Entrei no carro, liguei o motor e dei partida, sentindo o peso da excitação crescendo em cada quilômetro que eu percorria. A surpresa para Charlotte estava apenas começando, e eu queria fazer algo grande, algo que ela jamais esqueceria. Hoje, seria diferente. Eu estava disposto a surpreendê-la de verdade.Dirigi até o Nobu, o restaurante de sushi mais sofisticado da cidade. Eu sabia que ela adorava uma boa refeição, e aquele seria o lugar perfeito para um banquete que combinasse com o nível de carinho e admiração que eu sentia por ela.Cheguei lá em poucos minutos e estacionei. O restaurante estava iluminado suavemente, criando uma atmosfera acolhedora e ao mesmo tempo sofisticada. Entrei, e o maitre me cumprimentou com um sorriso. Ele já sabia quem eu era. Sempre que eu ia
Depois de terminar de arrumar tudo, sabia que era hora de dar uma pausa e relaxar um pouco. Eu precisava de um momento para mim antes que a noite realmente começasse, então fui para o banheiro e deixei a água quente do chuveiro cair sobre mim. Sentir a água morna batendo na minha pele foi exatamente o que eu precisava. A tensão do dia foi embora em segundos, e eu fiquei ali, de olhos fechados, deixando a calma tomar conta. Às vezes, é simples assim, um bom banho e tudo parece mais leve.Depois de alguns minutos, desliguei o chuveiro e me sequei com a toalha. Tinha a sensação de que o tempo estava a meu favor, e eu queria aproveitar cada segundo disso. Fui até o closet com a mente mais tranquila, pronto para me vestir, mas sem pressa. O que eu escolhesse vestir deveria ser algo confortável, porque essa era a vibe da noite: relaxar, mas com estilo.Peguei uma camisa de linho leve, que eu sabia que ia ficar bem, e uma calça de algodão, bem ajustada, mas sem ser apertada. O toque perfeito
Eu estava na sala, os nervos à flor da pele, tentando manter a calma, mas meu coração batia mais forte a cada segundo. O som da chave na porta me fez dar um pequeno salto, e a porta se abriu. Quando Charlotte apareceu, seus olhos imediatamente se fixaram na mesa, nas velas, no sushi e em todo o cenário que eu cuidadosamente preparei. Ela parou na entrada, surpresa, com um sorriso já começando a se formar em seu rosto.— Max? — Ela disse, a surpresa evidente em sua voz. — O que é tudo isso?Eu não consegui conter o sorriso ao ver a reação dela. Era exatamente o que eu queria: vê-la surpresa, desarmada, sem saber o que esperar. Dei alguns passos na direção dela, sentindo o cheiro do sushi no ar, e estendi as mãos para ela.— Só uma pequena surpresa. — Falei, tentando parecer o mais casual possível, mas a excitação est
A noite estava quente, mais quente do que eu esperava, e a temperatura parecia aumentar a cada risada e cada palavra trocada. Charlotte deu um suspiro, claramente incomodada com o calor, e se levantou da cadeira, esticando-se ao fazer isso. Fui incapaz de desviar o olhar enquanto ela caminhava até o controle do ar-condicionado, seus passos graciosos e a forma como seu corpo se movia me chamando a atenção.Ela pegou o controle e ajustou a temperatura com um leve gesto, fazendo o som do ar começar a funcionar. Mas foi nesse momento que, sem mais nem menos, ela tirou o casaco, deixando-o cair suavemente sobre o sofá. Ela estava usando um vestido leve e justa, que se moldava aos contornos de seu corpo, destacando suas curvas de uma maneira quase intencional. Seus ombros estavam nus, a pele suavemente iluminada pela luz amarelada das velas, criando um efeito suave e envolvente.Eu sabia que ela não estava fazendo isso para me provocar — ela só estava desconfortável com o calor, mas meu olh
CharlotteA pilha de papéis nos meus braços era ridiculamente grande, quase um insulto pessoal. Maximilian Steele tinha feito isso de propósito, eu sabia. Ele sabia. Documentos do mês passado? Sério? Era só mais uma das formas dele de testar minha paciência. Como se não bastasse lidar com sua presença intimidadora e aquele olhar frio que me fazia sentir como uma funcionária dispensável, agora eu também tinha que carregar peso extra logo de manhã.Eu atravessava o lobby da Steele Medical Supplies, a empresa de vendas para hospitais onde eu trabalhava há anos, tentando equilibrar os documentos e o copo de café sem derramar nada. O som dos saltos ecoava pelo chão de mármore e, quando cheguei ao elevador, não precisei olhar para saber que alguns olhares estavam sobre mim. Todos conheciam Maximilian Steele. E todos sabiam que, de alguma forma, ele tinha um prazer sádico em me sobrecarregar.— Precisa de ajuda? — uma voz masculina perguntou.Olhei de lado e vi Daniel Reed, o melhor amigo de
Suspirei pesadamente e, antes que percebesse, já estava planejando formas sutis — e não tão sutis assim — de me vingar. Nada muito grave. Só o suficiente para que ele sentisse o peso do inferno que eu chamava de "meu humor ruim". Talvez trocar o açúcar do café dele por sal. Ou… quem sabe… adicionar algumas gotas de laxante?A ideia me fez sorrir. Imaginar Maximilian Steele, o todo-poderoso CEO, correndo para o banheiro no meio de uma reunião importante? Ah, isso era quase poético.— Charlotte Grant, você é um gênio.Mas, infelizmente, minha moral (e minha vontade de continuar empregada) ainda eram um obstáculo. Então, minha vingança teria que esperar.Pelo menos por enquanto.Com minha pequena vingança mental me dando um alívio temporário, finalmente cheguei ao restaurante. Escolhi uma mesa perto da janela e pedi um prato que não apenas me enchesse, mas também compensasse o estresse matinal.Enquanto esperava a comida, aproveitei para checar meu celular. Nenhuma mensagem importante, e
A reunião começou de maneira tensa, como eu já imaginava. Richard Donovan entrou na sala com sua equipe, a postura arrogante de sempre, como se a qualquer momento ele fosse começar a dar ordens em vez de negociar. O homem exalava poder, mas também tinha algo de irritante que me fazia querer ignorá-lo a todo custo. Max estava no seu melhor comportamento corporativo, mas eu sabia que ele não gostava da forma como Donovan tratava as coisas, como se tudo fosse simples, como se ele estivesse no controle o tempo todo.Nos cumprimentamos, e a assistente de Donovan começou a falar sobre o plano de vendas. Eu estava prestando atenção, mas ao mesmo tempo me perguntava o que ele realmente queria, e o que Max achava que deveria ser feito para que isso fosse fechado da forma mais vantajosa possível. Claro, a resposta para isso eu já sabia. Maximilian não se contentava com qualquer coisa; ele precisava de detalhes, de uma análise minuciosa, de uma visão que fosse mais além do que só números e proje
Maximilian ficou em silêncio por um instante, os olhos fixos em mim como se estivesse tentando processar o que acabara de acontecer. A tensão no ar era palpável, e eu me senti estranha, como se algo tivesse mudado entre nós. Mas, ao invés de um gesto de agradecimento, ele se levantou abruptamente da cadeira, seus olhos agora mais intensos e carregados de raiva.— Você não tinha que ter feito isso, Charlotte! — A voz dele cortou o ar, fria e venenosa. — Não era da sua conta. Eu não precisei da sua ajuda. Você se meteu onde não devia e, pior, foi completamente desrespeitosa!Eu recuei um passo, surpresa com a ferocidade das palavras. Max avançou um passo em minha direção, e pude ver a raiva queimando em seu olhar. Ele estava visivelmente irritado, seus músculos tensos como se estivesse pronto para explodir a qualquer momento.— Você se acha no direito de intervir e falar por mim? Eu sou perfeitamente capaz de lidar com essa situação sozinho, Charlotte. Não precisava da sua interferência