Guardei algumas coisas que ela havia esquecido em cima da mesa dentro da geladeira, enchi os dois jarros com água também, deixados na prateleira sem uma gota d’água. inspirei mais uma vez o cheiro dela, todo o lugar cheirava a sobremesas, incluindo os jarros de água. Tirei
Nós nunca deveríamos ter criado aquela história. Eu jamais deveria tê-los feito sofrer, as coisas que imaginamos e escrevemos naquelas páginas era para ser algo divertido para duas adolescentes com hormônios à flor da pele passarem o tempo, e não sermos os monstros da história de duas crianças. Os dois irmãos que eu passaria a amar mais que a mim mesma, eu os fiz se transformar nas criaturas que eles mais odiavam. O meu eu inocente, sem conhecimentos das barbaridades que lhes aconteceriam chegou em casa, um apartamento minúsculo para encontrar Ester debruçada, escrevendo ferozmente no seu notebook roxo, ela estava editando a história que criamos anos atrás. Como toda boa história deve começar, com chamas, caos, gritos e sangue. Foi assim que começamos: Mais uma noite que não consegui dormir, meu irmão mais novo não sabia das coisas que estavam acontecendo e caiu feito pedra no travesseiro, ele não costumava ter medo, entretanto, esses últimos dias, Claus tem dormido comigo, ele
Minha melhor amiga me olha por um longo tempo depois de ler o primeiro capítulo que criei, a ideia inicial não era essa, eu só… derramei toda maldade que eu estava sentindo naquele papel e criei isso. As palavras fluíram sem muito esforço, precisava colocar para fora o que se encontrava entalado. — Não gostou? — Está bom, realmente bom. — Por que está com essa cara então? — perguntei desconfiada. — É a única que eu tenho — ela ri — Falando sério, você matou toda a família deles! Muito cruel. Para sua sorte são apenas personagens — respondeu abrindo seu fichário, agora era a minha vez de avaliar seu trabalho, nossas histórias se complementam e eu estava encarregada de criar um passado sombrio para um ser sombrio e sarcástico. Peguei o fichário que Ester me estendeu, totalmente desconfiada da cara que ela fazia, cheia de expectativa e levemente tendenciosa. O cateter nasal dela, nem se quisesse poderia esconder. — Eu vou me arrepender de ler isso — murmuro para mim mesm
— Está liberada, vá ao hospital, não esqueça de pegar atestado para a tarde de hoje — eu ranjo os dentes, mas fico calada, não tem como ele manipular quantos dias de atestado eu vou pegar, afinal só um médico pode avaliar quantos dias é que eu preciso. Antes que eu posso sair de fininho meu gerente diz o que eu temia: — Acho que terei que repensar sua promoção Maria. Não pude impedir o tique nervoso nos meus olhos, ele seriamente estava me dispensando? Eu aguentei anos de abuso dos clientes, um funcionário idiota sempre comia meu lanche, se espreitando na copa, e ele me fazia trabalhar na reposição de produtos, pegando caixas pesadas, na zeladoria, no caixa, eu fui contratada para ficar no guarda volumes de merda, sentada! pelo amor de Deus! Meu gerente me olha com pena, eu sei que esse desgraçado só está só fingindo, é a mesma cara que ele faz para os clientes. Seguro minha mão dolorida e rosno de dor. A única coisa que desejo é arrastar a cara dele no asfalto, mas infelizme