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A noivo dos vampiros

Por um momento achei que Fernando viria atrás de mim,  olhei para trás com a esperança de ve-lo sair da casa. Andei a passos lentos, esperando a porta se abrir, e ele correr atrás de mim, na verdade contava com isso. Depois de uma eternidade virei à esquina, me senti um lixo por cogitar voltar. Não imaginava minha vida sem ele, apressei o passo. A qualquer momento minha dignidade poderia falhar e eu voltar. Eu sabia que era errado, mas os sentimentos não se importam, eles só queriam mais daquela doce droga chamado carinho, Fernando parecia sentir quando eu estava tensa e fazia cafuné, os olhos dele eram calorosos e atentos, ela sabia tudo sobre mim, e isso me fez sentir um estranho vazio, como ele pôde quando sabia o quando eu tenho pavor de ser deixada para trás. 

O sentimento que mais temia voltou naquele momento com tudo, o abandono, não mais enxergava nada, com o mar tempestuoso nos meus olhos. Corri, só queria chegar em casa e me apossar da cama de Ester.  Queria me sentir segura e protegida, é claro que ela teria perguntas, muitas perguntas, sem contar com o famoso “ EU te avisei”. 

Sempre, sempre deixada, largada, descartada. A Mari com um tridente me julga. Por que pensei ser diferente dessa vez? Meu celular vibra e me lembro de respirar ao parar minha corrida. Apanho meu aparelho para ler a mensagem que enviaram, o lampejo de um sorriso é arrasado ao ver que a mensagem de não é de Fernando, é de Tessa e eu poderia me estapear se tivesse energia suficiente:    

Adivinha? Acabei de pegar uma coisa na revisão!

Esse é o meu presente para você! Juntei nossas história, assim o preço ficou mais baixo😅

PS: posso ter adicionado alguns capítulos quentes😈.

Vou  mandar a sinopse :

Contemplo minha companheira. Inspiro forte para gravar seu perfume, ela cheira a frutas tropicais. Uma humana! Certamente minha fraqueza.

 Delicada, indefesa e pequena. Tão mortal.

Alguns acreditam que as noivas destinadas aos vampiros  eram, na realidade, o que eles precisavam para se manterem sãos, o sangue delas era um vício, sua ausência um martírio.

Afinal a cantiga que se popularizou em tavernas em meio século atrás parecia ter seu quê de verdade: 

Pelos becos de sombras e névoa,

Onde vampiros espreitam na proa,

Em tavernas escuras e frias,

Cantemos a saga das noivas.

Vampiros devassos, sem coração,

Caçavam a noite, sedentos de ação,

Sugavam a vida com gula e desdém,

Por sangue quente, faziam refém.

No meio da escuridão, uma luz a brilhar,

As noivas  raras a se revelar,

Sangue viciante corria em suas veias,

Ligadas aos vampiros, suas almas feias.

O cheiro da noiva, doce e envolvente,

A presença, uma urgência, um desejo latente,

Vampiros sedentos buscavam o calor,

Dos laços de sangue, a fonte do amor.

Noiva humana, elfa ou sereia,

A ligação firmada, beijo sangrento na teia,

O vampiro sorvia, a noiva se debatia,

E o Pacto sombrio surgia.

Do vampiro, o sangue, vida a pulsar,

Para a noiva, juventude a lhe entregar,

Na dança eterna, na noite sem fim,

Vampiros e noivas, destino assim.

Nas tavernas escuras, a cantiga ecoa,

Das noivas vazias, a história que entoa,

Noites sombrias, ligadas pelo destino,

Vampiros e noivas, num abraço divino.

E agora ela finalmente estava ali, seu cheiro delicioso quase me fez cogitar dividí-la, afinal esperou tanto tempo por ela... esbravejou irritado, nunca sequer imaginaria que a sua noiva fora dedicada a dois vampiros. Ele próprio, e seu pior inimigo.

Surge um pensamento involuntário de outro a tocando, se inclinando para poder alcançar seus doces lábios, enquanto ela o aceitava, deixava que se aproveitasse dela, deixando que a mordesse.

Não! Não deixaria ser tocada por outro, o empalaria com uma estaca de madeira antes disso. Não importava nem um pouco se fosse noiva dos dois. Ela seria só dele. "

"A noiva dos vampiros " documento em P*F

Feliz aniversário. Amo-te.

PS: gostou do meu poema? 

Mesmo chorando sorri sem graça, era a cara de Tessa um triângulo amoroso.  Bloqueei a tela do celular, adentro o espaço da praça, a fim de chorar sem plateia, provavelmente estava vazia no horário de almoço. Apertei o meu Smartphone contra o peito e corri. Como eu queria que fosse verdade, ser amada da maneira que descrevi para Ester, naquele dia, incondicionalmente, para sempre. Faço como ela me pedia, fechei os olhos e desejei, imaginei não estar ali, mas sim dentro daquela história. Desejei com todo o meu ser, e todas as minhas forças que nossas histórias fossem reais, eu e Ester deveríamos ser felizes. Mesmo com uma palavra mal intencionada, ou afastamento, com muitos poréns, O ser daquela história jamais me deixaria.

QUERO QUE ESSA HISTÓRIA SEJA REAL, SEJA REAL, SEJA REAL. Grito em

meus pensamentos.

Durante a corrida Maria tromba com algo no chão, justo no seu dedão, que já estava machucado por outras batidas, a dor a faz esbravejar e resmungar. Abro os olhos a fim de ter uma aterrissagem melhor, no momento não importa muito se vou me machucar. Como um passe de mágica, a visão da praça se altera para outro lugar à medida que meu corpo vai caindo, quando finalmente estou no chão  já não me encontro mais na  Praça Dultra.

Semicerro os olhos com a mudança brusca de ambiente. A noite cobria tudo até onde minha  visão alcançava, a fumaça de destroços misturada com névoa horripilante da noite causaram um arrepio na espinha, quando visitamos  o zoológico, um passeio doado por um benfeitor gentil, fiquei de costas para um dos mostruários, os macacos jovens eram engraçados. De alguma forma acho que criei olhos nas costas, pois sentia que havia algo muito perigoso atrás de mim. Mesmo de costas meus instintos gritavam para correr, ao olhar para trás, uma onça me espreitava em posição de ataque dentro do recinto e o vidro que nos separavam não dimuniu meu pavor nem por um instante. A pantera queria cravar suas presas no meu pescoço. A sensação é a mesmo que estou sentindo agora.

Minha  boca abriu-se em um perfeito "O" involuntário, cerrei os olhos e me protegi  com as mãos, com medo do que ví.

Condessa

"Dê um trocado para seu bruxo oh leitoras abundantes"

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